sexta-feira, 31 de agosto de 2012

AREZZA SELECIONA MIL PROFISSIONAIS PARA CONSTRUÇÃO CIVIL

Arezza, especialista em gestão de pessoas e contratação de mão de obra temporária e efetiva, está com mil vagas abertas para o Estado de São Paulo. As oportunidades são para pedreiro, carpinteiro, servente, armador e ajudante geral.

Ocasionados pela efervescência imobiliária, os empregos na área da construção civil não param de crescer. Segundo balanço semestral do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), de janeiro a julho deste ano, houve a contratação de 221,5 mil pessoas. Para suprir a carência de trabalhadores, a Arezza abre mil vagas para trabalhar no setor.As oportunidades são para pedreiro (200), carpinteiro (200), servente (200), armador (200) e ajudante geral (200).

Para concorrer a uma das vagas oferecidas, os interessados devem ter no mínimo 18 anos e ensino fundamental. Além disso, ter disponibilidade para viagens. “Temos vagas espalhadas na capital paulista, Grande São Paulo e interior. Vamos selecionar profissionais para início imediato e com experiência mínima de seis meses”, informa Weliton Nascimento, diretor presidente da Arezza.  

Os selecionados serão contratados por um período experimental de 90 dias e após esse período, o contrato poderá ser renovado por um prazo indeterminado (dependendo do tempo da construção de cada obra). Os contratados receberão salário compatível com o mercado, cesta básica, refeição no local de trabalho, transporte e alojamento fornecido pela empresa, além de seguro de vida, horas extras, prêmios por desempenho. “Há vagas para o período noturno, os escolhidos receberão um acréscimo de 20% no salário”, explica Nascimento.  

Para se candidatar, os interessados podem cadastrar o currículo no site www.arezza.com.br ou enviá-lo para os e-mails: gisele@arezza.com.br e eliane@arezza.com.br (informando o cargo no assunto). Os interessados  também comparecer, munidos de currículo profissional e documentos, na filial da Arezza, em horário comercial:


São Paulo (SP)  - rua Conselheiro Crispiniano, 403, salas 11/12

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

SAIBA OS CUIDADOS AO CONSTRUIR O IMÓVEL EM ZONA ESTRITAMENTE RESIDENCIAL

Ao construir um imóvel na cidade de São Paulo, o dono do bem tem que respeitar as regras da Lei de Zoneamento que classifica o uso e ocupação do solo, com base na densidade demográfica da região, em várias zonas, entre ela, mistas, centralidades e estritamente residenciais. No Residencial Parque dos Príncipes, bairro localizado na zona Oeste de São Paulo, que é classificada como ZER-1 (Zona Estritamente Residencial), os residentes contam com o auxílio da Associação de Moradores para atender a exigência da legislação do município. 

Antes de começar a construir um imóvel na Capital paulista é preciso ter vários cuidados para que seu projeto atenda os requisitos da lei n° 13.885 de 2004. O Plano Diretor estabelece normas sobre o uso e ocupação do solo no município que são subdivididas nas seguintes zonas: predominantemente industriais – ZPI; mistas – ZM; centralidade polar – ZCP; centralidade linear – ZCLa; transição linear da ZER – ZTLz; ocupação especial – ZOE; e exclusivamente residenciais – ZER. Essa divisão que tem como base a densidade demográfica da região e visa a proteção das características originais do bairro e do meio ambiente. Além disso, veta a construção de edificações irregulares.

Para aqueles que pretendem construir em uma ZER-1 (Zona Estritamente Residencial), área de densidade demográfica baixa, o projeto deve atender a três normas principais: a adoção de recuo no mínimo de seis metros na frente e de 1,50 nas laterais do lote; apenas a construção de uma única residência no terreno e a proibição da divisão do espaço. O Plano diretor também determina o recuo de seis metros em ambas as ruas nas construções de esquina ou com duas frentes.

Para evitar problemas tanto na aprovação das construções ou até mesmo o andamento de obras irregulares, a APRPP - Associação dos Proprietários do Residencial Parque dos Príncipes auxilia os proprietários de lotes no bairro (localizado na zona Oeste da capital Paulista), arquitetos e engenheiros quanto à determinação da Subprefeitura do Butantã sobre uso e ocupação do solo na região. “Após a mudança da Lei de Zoneamento no município de São Paulo em 2004, quando o Parque dos Príncipes passou da classificação de Zona 2 (permitia edificações de comércio e serviços de âmbito local, ausência de recuo em uma das laterais do terreno, entre outros pontos) para ZER-1 tivemos o cuidado de estar sempre à disposição dos residentes para dirimir qualquer tipo de dúvida em relação à construção e assim evitar dificuldades posteriores no projeto”, explica Winfried Ludewig, vice-presidente do Conselho Superior da APRPP

Eduardo Schirrmeister, arquiteto e urbanista responsável por mais de 60 projetos no Parque dos Príncipes, diz que hoje a Prefeitura de São Paulo por meio da Subprefeitura do Butantã, tem obrigação de obedecer às restrições contratuais do loteamento da região ao analisar e aprovar o projeto para a construção de uma nova residência. “Para qualquer profissional projetar nesse tipo de Zona, é necessário um maior cuidado com os recuos e, principalmente, com as áreas verdes, que passaram a ser de 30% da área do terreno”, completa. 

Segundo ele o novo Plano Diretor e a mudança de zoneamento que afetou o Residencial, no entanto, geraram um problema para os lotes de esquina ou com duas frentes. “A prefeitura considerava um recuo de cinco metros para a rua principal e de dois para a rua secundária, mas hoje, como não são citados tais casos nas restrições contratuais do loteamento, o município entende que deve haver um recuo mínimo de seis metros em ambas as ruas, diminuindo bastante a área útil para a construção no lote”, afirma.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

QUEIXAS CONTRA CONSTRUTORAS AUMENTAM 22% NA BAIXADA SANTISTA

Segundo levantamento da AMSPA - Associação dos Mutuários de São Paulo e Adjacências, das 297 reclamações contra construtoras registradas no primeiro semestre deste ano, na Baixada Santista, 31% estão na cidade de Santos. Entre os problemas mais comuns estão: atrasos na entrega do imóvel, defeitos na obra e taxas abusivas como Sati e corretagem.

A cidade de Santos é a bola da vez no mercado imobiliárioCom o avanço decorrente da exploração de petróleo e os investimentos para a expansão do porto, a Baixada Santista vive o boom imobiliário. Para se ter uma ideia, no período de março de 2011 a março de 2012, foram lançadas 5.665 unidades na região, conforme mostra pesquisa do Secovi - Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Comerciais de São Paulo. Nos últimos cinco anos, houve a valorização de 139,6% no preço médio do metro quadrado. Em alguns casos, o valor do metro quadrado, para imóveis de 4 dormitórios, no local chega a custar R$ 10,4 mil. 

Ao mesmo tempo que crescem os lançamentos de empreendimentos na região, surgem também os problemas. Entre eles, atrasos na obra; vícios ou defeitos de construção; e cobrança de taxas abusivas como Sati - Serviço de Assessoria Técnica Imobiliária (cobrança feita por imobiliárias do percentual de 0,88% sobre o valor total do bem, alegando custos de assistência jurídica) e corretagem (taxas entre 6% a 8% que as construtoras cobram para pagar a comissão do corretor).

Conforme dados da AMSPA - Associação dos Mutuários de São Paulo e Adjacências, de janeiro a junho de 2012, houve 297 reclamações referentes às construtoras. Dessas, 83 dos reclamantes deram entrada na Justiça. O resultado apresentou um aumento de 22% nas queixas e um crescimento de 16% nas ações impetradas junto ao Poder Judiciário. Os dados são comparativos ao mesmo período de 2011, quando houve, respectivamente, 244 descontentes e 72 ações judiciais. Das 297 queixas no primeiro semestre de 2012, 31% delas estão na cidade de Santos, 28% na Praia Grande, 25% no Guarujá, 12% em São Vicente e 4% em outras cidades da Baixada Santista.    

Para Marco Aurélio Luz, presidente da AMSPA, as construtoras prometem ao comprador a entrega do imóvel em um prazo que não vão cumprir devido à falta de planejamento e de infraestrutura. “Na maioria das vezes, a incorporadora se vale do direito do prazo de tolerância de 180 dias para postergar a entrega das chaves, mas que na verdade, o período é valido apenas nos casos de força maior, como enchentes e terremoto”, recomenda. “Além disso, as construtoras sabem que poucos mutuários irão recorrer à Justiça, em muitos casos pela de falta informação. Por isso então não dão a mínima satisfação”, completa.  Diante deste cenário, muitos compradores enfrentam dificuldades como: arcar com aluguel enquanto aguardam pela liberação do bem, adiar planos (como casamento) e, em muitos casos, isso faz com que o comprador desista do sonho da casa própria.

