sexta-feira, 30 de abril de 2021

Produto BNDES Crédito Serviços 4.0 é discutido na reunião do GTMAV

Objetivo do financiamento é apoiar empresas na aquisição de serviços tecnológicos previamente credenciados no Portal CFI do BNDES

“O BNDES Crédito Serviços 4.0, lançado em setembro do ano passado para atender pleito da indústria, foi fruto de um trabalho dentro do Grupo de Trabalho Manufatura Avançada (GTMAV) da ABIMAQ, CNI, SENAI, EMBRAPII após dois anos de discussões”, afirmou Giselle Rezende, gerente de financiamentos da ABIMAQ, na abertura da reunião do GTMAV, realizada no dia 26 de fevereiro. Ela ressaltou a importância da linha lançada em meio a pandemia com vistas ao aumento da produtividade das empresas.

Bruno Gellert, presidente do GTMAV, enfatizou que o BNDES está fazendo um excelente trabalho ao facilitar o acesso ao crédito para as soluções 4.0. “Eu tive uma experiencia muito forte com Finame numa startup fabricante de máquinas a laser em 2010 ao levar uma tecnologia nova para toda a indústria, por meio de financiamento. Agora temos um produto com condições mais interessantes focado em tecnologias 4.0”.  

Representando o BNDES, Gabriel Aidar, Matheus Chaguri, Fernanda Garavini, Gustavo Athayde Gonçalves e José Antônio Pereira esclareceram sobre as condições operacionais da linha de Crédito Serviços 4.0:

- Beneficiários: Pessoas jurídicas de direito privado e setor público (Estados, Municípios e concessionários) e Produtores rurais.

- Taxa de juros: 

Custo Financeiro: TFB ou TLP ou Selic

+ Taxa BNDES: 0,95% a.a. 

+ Taxa Agente Financeiro: negociável

- Participação: 100% com possiblidade de 20% de giro associado do valor total financiado

- Prazo e carência: Até 120 meses, incluído o prazo de carência de até 24 meses.

- Limite por operação: até R$ 5 milhões.

Eles ressaltaram que a linha do BNDES apoia serviços tecnológicos associados a uma das categorias, tais como: manufatura enxuta, digitalização, Internet das coisas (IoT), manufatura avançada, desenvolvimento de novos produtos e processos, tecnologias industrias básicas, eficiência energética e redução de resíduos. “Desde o lançamento do Produto, já houve 23 empresas credenciadas e 51 serviços cadastrados”, enumera Gabriel Aidar. 

Os representantes do BNDES enfatizaram a significância do produto em virtude do leque de opções voltado aos serviços tecnológicos, ponderando que a indústria 4.0 contribui com a produtividade e competitividade do setor.  

Na ocasião, expuseram como realizar o cadastro dos fornecedores e dos serviços tecnológicos através do Portal CFI (https://web.bndes.gov.br/CFI/), cuja relação de documentos necessários deve ser digitalizada, conforme listadas abaixo:

- Credenciamento de Fornecedores de Serviços Tecnológicos:

• ECF (.txt) ou DAS (.pdf)

• RAIS (.txt)

• Contrato Social

• Logotipo (Catálogo)

• Detalhamento da estrutura

• Fotos

• Descrição da equipe

• Serviços prestados

- Credenciamento dos Serviços Tecnológicos:

• Foto (Catálogo)

• Descritivo Técnico

• Currículo do responsável técnico

• Notas Fiscais (chave eletrônica)

• Fornecimentos anteriores

• Vídeo explicativo

• Catálogo 

quinta-feira, 29 de abril de 2021

Ana Paula Paschoalino é reeleita presidente da CSMEG para biênio 2021-2023

Em entrevista ao Informaq, Ana Paula Paschoalino ressalta a importância do trabalho conjunto com as associadas da CSMEG para fortalecer a cadeia de Máquinas e Equipamentos para Gravação, Impressão, Acabamento e Conversão. Confira a seguir:

Como você analisa o atual momento do segmento de Máquinas e Equipamentos para Gravação, Impressão, Acabamento e Conversão?

O nosso setor é muito misto. A parte envolvida com panfletos e eventos tiveram um grande baque. Já o nicho para a fabricação de embalagens, papel e papelão para as áreas de alimentação e farmacêutica houve um bom crescimento. No entanto, a maioria dos nossos associados conseguiram um ótimo desempenho no ano passado e no início de 2021 porque adaptaram-se a nova realidade do mercado encontrando nichos aquecidos como das divisórias e dobradeiras para fazer barreiras de proteção antiviral, entre outros produtos. Apenas sentimos o enfraquecimento até setembro de 2020, mas já no final do ano houve uma aquecida que continuou até março. Agora com as novas restrições, o segmento recuou um pouco. Apesar disso, a maioria das empresas relataram que estão com serviços e encomendas de máquinas até o meio deste ano e outras para o segundo semestre. 

Quais os principais desafios para o setor?

O desafio já comum no mercado é a luta para desmitificar que o desmatamento é causado pela impressão e o papel. Inclusive, temos parceria com Two Sides, que é uma organização internacional cujo objetivo é promover a sustentabilidade da cadeia de suprimentos de comunicação gráfica e de embalagens celulósicas, para fazer campanhas mensais com informação correta sobre a utilização do papel e da madeira, além da análise do mercado. 

Quais ações pretende realizar no biênio 2021-2023 em prol das associadas?

Além de dissipar os equívocos ambientais comuns com relação a impressão e papel, pretendo junto dos meus vice-presidentes consolidar a plataforma chamada Pravocv, com informações relacionadas ao setor de comunicação visual e impressão gráfica. A iniciativa permite que nossas associadas se cadastrem gratuitamente, além de empresas da cadeia produtiva, que desejam ficar mais próximas da mídia digital ao permitir a exposição de suas informações com isso gerar oportunidades de negócios. Também vamos dar continuidade ao trabalho com ações para fortalecer a cadeia de máquinas e equipamentos de gravação, impressão, acabamento e conversão diante da pandemia por meio da união das empresas. 

Composição da diretoria para biênio 2021-2023:

Presidente - Ana Paula Paschoalino  - VP Máquinas

VICE-PRESIDENTES

Bernardo Antonio Collaço - Prest-Mac Comercial e Industrial Ltda.

