quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Associação dos Mutuários contesta Projeto de Lei sobre atraso na obra

Recentemente o Plenário do Senado aprovou o Projeto de Lei PLC 16/2015, que fixa multa de 1% e mais 0,5% por mês de atraso, para construtoras que entregarem as chaves do imóvel após o prazo de 180 dias. Para a AMSPA – Associação dos Mutuários de São Paulo e Adjacências, se sancionada, a medida será um retrocesso nos direitos dos consumidores.

Das 2.142 queixas recebidas pela Associação dos Mutuários de São Paulo e Adjacências no primeiro semestre de 2015, nas cidades de São Paulo, Santos, Campinas e São José dos Campos, 20% delas são referentes ao atraso na entrega na obra.

Por conta dessa realidade, a Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA), do Plenário do Senado, aprovou o Projeto de Lei PLC 16/2015, de autoria do deputado Eli Correa Filho (DEM-SP). O texto prevê que as construtoras paguem multa de 1% do valor até então pago pelo comprador, mais 0,5% por mês de atraso da quantia já quitada pelo adquirente, no caso de atrasar a entrega do imóvel por mais de seis meses.

No entanto, a proposta é questionada pela AMSPA . “O texto, se for aprovado, representará um passo atrás nas relações de consumo, pois vai diminuir o valor da indenização a ser pago pelas construtoras aos consumidores que não recebem seu imóvel no prazo. Nessas situações, já existe um entendimento da Justiça para que o percentual de multa seja de 2% e de 1% a cada mês de atraso.  Além disso, caso comprovado em juízo cabe indenização por danos morais e materiais e lucro cessante, ou seja, o que o prejudicado deixou de ganhar ou se perdeu um lucro esperado, que hoje varia de 0,6% a 0,8% sobre o valor total do contrato”, afirma Marco Aurélio Luz, presidente da entidade.

Segundo ele, a multa e os juros de mora devem ser cobrados sobre o valor total do imóvel e não somente pelo valor até então pago pelo consumidor. “Com o descumprimento do contrato, entendemos ser justa a correção correspondendo ao valor total da unidade estipulado em benefício do consumidor. Pois, quando a construtora atrasa a entrega, ela está desrespeitando o contrato por completo e não parcialmente”.

Igualdade de direitos

Outro ponto que Luz condena no Projeto de Lei é de considerar legal prazo de tolerância de seis meses para entrega das chaves. “O mesmo direito deveria ser conferido ao adquirente da unidade, de modo a ter o mesmo ‘prazo de carência’ para o cumprimento de suas obrigações. É uma questão de igualdade de direitos. É inconcebível a ideia de que, a partir da aprovação dessa proposta, as construtoras poderão se utilizar do prazo de tolerância e ser dispensadas da comprovação de quaisquer motivos que justifiquem o atraso.”

O substitutivo determina ainda que a incorporadora avise aos clientes, com antecedência mínima de 180 dias, sobre possíveis atrasos na entrega das chaves. “Essa medida é essencial para que o adquirente possa refazer o seu planejamento já contado com a nova data de recebimento das chaves. No entanto, vale frisar que desde o primeiro dia da quebra de contrato, a construtora tem que pagar multa pelo atraso”, afirma Luz. 

Outro ponto incluso no Projeto de Lei é o direito do consumidor saber mensalmente como está o andamento da obra. “A alteração é benéfica ao comprador, porém deve constar devida justificativa pelo descumprimento do contrato. Uma vez que tem sido muito comum o aviso próximo da data de entrega do imóvel ou em sua maioria sem qualquer comunicação deixando o consumidor impotente diante de tal situação”, ressalta Marco.

O projeto que altera a Lei 4591/1964, caso aprovado pelo Plenário do Senado, sem alterações, segue para a sanção da presidente Dilma Rousseff.
Depois de ratificada, as regras passam a valer em 90 dias. 

SERVIÇO

Os mutuários que querem mais esclarecimentos podem recorrer à AMSPA. Os interessados podem entrar em contato pelos telefones 0800 77 79 230 (para mutuários fora de São Paulo), (11) 3292-9230 / 3242-4334 (sede Sé), (11) 2095-9090 (Tatuapé), (11) 3019-1899 (Faria Lima), (19) 3236-0566 (Campinas) e (13) 3252-1665 (Santos).

