segunda-feira, 31 de maio de 2021

Transformação Digital na Indústria: Pessoas e Cultura é tema da reunião do Conselho de Tecnologia

Representantes do Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (CESAR), BALLUFF, JACTO e AGCO compartilharam experiências de como as empresas estão estimulando e desenvolvendo pessoas e engajando as lideranças no processo de transformação digital

“Este ano faremos um ciclo de palestras a fim de discutir diversos aspectos estratégicos envolvendo a indústria 4.0 para as empresas terem a noção de qual será seu impacto. O primeiro será focado nas pessoas, ou seja, vamos debater de um lado a formação de mão de obra e do outro lado a capacitação do empresário”, destacou João Alfredo Delgado, diretor de Tecnologia da ABIMAQ, na abertura da reunião, realizada no dia 12 de abril. 

Ricardo Mendonça: Head de Transformação Digital do Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (CESAR), comentou sobre o Índice Cesar de Transformação Digital (ICTd). “Em 2019 sentindo todo o movimento da indústria no que tange a este tema e decidimos criar uma ferramenta prática aonde as empresas pudessem fazer uma autoavaliação de como estão com relação a vários aspectos da tecnologia 4.0. Esse índice é baseado em oito eixos”. 

Mendonça explicou que o último levantamento, realizado em 2020, mapeou os impactos diretos das transformações provocadas pela Covid-19. “Um dos resultados principais mostrou que com a pandemia mais de 70% dos 844 respondentes estão mais propensos a investir em inovação. Além disso, 65% dos participantes afirmaram estarem cientes dos novos perfis profissionais que as suas organizações precisarão no futuro e estão trabalhando para captar e formar esses perfis”. Confira a pesquisa completa: http://bit.ly/ictd2020.

Adriana Belmiro, CEO da BALLUFF, afirmou que não existe o certo e o errado quando se fala na transformação digital, mas sim uma jornada que está baseada em três pilares. “O primeiro deles é que para tornar-se uma empresa digitalizada é essencial revisar os processos operacionais. Depois é preciso pensar na digitalização em si. E por último, que é o mais desafiador, é necessário criar um novo modelo de negócio”. 

Para Adriana, quando se olha a digitalização nas indústrias é vital ficar atento a quatro elementos fundamentais para esse processo de transformação acontecer. “É imprescindível entender a questão da cultura organizacional da empresa, ou seja, olhar para as pessoas. Segundo, deve-se pensar na convergência das tecnologias envolvendo as áreas de TI e de automação das plantas. Em terceiro avaliar a infraestrutura existente pensando na modernização por etapas. E por fim, estudar os custos. 

Ela afirmou ainda que para transformação digital é essencial ter uma liderança engajada, comprometida e trabalhando junto. “Quando falo em liderança não é apenas no topo da organização. A parte mais importante da liderança é a que está em contato com colaboradores de todas as áreas. Para isso, será importante criar uma cultura nas organizações do feedback constante a fim de gerar ideias e questionamentos para depois buscar soluções de comum acordo. Isso é um processo contínuo”. 

Pedro Estevão Bastos, diretor de Relações Institucionais da Jacto, e presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas (CSMIA) da ABIMAQ, enfatizou o que faz a diferença na Jacto é, em primeiro lugar uma cultura organizacional forte. “Dentro dos dez valores da empresa, dois deles são relacionados a pessoas. O primeiro é desenvolver nossa gente, evitando tirar de outras empresas, ou seja, criar um ambiente organizacional favorável para o desenvolvimento e a aprendizagem de nossos colaboradores”. 

Já o segundo valor, de acordo com Bastos, é espírito inovador para desenvolver novos produtos e tecnologias, impulso na busca de ideias e soluções. “O processo de planejamento da Jacto é estruturado para 3 e 10 anos. Atualmente a transformação digital na empresa é iniciativa importante dentro desse planejamento. No entanto, para essa mudança, não basta apenas ter engenheiros, é necessário manter pessoas de todas as áreas da companhia e que entendam essas soluções para que funcione a transformação digital”. 

Para Alexandre Gewehr, IT Manager Manufacturing Business Partner at AGCO, antes de falar de robôs, tecnologias disruptivas e de todos elementos habilitadores da indústria 4.0 é fundamental falar primeiro do capital humano. “É preciso carregar o negócio da humanidade antes do digital e esse é o principal ponto que norteia as nossas discussões. Mesmo porque não é uma empresa que é inovadora, são as pessoas. Para isso, é necessário captar e receber este capital humano, identificar aonde essa pessoa entrega seu melhor potencial e desenvolve-lo, e entender a importância de ter um ambiente ‘desbloqueado’ para que ele consiga trabalhar”. 

Daniel Cantareli: Manufacturing Engineering & APS Manager AGCO, explicou que a empresa tem um conceito ligado, principalmente na digitalização de projetos, chamado POC. “O POC ajuda muito nessa questão da viabilidade financeira ao fazer um pequeno laboratório na fábrica implementando uma solução que você quer extrapolar para algo maior. Ao realizar isso, lhe dará uma precisão daquilo que precisará fazer no futuro. O grande desafio é reduzir desperdício usando a tecnologia”. 

sexta-feira, 28 de maio de 2021

Cenários e expectativas para setor de construção civil são analisados na reunião do GT- Civil

Detalhes sobre a feira Smart.Com, evento inédito para a indústria da construção no Brasil, foi outro tema abordado no encontro

“Iniciamos 2021 com a expectativa do setor de construção civil crescer 4%. No entanto, estamos revendo esse crescimento por causa do aumento elevado de custos e do desabastecimento de insumos, principalmente do aço, o que desestimula o lançamento de novos empreendimentos”, afirmou Ieda Vasconcelos , economista da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), durante reunião do Grupo de Trabalho de Máquinas e Equipamentos para Construção Civil (GT- Civil), realizada no dia 20 de abril. 

Ieda expôs que o segmento teve cinco anos consecutivos (2014\2019) com queda de quase 30% do seu Produto Interno Bruto (PIB) devido a fatores como as altas taxas de juros, ambiente macroeconômico mais tumultuado e crise política. “Em 2019 registramos um aumento nas atividades. Já em 2020 tínhamos a expectativa de fortalecer nosso crescimento, no entanto, veio a pandemia no mês de março e nos afetou”. 