Para evitar problemas, seja com construtoras ou bancos, Marco Aurélio Luz, presidente da AMSPA aconselha os consumidores sempre ter em mãos,no momento da compra, um exemplar da “Cartilha do Mutuário – Volume Imóvel na Planta”, editada pela entidade. “O informativo contém 20 questões cruciais, que ajudam a esclarecer, de forma simples e prática, as principais dúvidas e os cuidados antes de fechar a compra”, orienta. Para ter acesso ao conteúdo da cartilha, os interessados podem acessar o site www.amspa.org.br e baixar o conteúdo disponível em PDF.


Para aqueles que adquiriram seu bem na planta e querem se precaver contra problemas durante a construção, a solução indicada pela AMSPA é formar a “Comissão de Representantes”. Sua constituição está prevista na “Lei do Condomínio e da Incorporação” e especificada no artigo 55 da lei 4591/64. “A formação da comissão vai possibilitar, aos proprietários de imóveis, fiscalizar a obra em fase de construção. Por meio do monitoramento, os futuros moradores poderão ficar cientes sobre todo o andamento da obra, desde a qualidade do material que está sendo utilizado até o cumprimento do cronograma previsto no contrato, entre outros procedimentos”, explica. “A união dos consumidores será fundamental na luta pelos seus direitos, para que não sejam enganados tanto pelas construtoras como pelas instituições financeiras”, alerta Luz.


SERVIÇO:

Os mutuários que se encontram na mesma situação podem recorrer à AMSPA para obter mais esclarecimentos. Os interessados podem entrar em contato pelo telefone (13) 3252-1665 ou comparecer em uma das unidades da entidade, com o contrato e os comprovantes do que já foi pago. Endereços e mais informações no site: www.amspa.org.br .

terça-feira, 28 de agosto de 2012

YOGA AO AR LIVRE

No Residencial Parque dos Príncipes a ordem é exercitar o corpo e promover o maior contato com a natureza. Para isso, no próximo sábado (25), a partir das 10 horas, a APRPP – Associação dos Proprietários do Residencial Parque dos Príncipes vai realizar a 3º Yoga ao Ar Livre.  

O evento que espera reunir cerca de 50 pessoas, entre moradores do Parque e do seu entorno. Para participar, basta trazer uma toalha ou colchonete. A atividade terá a duração de 1 hora e será realizada na Praça Durval Breda Cardoso com rua Euzébio de Paula Marcondes, 1009, no bairro da zona Oeste da Capital paulista.

Todos os participantes deverão fazer aquecimento no início da atividade e ao término haverá alongamento, supervisionados pela professora de yoga Denise Franco. Durante o exercício, a organização distribuirá água mineral e barras de cereais.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

SUSTENTABILIDADE NOS AMBIENTES DE SAÚDE SERÁ TEMA DO V CONGRESSO DA ABDEH

Um dos assuntos mais discutidos no momento é a sustentabilidade. Para se ter uma ideia, no País há mais de 500 empreendimentos com certificado de construções verdes, conforme dados Green Building Council BrasilEssa tendência está ganhando também adesão nos projetos das edificações hospitalares. Para falar sobre o assunto, a arquiteta Ana Virginia Carvalhaes de Faria Sampaio estará presente no V Congresso Brasileiro para o Desenvolvimento do Edifício Hospitalar, promovido pela ABDEH - Associação Brasileira para o Desenvolvimento do Edifício Hospitalar no mês de setembro, em São Paulo.

Cada vez mais cresce a preocupação com as construções verdes. Só no Brasil há mais de 500 empreendimentos com a certificação ambiental LEED - Leadership in Energy and Environmental Design registradas pelo USGBC - Green Building Council, organização mundial sem fins lucrativos com representação no Brasil. A estimativa é que até o final do ano o número de prédios verdes ultrapasse a 650, o que torna o Brasil o 4° no ranking mundial atrás apenas dos Estados Unidos, China e Emirados Árabes. Já para 2013 das novas construções entregues nas cidades de São Paulo, Curitiba e Rio de Janeiro pelo menos 50% delas já terão certificação LEED.  No Brasil também há a certificação AQUA - Alta Qualidade Ambiental desenvolvido no País a partir da certificação francesa Démarche HQE.           

A tendência de projetos sustentáveis também está crescendo nos edifícios hospitalares. No País, estabelecimentos de saúde como Delboni Auriemo, Fleury Medicina e Saúde e o Hospital Israelita Albert Einstein já adotaram elementos verdes nas suas construções. A questão do meio ambiente e sustentabilidade nos ambientes de saúde será um dos assuntos discutidos no V Congresso Brasileiro para o Desenvolvimento do Edifício Hospitalar. O evento promovido pela ABDEH- Associação Brasileira para o Desenvolvimento do Edifício Hospitalar, que terá como tema “Ambientes de saúde: projetos, práticas e perspectivas”, vai acontecer de 4 a 7 de setembro, no Bourbon Convention Ibirapuera, na cidade de São Paulo (SP).     

Para a arquiteta Ana Virginia Carvalhaes de Faria Sampaio, o conforto e as questões relacionadas com sustentabilidade fazem parte hoje da grande maioria dos projetos. “Podemos verificar, principalmente nos últimos 10 anos, uma maior preocupação com as questões ambientais por parte dos arquitetos responsáveis por projetos na área hospitalar e também por parte dos fornecedores de insumos”, ressalta.

A opinião da especialista é compartilhada por Fabio Bitencourt, presidente da ABDEH. “O hospital sustentável é um conceito que veio para ficar e cada vez mais estará contido em leis, normas, regulamentos e nos princípios da formação dos arquitetos. Além disso, os materiais de construção, os equipamentos prediais e os métodos de trabalho deverão instruir-se nas bases do desenvolvimento sustentável”, afirma. “Este não é um assunto esgotável, muito pelo contrário, ele é dinâmico e complexo, assim como os componentes da assistência à saúde e dos edifícios concebidos para tal”, completa.

Segundo Ana Virginia, autora da tese de doutorado “Arquitetura hospitalar: projetos ambientalmente sustentáveis, conforto e qualidade. Proposta de um instrumento de avaliação”, pela FAUUSP - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, para projetar um edifício hospitalar verde deve-se levar em consideração os seguintes aspectos: ambientais - preocupação em adequar o projeto ao meio ambiente aproveitando os recursos naturais locais; econômico - utilização de sistema construtivo racional, padronização, flexibilidade, modulação, reutilização de materiais evitando desperdícios e produção de resíduos, mão de obra qualificada e tecnologia que permita redução no consumo de energia e de água; sociais - preocupar com a satisfação dos usuários envolvidos em todas as etapas da construção e o que é fundamental, sem se esquecer das questões estéticas. “Projetar um edifício hospitalar sustentável é projetar levando em consideração os princípios básicos da Arquitetura e Urbanismo, é fazer Arquitetura”, assegura.

De acordo com a arquiteta, um projeto que procura utilizar recursos naturais resultará em um ambiente saudável, de qualidade e possibilitará aos seus usuários maior satisfação e bem-estar nas atividades que ali serão desenvolvidas. “Arquitetura sustentável é aquela compromissada com o conforto ambiental, adequada ao clima local, integrada ao entorno, preocupada com a qualidade do ambiente e com a satisfação do seu usuário”, explica. “Também pode minimizar o desconforto de ambientes hospitalares geralmente frios, impessoais, com odores e ruídos peculiares, com pessoas sofrendo e profissionais apressados, tornando-os mais humanos”, completa.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

V CONGRESSO SOBRE EDIFICAÇÃO HOSPITALAR CONTARÁ COM CINCO PALESTRANTES INTERNACIONAIS

Jain Malkin, Liliana Font, Romano Del Nord, Silvana Codina e Luciano Monza são os palestrantes internacionais que vão participar do V Congresso Brasileiro para o Desenvolvimento do Edifício Hospitalar. O evento organizado pela ABDEH- Associação Brasileira para o Desenvolvimento do Edifício Hospitalar acontecerá no mês de setembro, na cidade de São Paulo (SP).

O gerenciamento e o planejamento das edificações hospitalares são fundamentais para o bom funcionamento dos estabelecimentos de saúde. Nesse contexto, é relevante responsabilidade de engenheiros, arquitetos, administradores hospitalares, médicos, enfermeiros, designers. Com o objetivo de contribuir para a melhoria dos ambientes de saúde e discutir sobre tendências na área, a ABDEH- Associação Brasileira para o Desenvolvimento do Edifício Hospitalar promove o V Congresso Brasileiro para o Desenvolvimento do Edifício Hospitalar. O evento, que terá como tema “Ambientes de saúde: projetos, práticas e perspectivas”, vai acontecer de 4 a 7 de setembro, no Bourbon Convention Ibirapuera, na cidade de São Paulo (SP).     