José Carlos Magazoni - Reinos Indústria e Comércio Ltda. (Reinaflex)

quarta-feira, 28 de abril de 2021

Oportunidades de fornecimento para os projetos da Chevron Brasil são abordadas na reunião da CSENO

Representante da Chevron Brasil expôs que a previsão de novos projetos da empresa é para o quarto trimestre de 2022

“Muitas das vezes o fornecedor tem demandas e nós da Câmara Setorial de Equipamentos Navais, Offshore e Onshore (CSENO), por temos uma base de parceiros associados muito grande, auxiliamos o operador a encontrar empresas que possam suprir suas necessidades”, afirmou Bruno Galhardo, presidente da CSENO, na abertura da reunião, realizada no dia 18 de março.   

Denise Gouveia, gerente Estratégica de Compras da Chevron Brasil, enfatizou que é muito bom ter esse acesso centralizado para conseguir fornecedor, pois facilita no entendimento do mercado sobre o que está disponível e os seus gargalos. 

Com relação aos projetos, Denise disse que a empresa não está operando nenhum no momento, mas tem parcerias com operadores. “Nós temos bloco que operamos (destacado em amarelo no quadro ao lado), mas estamos alinhando com nossos parceiros a fim de partir para uma campanha exploratória com previsão de ocorrer os projetos no quarto trimestre de 2022”. 

A representante da Chevron Brasil colocou que a empresa procura parcerias com fornecedores comprometidos com o País, promovam o crescimento econômico local, criem valor para os negócios e para a comunidade e alinhados com as seguintes qualidades: excelente registro de segurança, experiência e capacidade de entrega, boas práticas na área de conformidade, eficiência de custos, viabilidade financeira, preços competitivos, foco no cliente, soluções inovadoras de negócios e tecnologia, inovação e transformação digital, foco em sustentabilidade (boas práticas sociais, ambientais e éticas).

terça-feira, 27 de abril de 2021

Plano Nacional de Energia é apresentado pela Empresa de Pesquisa Energética em reunião

Informações do estudo subsidiarão o planejamento estratégico das empresas fornecedoras de máquinas  equipamentos sob os diferentes cenários dos futuros possíveis nos mercados de petróleo, gás, biocombustíveis e bioenergia

“Ter uma indústria forte é essencial para o desenvolvimento do Brasil. Para isso, um dos insumos principais desse setor é a energia. Por isso é importante que os investidores pensem em termos de investimentos a longo prazo e na segurança de abastecimento energético para suprir as necessidades da própria empresa” (mais destalhes no gráfico abaixo), afirmou Heloisa Borges Esteves, diretora de Estudos do Petróleo, Gás e Biocombustíveis da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), em encontro, realizado no dia 16 de março. 

Pela ABIMAQ, participaram do evento José Velloso, presidente executivo, Idarilho Nascimento, presidente do Conselho de Óleo e Gás e Alberto Machado, diretor de Petróleo, Gás Natural, Bioenergia e Petroquímica da ABIMAQ.

Heloisa explicou que o Plano Nacional de Energia 2050 (PNE 2050) é uma estratégia de longo prazo do planejador em relação à expansão do setor de energia e que pode ser entendida como processo em três etapas:

Ela ressaltou que o PNE 2050 considera quatro aspectos: impactos ambientais, desenvolvimento socioeconômico, segurança nos riscos de suprimento de energia e competitividade. “O plano se propõe a construir consensos em torno de grandes questões e caminhos para o setor energético nacional, porque o planejamento do Brasil não é impositivo, ele é indicativo para saber quais os rumos que o governo está vendo para o setor. No entanto, o avanço desse plano exige consensos e entender que movimentos devemos iniciar agora para colher frutos daqui a 15, 20, 30 anos”. 

DIRETRIZES ESTRATÉGICAS

O plano sugere que as empresas mantenham foco no aproveitamento dos recursos de petróleo, ampliando a exportação, mas se preparando para eventuais instabilidades no mercado e guerras de preços. Além disso, deve-se atentar para oportunidades de investimento no país para que a indústria do petróleo possa a compensar suas emissões e desenvolver novas soluções de baixo carbono na transição energética.

O relatório aponta que a demanda por gasolina perde importância, de 35% em 2015 para 25% no cenário Desafio da Expansão (22% no cenário de Estagnação). 

Com relação ao óleo diesel utilizado no transporte rodoviário de cargas aumenta sua já elevada representatividade, de 47% em 2015 para 51% em 2050 em ambos os cenários. Também haverá oportunidade para biodiesel, HVO (diesel verde) e gás natural no segmento de transporte. 

O PNE 2050 destaca que é preciso promover o desenvolvimento eficiente do mercado e infraestrutura de gás natural, identificando futuras sinergias possíveis com soluções emergentes, tais como o hidrogênio e setores industriais estratégicos (ex.: fertilizantes, relacionado a segurança alimentar).“Como resultado do Novo Mercado de Gás, estima-se que os preços finais do gás natural estejam na faixa de US$ 4 a 5/MMBtu para os contratos firmes e de US$ 8 a 10/MMBtu para os contratos flexíveis em 2050”, comentou Heloisa.

O documento realça que é necessário pensar no aproveitamento energético dos resíduos da agropecuária com produção descentralizada de biogás/biometano e bioeletricidade.

A representante da EPE reforçou que os cenários do setor energético estão cada vez mais marcados pelo combate das mudanças climáticas e pela busca de um desenvolvimento sustentável. “Grande parte das nações e até os investidores começam apresentar na sua agenda essa temática energética que fala não apenas de reduzir os custos e os riscos de abastecimento, mas também diminuir as emissões. O Brasil tem uma elevada oferta de recursos energéticos renováveis, então precisamos usar isso como uma fortaleza nossa e apostar nesse ativo energético”.

segunda-feira, 26 de abril de 2021

Oportunidades de negócios para as indústrias no Estado do Rio de Janeiro são apresentadas

Evento, promovido pela ABIMAQ, em parceria com o Sebrae RJ, contou com a participação de representantes do BNDES e da CODIN com o objetivo de abordar a geração de negócios no pós-pandemia e apresentar os instrumentos de estímulo disponíveis para competitividade das empresas da região  

“A ideia é mostrar as oportunidades na geração de negócios que temos no Rio de Janeiro e como as entidades aqui presentes podem apoiar as empresas que venham operar ou já operam no Estado”, afirmou Alberto Machado , diretor de Petróleo, Gás, Bioenergia e Petroquímica da ABIMAQ, na abertura do evento, realizado no dia 2 de março. 

Renato Regazzi, Gerente de Grandes Empreendimentos do SEBRAE, destacou em sua apresentação como a convergência setorial pode ser uma excelente estratégia competitiva para o desenvolvimento das micro e pequenas empresas. “Essa integração entre os setores econômicos que muitas vezes não se enxergam como parceiros, mas que podem ser complementares e correlatos. Se integrados, é possível alavancar a cadeia de valor das empresas clientes, por meio de inter-relações e cooperação, com foco na inovação, na melhoria de processos, marcas, produtos e serviços”.   

