sexta-feira, 29 de setembro de 2017

Desafios da globalização são abordados na reunião do CONIMAQ


Tendências da globalização e desglobalização foram destacados por Marcos Troyjo, cientista político e economista  

“No período de 1989, pós- Guerra Fria, até 2008, com a queda do banco Lehman Brothers e o início da ‘Grande Recessão’, vivemos uma atmosfera econômica industrial que chamo de globalização profunda”. Assim Marcos Troyjo, cientista político, economista e colunista do jornal Folha de S. Paulo, deu início a sua apresentação durante reunião do Conselho Nacional da Indústria de Máquinas (CONIMAQ), no dia 17 de agosto, na sede da ABIMAQ.

Para Troyjo, a globalização profunda é resultante essencialmente de quatro características:

A primeira é a ideia da economia de livre comércio que foi experimentada particularmente pelos países da cortina de ferro. “O sistema tinha uma visão mais coletivista, planejamento com muita mobilidade, e foi acompanhado pelo ponto de vista político da democracia representativa, mais funcionais do que os sistemas de partido único na intermediação nas relações com o governo”, ressalta o economista. 

A segunda é a brutal e dramática mudança do meridiano geoeconômico do Atlântico para o Pacífico. “Essa modificação diminuiu o peso relativo das Américas do Sul e do Norte e da Europa e consequentemente aumentou a força da Ásia, particularmente do sudoeste asiático, no PIB mundial”, comenta o cientista político. 

Segundo Marcos Troyjo, a terceira característica da globalização profunda é a palavra inovação. “O paradigma dominante de inovação é sinônimo de reinvenção, que na sua estratégia econômica ocorre ao contrário do futebol, ou seja, no time que está ganhando é que se mexe”. 

A tendência dos espaços econômicos e industriais se organizarem na forma de grandes blocos é apontada por Troyjo como a último atributo da globalização. “O aperfeiçoado desta dinâmica é a criação dos acordos de livre comércio, como da União Europeia e do MERCOSUL”. 

O especialista colocou ainda que entramos na era da ‘desglobalização’, “Isso não significa o fim da globalização, mas sim a diminuição de ritmo e desaceleração com características fortes, entre as quais esta à incerteza sobre o livre comércio, a mudança entusiástica desenvolvimentista, liderada pela China, e a inovação como reinvenção corporativa”. 

PARTICIPAÇÃO

Alberto Alzueta, presidente do Conselho da Câmara de Comércio Argentino Brasileira (CAMARBRA), também esteve presente no encontro. 

quarta-feira, 27 de setembro de 2017

ABIMAQ tem pleito parcialmente atendido: Governo estende REPETRO até 2040


As regras anteriores do regime aduaneiro especial de exportação e importação de bens destinados às atividades do setor de óleo e gás tinham vigência até 2020

No dia 18 de agosto foi publicado no Diário Oficial da União o Decreto nº 9.128, que prorroga até 2040 o regime aduaneiro especial de exportação e importação de bens destinados às atividades de pesquisa e de lavra de jazidas de petróleo e gás natural (REPETRO) para os contratos a partir de 1º de janeiro de 2018. Já os bens admitidos até 31 de dezembro de 2017 permanecem sujeitos às regras vigentes anteriormente pelo Decreto nº 6.759, de 1999. 

Na mesma data, o governo também publicou a Medida Provisória 795, que suspende os tributos, como Imposto de Importação, IPI, PIS-Pasep e Cofins, nas atividades de exploração, desenvolvimento e produção de petróleo, de gás natural e de outros hidrocarbonetos fluidos com permanência definitiva no Brasil ou na importação e aquisição no mercado interno de matérias-primas, produtos intermediários e materiais de embalagem para serem utilizados integralmente no processo produtivo de produto final destinado às atividades do setor.  

Para José Velloso, presidente executivo da entidade, a medida é boa, mas insuficiente. “Apesar da decisão do governo ser um grande avanço ao permitir aos fabricantes de máquinas a suspensão dos impostos federais e de importação na aquisição de matérias primas e componentes, no entanto, não resolveu a questão do ICMS”. 