Nesta edição, já estão confirmados os palestrantes internacionais: Jain Malkin (Estados Unidos), Liliana Font (Argentina), Romano Del Nord (Itália), Silvana Codina (Argentina) e Luciano Monza (Argentina). Para falar sobre “Projetos Baseados em Evidências”, Jain fará conferência no terceiro dia de evento, 6 de setembro, na parte da manhã. A diretora do Center for Health Design vai compartilhar com os presentes, por meio de estudos realizados, como a elaboração de projeto arquitetônico que pensa no bem-estar do paciente e das equipes de saúde contribui para a recuperação dos atendidos e na redução de erros médicos. Além da participação na conferência, a pesquisadora participará da mesa-redonda “Perspectiva para a Rede de Saúde no Brasil e no Mundo”.

No mesmo dia (6), na parte da tarde, o professor e arquiteto Romano Del Nord fará conferência sobre “Tendências Internacionais de Hospitais de Excelência”. O coordenador do grupo de pesquisas sobre Tecnologia e Sistema para Edificação de Saúde (TESIS) da Universitá di Firenze (Itália) vai abordar os impactos na área da saúde com o avanço da tecnologia. Entre as mudanças estão os cuidados com pacientes, que vão além do tratamento tradicional. Com isso, os hospitais passam a não ser mais meros espaços físicos em termos de diagnósticos e terapia, mas estende a promoção da saúde para a comunidade. Nord também estará presente na mesa-redonda com Jain Malkin e o médico especialista na área de Gastrocirurgia Nacime Samomão Mansur.

Já a arquiteta e professora Liliana Font vai falar sobre experiências em arquitetura para a saúde avaliando como os modelos que inspiraram os projetos das últimas décadas migram para as tendências “sustentáveis” do amanhã. Sua conferência será no segundo dia do V Congresso, 5 de setembro, na parte da manhã. Um dos assuntos que a vice-presidente do Comitê Executivo da IFHE – Internacional Federation of Hospital Engineering irá expor é sobre a importância da utilização dos elementos arquitetônicos, como o uso da cor e da luz, entre outros, podem contribuir para a humanização dos ambientes de saúde. E à tarde, Liliana também participará da mesa-redonda com o tema “Interfaces na Saúde: Espaços e Tecnologias”, ao lado do médico especialista em Pediatria e Neonatologia pela Sociedade Brasileira de Pediatria Antônio Pires e dos arquitetos Siegbert Zanettini e Claudia Amorim. 

No dia 6 de setembro, o V Congresso Brasileiro para o Desenvolvimento do Edifício Hospitalar terá ainda a participação dos palestrantes internacionais Silvana Codina (no período da tarde) e Luciano Monza (no período da manhã). Monza discutirá sobre “Ambientes de Urgência e Emergência” com a arquiteta Maria José Lucena Branco, consultora do Ministério da Saúde na Coordenação Geral de Urgência e Emergência da Secretaria de Assistência à Saúde e de Luiz Maurício Plotkowski, médico e especialista em Medicina de Desastre e Catástrofes. No painel, os especialistas vão discutir sobre como os projetos arquitetônicos e a administração hospitalar podem adequar-se com as mudanças das funções rotineiras dos ambientes de saúde nos casos de um acidente ou tragédia que possa causar um grande número de vítimas. Já Silvana abordará os “Novos Paradigmas no Design para a saúde”  no mesmo painel onde participará o engenheiro João de Lucca Souza, diretor corporativo de Engenharia e Patrimônio do Grupo Fleury e idealizador de projetos de edificações com certificação LEED Gold na área de Medicina Diagnóstica.   

SERVIÇO:
Congresso Brasileiro para o Desenvolvimento do Edifício Hospitalar
Realização: ABDEH
Período: de 4 a 7 de setembro de 2012
Local: Bourbon Convention Ibirapuera
Avenida Ibirapuera, 2.927 – São Paulo (SP)
Investimentos: de R$ 200 a R$ 1.000 p/pessoa física e de R$ 490 a R$ 1.000 p/pessoa jurídica, sem hospedagem inclusa. Os valores são válidos até o dia 24 de agosto.

Mais informações e inscrições pelo telefone (11) 3056-6000 ou no sitewww.abdeh2012.com
Acompanhe a programação em: www.abdeh2012.com

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

RECLAMAÇÕES CONTRA CONSTRUTORAS CRESCEM 31% NO SEMESTRE

Os casos de descontentamento de mutuários contra construtoras e bancos não param de crescer na cidade de São Paulo. Segundo levantamento da Associação dos Mutuários de São Paulo e Adjacências (AMSPA), de janeiro a junho de 2012, o número de queixas de proprietários de imóveis comprados na planta foi de 1.163. No mesmo período, as reclamações referentes às instituições financeiras atingiram 526 casos.

Na mesma proporção em que aumentam as vendas de imóveis e a liberação de financiamento imobiliário, as reclamações contra construtoras e bancos disparam entre os mutuários. As queixas campeãs no ranking do descontentamento são: atraso na obra; vícios ou defeitos de construção; taxas abusivas como Sati e corretagem; cobrança de juros sobre juros e saldo residual.

Conforme dados da AMSPA - Associação dos Mutuários de São Paulo e Adjacências, de janeiro a junho de 2012, houve 1.163 reclamações referentes às construtoras. Dessas, 540 dos reclamantes deram entrada na Justiça. O resultado apresentou um aumento de 31% nas queixas e um crescimento de 35% nas ações impetradas junto ao Poder Judiciário. Os dados são comparativos ao mesmo período de 2011, quando houve, respectivamente, 888 descontentes e 400 ações judiciais.

Já em relação aos casos de desacordo no financiamento, as reclamações atingiram o número de 526, no primeiro semestre de 2012, contra 390 do ano anterior, representando uma elevação de 35%. Dos queixosos de 2012, 372 moveram ações contra 270 em 2011, atingindo um aumento de 38%.

Para evitar problemas, seja com construtoras ou bancos, Marco Aurélio Luz, presidente da AMSPA aconselha os consumidores sempre ter em mãos, no momento da compra, um exemplar da “Cartilha do Mutuário – Volume Imóvel na Planta”, editada pela entidade. “O informativo contém 20 questões cruciais, que ajudam a esclarecer, de forma simples e prática, as principais dúvidas e os cuidados antes de fechar a compra”, orienta. Para ter acesso ao conteúdo da cartilha, os interessados podem acessar o site www.amspa.org.br e baixar o conteúdo disponível em PDF.

Para aqueles que adquiriram seu bem na planta e querem se precaver contra problemas durante a construção, a solução indicada pela AMSPA é formar a “Comissão de Representantes”. Sua constituição está prevista na “Lei do Condomínio e da Incorporação” e especificada no artigo 55 da lei 4591/64. “A formação da comissão vai possibilitar aos proprietários de imóveis a fiscalizar a obra em fase de construção. Por meio do monitoramento, os futuros moradores poderão ficar cientes sobre todo o andamento da obra, desde a qualidade do material que está sendo utilizado até o cumprimento do cronograma previsto no contrato, entre outros procedimentos”, explica. “A união dos consumidores será fundamental na luta pelos seus direitos, para que não sejam enganados tanto pelas construtoras como pelas instituições financeiras”, alerta Luz.

Todos esses cuidados podem evitar problemas futuros, como arcar com aluguel enquanto aguarda pela liberação do bem, adiar planos (como casamento) e, em muitas situações, isso faz com que o comprador desista da casa própria ou refaça seus planos pessoais. Esse foi o caso de Israel Santana da Silva, que depois do atraso de mais de um ano e meio na entrega do imóvel resolveu desistir da compra. “Eu tinha até entrado na Justiça para reivindicar os meus direitos, por conta da não entrega das chaves no prazo estabelecido no contrato. Mas diante dos fatos (a construção do empreendimento continua paralisada), revolvi pedir a rescisão e até já comprei outro imóvel pronto”, esclarece. “Agora estou tentando acordo com a construtora para reaver o dinheiro de volta. Caso não devolvam 100% do que paguei irei recorrer ao Poder Judiciário”, completa . 

