quarta-feira, 30 de setembro de 2020

ABIMAQ abre chamada para projetos cooperativos de inovação

O objetivo é reunir empresas com interesses comuns nos projetos cooperativos a serem desenvolvidos pela Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (EMBRAPII) e que resultem na melhoria ou em novos produtos, processos e serviços industriais

“A ideia da chamada pela ABIMAQ, se deu porque temos uma forte atuação junto às indústrias em gestão de inovação e queremos apoiar empresas em suas necessidades por soluções tecnológicas assim como auxiliar na identificação de oportunidades de parcerias como da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii)”. Assim Anita Dedding, Gerente Divisional de Tecnologia Industrial da ABIMAQ, e Secretária Executiva do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Máquinas e Equipamentos (IPDMAQ), abriu a webinar ‘Chamada ABIMAQ para Projetos Cooperativos de Inovação com a EMBRAPII’, realizada no dia 5 de agosto. 

Anita acrescentou que a ABIMAQ,dará assistência especial às empresas interessadas. “Vamos apoiar na comunicação entre as empresas associadas e a EMBRAPII para alavancar projetos de inovação com o objetivo de elevar o patamar tecnológico”. 

Jorge Almeida Guimarães, diretor presidente da EMBRAPII, explicou que a EMBRAPII pode financiar até metade do valor com recursos não reembolsáveis de projetos cooperativos no âmbito pré-competitivo, ou seja, quando envolve mais de uma empresa na divisão de esforços, conhecimento, custos e riscos. “Temos projetos para atender 12 mil empresas nos próximos 10 anos, apostamos mais nas micro, pequenas e médias empresas e startups, sem afastar das grandes”. 

José Luis Gordon, diretor de Planejamento e Gestão da EMBRAPII, completou que a EMBRAPI conta com uma rede de 57 centros de pesquisas credenciados (Unidades EMBRAPII), com profissionais qualificados e equipamento de ponta para atender a demanda da indústria por inovação.

CASES DE SUCESSO DE PROJETOS COOPERATIVOS. 

A Fiat Chrysler Automobiles se reuniu com outras entidades empresariais e fornecedores da indústria automobilística (CBA - Companhia Brasileira de Alumínio, Novelis, Aethra e 6PRO Virtual and Practical Process) para o desenvolvimento de ligas de alumínio inovadoras, que propiciem redução de peso e maior resistência. A inovação, feita em parceria com a Unidade EMBRAPII ISI Ligas Especiais, trouxe maior segurança veicular e economia de combustível. Ligas de menor peso e baixa densidade, como o alumínio, contribui para a redução de emissões de CO2 e o desempenho energético dos automóveis. 

“Quando fazemos parcerias com outras empresas os projetos ficam mais fáceis, baratos e fluem rapidamente porque conseguimos ter uma melhor assertividade em enxergar o que está demandando no mercado”, ressaltou João Irineu Medeiros, diretor de Segurança Veicular, Regulamentação e Compliance da Fiat Chrysler Automóveis (FCA) para a América Latina.


A startup Horus firmou parceria com a BASF e a Unidade EMBRAPII Certi para desenvolver um software para drone de monitoramento agrícola que detecta os locais de maior infestação de pragas e vegetação doente no cultivo de soja. Em geral, o processo convencional no combate a ervas daninhas é baseado na verificação periódica do plantio e algumas medidas acabam sendo adotadas tardiamente. O software agilizará o processo permitindo um monitoramento preventivo e de maior abrangência, além de evitar o uso de herbicidas nas áreas saudáveis.

“Existia uma conversa com BASF, mas com a tecnologia desenvolvida em conjunto, nós ganhamos um parceiro extremamente estratégico. Isso vem de encontro com o que eu sempre friso que a inovação não é só um produto e pode ser uma parceria, um serviço, um modelo de negócio inovador”, disse Lucas Bastos, diretor Geral da Horus.

Anita afirmou que o trabalho da ABIMAQ junto da EMBRAPII fortalecerá empresas por meio do desenvolvimento de projetos de inovação colaborativos, resultando em cases de sucesso. “As empresas que investem em inovação são aquelas que identificam novas oportunidades de negócios, que em tempos de crise estão contratando profissionais e pagam os melhores salários”. 