Endereços e mais informações no site: www.amspa.org.br.

terça-feira, 22 de setembro de 2015

Financiamento direto com a construtora aumenta risco de inadimplência

Para contornar a queda nas vendas de imóveis, as construtoras estão oferecendo crédito imobiliário. No entanto, a AMSPA – Associação dos Mutuários de São Paulo e Adjacências alerta o consumidor para a precaução quanto à escolha dessa modalidade de financiamento, pois as prestações são crescentes e com isso a chance de ficar inadimplente cresce. 

As restrições para a contratação de financiamento imobiliário com os bancos estão contribuindo para o desaquecimento das vendas. Segundo dados do Secovi/SP, de janeiro a maio deste ano, as  transações de imóveis residenciais recuaram 11,4%. Já a média de unidades não comercializadas é de 28 mil. Diante desse cenário, muitas construtoras passaram a oferecer crédito como forma de sobreviverem no mercado.

Para Marco Aurélio Luz, presidente da AMSPA, financiar direto com a construtora é uma boa escolha para aqueles que querem quitar as parcelas em pouco tempo. “O ideal é o consumidor pagar as prestações no máximo em cinco anos, pois a cobrança dos juros, de 12% ao ano mais o IGPM – Índice Geral de Preços Mercado e a utilização da Tabela Price, que é o sistema de amortização que faz com que a dívida cresça em escala geométrica, levam ao aumento considerável do valor do bem e, consequentemente, o risco de inadimplência aumenta.” 

Apesar da vantagem de dar uma entrada menor do que no empréstimo com banco e menor rigidez para conseguir a concessão do financiamento, quem opta financiar direto com a construtora deve ficar atento. “O consumidor não deve se deixar levar pelas facilidades oferecidas pela construtora. “Algumas incorporadoras chegam a oferecer o pagamento do empréstimo em até 120 meses, mas isso é muito perigoso, pois os juros cobrados nas prestações são altos. Aqueles, que caem nessa armadilha, correm o risco de sua renda não acompanhar, esses aumentos contínuos, e podem ficar inadimplentes ou até mesmo ter de rescindir o contrato”, completa Luz. 

Marco Aurélio alerta, ao futuro mutuário, que antes de fechar o negócio avalie se terá renda suficiente para conseguir arcar com os aumentos sucessíveis do valor das parcelas. “Nessa etapa é importante pedir simulação do financiamento e buscar um auxílio de um advogado especializado na área imobiliária para certificar-se de todos os detalhes. A equipe de profissionais da Associação dos Mutuários de São Paulo e Adjacências  pode ajudar nesse momento.”

O presidente da AMSPA ressalta que a escolha é válida para famílias que têm estabilidade de emprego, um bom fundo de reserva ou outros rendimentos para que consiga abater a dívida o quanto antes. “É aconselhável que o mutuário quite em torno de 30% o valor do imóvel na entrega das chaves. Se puder pagar tudo é melhor ainda.”

Outro cuidado que o consumidor deve ter ao tomar empréstimo com a construtora, é que no caso de perda de renda, não poderá recorrer ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para quitar as parcelas em atraso. Além disso, o adquirente fica impedido de usar o Fundo para dar o sinal na compra do bem. “O FGTS, nessa situação, só pode ser usado para quitar o valor da propriedade”, diz Marco Aurélio Luz. 

Portanto, segundo especialista, fica evidente que financiar direto com a construtora é perigoso. “Hoje com  uma economia instável, devido ao aumento de juros, inflação elevada e risco de desemprego é desaconselhável aderir a essa modalidade de empréstimo, pois o consumidor pode ter o comprometimento da renda, de uma outra para outra, e vê o sonho da casa própria ruir por terra depois de tanto sacrifício”

SERVIÇO

Os mutuários que querem mais esclarecimentos podem recorrer à AMSPA. Os interessados podem entrar em contato pelos telefones 0800 77 79 230 (para mutuários fora de São Paulo), (11) 3292-9230 / 3242-4334 (sede Sé), (11) 2095-9090 (Tatuapé), (11) 3019-1899 (Faria Lima), (19) 3236-0566 (Campinas) e (13) 3252-1665 (Santos).