SERVIÇO:

Os mutuários que se encontram na mesma situação podem recorrer à AMSPA para obter mais esclarecimentos. Os interessados podem entrar em contato pelo telefone (11) 3292-9230 ou comparecer em uma das unidades da entidade, com o contrato e os comprovantes do que já foi pago. Endereços e mais informações no site: www.amspa.org.br .

terça-feira, 14 de agosto de 2012

INSCRIÇÕES ABERTAS PARA O V CONGRESSO SOBRE DESENVOLVIMENTO DO EDIFÍCIO HOSPITALAR

Estão abertas as inscrições para o V Congresso Brasileiro para o Desenvolvimento do Edifício HospitalarCom o tema, “Ambientes de saúde: projetos, práticas e perspectivas”, o evento organizado pela ABDEH- Associação Brasileira para o Desenvolvimento do Edifício Hospitalar,acontecerá no mês de setembro, na cidade de São Paulo (SP). A Comissão Científica da ABDEH ainda receberá pôsteres de trabalhos realizados e referentes ao tema até o dia 15 de agosto .

Acontece de 4 a 7 de setembro, o V Congresso Brasileiro para o Desenvolvimento do Edifício Hospitalar. O evento, organizado pela ABDEH - Associação Brasileira para o Desenvolvimento do Edifício Hospitalarreunirá mais de 600 profissionais de diversas áreas de atuação no planejamento, construção e gestão de edifícios de saúde (arquitetos, engenheiros, administradores hospitalares, médicos, enfermeiros, designers e outros)no Bourbon Convention Ibirapuera, na cidade de São Paulo (SP).

O V Congresso contará com 11 conferencistas e palestrantes nacionais e 4 internacionais que discutirão temas como: Humanização nos Ambientes de Saúde; Planejamento, Meio Ambiente e Sustentabilidade; Interfaces na Saúde: Espaços e Tecnologias; Ambientes e Urgência e Emergência; Novos Paradigmas no Design para a Saúde, entre outros assuntos. Além das palestras, no último dia do encontro, acontecerão visitas técnicas a alguns dos principais hospitais de São Paulo: Vitória Amil, Unidade São José da Beneficência Portuguesa, Sírio-Libanês, Paulistano Amil e Oswaldo Cruz.

Para arquiteta Ana Paula Naffah Perez, presidente executiva do V Congresso, a realização do evento será uma ocasião para reunir profissionais da área em torno das questões relacionadas à arquitetura dos ambientes de saúde. “O encontro pretende estabelecer importantes ações, com vistas à melhor qualidade dos ambientes de saúde no Brasil”, explica. “O tema do V Congresso, ‘Ambientes de saúde: projetos, práticas e perspectivas’, será uma oportunidade para que seja feita uma reflexão da atualidade e do futuro das edificações hospitalares”, completa.

Trabalhos técnicos  

Até o dia 15 de agosto, a comissão científica do V Congresso Brasileiro para o Desenvolvimento do Edifício Hospitalar recebe pôsteres sobre o tema “Ambientes de saúde: projetos, práticas e perspectivas”. “Os interessados devem encaminhar projetos arquitetônicos ou de engenharia, além de pesquisa no formato de pôsteres”, explica Fábio Bitencourtmembro da Comissão Científica e presidente da ABDEH - Associação Brasileira para o Desenvolvimento do Edifício Hospitalar. 

E completa: “Nos dias 5 e 6 de setembro serão apresentados os 8 trabalhos científicos selecionados pela Comissão Científica que, neste ano, recebeu um importante número de trabalhos provenientes de diversos países da América Latina”. 

Durante o V Congresso, os pôsteres selecionados ficarão em exposição permanente para serem avaliados por uma banca julgadora, que elegerá o pôstermelhor elaborado sob o aspecto do conteúdo e da apresentação. Além disso, todos os participantes receberão certificados pela participação.   

SERVIÇO:
Congresso Brasileiro para o Desenvolvimento do Edifício Hospitalar
Realização: ABDEH
Período: de 4 a 7 de setembro de 2012
Local: Bourbon Convention Ibirapuera
Avenida Ibirapuera, 2.927 – São Paulo (SP)
Investimentos: de R$ 200 a R$ 1.000 p/pessoa física e de R$ 490 a R$ 1.000 p/pessoa jurídica, sem hospedagem inclusa. Os valores são válidos até o dia 24 de agosto.

Mais informações e inscrições pelo telefone (11) 3056-6000 ou no sitewww.abdeh2012.com
Acompanhe a programação em: www.abdeh2012.com

Submissão de trabalhos científicos no V Congresso
Período de inscrição: Até 15 de agosto de 2012.
Endereço para envio:
Av. Ibirapuera, 2.907 - cj 1124 - CEP: 04029-200 - Moema - São Paulo - SP
Assunto: Poster - V CBDEH

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

COMO A SEGURANÇA PRIVADA PODE AJUDAR NO TRABALHO DA POLÍCIA

Com o intuito de diminuir a criminalidade no bairro, moradores estão adotando serviços de vigilância privada para complementar o trabalho feito pela segurança pública. Os proprietários de imóveis no Residencial Parque dos Príncipes, localizado na zona Oeste da capital Paulista, há muito tempo aderiram à iniciativa. Para os policiais militares que atendem a região, ten. cel. Ulisses Puosso E cap. Eliel Pontirolli, o trabalho conjunto com a comunidade local tem gerados frutos positivos

A segurança é dever do Estado, garante a Constituição nacional, mas com os altos índices de criminalidade registrados no País, a sensação de insegurança tem feito com que a população recorra à contratação de empresas especializadas em proteção patrimonial e pessoal.

Só no Brasil, há 2 mil empresas que atuam no mercado de segurança privada. O faturamento do setor chega a movimentar R$ 32 bi anuais, conforme mostra o levantamento da Abrevis - Associação Brasileira das Empresas de Vigilância. Além disso, o número de vigilantes particulares, hoje em 600 mil, ultrapassa o contingente das polícias Federal, Civil e Militar que é de 500 mil. Só a cidade de São Paulo conta com 100 mil profissionais fardados.

Por tudo isso, o trabalho conjunto entre a segurança privada e a pública, como acontece no Residencial Parque dos Príncipes, bairro do Butantã, zona Oeste de São Paulo, mostra-se eficaz para inibir a violência urbana.

Para Ulisses Puosso, tenente-coronel do 16º Batalhão da Policia Militar Metropolitano (BPM/M) a parceria com a segurança privada é essencial para o compartilhamento de informações. “Os vigilantes são fundamentais para completar o trabalho de proteção à população. Esses profissionais nos dão apoio nas ocorrências, se antecipam nas tentativas de crime acionando a polícia. Além disso, esses seguranças fazem um levantamento da criminalidade na região e compartilham os dados conosco para que sejam tomadas providências para combater a violência”, ressalta.

“Não há como negar a importância da segurança privada. Sua ausência pode agravar ainda mais os casos de roubos e furtos na região. A aproximação desse serviço com a Polícia Militar é extremamente útil para combater a criminalidade”, afirma Winfried Ludewig, vice-presidente do Conselho Superior da APRPP - Associação dos Proprietários do Residencial Parque dos Príncipes.

Sobre a parceria com a APRPP, Puosso diz que o trabalho se intensificou no início de março deste ano, após tentativas de roubos no Residencial. Para se ter uma ideia do problema o número de ocorrências no Parque dos Príncipes foi de 1 em janeiro, 2 em fevereiro, aumentou para 8 em março e baixou para 4 em abril e 2 em maio. Já no mês de junho não foi registrada nenhuma ocorrência e em julho apenas 1. “Neste período, concentramos os nossos esforços aumentando a ronda com viaturas e motos da PM. Também colocamos nossa base móvel em determinadas ocasiões. Isso sem deixar de mencionar o apoio da equipe da segurança privada da associação. Por conta dessas iniciativas, a tendência dos índices de criminalidade é  diminuir na região”, esclarece.    

Já o capitão Eliel Pontirolli, responsável pelo comando da Polícia Militar da região Oeste da Capital, informa que a parceria da PM com a segurança privada, até o momento, tem gerado efeitos positivos. “No caso do Parque dos Príncipes, por ser uma área atípica, pois é bairro residencial planejado, com entradas e saídas localizadas, torna-se vulnerável por causa do entorno. Mesmo assim, a ocorrência de roubos e furtos é baixa, com índices parecidos aos condomínios fechados de Barueri e Santana do Parnaíba, por conta da vigilância preventiva”, acrescenta.

Segundo Pontirolli, os investimentos em segurança feitos pela APRPP também refletem na diminuição de roubos e furtos da região. “Os vigilantes são essenciais para levantar dados sobre a criminalidade do local. Eles atuam como nossos aliados na luta contra a violência e quem ganha com essa união é a população”, explica. Ele acrescenta: “A segurança só vai funcionar se todos nós cidadãos formos vigilantes. Não basta ter dispositivos tecnológicos e contratar profissionais especializados, se as nossas atitudes facilitarem a ação da criminalidade”.

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

A IMPORTÂNCIA DA INTEGRAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO E DA ARQUITETURA HOSPITALAR

De acordo com José Cleber do Nascimento Costa, diretor geral do INDSH – Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano, o trabalho conjunto entre arquitetos e o administradores faz com que o edifício hospitalar seja um ambiente acolhedor, tanto para os pacientes como para os profissionais da saúde.