Segundo Velloso, com a permanência do ICMS, na compra de insumos, o produto nacional fica mais onerado do que o importado. “Não queremos compensação. Precisamos ter isonomia para concorrer com os importados”.

segunda-feira, 25 de setembro de 2017

ABIMAQ se reúne com ANP para avaliar situação do setor de óleo e gás


Conteúdo Local, PEDEFOR e demais necessidades para retomada do setor de óleo e gás foram os assuntos abordados no encontro com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis

“Essa paralisia que o setor de óleo e gás está vivendo hoje é catastrófica”. Essa foi avaliação de Décio Oddone, diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), durante reunião com a presidência e diretoria da ABIMAQ, no dia 16 de agosto, na sede da associação. 

Oddone mencionou que é preciso tomar medidas para retomar a atividade da indústria de óleo e gás. “Os blocos em oferta nas próximas rodadas contêm 41 áreas excluídas da 9ª Rodada de Licitação. “A eliminação dos blocos provocou a postergação e a perda de bilhões de reais em participações governamentais e tributos. Essa foi a maior oportunidade perdida de uma geração, pois vamos voltar as rodadas de licitações do pré-sal 10 anos depois”. 

O diretor da ANP defendeu que é necessário encontrar uma solução para dar continuidade nos projetos do setor. “A agência identificou 20 navios-plataforma para produção e exploração de petróleo no Brasil e 900 poços offshore que estão com suas construções paralisadas pelas mais diferentes razões. Isso implica no adiamento de R$ 240 bilhões de investimentos para o País no período de 2017 a 2021”.  

Décio Oddone estimou a existência de 150 poços exploratórios (40 offshore) que estão paralisados por causa de licença ambiental. “Desde a 13ª rodada, em 2015, não conseguimos nenhuma autorização do estado para perfurar os poços, o que impede o Brasil investir R$ 10 bilhões no segmento de óleo e gás”.   

Adicionalmente, de acordo com Oddone, devem ser tomadas medidas, como a redução dos royalties para produção complementar decorrente de novos investimentos, a fim de aumentar rapidamente os volumes produzidos nos campo maduros em terra e no mar. “A única maneira de trazer investimento no curto prazo é trabalhar com os contratos existentes, não tem milagre”. 

PEDEFOR

Cesar Prata, então presidente do Conselho de Óleo e Gás da ABIMAQ, pediu apoio ao diretor na ANP para modificar o percentual de Conteúdo Local  no Programa de Estímulo à Competitividade da Cadeia Produtiva, ao Desenvolvimento e ao Aprimoramento de Fornecedores do Setor de Petróleo e Gás Natural (PEDEFOR). “Se nós conseguirmos alterar o programa na base de colocarmos a obrigatoriedade de contratações no Brasil de 20% de bens, 1% de engenharia básica e 4% de outros serviços já daria uma boa participação para a indústria nacional e seríamos minimamente atendidos”. 

Tanto Décio Oddone como José Velloso, presidente executivo da ABIMAQ, concordaram que a melhor maneira de dar continuidade no pleito é marcar audiência com Pedro Parente, presidente da Petrobrás. 

PRESENTES

 Daniela Corrêa, da coordenadoria de Conteúdo Local, André Regra, assessor da diretoria da ANP e Alberto Machado, diretor de Petróleo, Gás, Bionergia e Petroquímica da ABIMAQ, também participaram da reunião. 

PLEITO ATENDIDO

 Um dia antes da reunião com a ANP, a ABIMAQ conseguiu prorrogar por 30 dias (até 18/09) a consulta pública nº 20, que tem como objetivo de recolher subsídios para a edição de ato regulatório que disciplinará os critérios aplicáveis à isenção de cumprimento da obrigação de Conteúdo Local. 

A associação também obteve o adiamento de audiência pública, que seria realizada no dia 1º de setembro e foi transferida para 3 de outubro. “O deferimento, haja vista a alta complexidade do tema em questão, vai permitir que a indústria nacional, os trabalhadores brasileiros e demais interessados, o amplo exercício da prerrogativa de participação na consulta pública”, esclarece José Velloso.