Apesar do mercado da construção chegar no final de 2020 com mesmo patamar do PIB de 2007, segundo Ieda, o setor foi o que mais gerou empregos com carteira assinada no país, ou seja, foram mais de 106 mil postos de trabalho de acordo com dados da Secretaria Especial da Previdência e Trabalho do Ministério da Economia. “Em fevereiro de 2021 foram gerados 43.469 novos empregos formais no setor da construção civil”. 

Para a economista, o setor está no mesmo patamar de algumas atividades que estão em expansão em todo o país. “Comparando 2020 com 2019 nossas vendas cresceram 9,8%. Por outro lado, por se um ano de pandemia e estarmos com algumas dificuldades econômicas e de insumos, nós tivemos queda de 17,8% nos lançamentos imobiliários. Essa diminuição no número de lançamentos fez com que nosso estoque de unidades disponíveis para comercialização caísse 12,3%. Esse cenário nos mostra que temos uma janela de oportunidades para crescer porque o número de unidades disponíveis para comercialização encontra-se num dos menores patamares da série histórica”. 

FEIRA

Informações da feira Smart.Com (Construction of Tomorrow Tecnology and Innovation), que acontecerá de 06 a 07 de julho, no São Paulo Expo – SP foi outro assunto tratado na reunião. O evento tem o objetivo de criar uma plataforma de disseminação de conhecimentos, novas tecnologias e inovação para os setores engenharia, infraestrutura, Real Estate e Rental. 

Os associados da ABIMAQ têm direito a 10% de desconto na aquisição de cotas de patrocínio e ingressos para o participar do congresso. 

quarta-feira, 26 de maio de 2021

Soluções para indústria 4.0 são expostas na reunião da CSMGG

“IOT (Internet das coisas), robótica, inteligência artificial, impressão 3D, drones e blockchain, realidade aumentada e virtual são as oito tecnologias que vão transformar o mundo até 2030”, afirmou Sergio Roberto Medeiros, Sales & Strategic Business Head da 7Comm, empresa de serviços e soluções de TI, a respeito da pesquisa feita pela consultoria Gartner, comentada na reunião da Câmara Setorial de Motores e Grupos Geradores (CSMGG), realizada no dia 13 de abril. 

Para Medeiros, essas tecnologias oferecem maior resultado quando combinadas no sentido de formar uma solução transformadora. “Uma delas é blockchain que melhora a comunicação entre diversas tecnologias, aumentando a eficiência e gerando confiança na utilização conjunta destas”.

Rastreabilidade de peças e produtos, conciliação financeira, certificação de origem e otimização da gestão de processos internos da empresa foram alguns exemplos da utilização de blockchain na indústria que foram colocadas por Medeiros. 

Outra tecnologia comentada na apresentação do representante da 7Comm foi business intelligence, que é utilizar coleta de dados, análise e monitoramento para uma tomada de decisões mais assertiva em diversos setores de uma empresa. “Ao adotar essa solução as companhias tem benefícios como revelar oportunidades de negócios; aumentar a produtividade e eficiência; melhorar a percepção de falhas antes imperceptíveis, acompanhamento da experiência do consumidor; redução de custos por meio de dados que auxiliam em investimentos mais assertivos, avaliação de mercado e detecção de oportunidades; potencializa o ROI de marketing, pois auxilia no diagnóstico das melhores ações, segmentações de público e alocações de recursos”. 

segunda-feira, 24 de maio de 2021

Sabesp prevê investimento de R$20,2 bilhões até 2024

Dos investimentos previstos, R$ 8,1 bilhões serão em tratamento de água e R$ 12,1 bilhões em coleta e tratamento de esgoto. Já para os projetos da Região Metropolitana de São Paulo, a Sabesp pretende aplicar no período de 2021 / 2025 mais de R$ 8,8 bilhões

“Nos últimos dez anos, a Sabesp investiu R$ 30 bilhões em saneamento sem subsídios governamentais, mas com recursos cruzados entre consumidores. Isso representa 30% do total anual de aplicação em tratamento de água e esgoto no Brasil de acordo com Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS)”, afirmou Marcello Xavier Veiga , da Superintendência de Planejamento e Desenvolvimento da Sabesp na Região Metropolitana de São Paulo, em encontro com as associadas do Sistema Nacional das Indústrias de Equipamentos para Saneamento Básico e Ambiental (SINDESAM), realizado no dia 26 de abril. 

A reunião organizada por Estela Testa, presidente do SINDESAM, contou também com a participação de José Velloso, presidente executivo da ABIMAQ.

Veiga expôs que a Sabesp irá investir R$20,2 bilhões no período de 2020 a 2024, sendo que R$ 8,1 bilhões serão destinados para projetos de tratamento de água e R$ 12,1 bilhões em coleta e tratamento de esgoto.  “Até 2024 projetamos adicionar 932 mil ligações de água. Já de esgotos pretendemos realizar 1,2 milhão de ligações. Com relação a coleta, esperamos aumentar o índice de 91% para 95% e do tratamento de 78% para 85%”. 

Sobre a Região Metropolitana de São Paulo, o representante da Sabesp explicou que atende 20,5 milhões habitantes de 42 municípios. “O faturamento bruto anual para essa região é de R$ 11,48 bilhões com ativo total de R$ 41,8 bilhões. Já as ligações de água são de 5,5 milhões e de esgoto são de 4,6 milhões. Além disso, possuímos cinco unidades de Negócio, sendo 22 Unidades de Gerenciamento Regional (UGRs)”. 

Veiga colocou que o índice na região metropolitana de São Paulo para abastecimento água está em 95%, coleta de esgotos 83% e tratamento de esgotos 66%. “A companhia tem trabalhado fortemente na modelagem dos contratos de performance e desempenho para buscar a universalização a fim de atender a população nessa área de atuação, mas também estamos fazendo investimentos em áreas mais complexas (favelas ou áreas irregulares) onde nosso retorno é menor, mas sempre buscando ser mais eficientes”. 