Endereços e mais informações no site: www.amspa.org.br.

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

ABIMAQ promove Workshop de Linhas de Financiamento

As associadas de Joinville e Chapecó tiveram a chance de expor suas dificuldades referentes às linhas de crédito

Com a presença de mais de 35 empresários da região, a ABIMAQ Santa Catarina realizou o “Workshop de Linhas de Financiamento do BRDE, BNDES e Caixa Econômica Federal”, nas cidades de Chapecó, em 21 de julho, e Joinville, no dia 12 de agosto. 

Na oportunidade, também foi apresentado às associadas o novo parceiro da ABIMAQ, a Agência de Fomento do Estado de Santa Catarina (Badesc). 

“A ocasião foi essencial para identificar as principais dificuldades e necessidades enfrentadas pelas empresas no sentido de terem um atendimento mais personalizado em cada região”, afirma Marcos Lichtblau, diretor do SINDIMAQ e da empresa Automatisa.

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

O mercado de máquinas e equipamentos em debate no 1° Congresso da ABIMAQ

Representantes do governo, economistas, bancos e empresários vão colocar em questão os rumos do segmento de bens de capital nacional, durante o 1º Congresso, promovido pela ABIMAQ

“A ideia de realizar o 1° Congresso Brasileiro da Indústria de Máquinas e Equipamentos surgiu depois de constatarmos que, apesar de organizarmos quatro feiras oficiais do setor (FEIMEC, Plástico Brasil, Expomafe e Agrishow) e apoiar, aproximadamente, 50 feiras no Brasil, não tínhamos um espaço para discutir os temas relevantes do setor”, explica José Velloso, presidente executivo da ABIMAQ. 

Para Velloso, o objetivo do evento é trazer todas as pessoas envolvidas no segmento de bens de capital, como os fabricantes, clientes, fornecedores, governo e bancos para discutir o futuro da indústria brasileira. “A intenção é que o congresso se perpetue, seja referência para o setor e aconteça anualmente”. 

O mercado atual, produtividade, competitividade, inovação, mercado externo, financiamentos, tecnologia e perspectiva do setor serão alguns dos temas tratados no encontro, que ocorre em 16 de setembro, na sede da entidade.

1° CONGRESSO BRASILEIRO 
DA INDÚSTRIA DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
‹ Data: 16/09/15
‹ Local: Sede ABIMAQ 
Av. Jabaquara, 2925 
Mirandópolis  - São Paulo/SP
‹ Horário: das 08h às 18h30
‹ Inscrições: www.ABIMAQ.org.br/congresso
‹ Mais informações: eventos@ABIMAQ.org.br 
ou se preferir entre em  contato pelo telefone (11) 5582-5761 

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Presidente da CSMAT discute oportunidades para a indústria mineira

Promover o desenvolvimento do setor têxtil e de confecções em Minas Gerais é o propósito da agenda propositiva

Com o objetivo de prover discussão técnica sobre a proposição de ações de curto, médio e longo prazo para a indústria têxtil e de confecções na região mineira, o presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Acessórios Têxteis (CSMAT), Ricardo Rossi, participou de encontro promovido pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG), em 06 de agosto. 

“A intenção da câmara na agenda propositiva é orientar sobre as atualizações tecnológicas do setor de máquinas e equipamentos e facilitar a prospecção de provedores e parceiros para a indústria têxtil mineira”, explica Rossi. 

A reunião de trabalho foi constituída por empresários, especialistas setoriais, presidentes de sindicatos do setor, ABIT - Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção, SEBRAE - Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, Governo Federal e Estadual, Apex-Brasil - Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, IEMI - Inteligência de Mercado e centros de pesquisa e tecnologia. 