Segundo o representante do SEBRAE, a convergência tem a premissa de integração. “O Estado precisa integrar suas cadeias produtivas e seus setores por meio do diálogo e da troca de informações e conhecimento, além de aproveitar as suas vantagens comparativas para realmente evidenciar as vantagens competitivas de fato, contribuindo para a melhoria do ambiente de negócio no Brasil”. 

Para Regazzi, uma empresa não está sozinha, ela tem que fazer parte de uma rede mesmo informal. “Instituições como, o Sebrae e a ABIMAQ, tem uma série de programas para fomentar as redes de empresas locais para melhorar o seu empreendedorismo”. 

Marcos Perez, superintendente de Mercado Interno da ABIMAQ, expôs as ações da entidade para geração de negócios entre associados, enfatizando eventos como Rodadas de Negócios e Encontros Empresariais, estudos de inteligência de mercado, banco de dados do setor industrial (Datamaq) e representatividade política junto ao poder público federal e municipal podem ajudar nesse processo. 

Para Perez, a convergência setorial é importante na defesa da competitividade do Brasil. “Isso vai contribuir para gerar mais renda e emprego no país”. 

CRÉDITO

Viviane Cardoso, da Área de Operações e Canais Digitais do BNDES, apresentou produtos do banco para apoio às MPMEs e na Transformação Digital. “O apoio do BNDES às MPMEs vem se intensificando ao longo dos anos. Nos anos 1990, as MPMEs representavam 15% dos desembolsos do banco, em 2020 essa participação superou a metade do crédito concedido (53%).

Giselle Rezende, gerente do Departamento de Financiamentos da ABIMAQ, ressaltou que o papel do Departamento de Financiamentos da ABIMAQ é ajudar as empresas no acesso ao crédito e se manterem competitivas. “Nós buscamos parcerias para que os fabricantes de máquinas e equipamentos, bem como seus clientes, tenham acesso a diversas opções de linhas de financiamento para produção, aquisição e exportação de máquinas e equipamentos produzidos no País; capital de giro; projetos de pesquisa, desenvolvimento, inovação tecnológica, indústria 4.0, além de investimento para implantação, ampliação e modernização de empresas”. 

NEGÓCIOS

Fábio Galvão, diretor de Desenvolvimento Industrial da Companhia de Desenvolvimento Industrial do Estado do Rio de Janeiro (CODIN), citou algumas oportunidades de novos negócios:  

- Regulamentação do modelo de administração do distrito previsto na Lei nº 6.979/2015, a ser aplicado como solução para custeio;

- Implantação de usina fotovoltaica no terreno da CODIN de 102.000 m2  para autoprodução de energia a ser consumida pelas indústrias do distrito (projeto de geração distribuída a ser financiado pela AgeRio);

- Instalação de ETE para tratamento dos efluentes do distrito (outorga a ser realizada pelo município em edital público, com possibilidade de cessão do terreno pela CODIN).

A CODIN, por ser vinculada à Secretaria de Desenvolvimento do Governo do Estado do Rio de Janeiro, está à disposição dos interessados para análise de novos projetos de empresas que desejem se instalar no Estado.

sexta-feira, 23 de abril de 2021

ABIMAQ passa a integrar Conselho Consultivo Empresarial da Associação do Cluster Tecnológico Naval do RJ

A ABIMAQ acaba de ser convidada para fazer parte do Conselho Consultivo Empresarial da Associação do Cluster Tecnológico Naval do Rio de Janeiro (CTN -RJ). Os representantes da entidade na iniciativa serão Bruno Galhardo, presidente da Câmara Setorial de Equipamentos Navais, Offshore e Onshore (CSENO), e Leandro Pinto, coordenador do GT-Naval da CSENO e vice-presidente Câmara Setorial de Máquinas, Equipamentos e Componentes do Setor de Defesa e Segurança (CSDS).

Para Bruno e Leandro integrar o conselho será essencial para levar o ponto de vista da indústria de máquinas e equipamentos nas discussões. “Esse projeto importantíssimo para o Rio de Janeiro e o Brasil será benéfico para todos os entes da cadeia”.

SOBRE

Fundada em 13 de novembro de 2019, a CTN -RJ é uma iniciativa das empresas EMGEPRON, NUCLEP, AMAZUL e CONDOR, que visa a promoção do mercado interno, capacitação e formação, inovação e tecnologia, valorização do negócio local e encadeamento produtivo entre pequenas, médias e grandes empresas. Além disso, busca criar mecanismos a fim de possibilitar ações em prol do desenvolvimento da indústria marítima como um todo e subsidiar e fortalecer a plataforma de exportações da base industrial de defesa. 

quinta-feira, 22 de abril de 2021

Tecnologias e soluções para mineração são debatidas no Brasil-Canadá PDAC 2021

Apresentações de cases de sucesso das associadas da Câmara Setorial de Máquinas e Equipamentos para Cimento e Mineração aconteceram durante a 15.ª Edição do Brasil-Canadá no PDAC 2021, promovida pela Câmara de Comércio Brasil-Canadá (BCCC), que foi realizada entre 5 e 11 de março

A ABIMAQ, por meio do Conselho de Metalurgia e Mineração e da Câmara Setorial de Máquinas e Equipamentos para Cimento e Mineração (CSCM), participou da 15.ª Edição do Brasil-Canadá no PDAC 2021, um dos maiores eventos de mineração do mundo onde as mineradoras e vários players da cadeia produtiva discutem investimentos, politicas, projeções em relação a mineração no mundo. 

No painel ‘Palestras de Mineração Brasil-Canadá: Soluções de Serviços para o Setor de Mineração Brasileiro’, realizado no dia 10 de março, as empresas associadas Haver & Boecker, Semco Tecnologia em Processos, Siemens e Steinert Latinoamericana apresentaram tecnologias e soluções para mineração visando a otimização de processos com a melhoria da utilização de recursos hídricos, energia, barragens a seco e outras tecnologias que possibilitam reaproveitamento de resíduos de barragens e minimizar os rejeitos. 

Rodrigo Franceschini, presidente da CSCM, explicou que a ABIMAQ recebeu convite da Agência para o Desenvolvimento e Inovação do Setor Mineral Brasileiro (ADIMB), que é organizadora da participação das entidades brasileiras no PDAC. “A partir disso decidimos montar um painel para mostrar que o Brasil não é só um país com potencial e tradição na mineração, mas também é muito forte em toda cadeia de fornecimento atendendo a todas as necessidades técnicas e tecnológicas do setor. Inclusive exportamos boa parte de nossos equipamentos e soluções para países como EUA, Chile, Peru, Argentina, bem como outras localidades da América Latina e da África”. 