PROGRAMAS

O Programa da Bacia do Rio Pinheiros foi outro assunto destacado na apresentação de Marcello Xavier Veiga. “O projeto já está em andamento e terá investimento de R$ 1,7 bilhão. 90% da carteira são de contratos de performance que deverão trabalhar com a meta de encaminhar mais de 2.800 L\s de esgoto para tratamento, Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) menor que 30 mg\L na foz dos afluentes e Oxigênio Dissolvido (OD) mínimo de 2 mg\L ao longo do Rio Pinheiros. O resultado esperado é coletar 94% da bacia e enviar para tratamento”. 

Ele informou que com Programa Saneamento Sustentável e Inclusivo, que visa aumentar o acesso a serviços de água para populações mais vulneráveis e contribuir para a segurança hídrica na área metropolitana de São Paulo, haverá investimentos de US$ 350 milhões. “O contrato foi assinado com Banco Mundial em dezembro de 2019 e a previsão de termino é de junho de 2025. Esse financiamento está começando ganhar espaço dentro da carteira da diretoria já a partir de 2021 e com mais chances de aumento de desembolsos em 2022, 2023 e 2024. Vamos direcionar os recursos para disponibilidade hídrica e perdas, segurança hídrica da Bacia do Guarapiranga e assistência técnica”. 

Outro programa citado por Veiga foi Água Legal, que objetiva a regularização de ligações de água em regiões de alta vulnerabilidade social. “Com o projeto, de 2016 a fevereiro de 2021 houve 150 mil ligações regularizadas, 525 mil pessoas beneficiadas, 18,7 bilhões litros de água/ano micromedidos e 34,8 bilhões litros de água/ano economizados (deixaram de ser perdidos). Até 2024 serão regularizadas mais de 150 mil ligações”. 

Para os projetos da Região Metropolitana de São Paulo, Veiga comunicou que a Sabesp pretende investir no período de cinco anos (2021 / 2025) R$ 8.807.506 bilhões a fim de atender a demanda da diretoria e os contratos de programas com os municípios buscando a universalização. 

sexta-feira, 21 de maio de 2021

André Abrami é eleito presidente da CSMAM para o biênio 2021/2023

O CEO e fundador da empresa Automni Automações Industriais, André Abrami, é o novo presidente da Câmara Setorial de Equipamentos para Movimentação e Armazenagem de Materiais (CSMAM), em entrevista para o jornal Informaq ele analisa o cenário atual do setor e fala das ações que pretende realizar no comando da câmara nos próximos dois anos. Confira:

Como você analisa o atual momento do segmento?

No nosso setor existem empresas que estão com bom desempenho devido ao aumento do dólar e acabam sendo demandadas para oferecer soluções no sentido de atender o mercado interno. Além disso, temos fabricantes com dificuldade de conseguir matéria-prima e importação de alguns componentes e insumos, o que onera e prejudica o planejamento da produção. 

Quais são as ações que pretende realizar no biênio2021/2023?

Estamos olhando para o caminho da troca de conhecimento e formar parcerias entre as empresas participantes da câmara e trazer novos associados a fim de fortalecer os negócios de todos. Além disso, vamos apostar na questão da inovação e da tecnologia alinhadas com soluções e serviços digitais na direção da indústria 4.0 para que os fabricantes sejam mais competitivos no mercado internacional. Todo trabalho desenvolvido em prol do setor será pensando em conjunto com as empresas associadas da câmara. 

Composição diretoria para biênio 2021/2023:

Vice-Presidentes:

Denis Dutra de Oliveira, Elias Noríler, Sandro Gianello e Jair Gonçalves Alves.

quarta-feira, 19 de maio de 2021

Eduardo Prata Costa Fernandes continua no comando da CSQI no biênio 2021/2023

Em entrevista para o Informaq, o presidente reeleito da Câmara Setorial de Máquinas, Equipamentos e Instrumentos para Controle de Qualidade, Ensaio e Medição (CSQI) analisou o mercado atual, destacou os desafios do setor e expôs as perspectivas da gestão e do segmento para os próximos dois anos. Confira:

Como você analisa o atual momento do segmento?

Por atuamos em praticamente todos os ramos da indústria temos diferentes cenários. As empresas que trabalham diretamente com montadoras não vivem um bom momento por causa da pandemia. Já as que atendem os mercados agropecuário, alimentício e farmacêutico estão em pleno crescimento. Mas no geral, tínhamos projetado um ano excelente para 2021, antes da segunda onda da Covid-19, e com esse segundo período de isolamento e fechamento do comércio precisamos aguardar para ver o resultado do final do ano. Porém, enxergamos que o Brasil industrialmente não parou e as empresas continuam produzindo e os projetos estão seguindo em frente. Talvez tenhamos uma surpresa positiva.

Quais os principais desafios para o setor?

Nós temos diversos desafios nas indústrias que atendemos. Contudo, o obstáculo principal da indústria nacional é trabalhar a reforma tributária porque essa cadeia de impostos ‘rouba’ a competitividade das empresas no mercado internacional. Outra dificuldade que enfrentamos é a questão da abertura econômica, que pode isentar bens de capital importados a entrarem no Brasil sem impostos. Isso nos atrapalhará bastante, pois os equipamentos internacionais são naturalmente 25% mais baratos que os brasileiros.

O Dólar alto é outro problema de nossa indústria, pois os componentes, matéria-prima e insumos são todos dolarizado e com isso acaba aumentam os custos de fabricação de nossas máquinas.

Para que tenhamos uma condição ideal de produção no Brasil precisamos de estabilidade financeira, pois há muito dólar no exterior que pode ser investido no Brasil. No entanto, é necessário que o País tenha estabilidade econômica e segurança jurídica. Só assim o Brasil experimentará um crescimento sustentável.

Como a câmara pretende atuar para enfrentar esses obstáculos?

Nossa câmara vai atuar junto com outras câmaras da entidade, com a própria ABIMAQ e outras associações a fim de mitigar essas adversidades. Além disso, vamos trocar informações, participar de fóruns e eventos com o objetivo de nos inteirarmos dos problemas e partilhar soluções positivas.

Quais são as perspectivas para o biênio 2021/2023? 

São boas. O Brasil tem tudo para ter um bom crescimento nesse biênio, pois estão previstos muitos investimentos em diversas áreas como de óleo e gás, construção civil, farmacêuticas e alimentícia. Mas em contrapartida, nossos políticos precisam garantir ao mercado as mínimas condições para que tenhamos esse aporte de investimento.