A ABIMAQ pleiteou ainda no ofício encaminhado à ANP o desmembramento na consulta e audiência pública dos procedimentos para a concessão do waiver e do aditivo para substituição das cláusulas de Conteúdo Local de contratos já assinados. 

sexta-feira, 22 de setembro de 2017

ABIMAQ expõe situação do setor no Congresso do Instituto Aço Brasil


O presidente executivo da ABIMAQ, José Velloso, participou da 28ª edição do Congresso do Aço, realizado nos dias 22 e 23 de agosto, em Brasília. O executivo fez parte do painel ‘Crescimento econômico – Drivers de consumo’, no qual analisou o momento conturbado que a indústria nacional atravessa. “A indústria de máquinas e equipamentos já perdeu 51% do seu consumo aparente por falta de renovação e investimentos”. 

Para Velloso, ao invés de pensarmos em sair da crise, estamos tentando nos defender. “Antes, nosso segmento não tinha mais de um ano de crise. Agora já estamos no quarto ano consecutivo”, afirmou.

Além da ABIMAQ, o painel contou com a participação de Moreira Franco, ministro da Secretária-Geral da Presidência do governo Michel Temer, José Carlos Rodrigues Martins, presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e Alexandre de Campos Lyra, presidente do Conselho Diretor do Aço Brasil. 

quarta-feira, 20 de setembro de 2017

ABIMAQ promove 1º Fórum de Inteligência de Mercado do Aço


Iniciativa visa acompanhar e debater as tendências do mercado do aço com especialistas do setor

“O primeiro fórum do aço complementa todo o ciclo de inteligência de mercado que foi criado a fim de ajudar os associados da ABIMAQ”. Assim Marcos Perez, superintendente de Mercado Interno da ABIMAQ, abriu o ‘1º Fórum de Inteligência de Mercado – Aço’, no dia 24 de agosto, na sede da entidade.

Segundo Perez, toda tomada de decisão tem em si uma parcela de risco e o objetivo da inteligência de mercado é justamente mitigar essa ameaça. “Esse fórum é parte complementar de um trabalho que a ABIMAQ começou no início deste ano de acompanhamento mensal do segmento do aço, que é um item de extrema importância em toda cadeia de bens de capital”.

De acordo com o superintendente, antecipar as tendências do setor reduz o risco em relação às variações de custos de matérias-primas, permitindo se antecipar à concorrência, além de ser uma estratégia comercial. 

José Velloso, presidente executivo da ABIMAQ, destacou que o problema do Brasil é a falta de investimento. “Este ano o investimento não deve chegar a 15% do PIB brasileiro. Esse cenário refletirá nas fábricas, pois o empresário não vai comprar aço sem ter consumo”.  

Velloso expôs que o setor de bens de capital está entrando no quinto ano de queda de faturamento e do consumo aparente. “Nós temos uma relação simbiótica com o segmento do aço. Se a indústria de máquinas e equipamentos não tiver um ambiente propicio de investimento, não conseguir vender, o do aço também não vai vender. Não tem jeito”. 

Para o presidente executivo da ABIMAQ, o Brasil precisa ter uma agenda de investimentos e de exportação para sair da crise. “O nosso setor, na média dos últimos 30 anos, é o que mais exporta na indústria de transformação. Entre 2012 a 2013 nós estávamos exportando em torno de 11 a 12 bilhões de dólares por ano de máquinas. Hoje perdemos 26% do mercado externo”. 

José Velloso reforça que para ter uma economia mais competitiva é necessário aumentar a receita por meio da atividade. “Hoje não tem um movimento na equipe econômica do presidente Michel Temer para ampliar a arrecadação. Esse crescimento poderia vir por meio da exportação e de investimentos no Brasil. Infelizmente a pauta do governo em relação aos temas é negativa”. 

PALESTRAS

O evento contou com as apresentações feitas pelo Bradesco, sobre investimentos na indústria, da Usiminas, que abordou os temas mercado do aço e inovações tecnológicas de novos produtos de aço, e do Paulo Andrade, presidente da Associação Brasileira do Aço Inoxidável (ABINOX) sobre o mercado do aço inox. 

O fórum também contou com a palestra do especialista em siderurgia Homero Dornelles, que expôs tendências de preços de aço. Esses estudos estão à disposição exclusiva dos associados da ABIMAQ. Para ter acesso a estes relatórios mensais, os associados deverão entrar em contato com o gerente da sua câmara setorial.