Oferecer um atendimento personalizado aos pacientes, proporcionar um espaço mais humanizado e pensar na sua infraestrutura que vão desde seu planejamento até a operacionalização. Além disso, a preocupação inclui fazer uma boa gestão que possa atender às necessidades específicas do estabelecimento de saúde. Esses e outros cuidados são essenciais para manter a excelência dos serviços prestados no ambiente hospitalar. Para que esse trabalho seja realizado da melhor forma, a integração entre a administração e a arquitetura é fundamental.  


Para José Cleber do Nascimento Costa, diretor geral do INDSH - Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano, a combinação entre a melhor técnica arquitetônica e uma gestão de excelência faz com que o hospital cumpra seu papel de ser o guardião da saúde da comunidade. “A teoria administrativa, quando casada com a arquitetura hospitalar, faz do edifício hospitalar um ambiente perfeito para que o médico encontre o seu paciente e entregue a esse o que ele veio buscar: saúde e felicidade”, afirma.


Ele diz que o trabalho conjunto traz benefícios a todos os envolvidos na questão da saúde, entre eles: médicos, enfermeiros, administradores, arquitetos e outros profissionais. Segundo Costa, os principais ganhadores são os pacientes que vão contar com processos assistenciais mais estáveis e seguros. “Arquitetos e administradores hospitalares nasceram para realizar juntos os seus serviços e nem poderia ser de outra forma! Esses dois atores se encontram e fazem o planejamento do edifício de saúde, pensando antecipadamente em itens estratégicos, como: conforto, logística, atendimento, qualidade e resultados. É um verdadeiro trabalho de equipe, no qual cada parte apresenta seus conhecimentos para o bem comum”, ressalta.


A preocupação com uma boa administração hospitalar também inclui os cuidados com a estrutura dos hospitais sob a direção do INDSH. Pensando nessa necessidade, José Cleber contratou o arquiteto Ênio Shimabukuro, profissional especializado em ambientes de saúde, para fazer um diagnóstico da estrutura física do Hospital Regional de Sorriso (MT). “Desde que assumimos a gestão, há quatro meses, já estava em estudo essas modificações”, explica. “O projeto está em fase inicial de execução. O arquiteto já visitou nossa unidade e em breve apresentará propostas para atualização da estrutura do local, que tem mais de vinte anos sem intervenções”, completa.

Para discutir mais sobre o tema “A integração da Administração e da Arquitetura Hospitalar”, o diretor geral do INDSH ministrará duas palestras. A primeira acontecerá nesta quarta (08), em Florianópolis (SC). A segunda será no dia 10 (sexta), na cidade de Porto Velho (RO). Os eventos são realizados em parceria com a ABDEH - Associação Brasileira para o Desenvolvimento do Edifício Hospitalar. “Vou expor aos presentes que a Engenharia, os equipamentos, as pessoas e os insumos de um hospital, como roupas, remédios, alimentos, gases medicinais e tantos outros, são todos itens que vem depois da Arquitetura e da Administração. Essas duas ciências são responsáveis por quantificar e qualificar todos esses tópicos com antecedência”, adianta. “Além disso, vou abordar temas como: ‘Trabalho em Equipe’; ‘SIG – Sistema de Informações Gerenciais e o Planejamento Hospitalar’; ‘Motivação para os Atores de Saúde’ e “Governança Corporativa na Área de Saúde”, acrescenta. 



SERVIÇO
Palestra: “A Integração da Administração e da Arquitetura Hospitalar”
Palestrante: José Cleber do Nascimento Costa

Dia 8 de agosto (quarta), às 19h30
Local: Dita Pizza (Rodovia Admar Gonzaga, Itacorubi, Florianópolis - SC)
Investimentos: Associados ABDEH – Gratuito
Não associados – R$40
Mais informações e inscriçõesabdeh@abdeh.org.br e abdeh.sc@abdeh.org.br ou pelo telefone (48) 3233-3440 com Inara Rodrigues.
Realização: ABDEH, Regional SC 



Dia 10 de agosto (sexta), das 8h30 às 18h30
Local: Auditório do Hotel Rondon (Avenida Jorge Teixeira, 491 – N. Sra. das Graças - Porto Velho -RO)
Investimentos: Gratuito
Mais informações e inscrições: abdeh@abdeh.org.br e abdeh.ro@abdeh.org.br ou pelo telefone (69) 9907-9933 com Maria de Nazareth de Souza França.
Realização: ABDEH, Regional RO

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

INDÚSTRIA: MAIS PRAZO PARA O PAGAMENTO DE TRIBUTOS

Por Ricardo Martins*

O setor industrial brasileiro já sofre com o pagamento das mais altas cargas tributária do mundo, com custos elevados de energia e gás, com a defasagem cambial, com juros altos e investimentos ineficientes na infraestrutura, o que eleva os gastos com logística, entre outros entraves que afetam a competitividade do setor.

O caos tributário brasileiro não para por aí. A estabilidade econômica revela mais uma mazela que aflige o empresariado industrial: pagar impostos mesmo antes de receber as vendas que os originaram. A dura realidade é que além de suportar a mais alta carga tributária do mundo a indústria brasileira ainda se vê obrigada a tomar empréstimos bancários para pagar impostos sobre vendas que só receberá muito mais adiante. Estudos do CIESP - Centro das Indústrias do Estado de São Paulo / FIESP - Federação das Indústrias do Estado de São Paulo revela que as indústrias estão pagando impostos com uma antecipação de 49 dias antes do recebimento das vendas.

Esse desalinhamento, entre a entrada das receitas e o pagamento de impostos, elevou os encargos das empresas brasileiras em R$ 7,5 bilhões/anuais. Montante esse que poderia ser usado em mais investimentos no setor, na geração de mais empregos e renda, com vistas a elevar o consumo e a produção.

Na década de 80 até o início de 90, a antecipação do pagamento do PIS, Cofins, IPI e ICMS se justificava por causa da hiperinflação. Naquele período, o IPCA – Índice de Preços ao Consumidor chegava a ser superior a 80%. Hoje, a realidade é outra, para se ter uma ideia: de janeiro a julho deste ano, o índice da inflação chegou a 2,91%. Por isso, 20 anos após essa fase turbulenta, já não tem sentido insistir nos prazos de antecipação para a quitação dos impostos.

Devido a tudo isso e à estagnação da produção industrial brasileira, o CIESP / FIESP acaba de encaminhar proposta de prorrogação do recolhimento de impostos aos governos federal e estadual, baseando o pedido no estudo (Necessidade de Capital de Giro para Recolhimento de Tributos e o seu Custo Financeiro para a Indústria de Transformação) realizado pelas entidades que comprova a necessidade de alteração dos prazos de recolhimento para 60 dias.

Para não afetar as contas públicas, o prazo de pagamento seria postergado em cinco dias, a cada mês corrente. Ao fim de um ano, o total chegaria a 60 dias de prorrogação e o tempo de recolhimento dos encargos ficaria mais alinhado com o recebimento dos valores obtidos com as vendas da produção.

Se aprovada, a alteração diminuirá em 80,47% o recolhimento antecipado da PIS, Cofins e IPI. Já o prazo entre o pagamento de tributos e o recebimento das vendas cairia para 47 dias. Na prática, isto significa, em comparação a 2011, uma economia de R$ 63,9 bilhões no capital de giro e de R$ 3,7 bilhões de custo financeiro. No caso do ICMS, a redução entre a quitação dos tributos e das vendas seria de 60,64% e o prazo do recolhimento do tributo diminuiria para 41 dias. Essa mudança vai representar uma redução de R$ 139,5 bilhões no capital de giro e R$ 7,5 bilhões/anuais nos custos financeiros das cobranças do PIS, Cofins, IPI e ICMS.

Além disso, essa mudança beneficiará muito as micro e pequenas empresas, pois reduz a necessidade de usar o capital de giro para pagamento de impostos. Muitas dessas companhias não dispõem de reserva de caixa e têm dificuldade de conseguir crédito junto às instituições financeiras. Isso sem falar na utilização frequente do fundo de investimento próprio, que pode inviabilizar o crescimento da indústria, ou seja, brecar os investimentos para uma possível expansão nas áreas de inovação, pesquisa e desenvolvimento ou, até mesmo, na produção.

Chega de tomar dinheiro em banco para pagar impostos está é a afirmação diante deste cenário, já está mais que na hora, a adequação dos prazos entre o pagamento dos impostos e a entrada das receitas. Sem isso, o setor industrial e, principalmente, as empresas menores serão os mais prejudicados. A mudança não ajudará somente o segmento produtivo, mas servirá como estímulo às atividades econômicas. Cabe o apoio dos nossos governantes na adoção dessas medidas e beneficiar o desenvolvimento de nosso País.