Quais ações pretende realizar no biênio 2021/2023em prol das associadas?

Nós temos um planejamento de estimular as empresas a participarem mais das reuniões, workshops, rodadas de negócios promovidos pela ABIMAQ. Porém, com a pandemia, ficou um pouco mais difícil realizar eventos presenciais, mas por outro lado, as reuniões de câmara no formato online melhoraram bastante o nível de presença dos representantes das empresas. Agora nossa ideia é expandir essas palestras, apresentações e workshops para o online no sentido de levar ainda mais as ações da ABIMAQ aos associados e também captar novos membros. 

Composição diretoria para biênio 2021/2023:

Vice-Presidentes:

Amilton Mainard, Antonio Sérgio Conejero, Carlos Maciel, Christian Claudot Kaufmann, Danilo Lapastini, Francisco Forés Medina, José Correia, Luiz Barella, Mario Filippetti, Mario Larco, Rodrigo Maluf Barella, Sérgio Eduardo Cristofoletti, Carlos Alberto Polonio, Ricardo Salgado, Clayton Oliveira, Nicolau Danilovic, Alcides Zanetti, Moisés de Moura Behar Pontremoli


segunda-feira, 17 de maio de 2021

Programa Brasil Mais é exposto em reunião da ABIMAQ Paraná em parceria com o Senai

A Fiep junto com o Governo Federal oferece 80% de subsídios para consultorias do SENAI em melhoria de gestão

Melhorar a gestão, inovar processos e reduzir desperdícios com foco na manufatura enxuta foram temas da reunião da ABIMAQ Paraná. No encontro também foi destacado a importância do incentivo ao associativismo sindical para que as associadas possam usufruir de serviços previstos no Programa Brasil Mais, uma iniciativa do Ministério da Economia e da ABDI - Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial. 

A FIEP - Sistema Federação das Indústrias do Estado do Paraná investirá até R$ 3 milhões nos anos de 2021 e 2022 para subsidiar 64h de consultorias às indústrias, que sem este apoio tem um custo de R$12mil. O desconto de 80% pelo Governo e pelo SENAI - Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial do Estado do Paraná o valor da consultoria cai para R$ 950,00 para as empresas que finalizarem o programa (parcela inicial de R$ 450,00 e R$ 500,00 no término do contrato). 

O que as empresas ganham:

- Aumento de produtividade médio acima de 20%

- Organização de layout e analise de parque fabril

- Aumento do seu lucro e diminuição de desperdícios

- Melhoria Contínua

- Transferência de Competência (treinamento)

- Qualificação do corpo de trabalhadores. 

“As ferramentas de gestão utilizadas no programa Brasil Mais vão permitir que as empresas rapidamente melhorem sua produtividade e competitividade. Por entender que esse é um programa prioritário, nós da ABIMAQ estamos difundindo para nossas empresas associadas utilizarem”, afirmou João Alfredo Delgado, diretor de Tecnologia da ABIMAQ, na da reunião, realizada no dia 27 de abril.

João Bosco Faiad Militão, coordenador do Programa Brasil Mais no Senai Paraná, explicou que o Programa Brasil Mais é uma iniciativa do Governo Federal e está sendo operacionalizado pelo Senai, que oferece às indústrias soluções para melhorar a gestão, inovar processos e reduzir desperdícios com foco em manufatura enxuta. “A atuação do SENAI tem como propósito o desenvolvimento de atividades junto as empresas voltadas para o aumento da produtividade, melhoria dos processos internos, incentivo à inovação, redução de desperdício, tudo isso num curto espaço de tempo e com investimento muito baixo para que a indústria possa participar e se beneficiar”. 

Para João Bosco Faiad Militão, o programa tem uma série de benefícios, mas destacou dois deles. “O primeiro é a redução de desperdícios e o aumento de produtividade mínimo de 20%. O segundo é a transferência de conhecimento, pois a iniciativa permite, além de qualificar a mão de obra, transferir o conhecimento para que os profissionais participantes implementem de forma prática, rápida e continua a manufatura enxuta dentro do modelo de negócio das empresas”.  

O representante do Senai esclareceu que o programa tem duração de dois meses e a empresa terá o acompanhamento de um mentor com a responsabilidade de acompanhar toda a implementação da ferramenta de gestão escolhida pela companhia. “Podem participar da iniciativa três funcionários por indústria e até oito empresas por turma”. 

A Metodologia do Programa Brasil Mais é composto de várias etapas. A primeira é Curso EAD de oito horas. A segunda é do diagnóstico com mentoria teórica de oito horas e prática de 12 horas. A terceira é de execução com mentoria teórica de oito horas, prática de quatro horas e doze horas de consultoria. A quarta é de resultados com total de doze horas divididos em mentoria teórica, prática e consultoria.  

NA PRÁTICA BRASIL MAIS

Luiz Seemuller, mentor de manufatura enxuta no Senai Paraná, comentou case de mapeamento de fluxo de valor que foi realizado pela Universidade do Estado de Santa Catarina em uma empresa de grande porte fabricante de equipamento com o objetivo de reduzir desperdícios. “Redução do tempo de espera de 44% aproximadamente, aumento de 50% de agregação de valor, otimização no quadro de colaboradores e redução de estoques foram alguns dos resultados alcançados com a adoção do Brasil Mais”.  

Anita Dedding, gerente divisional de Tecnologia Industrial da ABIMAQ, ressaltou que a entidade, por meio do programa Desafio ABIMAQ de Inovação, tem disseminado o Brasil Mais. “Essa aproximação com o Senai é muito importante, pois precisamos fazer com que mais empresas conheçam o programa para que possamos ajuda-las a fortalecer, principalmente aquelas que queiram evoluir para a indústria 4.0 ou as que estão na transição da transformação digital”. 

Metodologia - Programa de manufatura enxuta

Diagnóstico no processo produtivo com identificação dos desperdícios

Criação do mapa de fluxo do estado presente (MFV-EP)

Elaborar o plano de ação e implementar as melhorias em um ponto do processo

Resultados alcançados e MFV-EF

Celebrar e iniciar melhorias em outro ponto do processo

sexta-feira, 14 de maio de 2021

Conselho de Mercado de Hidrogênio é criado pela ABIMAQ

Membros exercerão seus respectivos mandatos pelos próximos dois anos

“Vamos trabalhar para que o Conselho de Mercado do Hidrogênio da ABIMAQ seja o principal fórum de discussão dos nossos associados com vários setores da economia. Tudo isso visando aproveitar a cadeia do hidrogênio para desenvolver nossa indústria e deixar um legado para a sociedade”, afirmou Marcelo Luiz Moreira Veneroso, coordenador do conselho. 