Na segunda parte do evento foi realizada uma mesa de debates entre os palestrantes e os associados da ABIMAQ “A discussão foi uma ótima oportunidade de aproximação entre os especialistas e as empresas do setor”, afirma Marcos Perez.  

PERCEPÇÃO DOS PARTICIPANTES

Interlocutores e conteúdos de alto nível, evento interessante e construtivo,  com apresentações úteis para planejamento estratégico, assim foram as avaliações, respectivamente, das associadas JCB, John Deere e Ford em relação ao 1º Fórum de Inteligência de Mercado do Aço. 

segunda-feira, 18 de setembro de 2017

ABIMAQ age para preservar cálculo da TJLP nos contratos do BNDES


Entidade representou a CNI em audiência pública no Congresso Nacional. Também se reuniu com o ministro Eliseu Padilha e participou de reuniões com as frentes parlamentares da Agropecuária e da Engenharia para defender posição contra a criação da TLP

“Nunca presenciei nos últimos tempos uma união do setor produtivo em um tema no Senado e na Câmara, como do desacordo da Medida Provisória 777, que cria a Taxa de Longo Prazo (TLP) em substituição a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) nos empréstimos do BNDES”. Essa afirmação foi feita por José Velloso, presidente executivo da ABIMAQ, em mais uma audiência pública, promovida pela comissão mista, que é responsável pela análise da matéria, no dia 08 de agosto, em Brasília.  

Na apresentação, elaborada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), Velloso enfatizou que o impacto negativo nos investimentos, a redução da competitividade da indústria brasileira a imprevisibilidade, instabilidade, volatilidade e elevação do custo de capital são algumas das desvantagens da proposta da TLP. 

Na audiência, o presidente executivo da ABIMAQ sugeriu mudar a forma de indexação para perspectivas de inflação futura e assegurar linhas de crédito estratégicas com custo de financiamento especial. “É preciso garantir a aplicação da TJLP em linhas de financiamento à micro e pequenas empresas com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e nas operações indiretas como, por exemplo, o FINAME”.

Velloso reforçou a necessidade de definir um cronograma de transição condicionado a avanços efetivos no ambiente macroeconômico-fiscal “As modificações precisam contemplar um sistema de transição que não afete os contratos em vigor no período de 10 anos”. 

ENCONTRO COM MINISTRO

Continuando às ações para alertar os riscos da aprovação da Medida Provisória 777, José Velloso, reuniu-se com Eliseu Padilha, ministro da Casa Civil, no dia 17 de agosto, em Brasília. “O ministro ouviu a posição da entidade sem dar abertura para qualquer negociação e nos aconselhou trabalharmos a base do governo na Câmara e no Senado”. 
No mesmo dia, o presidente executivo da ABIMAQ, participou de reunião da Frente Parlamentar Mista da Engenharia, Infraestrutura e Desenvolvimento Nacional para tratar do mesmo tema. 

No dia 22 de agosto, José Velloso se reuniu com aproximadamente 40 parlamentares da Frente Parlamentar da Agropecuária para buscar votos de deputados e senadores contra o relatório da comissão mista que trata da MP 777. 

APROVAÇÃO TLP

“Após todos os esforços enumerados na matéria, infelizmente perdemos na votação da MP 777. Nunca um governo no Brasil se dedicou tanto para aprovar uma Medida Provisória. O placar foi 36 a 14 no Senado. Sabíamos desde o início que nossa chance seria pela caducidade. Por mais que criamos materiais, vídeos, matérias na imprensa, participações nas três audiências públicas, palestras nas frentes parlamentares da Agropecuária e da Engenharia, na CNI, Instituto do Aço, etc etc etc, sabíamos que a força empregada pelos ministérios da Fazenda, do Planejamento e pelo Banco Central junto à base do governo seria muito grande. Até mesmo alguns representantes da indústria e do Agro votaram pelo aumento dos juros do BNDES. Conseguimos levar até a véspera da caducidade. O governo tinha que aprovar até o dia 6. Bateu na trave. Nossa estratégia foi pela obstrução.
Pelo menos podemos dizer que ‘nosso inconformismo’ com o custo de capital no Brasil e com o desmonte do BNDES ficaram claros para a sociedade.
O efeito da TLP começa em 2019. Portanto nos próximos dois anos vamos trabalhar para reverter esta decisão. A ideia é apresentar um Projeto de Lei por meio da FPMAQ no momento apropriado. No curto prazo vamos centrar esforços para a necessária redução da TJLP (ainda em vigor), pela redução do del credere do BNDES e do "spread" dos repassadores. É o que nos cabe neste tema. Agradecemos a todos que nos apoiaram”
 José Velloso, presidente executivo da ABIMAQ