SOLUÇÕES

Segundo Thiago Buoso, engenheiro de controle e automação da Haver & Boecker, a empresa possui no seu portfólio um sistema de monitoramento inteligente, especialmente desenvolvido para peneiras vibratórias e com um foco total na Indústria 4.0, a fim de estender a vida útil dos equipamentos em campo, aumentar a capacidade e eficiência da planta e reduzir custos. “Nosso sistema de monitoramento, que foi lançado em 2020, prevê e informa com antecedência ao usuário sobre a necessidade de manutenção de um equipamento vibratório”.

De acordo com João Barretto, diretor técnico da SEMCO, a solução desenvolvida pela empresa conta com a aplicação de simulação computacional de fluídos (CFD) de forma inovadora para o desenvolvimento de impelidores e agitadores. Estes desenvolvimentos têm como objetivo otimizar a repolpagem e reprocessamento de rejeitos de barragens que precisam ser descomissionadas, mas ajudam também nos novos processos reduzindo a quantidade de água necessária no processo. Com estas melhorias consegue-se uma ótima distribuição de fluxo, com baixo consumo de energia e menor consumo de água, possibilitando homogeneizar polpas com concentração de sólidos acima de 70%. “O desafio das barragens hoje é retirar a água de forma eficiente, econômica e sustentável”. 

A Siemens também participou do evento, onde Bernd Erdtmann, gerente de vendas sênior, apresentou a solução avançada de gerenciamento de pátio de estocagem, típicos em siderúrgicas, usinas termelétricas, minas de minério, terminais de matéria-prima, portos e outros. Com a solução SIMINE MAQ, por meio da digitalização é possível atingir aumento da produção por melhor utilização das máquinas, redução dos custos de operação e manutenção, planejamento inteligente das operações evitando desperdício de material, transparência total de estoque com modelo 3D do pátio em tempo real e maior segurança para pessoas.  

Steinert, com um sistema de separação que aplica diferentes tipos de sensores (Indutivo, Laser 3D, Cor e XRT), atua na classificação de diversos minérios, de acordo com suas propriedades físicas. A classificação visa a separação do minério de sua ganga, logo nas etapas iniciais do processo de beneficiamento mineral. A responsável pelo Laboratório na América Latina, Priscila Esteves, explicou que a tecnologia pode ser aplicada numa etapa de pré-concentração, possibilitando a redução do OPEX nos processos subsequentes de beneficiamento, assim como um enriquecimento do minério. “Nosso processo reduz custos com energia, transporte e com reagentes, porque só recupera o material que tem um valor econômico mínimo para ser processado”. 

terça-feira, 20 de abril de 2021

Projetos, cenários e resultados do Brasil-Canadá PDAC 2021 são debatidos na reunião do Conselho de Metalurgia e Mineração

Encontro contou com participações de representantes da Aura Minerals, Agência para o desenvolvimento e Inovação do Setor Mineral Brasileiro (ADIMB) e CRU Group, além do anúncio do novo presidente do Conselho de Metalurgia e Mineração

“Gostaria de homenagear Xavier de Brito que iniciou o Conselho de Metalurgia e Mineração (CMM) e nos passou a responsabilidade de continuar seu trabalho. Agora passo o comando para Rodrigo Franceschini, CEO da SEMCO Tecnologia e também presidente da Câmara Setorial para Cimento e Mineração (CSCM), para trazer seu conhecimento para o mercado de mineração”. Assim Germano Fehr Neto, então presidente do CMM, abriu reunião, realizada no dia 17 de março. 

Franceschini agradeceu a indicação e afirmou que dará continuidade ao trabalho em prol do setor de metalurgia e mineração. “Sei que não será fácil, mas conto com a ajuda essencial do corpo técnico da ABIMAQ, especialmente da Regiane Nascimento, gerente executiva, e de todos os especialistas do segmento que fazem parte do conselho”. 

APRESENTÇÕES

Glauber Luvizzoto, Chief Operating Officer da Aura Minerals, expôs o Projeto Almas, que está localizado no estado do Tocantins. “A iniciativa consiste em três minas de ouro a céu aberto independentes alimentando a planta de processo localizada na região central aos depósitos. A sua construção iniciará em maio de 2021 com o investimento de R$ 375 Milhões, produção comercial estimada para o quarto trimestre de 2022 com duração de 17 anos (sem considerar o potencial de expansão da reserva) e é esperado produção acima de 50.000Oz nos primeiros anos (2023 a 2026). Na operação, o orçamento médio anual será de R$ 178 Milhões nos setes primeiros anos”. 

Luvizzoto disse que em 2020 a Aura produziu 204koz de ouro e tem o objetivo de chegar a 480koz até 2024. “O Projeto Almas contribuirá com 20% deste plano de expansão com 51koz/ano ou 1.586kg/ano”. 

Roberto Perez Xavier, Diretor Executivo da Agência para o desenvolvimento e Inovação do Setor Mineral Brasileiro (ADIMB), apresentou os resultados da participação do Brasil no evento PDAC (mais informações na matéria da página 13). “Foram 355 inscritos efetivos, 96 palestrantes, média de 150 participantes por painel. Já no painel ‘Palestras de Mineração Brasil-Canadá: Soluções de Serviços para o Setor de Mineração Brasileiro’ a presença foi de 118 pessoas”. 

Para Xavier, a participação do setor produtivo e entidades, em consórcio com o Governo Federal, foi essencial na organização e nas atividades promovidas durante o Brasil PDAC 2021. “Esta sinergia é fundamental para promover o setor mineral do Brasil em nível internacional, despertando o interesse do investidor estrangeiro pela opção de negócios no país”.

Eduardo Tinti, analista dos mercados de aço e minério de ferro da CRU GROUP, abordou sobre o mercado global e brasileiro de aço. “Os preços do aço cresceram em espiral desde o último trimestre de 2020. Isso se deve à retomada da demanda muito rápida, a demora no retorno de capacidade paralisada em decorrência da paralização por causa da pandemia e a restrição de oferta que arrastou por mais tempo. Além disso, devido à recuperação forte de demanda na China, o país que é um exportador de aço passou a ser importador, contribuindo assim com a escassez do aço em outros mercados”.  