Veneroso contará com o apoio de Idarilho Gonçalves Nascimento Neto, como vice- Coordenador, e de Alberto Machado, como coordenador-executivo, além da assistência do Superintendente de Departamento de Mercado Interno da ABIMAQ, Marcos Perez, para realizar as atividades em prol do desenvolvimento deste segmento. 

O Conselho de Mercado de Hidrogênio da ABIMAQ terá as seguintes atribuições:

a) Desenvolver estudos e empreender ações relacionados ao desenvolvimento da cadeia de valor do H2 como fonte de energia renovável e matéria prima para outras aplicações, com foco na inserção do setor de máquinas e equipamentos; 

b) Promover ações e eventos objetivando a difusão do H2 como alternativa de energia renovável e ecologicamente sustentável, no âmbito da matriz energética brasileira; 

c) Participar das reuniões plenárias da ABIMAQ e colaborar com as câmaras setoriais e outros grupos de trabalho na missão de desenvolver e fortalecer a indústria brasileira de máquinas e equipamentos nos aspectos tecnológicos, industriais, de logística e de comercialização; 

d) Buscar e formalizar parcerias estratégicas que complementem ou viabilizem a atuação da ABIMAQ na Cadeia de Valor do H2.

e) Atuar como fórum articulação do setor de máquinas e equipamentos com as entidades governamentais e de mercado para discussões e proposições das regulamentações e demais assuntos referentes ao hidrogênio e correlatos.

As empresas associadas da ABIMAQ interessadas poderão integrar o novo conselho e para tanto deverão contatar: hidrogenio@abimaq.org.br

SOBRE SETOR

Com apoio governamental e regulatório adequado, entidades internacionais estimam um potencial de US$ 11 trilhões de investimento na economia global do H2 até 2050. 

Adicionalmente, as cadeias de valor do H2 têm potencial para gerar cerca de US$ 2,5 trilhões/ano em receitas, incluindo US$ 700 bilhões/ano de vendas de combustível H2 que deve representar de 8% - 24% da demanda geral de energia para a União Europeia até 2050, conforme dados do Santander Equity Resarch. 

No âmbito do governo brasileiro, o Conselho Nacional de Política Energética -CNPE recentemente determinou a elaboração de diretrizes para o Programa Nacional do Hidrogênio, estando assim consciente de que é necessário desenvolver toda uma infraestrutura de produção, armazenamento, transporte e distribuição do H2, pelo lado da oferta, bem como a inserção do energético na matriz de consumo em setores-chaves, como transportes, siderurgia e de fertilizantes pelo lado da demanda. 

quarta-feira, 12 de maio de 2021

Corrosão: Conceitos e Boas Práticas em Linhas de Instrumentação é tema de webinar da ABIMAQ

Evento foi em parceria com a empesa Swagelok Brasil – Tecflux, especializada em soluções para sistema de fluidos

Para abordar tópicos como tipos e quando ocorre a corrosão, fatores que contribuem para a corrosão, seleção correta de materiais (metálicos, plásticos e elastoméricos) e o que fazer para minimizar os efeitos, Elvis Yoshio, gerente de Novos Negócios da Swagelok Brasil – Tecflux, fez apresentação no dia 29 de abril. 

Ele explicou que a corrosão consiste no desgaste gradual de um corpo qualquer que sofre transformação química e/ou física, proveniente de uma interação com o meio ambiente, além de recomendar algumas boas práticas em suportações de tubos e revestimentos para combater a corrosão. Confira a seguir.

- Evite onde tem tubulação em ambientes abertos suporte metálicos de baixa tecnologia e suporte plásticos tipo clips; 

- Opte por usar tirante tipo U em aço carbono galvanizado ou revestido com termoplástico;

- Utilize tubos jaquetados por ser uma proteção confiável contra fluidos corrosivos e ter durabilidade (ex., resistência contra o impacto, abrasão, UV);

- Faça revestimento aplicado ao aço inox por meio de um processo chamado CVD (Chemical Vapor Deposition). Nele, uma camada é depositada no material tratado. Essa camada penetra no material e se conecta ao mesmo tempo. Isso faz com que o material tratado possa ser dobrado, como em tubos por exemplo, sem perder a sua passivação.

Saiba  mais

Para saber mais detalhes confira webinar completo no canal do YouTube da ABIMAQ: https://youtu.be/wB9O1AtWPXg

segunda-feira, 10 de maio de 2021

Tecnologia para redução do consumo de insumos é apresentada em webinar da ABIMAQ

Solução pode ser alternativa para as empresas enfrentarem os altos custos de aço, ferro fundido, alumínio e polímero em tempos de pandemia, além de contribuir na competitividade e aproveitamento da matéria-prima de forma mais eficiente  

“A tecnologia de otimização estrutural é aliada não apenas para reduzir o custo de matéria-prima, mas também faz com que o produto chegue mais rápido ao mercado e se diferencie dos competidores nacionais e internacionais, gerando assim mais competitividade e inovação”, ressaltou Karen Silva, Gerente de relacionamento da empresa Altair, na abertura de evento realizado, no dia 15 de abril. 

Para Karen, ao reduzir o consumo de matéria-prima as empresas terão maior lucratividade. “Essa pode ser uma boa alternativa para os fabricantes enfrentarem o aumento das commodities nesse último ano de pandemia e a desvalorização do Real”. 

COMO FUNCIONA

Adriano Koga, diretor técnico da empresa Altair, explicou que a tecnologia de otimização estrutural auxilia no aproveitamento mais eficiente da matéria-prima, ou seja, reforça a estrutura onde é realmente preciso e alivia quando há excesso a fim de melhorar o produto. 