* Ricardo Martins é diretor do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP) - Distrital Leste (www.ciespleste.com.br) e diretor de Relações Internacionais e Comércio Exterior da FIESP. Também é vice-presidente do SICETEL - Sindicato Nacional das Indústrias de Trefilação e Laminação de Metais Ferrosos. E-mail: linkciespleste@gmail.com.

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

RECLAMAÇÕES CONTRA EMBARGO NA OBRA DOBRAM NA REGIÃO DE CAMPINAS

Segundo levantamento da AMSPA – Associação dos Mutuários de São Paulo e Adjacências, de janeiro a junho deste ano, o número de queixas sobre embargo de obra na Região Metropolitana de Campinas foi de 50. Para Marco Aurélio Luz, presidente da entidade, é importante que dono do imóvel pesquise a idoneidade da construtora antes de fechar o negócio.

Após pagar boa parte das parcelas do financiamento da tão sonhada casa própria, o dono do imóvel se depara com vários problemas. Um dos mais comuns é o não cumprimento do prazo da entrega da obra ou, em muitos dos casos, o consumidor descobre que a construção do seu empreendimento está paralisada por motivos como: irregularidades, falta de registro do imóvel ou até mesmo o abandono por parte da construtora.

Esse foi o caso de Erika Fernanda Simões que realizou o sonho da compra do imóvel em maio de 2009. Porém a entrega do empreendimento Ambience II da construtora Goldfarb, prevista para março de 2011, não foi cumprida. “Soube do embargo da construção por meio de jornais. Só fomos comunicados formalmente pela incorporadora após 15 dias”, relata. “Entrei em contato várias vezes e toda vez prometiam uma data diferente para a entrega”, completa.

Erika passou por transtornos ocasionados pelo embargo da obra, como problema financeiro devido custos extras com aluguel e depois ter que renovar o contrato de locação por conta do atraso. “Tive muito stress, nervoso que afetou minha saúde, enfim muita dor de cabeça por ver o meu sonho adiado”. “Agora o meu empreendimento foi desembargado e recebi as chaves do meu imóvel (em julho de 2012), mesmo assim vou recorrer à Justiça atrás dos meus direitos”, acrescenta.

Situações como essas são muitos comuns. Conforme pesquisa da AMSPA – Associação dos Mutuários de São Paulo e Adjacências, houve um aumento de 117% nas reclamações de embargo na obra na Região Metropolitana de Campinas. De janeiro até junho de 2012, o número de queixas foi de 50. No mesmo período do ano passado houve 23 no total.

Para Marco Aurélio Luz, presidente da entidade, é importante que o futuro proprietário faça um levantamento sobre a construtora para não seja pego de surpresa com problemas futuros. “O comprador deve passar em frente à obra e verificar se há operários trabalhando; solicitar uma certidão da incorporadora junto ao setor de empreendimentos da Prefeitura; e pedir a certidão de ônus reais no Cartório de Registro de Imóveis”, explica.

Já para aqueles que estão com a obra embargada, a alternativa é notificar a construtora na Justiça para exigir explicações. Enquanto isso, o dono do imóvel pode suspender o pagamento das prestações. Para não ficar inadimplente, o indicado é o mutuário depositar os próximos pagamentos em Juízo. “Se o prazo da entrega do empreendimento estiver vencido e a construção continuar paralisada, o adquirente pode entrar com uma ação para cancelar o contrato. Nesses casos, cabe à devolução dos valores pagos em dobro (incluindo os valores já depositados em Juízo), além de danos morais e materiais”, esclarece o presidente da AMSPA.   

Além disso, é também direito do comprador, quando a obra está embargada, convocar uma assembleia geral entre os proprietários para montar uma “Comissão de Representantes”. Com a sua formação, os donos do imóvel vão poder se unir para fiscalizar o andamento da obra ainda na fase de construção.  A constituição da “Comissão de Representantes” está prevista na “Lei do Condomínio e da Incorporação” e especificada no Artigo 55 da Lei 4591/64. “Uma alternativa para os condôminos que já formaram a ‘Comissão de Representantes’ é poder destituir a construtora e assim poder assumir a continuação da obra. Mas antes, o mutuário deve intimar a incorporadora na Justiça. Caso não dê continuidade na construção no prazo de 30 dias, aí sim poderá cuidar da construção”, sugere Luz. 

Marco Aurélio alerta que enquanto a construção do empreendimento estiver interrompida, o dono do bem não poderá revender a propriedade. Caso o faça, o adquirente estará realizando uma venda ilícita. “Devido à suspensão do alvará do apartamento, que está registrado na matrícula do imóvel, o comprador fica impedido de comercializar o bem. Nessas situações, se o embargo demorar muito tempo, o indicado é o mutuário pedir todo o dinheiro de volta com as correções devidas”. 

SERVIÇO:

Os mutuários que se encontram na mesma situação podem recorrer à AMSPA para obter mais esclarecimentos. Os interessados podem entrar em contato pelo telefone (11) 3292-9230 ou comparecer em uma das unidades da entidade, com o contrato e os comprovantes do que já foi pago. Endereços e mais informações no site: www.amspa.org.br .

terça-feira, 7 de agosto de 2012

ARQUITETURA HOSPITALAR APOSTA EM PROJETOS SUSTENTÁVEIS

Um dos assuntos mais discutidos no momento é a sustentabilidade. Para se ter uma ideia, no País há mais de 500 empreendimentos com certificado de construções verdes, conforme dados Green Building Council Brasil. Essa tendência está ganhando também adesão nos projetos das edificações hospitalares.


Cada vez mais cresce a preocupação com as construções verdes. Só no Brasil há mais de 500 empreendimentos com a certificação ambiental LEED - Leadership in Energy and Environmental Design registradas pelo USGBC - Green Building Council, organização mundial sem fins lucrativos com representação no Brasil. A estimativa é que até o final do ano o número de prédios verdes ultrapasse a 650, o que torna o Brasil o 4° no ranking mundial atrás apenas dos Estados Unidos, China e Emirados Árabes. Já para 2013 das novas construções entregues nas cidades de São Paulo, Curitiba e Rio de Janeiro pelo menos 50% delas já terão certificação LEED.  No Brasil também há a certificação AQUA - Alta Qualidade Ambiental desenvolvido no País a partir da certificação francesa Démarche HQE.            

A tendência de projetos sustentáveis também está crescendo nos edifícios hospitalares. No País, estabelecimentos de saúde como Delboni Auriemo, Fleury Medicina e Saúde e o Hospital Israelita Albert Einstein já adotaram elementos verdes nas suas construções. Para a arquiteta Ana Virginia Carvalhaes de Faria Sampaio, o conforto e as questões relacionadas com sustentabilidade fazem parte hoje da grande maioria dos projetos. “Podemos verificar, principalmente nos últimos 10 anos, uma maior preocupação com as questões ambientais por parte dos arquitetos responsáveis por projetos na área hospitalar e também por parte dos fornecedores de insumos”, ressalta. 

A opinião da especialista é compartilhada por Fabio Bitencourt, presidente da ABDEH - Associação Brasileira para o Desenvolvimento do Edifício Hospitalar. “O hospital sustentável é um conceito que veio para ficar e cada vez mais estará contido em leis, normas, regulamentos e nos princípios da formação dos arquitetos. Além disso, os materiais de construção, os equipamentos prediais e os métodos de trabalho deverão instruir-se nas bases do desenvolvimento sustentável”, afirma. “Este não é um assunto esgotável, muito pelo contrário, ele é dinâmico e complexo, assim como os componentes da assistência à saúde e dos edifícios concebidos para tal”, completa. 

Segundo Ana Virginia, autora da tese de doutorado “Arquitetura hospitalar: projetos ambientalmente sustentáveis, conforto e qualidade. Proposta de um instrumento de avaliação”, pela FAUUSP - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, para projetar um edifício hospitalar verde deve-se levar em consideração os seguintes aspectos: ambientais - preocupação em adequar o projeto ao meio ambiente aproveitando os recursos naturais locais; econômico - utilização de sistema construtivo racional, padronização, flexibilidade, modulação, reutilização de materiais evitando desperdícios e produção de resíduos, mão de obra qualificada e tecnologia que permita redução no consumo de energia e de água; sociais - preocupar com a satisfação dos usuários envolvidos em todas as etapas da construção e o que é fundamental, sem se esquecer das questões estéticas. “Projetar um edifício hospitalar sustentável é projetar levando em consideração os princípios básicos da Arquitetura e Urbanismo, é fazer Arquitetura”, assegura.