Com relação às perspectivas futuras, Tinti acredita que as retomadas de capacidade devem reduzir os preços do aço a partir do segundo bimestre, mas o momento exato de inflexão é incerto, pois depende de uma série de fatores. “Um dos possíveis cenários é uma retomada mais rápida antes da capacidade paralisada e de novos projetos que possam gerar uma momentânea superoferta no mercado e fazer com que os preços caiam de forma mais acentuada. Quanto à retomada da capacidade, ela pode ser dar de forma mais lenta do que projetada e com isso os preços podem se manter mais elevados por mais tempo. Também existe um risco, mais de médio prazo, de que os preços de matéria-prima, principalmente minério de ferro, se mantenham em níveis muito altos ao dependerem da demanda de aço. Isso pode impactar o mercado elevando os preços finais, caso a demanda esteja robusta, ou comprimindo as margens das siderúrgicas, na hipótese da demanda esteja menos forte”.

segunda-feira, 19 de abril de 2021

ABIMAQ promove Encontro Empresarial com associadas

Cenário econômico para 2021, política industrial e abastecimento de aço no mercado brasileiro e serviços da ABIMAQ foram alguns dos temas expostos nas reuniões em todas unidades da ABIMAQ: Minas Gerais, Vale do Paraíba, Piracicaba, Ribeirão Preto, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Norte Nordeste

“O Brasil precisa elevar seu nível investimento a taxas superiores ao da média mun­dial (23,6% do PIB), caso contrário, vai comprometer a produtividade, limitar a competitividade e retardar o crescimento econômico”, afirmou José Velloso, presidente executivo da ABIMAQ, durante apresentações realizadas nos encontros com associadas nas unidades da entidade, no mês de março.

Para Velloso, o desafio do investimento no Brasil está na infraestrutura para estimular a demanda e na retomada da economia em áreas que tragam benefícios sociais com o intuito de melhorar a competitividade e a produtividade; eliminar as assimetrias sistêmicas que compõem o ‘Custo Brasil’ e se posicionar entre as 50 economias mais competitivas; favorecer o financiamento de longo prazo a fim de ampliar a formação bruta de capital fixo e modernizar o parque industrial; e acesso às novas tecnologias por meio do Programa de Depreciação Acelerada.

O executivo da ABIMAQ enfatizou que o Brasil necessita de uma Política Efetiva, para o desenvolvimento industrial, tendo em consideração os pilares:

- Econômico: com objetivo de retomar o crescimento econômico e ampliar os investimentos no país;

- Política Industrial: adotar uma política de efetivo desenvolvimento industrial;

- Tecnologia: Implementar uma diretriz de tecnologia industrial, inovação e transformação digital;

- Mercado Externo: promover uma abertura comercial transversal e ampliar a pauta de exportação de bens de alto valor agregado como máquinas e equipamentos. 

“O Estado deve ter uma visão do conjunto das políticas, de forma a orientar escolhas de setores estratégicos, apoiar o desenvolvimento econômico e social, promover a transformação da estrutura dos setores econômicos, usar o poder de compra do Estado, para encomendas tecnológicas, atendendo às necessidades da sociedade e do País. As empresas, de forma individual, não têm a visão global para essas escolhas”, finalizou Velloso.

MERCADO DO AÇO

Marcos Perez, Superintendente de Mercado Interno da ABIMAQ, debateu o atual cenário de abastecimento de aço no mercado brasileiro por meio dos estudos de Inteligência de Mercado da ABIMAQ. “Os preços dos produtos siderúrgicos aumentaram, principalmente a partir do segundo semestre de 2020 devido ao descompasso entre oferta de aço e demanda de máquinas ocorrido no ano passado. Pelo lado da oferta, observamos uma redução da produção das usinas siderúrgicas no segundo trimestre de 2020. Já pelo lado da demanda do setor de máquinas e equipamentos, houve uma rápida recuperação no final do segundo trimestre. O descompasso entre a redução temporária da oferta de aço e o aumento robusto da demanda do setor de máquinas levou as dificuldades de abastecimento”.

Atualmente a produção de aço no Brasil está em níveis superiores ao período pré-pandemia, ao mesmo tempo em que que houve redução dos níveis de exportação das usinas de forma que a disponibilidade de produtos siderúrgicos deve recompor os estoques da rede de distribuição.

No encontro, também foi exposto os serviços oferecidos pela ABIMAQ para seus associados. Para saber mais acesse: http://associe.abimaq.org.br/materiais/manual/ 

sexta-feira, 16 de abril de 2021

Reforma tributária é tema da reunião do GT de Ação Política da ABIMAQ

No encontro, o deputado federal General Peternelli expôs sua visão sobre a reforma tributária

Com a participação de Hernane Cauduro, coordenador do GT de Ação Política da ABIMAQ e vice-presidente da ABIMAQ RS, Vitor Lippi, deputado e presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Indústria de Máquinas e Equipamentos (FPMAQ), José Velloso, presidente executivo da ABIMAQ, dos empresários Mathias Elter e Alexandre Reis, da assessora parlamentar do deputado Lippi, Deli Reis, além de Walter Filippetti e Hiroyuki Sato, diretores da associação, foi realizada, no dia 18 de março, reunião do GT de Ação Política da entidade com apresentação do deputado General Peternelli (PSL/SP) sobre reforma tributária. 

Peternelli discorreu sobre a proposta da reforma tributária baseada na ideia do ‘imposto único’ para substituir todos os atuais tributos que incidem sobre a produção e consumo de bens e serviços. “Apesar dessa ideia ter minha simpatia, no entanto, não está sendo objeto de proposta formal da reforma, mas trago a discussão na reunião para que os participantes do GT pudessem melhor conhecer as suas características, as vantagens e, naturalmente, os aspectos que muitos entendem como discutíveis e até polêmicos”.

O parlamentar destacou uma série de vantagens do ‘imposto único’ a ser arrecadado sobre transações financeiras, quando o contribuinte paga uma obrigação pecuniária ou quando receber um crédito, por meio de operações bancárias. “O recolhimento do imposto seria feito pela instituição bancária dessas operações, advindo das seguintes vantagens mais relevantes: (i) eliminação total da burocracia hoje existente para o pagamento de tributos (nem haverá emissão de notas nem de escrituração fiscal); (ii) distribuição automática e imediata das parcelas do imposto atribuídas à União, aos Estados e aos Municípios, podendo haver outros entes beneficiários; (iii) eliminação da sonegação; (iv) acaba a corrupção por não exigir fiscalização sobre o conteúdo das transações; (v) reduz o contencioso tributário (que atualmente já chegou à casa de R$4,5 trilhões); (vi) diminui em muito a quantidade de papel-moeda em circulação pela não emissão de cédulas de maior valor com o objetivo de desestimular transações sem intermediação bancária; (vii) enfim, um grande alívio de custos para o entes governamentais e aos contribuintes”.