“A otimização começa com o componente original e a partir dele vamos definir o que chamamos de espaço de projeto. Nessa etapa vamos levar em consideração como será manufaturada a peça. Após montamos a otimização propriamente dita, é que irá mostrar como aproveitar o material de forma mais eficiente. A partir desse processo vamos avaliar a nova estrutura e comparar com os resultados do material original para ver os ganhos”, completou Koga.  

Ele citou alguns dos benefícios que as empresas terão ao optar pela tecnologia. “O fabricante conseguirá a redução de custo e de massa, menor tempo de desenvolvimento do projeto, melhor entendimento do produto e ter soluções mais inovadoras, inteligentes e eficientes que vão acabar aumentando a competitividade no mercado”. 

Koga expôs os métodos de otimização estrutural. Confira no quadro abaixo.

CASOS DE SUCESSO

- Nervura da asa do avião da Airbus que ficou 40% mais leve e teve redução de 500 Kg.

- Plataforma de carga da Alstom que houve 70% de redução de massa, aumento de rigidez e menor tempo de desenvolvimento.

- Polia do motor da lavadora Samsung, o que representou redução de 10% de material e o novo conceito rendeu uma patente.

- Maxion Wheels produziu roda de alumínio com 1,8 kg menor que outros modelos feitos com o mesmo material. Como resultado, a nova roda conseguiu baixar o peso final de um automóvel em mais de sete quilos, permitiu atender à legislação japonesa de emissões de CO2, reduzir o tempo de processamento de análises complexas em até 75% e verificar o melhor design para a roda entre mais de 5 mil opções de projeto, enquanto um projetista experiente conceberia três a quatro alternativas apenas.


sexta-feira, 7 de maio de 2021

A era das máquinas inteligentes no campo

João Carlos Marchesan*

As máquinas autônomas estão chegando no campo. Esses veículos inteligentes terão autonomia não apenas de direção, mas serão capazes de se autorregular e tomar decisões nas plantações utilizando tecnologias como a inteligência artificial, internet das coisas (IoT), nanotecnologia, big data, manufatura aditiva e robótica avançada. Elas estão transformando rapidamente a produção agropecuária no Brasil e ganharão num futuro bem próximo cada vez mais espaço nas fazendas. 

Para se ter uma ideia dessa nova realidade no setor agrícola, uma pesquisa da consultoria norte-americana Fact.MR revela que o mercado de máquinas autônomas do agronegócio deve chegar a R$ 836 bilhões em todo o mundo até 2031, representando um ritmo de crescimento de 10% ao ano.

Outro estudo da consultoria irlandesa Research and Markets, de março de 2020, aponta que o mercado de robótica agrícola atingirá mais de US$ 20 bilhões até 2025, com um forte crescimento de drones e máquinas terrestres sem motorista.

Sabemos que a adoção de frotas autônomas traz maior inteligência ao processo de decisão do produtor rural. Além disso, sua utilização contribui para a economia de tempo, por agilizar o processo produtivo, permitir menor custo de produção e uma garantia  de maior qualidade dos produtos, melhora na produtividade e eficiência no campo, com maior controle das fases da produção, redução nos erros do plantio e colheita e diminuição de riscos nas lavouras  por  conta de fenômenos naturais e  lesões graves devido a acidentes com trabalhadores rurais.    

Ao optar pelas máquinas autônomas nas fazendas o produtor rural pode, inclusive, adquirir uma vantagem competitiva, pois as plantações automatizadas podem oferecer melhores preços dos produtos e maior qualidade. O agricultor pode ainda, investir na sustentabilidade com técnicas que economizam recursos, como o reuso de água.

No entanto, infelizmente, ainda existem gargalos para o avanço de máquinas inteligentes no campo. Entre os obstáculos estão o aprimoramento das tecnologias de localização, como o GPS, que apresenta falhas em áreas encobertas pela vegetação, por exemplo; aperfeiçoamento dos sensores para gerar mais segurança para a operação quando surgem adversidades, melhora nas condições de conectividade no campo, com o adensamento de antenas de telecomunicações; e progressão na legislação que regulamenta o uso de frotas autônomas.

Outro fator dificultador na modernização do campo é a qualificação dos profissionais que operaram as máquinas e os técnicos das ciências agronômicas que analisam os dados que serão transformados em informação e conhecimento. Nesta capacitação, é necessário incluir também o gestor ou proprietário da fazenda a fim de ter conhecimento das inovações e disposição para aplicá-la na propriedade.

Nunca mais veremos o campo da mesma maneira. No passado, a lógica da agricultura era: “Meu filho, se você não estudar, vai ficar na roça”. Hoje, com tanta tecnologia embarcada nas máquinas, o conceito é: “Meu filho, se você quiser ficar na roça, vá estudar”.

Indiscutivelmente, a automação de máquinas nas lavouras é um movimento sem volta. Essa evolução deve ser encarada como uma boa notícia pelos agricultores rurais. O desenvolvimento no setor agrícola está chegando para trazer mais eficiência e produtividade para as propriedades, ou seja, aumentando os ganhos para o agricultor. A tendência é que essas tecnologias evoluam ainda mais e tornem o agronegócio cada vez mais forte não só no Brasil, mas também em todo o mundo.

*João Marchesan é Administrador de empresas, empresário e presidente do Conselho de Administração da ABIMAQ – Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos.

https://summitagro.estadao.com.br/colunistas/a-era-das-maquinas-inteligentes-no-campo/

 

quinta-feira, 6 de maio de 2021

Ampliação do volume de recursos para Plano Agrícola e Pecuário 2021/2022 é sugerido em reunião com MAPA

Representantes das câmaras CSMIA, CSEI CSEAG e CSMR expuseram algumas recomendações no sentido de aprimorar o Plano Safra para Tereza Cristina, ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Para reforçar os pleitos apresentados na contribuição da formação do Plano Agrícola e Pecuário 2021/2022, a ABIMAQ se reuniu com Tereza Cristina, ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), acompanhada de André Silva de Sousa, Rosane Henn e Wilson Vaz Araújo, integrantes da pasta, no dia 14 de abril. 

Pedro Estevão Bastos, presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas (CSMIA), ressaltou a necessidade de aporte adicional de recursos para empresas que possuem faturamento anual de R$ 45 bilhões. “Temos consciência da limitação orçamentária, mas reforço que o governo atue junto ao BNDES, Banco do Brasil e Caixa Econômica para ofertar crédito ao setor fora do Plano Safra com a finalidade de balizar o mercado. Isso é importante, principalmente, aos agricultores familiares e médios produtores rurais que possuem capacidade de negociação frente aos agentes financeiros. reduzida.