De acordo com a arquiteta, um projeto que procura utilizar recursos naturais resultará em um ambiente saudável, de qualidade e possibilitará aos seus usuários maior satisfação e bem-estar nas atividades que ali serão desenvolvidas. “Arquitetura sustentável é aquela compromissada com o conforto ambiental, adequada ao clima local, integrada ao entorno, preocupada com a qualidade do ambiente e com a satisfação do seu usuário”, explica. “Também pode minimizar o desconforto de ambientes hospitalares geralmente frios, impessoais, com odores e ruídos peculiares, com pessoas sofrendo e profissionais apressados, tornando-os mais humanos”, completa.

A arquiteta Ana Virginia Carvalhaes de Faria Sampaio estará presente no V Congresso Brasileiro para o Desenvolvimento do Edifício Hospitalar, promovido pela ABDEH no mês de setembro, em São Paulo.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

DESISTIU DA COMPRA DO IMÓVEL? SAIBA DOS SEUS DIREITOS

 Atraso na obra, inadimplência ou até mesmo arrependimento do negócio são algumas das situações que têm levado à desistência da compra do imóvel. Porém, os casos de reclamações quanto à devolução do valor incorreto cresceu 60%, conforme mostra o levantamento da AMSPA – Associação dos Mutuários de São Paulo e Adjacências.


Os problemas referentes ao atraso na entrega do imóvel têm levado muitos consumidores a pedirem a rescisão do contrato. O que era para ser um motivo de alívio tem trazido muitas dores de cabeça aos compradores. Segundo dados da AMSPA – Associação dos Mutuários de São Paulo e Adjacências, de janeiro a maio deste ano, 128 foi o número de reclamações contra construtoras, devido à incorreção do valor devolvido após o cancelamento do contrato, sendo que 95% dos consumidores deram entrada em ações na Justiça. Já no ano passado, as queixas atingiram 80 casos e 97% recorreram ao Poder Judiciário. O resultado mostra um aumento de 60% de descontentes em 2012 em comparação a 2011. 

Segundo João Bosco Brito da Luz, assessor jurídico da AMSPA, o índice de ingresso de ações é alto porque o comprador não aceita a proposta da devolução da quantia da construtora, que gira de 30 a 60% do valor já pago pelo comprador. “O mutuário, mesmo no caso de inadimplência ou arrependimento do negócio tem o direito de cancelar o contrato e receber a quantia já paga de uma só vez e com a correção monetária devida”, explica. 

De acordo com Luz, no caso de cancelamento do negócio a construtora só poderá descontar no máximo 10% do valor pago com despesas administrativas. Embora a determinação do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) seja esse percentual e a devolução seja feita em uma única parcela, na prática a realidade é outra. “Na maioria dos casos de rompimento do contrato, o que acaba acontecendo é o comprador se sujeitando à devolução de seu dinheiro parcelado. Além disso, o proprietário acaba aceitando cobranças de índices superiores a 20%, o que é pior, o cálculo é feito em cima do valor total do imóvel e não sobre a quantia paga até o momento do cancelamento”, assegura presidente da AMSPA. “Isso acontece porque o desistente fica com medo de não receber seu dinheiro e acaba aceitando a proposição irregular”, acrescenta.

João Bosco Brito alerta que se a rescisão do contrato for por motivo de problema pessoal do adquirente, ele tem o direito de receber 90% do valor já pago de volta e de uma só vez. Já nos casos de distrato por motivo de atraso na obra ou irregularidade no empreendimento, o dono do imóvel deve receber 100% do valor com as devidas correções. “A maior parte das ocorrências de pedido de término de contrato acontece devido ao não cumprimento do prazo para a entrega do imóvel”, ressalta. “Todos os mutuários que estiverem enfrentando problemas idênticos, colocamos o jurídico da AMSPA à disposição para esclarecer eventuais dúvidas e ajudar na defesa de sua causa”, completa.

SERVIÇO:

Os mutuários que desejam mais esclarecimentos sobre os prazos de prescrição dos contratos de imóveis podem recorrer à AMSPA. Os interessados podem entrar em contato pelo telefone (11) 3292-9230 ou comparecer em uma das unidades da entidade, com o contrato e os comprovantes do que já foi pago. Endereços e mais informações no site: www.amspa.org.br.

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

COMO CUIDAR DAS ÁREAS VERDES DO BAIRRO SEM ELEVAR CUSTOS

Na capital paulista, há menos de 6 metros quadrados de área verde por habitante, quando a Organização Mundial de Saúde recomenda que haja pelo menos o dobro. Já no Residencial Parque dos Príncipes, situado no bairro do Butantã, há nada menos que 236.000 m2 de áreas verdes com milhares de árvores nativas. Para preservar estas áreas, a APRPP - Associação dos Proprietários do Residencial Parque dos Príncipes contratou a empresa SCM, a qual designou a engenheira agrônoma Heloísa Amaral Antunes para orientar os trabalhos.



Áreas verdes bem cuidadas valorizam as propriedades e proporcionam qualidade de vida aos moradores e à vizinhança. Para preservar a vegetação, ampliar a biodiversidade dos 236.000 m2 do Parque e manter a limpeza de uma área tão extensa, a Associação dos Proprietários assinou 12 termos de parceria com a Subprefeitura do Butantã, o que inclui a manutenção de 10 praças. Por meio destas parcerias, os moradores associados promoveram o plantio de árvores nativas como araucárias (pinheiros do Paraná) angicos, aroeiras, embaúbas, jacarandás, jatobás, ipês, paus-ferro, paus-brasil, sibipirunas, quaresmeiras, suinãs, urucuns, cambucis, palmiteiros, entre outras. Construção de trilhas calçadas para passeios, corridas e caminhadas; remoção de lixo, de detritos e árvores caídas e a preservação de nascentes completam o conjunto das ações realizadas pela Associação.

“Durante muitos anos, a Associação contratou funcionários e utilizou máquinas e equipamentos próprios. Recentemente terceirizou os serviços, recorrendo à SCM, uma empresa especializada na área, visando obter um trabalho mais profissional e eficiente, menor complexidade administrativa, maior facilidade de controle e ainda uma redução de custos” explica Winfried Ludewig, vice-presidente do Conselho Superior da APRPP.

A engenheira agrônoma Heloísa Amaral Antunes, diz que o trabalho de manutenção das áreas verdes do Parque é uma oportunidade não só de aplicar os conhecimentos profissionais, mas também de adquirir novas habilidades. “O maior desafio é lidar com a logística das atividades, para que nenhuma área fique sem atenção por muito tempo”, explica Heloísa que detalha as atividades do dia a dia: “Corte do mato utilizando roçadeiras motorizadas; coroamento ou remate, podas de condução e adubação para as mudas de árvores; podas de limpeza de galhos secos em árvores adultas; controle de formigas cortadeiras (saúva e quenquém) e outras pragas; jardinagem de manutenção e plantio de novas mudas em canteiros floridos”.

Para as tarefas no Residencial, a SCM mantém uma equipe de 11 funcionários, sendo 6 roçadores, 2 ajudantes gerais, 1 tratorista, 1 jardineiro e 1 líder, além da engenheira agrônoma. “Essa equipe cuida de toda a área paulistana do Parque dos Príncipes, das áreas verdes e também de manutenção geral, como canteiros de ruas, varrição e algumas tarefas extras esporádicas”, relata Heloísa.

Ela diz que o trabalho que vem sendo feito é reconhecido pelos moradores. “Sempre recebo elogios. Desde uma tarefa das mais simples até a finalização de uma atividade complexa. Por isso procuramos realizar nossos serviços da melhor forma possível: para que o Parque seja um local agradável de morar e visitar”.

Porém, segundo Ludewig as áreas verdes do Parque possuem um extraordinário potencial de desenvolvimento e estariam exigindo mais investimentos. Entretanto, muitos associados discordam de participar das despesas geradas por esta atividade e não estão dispostos a aceitar qualquer aumento. “Resta então usar a criatividade para racionalizar o emprego dos recursos disponíveis e melhorar os índices de produtividade. Se conseguirmos que a Prefeitura aumente sua participação, ótimo!” diz.

Ele adianta que no próximo mês, a APRPP lançará entre os moradores a campanha ‘Adote uma árvore!’. “Isto poderá tornar-se um belo hobby para nossos ecologistas de plantão e será a salvação para muitas arvorezinhas combalidas. Haverá também uma convocação para revigorar e conquistar novas adesões para nossa tradicional Comissão do Verde, que sempre se empenhou pelo progresso ambiental do Parque”.