José Velloso lembrou que a ABIMAQ, por decisão homologada pelos seus órgãos da administração, vem apoiando a reforma tributária da PEC nº 45/2019, apresentada pelo deputado Baleia Rossi, que cria o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), substituindo os cinco tributos sobre o consumo (IPI, PIS, Cofins, ICMS e o ISS) por atender os principais anseios dos fabricantes de bens de capital, sobretudo nos quesitos da simplificação, desoneração dos investimentos e das exportações e da eliminação da cumulatividade.

Hernane Cauduro salientou que a apresentação do deputado General Peternelli e o debate que se seguiu proporcionaram conhecimentos que serão úteis na análise das propostas da reforma tributária em andamento no Congresso Nacional. 

quinta-feira, 15 de abril de 2021

Plano nacional de recuperação energética de resíduos Sólidos é debatido com diretoria do BNDES

A ABIMAQ, juntamente com representante da ABREN, destacou em encontro com BNDES a importância de estruturar e financiar usinas de recuperação energética de energia a fim de deixar um legado de saúde à sociedade e proteção ao meio ambiente

Com o objetivo de propor um fundo para estruturação de parceria público-privada (PPPs) no setor de tratamento e geração de energia por meio de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU), Estela Testa, presidente do Sistema Nacional das Indústrias de Equipamentos para Saneamento Básico e Ambiental (SINDESAM), José Velloso, presidente executivo da ABIMAQ, e Yuri Schmitke, presidente da Associação Brasileira de Recuperação Energética de Resíduos (ABREN), reuniram-se com Fábio Abrahão e Petrônio Cançado, diretores do BNDES e equipe, no dia 9 de março. 

Na reunião, representantes da ABIMAQ, ABREN E SINDESAM destacaram que a utilização de RSU em uma usina de tratamento térmico tem como principal vantagem à drástica redução ou até mesmo, a supressão total do volume dos resíduos destinados a aterros, eliminando o depósito de resíduos a céu aberto, evitando contaminação do lençol freático, diminuindo incidência de vetores de doenças e contribuindo com um significativo ganho econômico no descarte de resíduos. “Para a realização de projetos de recuperação energética, é necessário estarmos munidos de coragem e criatividade e contar com a capacidade de trabalho das equipes das gestões municipais”. 

Eles destacaram que para a estruturação do projeto, prevê-se que os concessionários constituirão uma Sociedade de Propósito Específico (SPE), empresa “ad-hoc” formada com intuito de se recorrer ao financiamento de projeto (Project Finance), assim protegendo as empresas investidoras dos riscos intrínsecos ao em­preendimento. “Neste caso, a principal garantia sobre a qual recairá a obrigação de quitação da dívida será a própria capacidade da SPE em gerar fluxos de caixa, embora em alguns casos alguns recursos sejam exigidos dos acionistas da SPE pelos financiadores”.

Os representantes do BNDES disseram que vão apreciar a sugestão e concordou de levar avante um fundo para a recuperação energética de resíduos. 

quarta-feira, 14 de abril de 2021

ABIMAQ se reúne com Ministro de Minas e Energia e Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Energético

Atualização da potência dos aerogeradores nos editais dos leilões e introdução do hidrogênio verde na matriz energética brasileira foram os assuntos abordados nas reuniões realizadas no mês de março

Com a finalidade de solicitar apoio ao pleito para a atualização da potência de aerogeradores nos editais dos leilões de energia promovidos pelo Governo Federal, a ABIMAQ, representada por José Velloso, presidente executivo, e Roberto Veiga, presidente do Conselho de Energia Eólica Onshore e Offshore, além do Deputado Vitor Lippi, presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Indústria de Máquinas e Equipamentos (FPMAQ), reuniu-se com Bento Albuquerque, Ministro de Minas e Energia (MME), e  Paulo Cesar Magalhães Domingues, secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético (SPE), no dia 10 de março. 

“Albuquerque reconheceu a necessidade de se dar uma resposta do MME quanto ao nosso pleito e indicou que o retorno será feito por meio do Secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético”, explicou Veiga. 

NOVA AUDIÊNCIA

Para obter mais informações a respeito do pleito da ABIMAQ de se elevar a potências dos aerogeradores nos editais dos leilões de energia, José Velloso, Roberto Veiga e demais membros do Conselho de Energia Eólica da ABIMAQ, realizaram reunião com Paulo Cesar Magalhães Domingues e equipe do Ministério de Minas e Energia, no dia 19 de março. 

“Paulo Cesar nos solicitou mais detalhes técnicos que embasam a solicitação do SPE para que o Ministério de Minas e Energia analise o nosso pleito com a documentação técnica a ser apresentada e também dar subsídios a fim de buscar apoio do Ministério da Economia quanto a uma possível análise do pedido frente a Lista Brasileira de Exceções à TEC (LETEC) - CAMEX, que no entender do secretário, poderia dar um retorno mais abrangente à nossa solicitação”, expôs Veiga.

HIDROGÊNIO VERDE (H2)

Outro tema tratado em audiência, realizada no dia 10 de março, com Bento Albuquerque e Paulo Cesar Magalhães Domingues foi a introdução do hidrogênio verde na matriz energética brasileira.

Marcelo Veneroso, diretor do Conselho e da Regional de Minas Gerais da ABIMAQ/SINDIMAQ, parabenizou Albuquerque pela assinatura da Resolução número 2 do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) que estabelece orientações sobre pesquisa, desenvolvimento e inovação no setor de energia do País e por hidrogênio figurar como item naquela Resolução. 

Veneroso destacou a importância do MME conduzir as diretrizes para que o hidrogênio se torne um gerador de valores para o Brasil não somente vendendo o H2 como commodity, mas que promova oportunidades de desenvolvimento de tecnologia, fabricação das plantas e equipamentos para uso interno e para exportação. “É essencial também que os novos investimentos da Petrobras que utilizem hidrogênio optem preferencialmente pelo H2 verde, como nas expansões das refinarias de SP e RJ, que foram anunciadas recentemente”.

Ele propôs que a ABIMAQ junto dos ministérios de Minas e Energia e da Economia façam ações para estimular investimentos em hidrogênio verde, tais como: que veículos a hidrogênio tenham isenção de impostos de importação; utilização da energia gerada por H2 seja desonerada; promover a utilização de biometano na geração de H2 e usar o Etanol como fonte geradora de hidrogênio. 