Bastos destacou que o setor defende as seguintes bandeiras: 1) taxa de juros fixo, 2) volume adequado de recursos, 3) previsibilidade, e 4) balizamento das taxas de juros e spreads bancários.

Paulo Bertolini, presidente da Câmara Setorial de Equipamentos para Armazenagem de Grãos (CSEAG), fez referência ao déficit crescente e preocupante da capacidade estática da armazenagem de grãos no Brasil, salientando que para estancá-los, os investimentos anuais deveriam estar na casa dos R$ 10 bilhões. “Também enfrentamos ainda a forte inflação dos materiais no atual Plano Safra, em especial do aço”. 

Bertolini expôs ainda o pleito para a redução do prazo de financiamento da linha PCA dos atuais 13 anos para 10 anos, dando a entender que contribuirá para o aporte maior de recursos na linha. “Atualmente apenas 30% dos contratos são fechados com prazo de pagamento acima de 10 anos”. 

Com relação a linha BNDES Crédito Rural ser uma opção à falta de recursos do Plano Safra, o presidente da CSEAG informou que é pouco aderente ao setor uma vez que o prazo é limitado a 90 dias. “Essa opção é insuficiente ao segmento, pois trabalhamos com projetos de longa maturação”.

Renato Silva, presidente da Câmara Setorial de Equipamentos de Irrigação (CSEI), colocou que os recursos do Plano Safra são limitados, além da necessidade de redução do prazo de pagamento da linha Moderinfra dos atuais 10 anos para 8 anos, o que favoreceria o aumento dos recursos.

Alexandre Bernardes, presidente da Câmara Setorial de Máquinas Rodoviárias (CSMR), comentou que os produtos da linha amarela destinam atualmente 25% de sua produção ao setor agrícola. “É um mercado do segmento que tem no Plano Safra um importante instrumento de comercialização”.  

POSIÇÃO MAPA

Teresa Cristina lembrou que os problemas fiscais e de orçamento do país são conhecidos, mas o MAPA tem defendido a ampliação de recursos adicionais ao Plano Safra junto ao Ministro da Economia Paulo Guedes. “Mostramos constantemente ao governo a importância do setor agrícola para o país reforçando que ele tem carregado a economia”.

A ministra frisou que o segmento vive uma demanda excepcional, apesar das dificuldades com o fornecimento de matéria-prima. 

Ela explicou que a pasta trabalha com uma perspectiva de contar com um orçamento de R$ 15 bilhões no próximo Plano Safra. “Mesmo o valor ser maior que o anterior estamos cientes de que ainda está abaixo do necessário”. 

A ministra revelou que as taxas de juros devem ser mantidas nos patamares atuais para o próximo Plano Safra, no entanto, a má noticia era de que não tem ainda margem ou sinalização do aumento dos volumes de recursos.

Sobre a linha PCA, ela salientou que a proposta de redução do prazo de pagamento não é aceita pela CNA, mas que o déficit de armazéns de grãos no país é um gargalo enorme. “Estamos conversando com o BNDES e o Banco do Brasil para criação de uma linha de financiamentos em condições adequadas ao setor”. 

Teresa Cristina esclareceu que existem recursos em emendas direcionadas a aquisição de máquinas agrícolas e da linha amarela, sendo R$ 2 bilhões geridos pelo MAPA, além de recursos de responsabilidade do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR). 

Com relação à irrigação, a ministra destacou o importante trabalho que vem sendo desenvolvido pelo ex-ministro Alysson Paulinelli na interlocução entre MAPA e MDR em prol deste setor.

Ela ponderou que planeja fazer uma reunião com o ministro Paulo Guedes para tratar do Plano Safra e que pretende trazer setores do agro para esse encontro, e que conta com o apoio da ABIMAQ nesse processo.

João Marchesan, presidente do Conselho de Administração da ABIMAQ, agradeceu a oportunidade e atenção especial da ministra aos pleitos apresentados pela entidade, destacando que a associação está à disposição do ministério. 

terça-feira, 4 de maio de 2021

MCTI e EMBRAPII disponibilizará R$ 80 milhões para projetos de inovação tecnológica na indústria

A ABIMAQ fará parte do Conselho Consultivo da Rede, que será responsável pela definição da estratégia e diretrizes de atuação

Com o objetivo de intensificar projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) de maior complexidade tecnológica e incentivar o uso e o desenvolvimento de tecnologias digitais aplicadas ao processo produtivo da industrial nacional, tais como de Internet da Coisas (IoT), Manufatura 4.0, Conectividade, entre outros, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (EMBRAPII) lançaram, no dia 10 de março, a Rede MCTI/EMBRAPII de Inovação em Transformação Digital. 

Pela iniciativa, a indústria brasileira terá pelo menos R$ 80 milhões disponíveis para modernizar seu processo produtivo. O apoio financeiro da EMBRAPII aos projetos de empresas poderá chegar a até 50% do valor total com recursos não reembolsáveis. A expectativa é alavancar os recursos investidos e, em cinco anos, gerar mais de R$ 160 milhões em projetos de inovação, na medida em que o modelo de financiamento da EMBRAPII exige a contrapartida financeira por parte do setor empresarial.

Além do recurso, oriundo da Lei de Informática e do Programa Rota 2030, a rede formada por 22 Unidades EMBRAPII vai disponibilizar profissionais qualificados e equipamentos de ponta para o desenvolvimento de produtos inovadores e modernização dos processos produtivos de qualquer segmento industrial.

Projetos voltados para desenvolvimento de carros conectados e autônomos ganham destaque na rede: o desafio é revolucionar como nos locomovemos. Outro grande desafio é o apoio a startups deep techs, aquelas com maior densidade tecnológica.  A proposta é reduzir, além do risco tecnológico, o risco mercadológico, e acompanhar o desenvolvimento do produto desde a pesquisa até sua chegada ao mercado.

Também será desenvolvido um modelo inédito para apoiar projetos de P&D realizados por consórcio de empresas na etapa pré-competitiva. Será a união de empresas de diferentes portes, startups e Unidades EMBRAPII para o desenvolvimento de novas rotas tecnológicas em áreas estratégicas.