sexta-feira, 15 de setembro de 2017

ABIMAQ/SINDIMAQ celebra 80 anos de história com lançamento de exposição


Autoridades e representantes de entidades de classe ressaltaram o empenho da ABIMAQ/SINDIMAQ ao longo de oito décadas em prol da indústria e do desenvolvimento do Brasil

“Precisamos de mais Brasil e menos Brasília. Em algum momento o crescimento robusto voltará, porque somos mais fortes do que qualquer crise. Essas foram as palavras de João Carlos Marchesan, presidente do Conselho de Administração da ABIMAQ/SINDIMAQ, durante cerimônia de abertura da exposição comemorativa dos 80 anos de história das entidades, que foi realizada no dia 03 de agosto, na sede das entidades. 



Segundo Marchesan, o Brasil está passando pela pior e mais longa crise dos últimos 100 anos. “Apesar de todos os obstáculos, continuamos firmes em nosso propósito de termos uma indústria nacional forte e competitiva, servindo a todos, gerando empregos, recolhendo impostos e impulsionando a economia do País”. 

O presidente do Conselho de Administração da  ABIMAQ/SINDIMAQ, enfatizou que o setor de bens de capital tem muitos desafios pela frente, em virtude da ausência de uma política econômica, que seja favorável ao investimento. Dentre as ações que propicie a potencialização dos negócios, a criação de uma política industrial e ganho de competitividade ao segmento, Marchesan citou: 

• Acesso a juros de mercado menores que o retorno da atividade;
• Câmbio competitivo;
• Inflação controlada;
• Simplificação e redução de carga tributária;
• Maior disponibilidade de crédito;
• Estímulo aos investimentos.

Para João Marchesan, o momento é de união a fim de buscar melhorias para a indústria nacional. “Nossa trajetória foi longa e, para os próximos 80 anos, as entidades continuarão trabalhando para que o setor de máquinas e equipamentos continue a gerar riqueza para o Brasil. Uma indústria forte faz um país também forte e mais justo”. 

PLEITO

Durante seu discurso, João Marchesan solicitou ao governador Geraldo Alckmin uma atenção especial à questão do ICMS. “Isso é muito importante para o segmento de bens de capital”. 

O decreto amplia a devolução de créditos do ICMS às fabricantes de máquinas agrícolas e ao produtor rural pessoa física e à empresa rural para a utilização do crédito na compra de caminhões, furgões e carrocerias da indústria nacional. “Vou marcar nossa audiência para o diferimento do ICMS não só para a área agrícola, mas também aos outros setores”, prometeu Geraldo Alckmin ao presidente do Conselho de Administração da ABIMAQ/SINDIMAQ. 

O governador destacou o esforço das associações nesses 80 anos em prol do progresso da indústria e do país. “A história das entidades se confunde com a história do Brasil. Se imaginarmos o Brasil da década de 30, quando começou a ABIMAQ, era outro país e isso tem muito a ver com a indústria, que é propulsora do desenvolvimento, traz salário melhores, inovação e agregação de valor, um conceito moderno da soberania nacional”.

Alckmin comentou sobre a reforma do ICMS. “Nossa proposta é reduzir 1% a alíquota por ano, para chegar a 7% e 4% de alíquota interestadual, o que vai também migrando de origem para destino o imposto de consumo e dificulta a chamada guerra fiscal (disputa, entre cidades e estados, a fim de ver quem oferece melhores incentivos para que as empresas se instalem em seus territórios)”. 