O ministro de Minas e Energia reagiu positivamente as ações propostas para o hidrogênio e informou que convidará a ABIMAQ para uma reunião com os integrantes do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), em que 10 ministérios do governo fazem parte, para discutir ações conjuntas para desenvolvimento do hidrogênio no país.

Já o secretário da SPE comunicou que o ministério irá lançar no início de maio o ‘Programa de Uso Nacional do Hidrogênio’ e que a ABIMAQ estará no grupo para discutir as soluções que farão parte daquele projeto. 

terça-feira, 13 de abril de 2021

ABIMAQ avalia reforma tributária no contexto do comércio exterior em reunião da FIERGS

“A cumulatividade do resíduo tributário beneficia a importação e inibe a exportação”, afirmou José Velloso, presidente executivo da ABIMAQ, durante reunião do Conselho de Comércio da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), realizada no dia 9 de março.

Velloso ressaltou que a alíquota residual acumulada de um produto importado é de 1,2% sobre o preço ao consumo final e já do bem nacional é de 3,6%. “Além desse fator, os créditos acumulados também penalizam as exportações. Mesmo quando há o direito ao crédito, as empresas se deparam com outro problema: a enorme morosidade do fisco para fazer o ressarcimento, o que gera volumosos saldos credores”. 

Para o presidente executivo da ABIMAQ, a estrutura base que o novo sistema tributário deve ter a unificação dos tributos sobre consumo por meio da substituição de PIS/Cofins, IPI, ICMS, ISS e IOF por um IVA Nacional. Também deve ter uma alíquota uniforme do IVA para todos os bens e serviços, ou seja, redistribuição da carga tributária entre os setores econômicos. “A manutenção da carga tributária global da economia é fundamental que se evite qualquer aumento da carga tributária global”. 

Velloso defendeu que para mudança do sistema tributário haja um período de transição. “Isso é essencial a fim de calibrar a alíquota do IVA, evitando o aumento da carga tributária, manter, temporariamente, a vigência dos atuais incentivos fiscais e adequar gradativamente os preços relativos na economia”. 

Outro ponto mencionado pelo executivo da ABIMAQ é que não haja incidência do IVA sobre as exportações, além da adoção do crédito financeiro e da extinção do ISS. 

Segundo Velloso, o principal motivo da reforma tributária é o seu impacto sobre o crescimento econômico. Pesquisa do IPEA estima crescimento adicional do PIB acumulado até 2033 de 5,42%, na hipótese de uma alíquota de 25% e transição de 10 anos. Já o estudo realizado por Bráulio Borges, economista-sênior da LCA Consultores a pedido do Centro de Cidadania Fiscal (CCiF), avalia aumento do PIB potencial de 20% em 15 anos. 

De a acordo com executivo da ABIMAQ, o ganho da reforma tributária é de longo prazo, mas no curto prazo há efeito positivo via expectativas de crescimento ocasionado pela redução do custo de conformidade e do contencioso, diminuição do custo dos investimentos e exportações, organização mais eficiente da economia e maior transparência nos tributos. “A indústria é o setor mais beneficiado, o que decorre do fato de ser o mais tributado da economia brasileira no sistema atual”. 


segunda-feira, 12 de abril de 2021

Esalq/USP oficializa indicação de Alysson Paolinelli ao Prêmio Nobel da Paz

Iniciativas de Paolinelli fizeram com que o Brasil se tornasse uma potência alimentar para todo o planeta

Pelo legado na transformação do Brasil em potência do agronegócio, o ex-ministro da Agricultura Alysson Paolinelli foi oficialmente indicado para o Prêmio Nobel da Paz 2021. A nomeação foi protocolada no Conselho Norueguês do Nobel, pelo diretor da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP), Durval Dourado Neto. A indicação conta com o apoio da CNA (Confederação Nacional da Agricultura) e de mais 23 entidades do agronegócio brasileiro.

Alysson Paolinelli nasceu em 10 de julho de 1936, em Bambuí, no Estado de Minas Gerais. Ele foi responsável pela implantação de um sistema de pesquisa agropecuária tropical único no mundo, cujo grande destaque foi a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a maior empresa de tecnologia agropecuária do mundo tropical. Criou ainda a Empresa Brasileira de Assistência Técnica e Extensão Rural (Embrater) e vários programas de investimento na agricultura e desenvolvimento regional, além de acordos de cooperação internacional lastreada em capital humano. 

Como Ministro da Agricultura (1974-1979) criou as instituições, políticas e organizações que viabilizaram a modernização da agricultura tradicional. Uma das principais foi o Programa de Desenvolvimento dos Cerrados (Polocentro). Instituiu o Programa de Cooperação Nipo-Brasileiro para o Desenvolvimento Agrícola dos Cerrados (Prodecer). Paolinelli participou da criação do Proálcool (1975), o primeiro programa mundial de produção em larga escala de combustível limpo e renovável a partir de biomassa.

Saiba mais

Para saber mais sobre a vida e obra, contribuições e grandes conquistas de Alysson Paolinelli: https://paolinelli-nobelpeaceprize2021.com/producao-agricola-sustentavel-para-a-paz/

Confira a opinião de autoridades do setor sobre a indicação do Allison Paolinelli ao Prêmio Nobel da Paz:

- João Marchesan, presidente do Conselho de Administração da ABIMAQ, e diretor da Tatu Marchesan. 

“Alysson Paolinelli sempre foi incentivador da pesquisa, ciência e tecnologia, por isso merece todo o nosso apoio. Ele foi responsável pela implantação de um programa de bolsa de estudos para estudantes brasileiros em diversos centros de pesquisa em agricultura pelo mundo, como por exemplo nos Estados Unidos. Foi ministro da Agricultura no governo de Ernesto Geisel, de 15 de março de 1974 a 15 de março de 1979. Nesse período, Paolinelli modernizou a Embrapa e promoveu a ocupação econômica do Cerrado. Após deixar o ministério, foi presidente do Banco do Estado de Minas Gerais, deputado constituinte e presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA). Em 2006 ganhou o prêmio World Food Prize, que podemos considerar o equivalente ao Nobel da alimentação. É um prêmio dado a pessoas, independente de raça e gênero, que ajudaram consideravelmente a população a melhorar a qualidade, quantidade ou disponibilidade de alimentos no mundo. É um homem de grande destaque em toda sua trajetória acadêmica e profissional e que só trabalhou em benefício da agricultura brasileira. Merece o nosso aplauso”. 