O diretor administrativo da APRPP, Alexandro Welikow, introduziu um sistema de medição das tarefas, para saber exatamente quantas horas “homem/máquina” são necessárias para realizar cada uma delas, possibilitando um planejamento mais objetivo. “Planejar a concessão de férias dos operários para o período seco (quando o mato cresce menos), a fim de ter a equipe completa na época das chuvas (quando o mato cresce mais) é outra providência de racionalização que Alexandro está tomando”, diz Winfried Ludewig.

Criar uma compostagem dos resíduos vegetais no próprio Parque, para reduzir os custos de ensacamento e transporte dos resíduos e para dispor do composto a fim de aumentar a fertilidade de solos empobrecidos, é mais uma idéia a ser posta em prática. Outra iniciativa é melhorar a eficiência dos equipamentos e mecanizar a varrição. Há dois tratores em serviço, um da APRPP e outro da SCM, quando bastaria um. “Um deles poderia ser substituído por uma caminhonete para agilizar o transporte do pessoal, do maquinário e o trabalho de supervisão”, sugere Ludewig.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

IMÓVEIS: FIQUE ATENTO AO PRAZO PARA RECORRER À JUSTIÇA

Problemas como taxas indevidas, atrasos na obra e juros abusivos são mais comuns do que deveriam ser. Por conta desta realidade, os donos de imóveis devem recorrer à Justiça para fazer valer os seus direitos. A AMSPA – Associação dos Mutuários de São Paulo e Adjacências, no entanto, alerta os mutuários para que não percam o prazo de prescrição do contrato para entrar com ação.


Segundo levantamento da AMSPA – Associação dos Mutuários de São Paulo e Adjacências, de janeiro a maio deste ano, o número de reclamações sobre atraso na entrega da obra aumentou 23%, atingindo 762 queixas contra 620 em 2011. Além do não cumprimento do prazo para a entrega, os juros indevidos e a cobrança de taxas abusivas, como SATI e Corretagem também são outras reclamações que tem sido recorrentes na instituição. 

Segundo João Bosco Brito da Luz, assessor jurídico da AMSPA, explica que com a facilidade de acesso à informação, os mutuários estão mais cientes dos seus direitos. “Antes muitos contratos de financiamento embutiam a cobrança de taxas indevidas e o futuro mutuário não tinha conhecimento da sua ilegalidade. Agora, o dono do imóvel conhece essa prática e está requerendo o ressarcimento desses valores. Muitos, porém, perdem o prazo para entrar com a ação”. 

Para os consumidores lesados quanto as taxas abusivas, que inclui o SATI – Serviço de Assessoria Técnica Imobiliária e a comissão do corretor, o prazo para reclamar em juízo é de três anos e começa a contar após o seu pagamento total. Já aos juros indevidos ou demais incorreções na cobrança do financiamento o tempo para recorrer à Justiça é de cinco anos a partir do termino do contrato. “É importante que o mutuário tenha um auxílio de um especialista para alertar quanto a incorreções do seu contrato para que o adquirente do bem possa correr atrás de seus direitos”, alerta João Bosco Brito

Nas situações de atraso da obra, o tempo para recorrer à Justiça é de cinco anos. O prazo passa a contar a partir da entrega das chaves ou expedição do “Habite-se”. “O proprietário do imóvel pode pleitear, no Poder Judiciário, o pagamento da multa de 2% e mais os juros de mora de 1% ao mês pelo atraso, desde o primeiro dia do não cumprimento do prazo, estabelecido em contrato, para entrega do imóvel”, esclarece Luz.

No caso de cobrança ilegal no financiamento, se o consumidor recorrer ao Poder Judiciário terá o direito de receber de volta a quantia em dobro acrescida de correção monetária, juros, além de ser ressarcido por danos materiais, conforme determina o Artigo 42, do Código de Defesa do Consumidor. “Já no caso de sinistro, o prazo para reclamar do seguro é de um ano, a contar da data de sua assinatura”, esclarece.


SERVIÇO:

Os mutuários que se encontram na mesma situação podem recorrer à AMSPA para obter mais esclarecimentos. Os interessados podem entrar em contato pelo telefone (11) 3292-9230 ou comparecer em uma das unidades da entidade, com o contrato e os comprovantes do que já foi pago. Endereços e mais informações no site: www.amspa.org.br.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

BOLSÕES RESIDENCIAIS OU COMUNIDADE PROTEGIDA?

Por Reinaldo Franco*


Com intuito de oferecer melhor qualidade de vida aos seus moradores, várias associações de bairro, em São Paulo, têm optado em projetos como, “Comunidade Protegida” ou “Bolsões Residenciais”. Essas medidas, em convênio com as autoridades de trânsito servem de moderação do tráfego e visam diminuir o fluxo de carros em vias locais de áreas residenciais. A iniciativa proporciona mais tranquilidade aos residentes, diminui o número de acidentes e contribui para uma melhor segurança, além de ajudar na preservação de áreas verdes.  

Porém, a implantação de cada projeto tem suas características específicas dependendo da região pleiteante. No caso do programa “Comunidade Protegida”, esse deve atender normas estabelecidas, pela Prefeitura de São Paulo em conjunto com a CET – Companhia de Engenharia de Tráfego, para garantir que as intervenções atendam os padrões estabelecidos. A ideia é utilizar medidas de moderação de tráfego, como rotatórias com floreiras, pavimentos diferenciados, ampliação de áreas verdes, calçadas mais largas e faixa elevada para travessia de pedestres. Essas alterações modificam o fluxo de trânsito nas vias residenciais e induzem os motoristas a conduzirem seus veículos com velocidade reduzida nessas áreas. Também ensinam e ter mais respeito com a comunidade e com o meio ambiente. 

O programa foi inspirado no modelo do Traffic Calming, da Europa e Estados Unidos, com a proposta de trazer de volta a atmosfera das antigas vilas, que serviam aos moradores como local de convivência e lazer e não apenas como rotas para veículos. Bairros como a Vila Paulista (zona Sul da Capital paulista), Caxingui e City Boaçava (zona Oeste), respectivamente, já adotaram os requisitos propostos pela Prefeitura paulistana. Esperamos que mais associações de bairro possam optar por essas iniciativas pioneiras para que as modificações no sistema viário contribuam para a melhoria da qualidade de vida urbana de todos os moradores das regiões atendidas pelo programa.  

No caso paulistano, para aprovar a criação da “Comunidade Protegida”, é preciso da aprovação pelo menos de 70% dos residentes da região. Após essa etapa, os responsáveis têm um prazo de 90 dias para providenciar a documentação requerida. Também é importante salientar que a comunidade é responsável pela arrecadação de recursos para as obras e pelo levantamento de dados do sistema viário do lugar. Todas as alterações são feitas sem, no entanto, prejudicar a fluidez geral do trânsito, ou seja, requisições para o fechamento de ruas isoladas, colocação de lombadas e pedidos sobre segurança pública não são consideradas medidas de moderação de tráfego.  

Já os residentes de outros municípios de São Paulo estão adotando o programa intitulado “Bolsões Residenciais”. Os moradores que querem solicitar medidas de diminuição de tráfego na sua região devem atender aos procedimentos de sua localidade. Um exemplo desta realidade é que fez recentemente, a Prefeitura de Osasco, que sancionou a Lei Municipal no 4455, cujo objetivo é regulamentar a implantação do programa de moderação de vias de acesso na cidade. O projeto com as mesmas características da Capital paulista, mas dele difere por estabelecer a aprovação de, no mínimo, 80% dos proprietários de residências da área, além de realizar duas reuniões abertas ao público para sua implementação. 

Outro diferencial é a permissão de fechamento total de algumas vias de circulação em locais estritamente ou predominante residenciais, o que restringe o acesso de quem não reside nesses lugares, porém, onde há ligações com outros bairros ou municípios, essas ruas devem ser mantidas livres ao tráfego, pois são consideradas de uso comum da população. Em Osasco, todas as solicitações são encaminhadas por meio da Secretaria de Habitação e Desenvolvimento Urbano. Essa proposta também foi adotada em outras cidades do Estado de São Paulo, como Ribeirão Preto e Campinas.

Tanto os “Bolsões Residenciais” como a “Comunidade Protegida” são projetos importantes, que visam o desenvolvimento sustentável e a melhoria da qualidade de vida dos moradores. A iniciativa é um estímulo para resgatar, nos grandes centros, a tranquilidade típica das cidades pequenas. Futuramente, é inevitável que mais e mais comunidades adotem esses programas, fazendo com que os bairros residenciais nas grandes cidades ganhem uma paisagem diferenciada. Os benefícios com a implantação dos projetos são louváveis, pois a diminuição da circulação de veículos nas localidades residenciais também é uma forma de auxiliar o trabalho da segurança, com isso todos ganham. No entanto, é essencial o respeito dos limites legais. É preciso cuidado para que as alterações do programa de moderação de tráfego não prejudiquem o direito de ir e vir da população .