BNDES

Ricardo Ramos, diretor da área de administração, recursos humanos, comércio exterior, fundos garantidores e de operações indiretas do BNDES, representando Paulo Rabello de Castro, presidente do banco, realçou a necessidade de resolver à questão do crédito. “De um lado estamos melhorando os processos, a automação, tornando o BNDES de fato ágil, mas de outro nós sabemos que têm o risco sistêmico de crédito”. 

O diretor colocou que é preciso ajudar os agentes financeiros a ter acesso aos empréstimos. “O BNDES está pensando na estruturação dos produtos financeiros para que o crédito chegue na ponta, ou seja, ao empresário. Esse é nosso desafio. Estamos batalhando e aberto a sugestões”. 

Ramos parabenizou a ABIMAQ/SINDIMAQ pelos 80 anos e espera, num futuro próximo, que o BNDES cumpra a missão de chegar na pequena e média empresa, e principalmente no setor industrial, essencial para a qualificação do emprego.

UNIÃO

Cauê Macris, deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, ressaltou que as entidades têm feito sua história pautada no bom relacionamento junto ao governo. “A atuação da ABIMAQ/SINDIMAQ nas discussões dos problemas da indústria brasileira ajuda muito o nosso País. O legislativo paulista está de braços dados para lutarmos juntos para que o Brasil possa ser um país que todos sonhamos”. 

O deputado frisou ainda que o Brasil está vivendo uma das maiores crises política. “Essa instabilidade está afetando diretamente a economia e a vida das pessoas. Hoje temos 14 milhões de desempregados e estudo da ABIMAQ mostra que a cada 10 milhões investidos em máquinas são gerados 280 vagas”.

Segundo Macris, o grande desafio do governo é oferecer oportunidades de emprego e a ABIMAQ vem contribuindo para mudar essa realidade dentro das demandas do setor. “Vocês empresários lutam para poder criar postos de trabalho, mas a máquina pública e o Custo Brasil inviabilizam muitas dessas ações”. 

ABIMAQ comemora 80 anos com exposição sobre as quatro revoluções industriais

Para celebrar o aniversário das instituições, a exposição ABIMAQ – 80 anos da força que move o Brasil apresenta a história da indústria de máquinas e equipamentos desde seu início, no século XVIII, quando foi inventada a máquina a vapor, até os dias atuais, com a evolução para a indústria 4.0. A narrativa passa pelas quatro revoluções industriais, mostra a transformação da indústria de bens de capital no mundo e no Brasil e relembra a trajetória dos 80 anos da associação.

Exposição ‘ABIMAQ – 80 anos da força que move o Brasil’
Período: 07/08 a 01/12 de 2017
Horário: de segunda a sexta das 09h às17h 
Local: Sede ABIMAQ – Av. Jabaquara, 2.925 – Térreo – São Paulo/SP
Entrada: Gratuita



sexta-feira, 8 de setembro de 2017

ABIMAQ RS busca alternativas para estimular setor


Com objetivo de encontrar alternativas para estimular a retomada do setor de máquinas e equipamentos no Estado do Rio Grande do Sul, os diretores da ABIMAQ RS, Hernane Cauduro, Mathias Elter e Marcus Coester, reuniram-se com Fábio Branco, secretário Chefe da Casa Civil do governo gaúcho. 

Na ocasião, o secretário assumiu o compromisso de criar um programa para o segmento de bens de capital a ser construído em conjunto com a associação.

O deputado João Fischer, presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Indústria e do Setor Produtivo também participou da reunião. 

quarta-feira, 6 de setembro de 2017

Vamos voltar a crescer?


Questionamento foi feito por Germano Rigotto, diretor de Ação Política da ABIMAQ, durante reunião da CSVED, ao analisar a atual conjuntura política e econômica e as reformas necessárias para o Brasil

“O Brasil precisa voltar ao jogo por meio das reformas política, trabalhista, tributária e da Previdência, mesmo com algumas medidas unilaterais, a fim de tornar o País mais competitivo”, afirmou Germano Rigotto, diretor de Ação Política da ABIMAQ, às associadas da Câmara Setorial dos Fabricantes de Vedações (CSVED), no dia 28 de junho, na sede da ABIMAQ. 

Rigotto relatou que está pessimista quanto ao avanço da aprovação da reforma da Previdência. “Não acredito que o governo avance o projeto até 2018. Isso vai significar o agravamento da crise previdenciária e na possibilidade de influenciar no risco Brasil”. 