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

CSVED pleiteia criação de NCMs para partes e peças de selos mecânicos

As associadas pertencentes à CSVED - Câmara Setorial dos Fabricantes de Vedações estão no processo de criação das NCMs  - Nomenclatura Comum do MERCOSUL para partes e peças de selos mecânicos.  O objetivo será protocolar junto ao governo para que sejam negociados no âmbito do MERCOSUL.

Hélio Guida, presidente da CSVED, Frederico Cartocci, da Flowserve, Caroline Carvalho, do Departamento de Mercado Externo da ABIMAQ, Marcio Arduini e Marluci Perez, da Eagleburgmann, fazem parte da equipe. 

terça-feira, 15 de setembro de 2015

1ª turma do curso da CSVED em parceria com o SENAI é concluída


No dia 30 de julho, a primeira turma do curso de Instalador de Elementos de Vedações Industriais concluiu o treinamento. A iniciativa, que é uma parceria entre a CSVED - Câmara Setorial dos Fabricantes de Vedações com o SENAI - Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial, visa qualificar profissionais na área. A segunda turma terá o treinamento no período de 30 de setembro a 16 de outubro. 


segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Reeleição na CSVI

Djalma Bordignon foi reeleito presidente da Câmara Setorial de Válvulas Industriais para o biênio 2015-2017

“Sabemos que o nosso futuro é incerto e sem perspectiva. No entanto, temos a certeza de que a nossa luta não será em vão. Vamos trabalhar para um futuro melhor da indústria nacional, dos brasileiros e do país”. Com essas palavras, Djalma Bordignon assumiu a presidência da Câmara Setorial de Válvulas Industriais (CSVI), no dia 20 de agosto, na sede da ABIMAQ. 

Na ocasião, Carlos Pastoriza, presidente do Conselho de Administração da ABIMAQ, relatou o momento difícil que passa a indústria. “Sem sombra de dúvida, o setor está vivendo a pior crise dos últimos 30 anos. Nesse momento de adversidade, mais do que nunca, a união de todos é fundamental”.  

Djalma Bordignon  contará com os vice-presidentes Pedro Ariovaldo Lúcio, Sidney Mattos Junior, Rodolfo Garcia, Raul Sanson, José Francisco Mariano, Erfides Bortolazzo Soares e Claudio Dezidèrio.

Presença 

Na oportunidade, o deputado estadual Cauê Macris apontou alternativa para que o país volte a crescer e resgatar a credibilidade das instituições. “Nesse momento de crise, a primeira missão que tem que ser tomada pelos governos federal e estadual para conseguir resgatar a confiança da instituição é o enxugamento da máquina pública. Não faz sentido termos 39 ministérios e a quantidade de cargos de confiança”. 

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

ABIMAQ leva pleitos ao BNDES

Em agosto, representantes da ABIMAQ se reuniram com Luciano Coutinho, presidente do BNDES, em busca de soluções para  minimizar crise

Levando em conta as dificuldades enfrentadas pelas associadas em todos os níveis, inclusive o financeiro, Carlos Pastoriza, presidente do Conselho de Administração da ABIMAQ, José Velloso, presidente executivo, e Hiroyuki Sato, diretor executivo de Assuntos Tributários, Relações Trabalhistas e Financiamentos, reuniram-se com Luciano Coutinho, presidente do BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social para expor os seguintes pleitos:

- Renegociação do financiamento Finame: Possibilitar que as empresas, sem condições de quitar a dívida, possam renegociar o pagamento do empréstimo. 

- Finame/PSI: Reivindica o aumento do prazo de validade de 180 dias da PAC (Proposta de Abertura de Crédito), visto que, em razão da crise, os fabricantes não conseguem manter estoques de matérias-primas e componentes para poderem fabricar e entregar as máquinas neste prazo. Ou, no caso de máquinas sob encomenda, para comprovarem a execução do primeiro evento. 

- Projeto Fibria Três Lagoas - Horizonte II: Pede para que o BNDES atue no sentido de que o investidor ofereça uma contrapartida de Conteúdo Nacional.

- Exim Pré-embarque: Solicita a reabertura do financiamento à exportação para empresas com faturamento superior a R$ 300 milhões por ano.