A Rede de Inovação vai se organizar em quatro comitês técnicos: operacionalização; startups; infraestrutura e veículos autônomos e mobilidade. A presidência será rotativa e ficará em um primeiro momento sob a liderança do Instituto Eldorado.

O Secretário Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade, Carlos Da Costa, e mais sete instituições privadas parceiras vão participar do Conselho Consultivo da Rede, que definirá a estratégia e diretrizes de atuação. São elas: Confederação Nacional da Indústria (CNI), Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (ABINEE), Associação de Empresas de Desenvolvimento Tecnológico Nacional e Inovação (P&D Brasil), Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos e Odontológicos (ABIMO) e Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças), Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (ABIMAQ) e Associação Brasileira das Empresas Software (ABES).

MODALIDADES DE FOMENTO

Serão quatro modalidades de fomento:

Tipo 1 -  Projetos “tradicionais”

O primeiro tipo de projeto foca grandes e médias empresas, com Receita Operacional Bruta (ROB) maior que R$ 90 milhões no último ano. Elas recebem até 33% de aporte financeiro no portfólio nos projetos por parte da EMBRAPII – como é tradicionalmente feito nos projetos contratados pelas Unidades.

Tipo 2 - Projetos cooperativos, que envolvem duas ou mais empresas de diferentes portes para soluções

Tem o objetivo de incentivar a colaboração entre grandes empresas com empresas de menor porte, inclusive startups. Nesse caso, o valor financeiro aportado pela EMBRAPII pode chegar a 50% do portfólio do valor dos projetos. Pelo menos uma das empresas deve ter ROB igual ou inferior a R$ 90 milhões no último ano.

Tipo 3 - Projetos de pequenas e médias empresas e startups

Voltado para o negócio de menor porte, que está arriscando e desenvolvendo novas tecnologias. Pequenas e médias empresas e startups são importantes atores no avanço tecnológico, muitas vezes investindo em tecnologias com potencial disruptivo. Por isso, a ideia é dar um apoio maior a projetos desse segmento da Economia. A EMBRAPII, então, cobrirá os custos de até 50% do portfólio do valor do projeto de PD&I de empresas que tenham o ROB igual ou inferior a R$ 90 milhões (noventa milhões de reais), no caso das pequenas empresas, ou inferior a R$ 16 milhões (dezesseis milhões de reais), no caso das startups.

Tipo 4  - Ações complementares com startups – ciclo completo

A quarta modalidade é de ações complementares aos projetos de PD&I de startups, apoiando um ciclo completo de fomento. O intuito é que essas novas empresas transformem a tecnologia em um negócio de fato, em inovação. Isso porque as startups ainda estão em formação, requerendo assim apoio adicional para conseguirem levar os novos produtos ao mercado ou para se colocarem como uma fornecedora confiável de uma outra empresa. Assim, a EMBRAPII também dará contrapartidas para dispêndios como homologações ou certificações, provas de conceito, lotes piloto, registro de propriedade industrial, além de serviços de assessoria qualificada em inovação, design, modelagem de negócios, entre outros, desde que relativos ao projeto de P&D originalmente desenvolvido em parceria com a Unidade Embrapii.

*Com informações da Embrapii/MCTI

segunda-feira, 3 de maio de 2021

SABESP apresenta plano de investimento na reunião do SINDESAM

Mônica Porto, diretora de Sistemas Regionais da SABESP, também expôs os projetos da companhia para 2021/2022 na Baixada Santista e Interior de SP

“O leque de tecnologias que precisamos é muito amplo. Temos demanda por soluções para resolver o tratamento de água e de esgoto compacto que atenda até 100 casas e também para cidades maiores, como Santos e Paulínia”, afirmou Mônica Porto, diretora de Sistemas Regionais da SABESP, em reunião do Sindicato Nacional das Indústrias de Equipamentos para Saneamento Básico e Ambiental (SINDESAM), realizada no dia 30 de março. 

Além de associadas da câmara, o encontro organizado por Estela Testa, presidente do SINDESAM, contou também com a participação de José Velloso, presidente executivo da ABIMAQ. 

Mônica explicou que a Diretoria de Sistemas Regionais atende 334 municípios da Baixada Santista e Interior de São Paulo divididas em 10 unidades de negócios. “Temos em torno de 280 municípios já universalizados, no entanto, enfrentamos grandes desafios. Nas regiões litorâneas as dificuldades estão no abastecimento, como no Guarujá, e em lugares em que a população pobre moram em áreas irregulares, como no Litoral Sul. Além disso, enfrentamos problemas em cidades congestionada, como é o caso de Paulínia. Outro obstáculo, é na parte noroeste de São Paulo que possui 82 municípios pequenos, que atendemos desde cidades do tamanho de Santos até núcleos populacionais de 150 casas”.  

Segundo representante da Sabesp, para contornar esses desafios exige muita diversidade de fornecimento de soluções. “Buscamos tecnologias importantes, por exemplo, nós começamos a fazer um teste no ano passado e agora em 2021 de locação de etas compactas para o Litoral Norte nos meses de verão e a ação teve muito sucesso. Também necessitamos de soluções de pequeno porte para o atendimento desses pequenos núcleos no interior. Além disso, temos demandas de geradores para as estações elevatórias para não deixar esgoto vazar nas praias”.  

Mônica ressaltou que a Sabesp está com atenção na área de automação de todas as suas instalações, como de poços, estações elevatórias e de tratamento, entre outras. “Inclusive estamos montando com a Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP) um programa para infraestrutura de sistemas operacionais de automação. Também começamos a testar um outro modelo de contratação nesse segmento de automação que é a compra de soluções por resultado. Já temos em torno de 11 estações de tratamento de água nesse modelo e estamos licitando mais 17”. 

Ela acrescentou que ao longo do ano de 2021, a Diretoria de Sistemas Regionais pretende lançar editar de obra de grande porte para aproveitamento da cava de pedreira para implantar reservatório no Guarujá. “O projeto está na Agência Nacional de Mineração (ANM) porque precisa de liberação da lavra, mas acredito que até meio do ano conseguimos um retorno para prosseguir com as próximas etapas dessa iniciativa”.