Segundo diretor, após a aprovação da PEC do teto dos gastos públicos está havendo um otimismo exagerado quanto à possibilidade de passarem no congresso as outras reformas. “Quando o ‘mercado’ se der conta que elas podem não ser aprovadas, ou serem insuficientes, os preços dos ativos serão revistos, incluindo o câmbio”. 

Ações adicionais

Além do ajuste fiscal, Germano Rigotto, enumerou outras medidas e prioridades para o crescimento sustentado do Brasil: 

» Maior engajamento do setor privado no processo de desenvolvimento do país;
» Reformas estruturais voltadas ao aumento da produtividade e competitividade; 
» Fortalecimento das agências reguladoras;
» Melhora do ambiente de negócios;
» Juros de mercado menores que o retorno da atividade produtiva;
» Câmbio competitivo;
» Redução do Custo Brasil;
» Excluir os investimentos públicos do teto dos gastos e fixar um piso = 2% do PIB e priorizar a infraestrutura;
» Educação de qualidade com avaliação contínua, benchmarking internacional e meritocracia;
» Destinar recursos públicos para pesquisa e desenvolvimento (P&D) a fim de criar massa crítica nas áreas de ponta e utilizar compras do Estado, via Forças Armadas,  Estatais e Ministério da Saúde para encomendas tecnológicas.

segunda-feira, 4 de setembro de 2017

ABIMAQ se reúne duas vezes com presidente e diretoria do BNDES


Diminuição de juros, linhas de crédito para exportação e novas garantias para contratos no segmento de eólica foram alguns dos temas expostos nas reuniões com o banco

Com o intuito de tratar das linhas de financiamento para exportação, da redução de juros nas operações de compra e venda de máquinas e equipamentos e do Canal Desenvolvedor MPME, a ABIMAQ se reuniu com a presidência e diretoria do BNDES, no dia 11 de julho, no Rio de Janeiro. 

A possibilidade da diminuição dos juros nos financiamentos do setor de bens de capital a fim de resolver o problema do alto spread cobrado pelas instituições bancárias foi colocada durante a reunião. “A ABIMAQ e o BNDES estão trabalhando para resolver a questão dos altos juros cobrados nas operações indiretas, bem como da oferta de crédito”, explica José Velloso, presidente executivo da entidade. 

Velloso também colocou a dificuldade das empresas de conseguirem crédito nas linhas de financiamento para exportação. “Ficou acertado com o BNDES que no mês de agosto vamos ter um encontro para tratar do tema”. 

A nova ferramenta do BNDES Canal do Desenvolvedor MPME, que permitirá ao interessado em obter financiamento tenha conhecimento quais são as linhas existentes que melhor atendem à sua necessidade de investimento, também foi assunto da reunião. 

O presidente executivo elogiou a criação do canal e destacou os benefícios. “A vantagem é que o consumidor conseguirá diminuir os juros e terá mais transparência, pois vai acabar com o jogo de ‘empurra’ quando acontece um problema no financiamento”. 

Hiroyuki Sato, diretor de Assuntos Tributários, Relações Trabalhistas e Financiamentos da ABIMAQ, Paulo Rabello de Castro, Ricardo Ramos e Claudia Prates, respectivamente, presidente, diretor de Comércio Exterior e Fundos Garantidores e diretora de Indústria e Serviço do BNDES, também estiveram presente no encontro.  

Reunião anterior. Para pleitear a alteração de 60 para 80% nos financiamentos para o setor de bens de capital e a eliminação da exigência de novas garantias para contratos no segmento de eólica, Cesar Prata, vice-presidente da ABIMAQ, reuniu-se com Paulo Rabello de Castro, presidente do BNDES, no dia 05 de julho, em Brasília. 