-  Maurílio Biagi Filho, presidente do Grupo Maubisa e membro do Conselho Superior da ABIMAQ

“Com a sua Revolução Agrícola Tropical Sustentável, Alysson Paolinelli transformou o Brasil de país importador de alimentos a exportador de grande expressão. Ele não só trouxe autossuficiência alimentar para o país, como também levou o Brasil para o mundo inteiro por meio do agro. Essa é uma conquista que envolve não somente os produtores rurais, mas também outros elos da economia, como setores geradores de ciência e tecnologia, indústria, serviços, logística, distribuição e consumidores. Enfim, todos nós brasileiros estamos conectados à grande transformação que Paolinelli impulsionou na agricultura brasileira. Portanto, um Nobel da Paz para Alysson Paolinelli é um Nobel da Paz de todos os Brasileiros.

Para o setor agropecuário em particular, a indicação dele também representa uma oportunidade para fortalecer o conceito do campo brasileiro no cenário mundial, mostrando para o planeta como fomos capazes de gerar ciência e tecnologia agrícola específicas para produção alimentar em biomas tropicais, fazendo do agro brasileiro o mais competitivo do mercado internacional. Mais do que isso: um agro que hoje é fator estratégico para a segurança alimentar mundial. E tudo isso buscando racionalidade no uso de recursos naturais, como evidencia o fato de conservarmos ainda cerca de 60% de cobertura vegetal natural no território brasileiro. Com a indicação de Paolinelli ao Nobel, abre-se um novo caminho para o país reforçar uma narrativa assertiva e consistente para o agro brasileiro”.

- Pedro Estevão Bastos, presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas (CSMIA), e diretor de Relações Institucionais da Jacto

“A indicação de Allison Paolinelli ao prêmio nobel da paz representa reconhecimento a uma obra de grande impacto na vida das pessoas em todo o mundo. Ele contribuiu decisivamente para a segurança alimentar mundial ao promover a agricultura no cerrado nacional que se tornou um enorme celeiro a serviço da humanidade. Atualmente, o País é um dos maiores exportadores mundiais de alimentos graças a revolução da agricultura tropical, fomentada com base na ciência, capitaneada por este grande brasileiro”.

- Alberto Issamu Honda, diretor Superintendente da Fundação Shunji Nishimura de Tecnologia

“Alysson Paolinelli é uma das principais referências do agronegócio brasileiro. Foi um dos criadores da Embrapa e propiciou a revolução tecnológica que tornou o bioma cerrado uma das regiões mais produtivas do Brasil.

A modernização da Embrapa, com investimentos em ciência e tecnologia, vigoroso programa de capacitação dos pesquisadores com bolsas de mestrado e doutorado nos maiores centros agrícolas do mundo e a ocupação do cerrado, tornou a Agricultura Tropical mundialmente competitiva na década de 1980. O Brasil deixou de ser importador de alimentos para se transformar no maior celeiro do mundo.

Com isso, toda a cadeia do agronegócio foi beneficiada, em especial o setor de máquinas e implementos agrícolas de alta tecnologia, ferramentas imprescindíveis para a implantação da moderna e produtiva agricultura da região do cerrado. Essa indicação merece o apoio da ABIMAQ”.

LINHA DO TEMPO DE ALYSSON PAOLINELLI

1936

Nasce Alysson Paolinellli

1956 - 1958

Presidente do Centro Acadêmico da Escola Superior de Agricultura de Lavras (Esal)

1959

Graduado em Engenharia Agronômica pela Esal

1959 - 1990

Professor da Esal

1966 - 1967

Vice-diretor da Esal

1967 - 1971

Diretor da Esal

1968 - 1969

Presidente da Associação Brasileira de Educação Agrícola Superior (Abeas)

1971 - 1974

Secretário de Agricultura do Estado de Minas Gerais

1974 - 1979

Ministro da Agricultura do Brasil

1979 - 1983

Presidente do Banco do Estado de Minas Gerais (BEMGE)

1980 - 1982

Presidente da Associação Brasileira de Bancos Comerciais Estaduais (Asbace)

1982 - 1986

Presidente da Sociedade Mineira de Agricultura (SMA)

1987 - 1990

Presidente da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA)

1987 - 1991

Deputado Federal, participante da Assembleia Nacional Constituinte

1990

Presidente do Comitê da Feira Osaka-Japão

1991 - 1994

Secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Estado de Minas Gerais

1992 - 1993

Presidente do Fórum Nacional dos Secretários de Agricultura

1995 - 1998

Secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Estado de Minas Gerais

2011 - Hoje

Presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho)

2012 - Hoje

Fundador e Presente do Instituto Fórum do Futuro

2019 - Hoje

Embaixador da Boa Vontade para Temas de Gênero e Juventude Rural do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA)

2020

Titular da cátedra honorária de agronegócio da Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz", da Universidade de São Paulo (ESALQ/USP)

sexta-feira, 9 de abril de 2021

Câmara rejeita alterações do Senado na Lei do Gás e envia para sanção presidencial

A Câmara dos Deputados concluiu, no dia 17 de março, a votação do Projeto de Lei (4.476 de 2020) conhecido como Nova Lei do Gás, que altera as regras do mercado de gás natural. Os deputados decidiram retirar as mudanças feitas pelo Senado e restaurar a versão aprovada inicialmente na Câmara com texto do relator Deputado Laércio Oliveira. O texto segue para sanção presidencial. 

Entre outras medidas, o texto prevê a criação de um novo mercado de gás natural com a entrada de novos agentes e o estimulo de maior competição entre os entrantes e os agentes que já estão no setor ao impedir que uma mesma empresa de atuar em todas as fases, que vai da produção/extração até a distribuição.

Para José Velloso, presidente executivo da ABIMAQ, o projeto aprovado é o resultado de muitos anos de trabalho, diálogo e construção coletiva de um mercado de gás nacional competitivo e forte. “Agradecemos ainda o apoio dos parlamentares da Frente Parlamentar em Defesa da Indústria de Máquinas e Equipamentos (FPMAQ) e de cada um pela capacidade de mobilização e engajamento na aprovação do PL, além da participação do relator deputado Laércio Oliveira”. 

Velloso ressaltou que as perspectivas são muito positivas e o trabalho continua no desdobramento da regulação da lei e na melhoria das regras em cada estado, reforçando o papel de cada um: governo, agências reguladoras, transportadores, produtores, consumidores e distribuidores. “Vamos abrir caminho para o gás do pré-sal, para o gás importado por gasodutos, para os competidores do Gás natural liquefeito (GNL) e para o gás em terra. Viva o Novo Mercado de Gás”.