O deputado Jerônimo Goergen, presidente da Frente Parlamentar da Indústria de Máquinas e Equipamentos (FPMAQ), Walter Felippetti, diretor executivo de Relações Governamentais da ABIMAQ e Marcos Perez, superintendente de Mercado Interno da entidade participaram da reunião.

sexta-feira, 1 de setembro de 2017

ABIMAQ alerta governo sobre consequências da mudança de cálculo nos contratos do BNDES


Aumento nos custos relacionados a financiamentos e investimentos e ameaça à existência do parque industrial brasileiro fabricante de BKs foram alguns dos efeitos elencados pela entidade caso a medida entre em vigor

Com o objetivo de expor os riscos da aprovação da Medida Provisória 777, que cria a Taxa de Longo Prazo (TLP) em substituição a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) nos empréstimos do BNDES, a ABIMAQ esteve presente em duas audiências públicas, promovida pela comissão mista, que é responsável pela análise da matéria, e reuniu-se com o deputado Betinho Gomes, relator da MP. 

Durante audiência, no dia 25 de julho, na sede do (BNDES), no Rio de Janeiro, José Velloso, presidente executivo da ABIMAQ, ressaltou que a medida é inoportuna e vai representar o retrocesso nos investimentos. “O Brasil, hoje, já bate recordes negativos de investimento. Devemos fechar 2017 com apenas 15% do PIB em investimento, um dado inimaginável. Quando na verdade, a saída no momento seria criar um ambiente favorável ao investidor”. 

Velloso destacou que o governo deveria emitir uma medida provisória para discutir o spread bancário e não a TJLP. “Metade da taxa é spread e ninguém discute o assunto. Nós precisaríamos ter transparência em toda à questão financeira no país, o que inclui o cálculo da SELIC”. 

Encontro com parlamentar

À tarde, a convite de José Velloso, o deputado Betinho Gomes, relator da Medida Provisória 777, reuniu-se com ABDIB, ABIQUIM, CNI, FIESP, Instituto Aço Brasil, e SINDRATAR na sede da ABIMAQ, em São Paulo. 

Na ocasião, os representantes das entidades colocaram ao deputado que a medida é ruim para a indústria e para o Brasil. “O parlamentar disse que já tem subsídios suficientes para trabalhar o relatório. Ele também solicitou a argumentação da ABIMAQ por escrito, o que já fizemos”, relata Velloso. 

O presidente executivo da entidade expôs ainda ao deputado que a demora no crescimento do Brasil e da falta de justiça social vem de um sistema financeiro caótico feito para transferir renda do setor produtivo para o financeiro num flagrante troca de prioridades. 
Para José Velloso, a coalizão formada com outras entidades do setor produtivo é importante para o legislativo ver que a classe está unida na opinião sobre o tema. “Vamos também provocar este debate via Frente Parlamentar da Indústria de Máquinas e Equipamentos (FPMAQ)”. 

Atuação anterior

Na audiência, no Senado Federal, no dia 12 de julho, em Brasília, Mario Bernardini, diretor de Competitividade da ABIMAQ, enfatizou que a Medida Provisória 777 é um desastre e ela precisa ser rejeitada. 

Para Bernardini, além do encarecimento dos investimentos produtivos, num momento em que eles estão em seu menor nível histórico, o aumento dos custos relacionados aos financiamentos de bens de capital nacionais, pelo FINAME/BNDES torna as máquinas importadas, financiadas externamente, mais baratas do que as equivalentes nacionais, pondo em risco o parque instalado de fabricantes de BKs. “O crédito do BNDES perde sua característica anticíclica e o custo do financiamento fica dependente da menor ou maior dificuldade do Tesouro se financiar no mercado”. Estes são alguns dos principais impactos negativos caso a medida provisória seja aprovada. 

Para o diretor, caso seja mantida a intenção de revisão da metodologia de cálculo da TJLP, uma alternativa seria adotar a proposta sugerida a emenda 01 à MP 777 que foi protocolada pelo deputado federal Jerônimo Goergen. “A sugestão é indexar a TLP ao IPCA do ano corrente acrescentando uma taxa equivalente à metade do percentual projetado para o crescimento do PIB nos próximos 12 meses”. 

Saiba mais

A Medida Provisória 777 que cria a Taxa de Longo Prazo (TLP) será usada como referência para o custo de captação e para os contratos firmados pelo BNDES a partir de 1° de janeiro de 2018. A nova taxa substituirá a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) nos empréstimos do BNDES que utilizam recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), do Fundo de Participação PIS-Pasep e do Fundo da Marinha Mercante (FMM).