Destaques

“A EMBRAPI conta com uma rede de 57 centros de pesquisas credenciados (Unidades EMBRAPII), com profissionais qualificados e equipamento de ponta para atender a demanda da indústria por inovação”

José Luis Gordon, diretor de Planejamento e Gestão da EMBRAPII

“Vamos apoiar na comunicação entre as empresas associadas e a EMBRAPII para alavancar projetos de inovação com o objetivo de elevar o patamar tecnológico. “

Anita Dedding, Gerente Divisional de Tecnologia Industrial da ABIMAQ e Secretária Executiva do IPDMAQ 

“Quando fazemos parcerias com outras empresas os projetos ficam mais fáceis, baratos e fluem rapidamente porque conseguimos ter uma melhor assertividade em enxergar o que está demandando no mercado”

João Irineu Medeiros, diretor de Segurança Veicular, Regulamentação e Compliance da Fiat Chrysler Automóveis (FCA) para a América Latina.

“ Isso vem de encontro com o que eu sempre friso que a inovação não é só um produto e pode ser uma parceria, um serviço, um modelo de negócio inovador” 

Lucas Bastos, diretor Geral da Horus.

Saiba  mais

Como participar da Chamada ABIMAQ para Projetos Cooperativos de inovação com a EMBRAPII

A ABIMAQ receberá projetos de interesse de empresas, que possam ser atendidas pela EMBRAPII. Para isso preencha o formulário:

Link: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSf1SpNmKnmSRgwZ8tWr8p91L Ces3iOnKmx JdLBHrwQR060ILg/viewform 

Quer conhecer mais do projeto, assista o vídeo da webinar na integra: 

Link: http://associe.abimaq.org.br/academy.html  

segunda-feira, 28 de setembro de 2020

Webinar sobre Marketing Digital debate o Google como meio de vendas para as indústrias

Em sua quarta edição, o evento contou com a participação de César Marcondes, diretor comercial da agência Otimize, para apresentar como as empresas podem melhorar sua presença orgânica no Google e como colocar em prática as estratégias mais eficazes para anúncios pagos

“O objetivo deste 4º webinar foi mostrar como o marketing digital pode ser usado para potencializar negócios independentemente de seu tamanho”, afirmou César Marcondes, diretor comercial da agência Otimize e especialista em Marketing Digital para micro, pequenas e médias empresas, na abertura da live ‘Google como meio de vendas para as indústrias’, realizada no dia 12 de agosto pela ABIMAQ.

Marcondes ressaltou que as ferramentas digitais mais utilizadas são os links patrocinados (anúncios do Google), otimização de sites (site bem posicionado na primeira página nos sites de busca), e-mail marketing, redes sociais e o marketing de conteúdo (informação relevante para criar confiança e ajudar o usuário na decisão de compra).

O diretor comercial da agência Otimize recordou que o Google tem duas maneiras de vendas. Uma é a busca orgânica gratuita que pode ser potencializada por meio da otimização do site. A outra é a busca paga com patrocínio de anúncios no Google Ads. “Uma dica é não ficar preso nas redes sociais, pois há um mundo de oportunidades no Google que podem alavancar o seu negócio”. 

Marcondes indicou que as empresas utilizem o Google Trends, uma ferramenta que vai listar quais são as tendências de busca dentro do Google, e o Google Analytics, serviço que mapeia o comportamento do usuário no seu site. 

O especialista destacou três pontos de atenção que as empresas precisam ficar atentas no ambiente digital:

1. Não adianta depender apenas da estratégica de anúncio patrocinado porque, em média, 30% das pessoas clicam neles;

2. A publicidade online não vai aparecer para quem tem bloqueador de anúncio; 

3. Não utilizar o modelo que o Google deixa como padrão para anúncios (Ads Express), pois se não configurar sua conta corretamente dentro da ferramenta você tem uma grande chance de investir e não ter o retorno esperado. 

Marcondes aconselhou para empresas que já utilizam o Google usarem os recursos adicionais do link patrocinado para chamar mais atenção para seus anúncios. “Com seu uso é possível criar extensões do anúncio, como o click to call (telefone), links para sites, mensagens e o mapa (pode ser integrado no Google Ads).

O especialista recomendou utilizar sempre códigos de conversão para medir melhor os resultados. “Além de visitas, uma campanha de busca tem sempre um objetivo que é a venda de um serviço ou produto. Portanto, ao enviar uma pessoa para o site, precisamos que ela faça alguma ação, seja preencher um formulário, comprar um produto ou acessar uma página importante”. 

GOOGLE ORGÂNICO = SEO (OTIMIZAÇÃO DE SITES). Marcondes ressalta que a otimização de sites gratuita tem dois pontos. Um é o off page que vai envolver algumas técnicas como uso de materiais e compartilhamento de link. O outro é on page, com métodos usados para melhorar rankeamento do site no Google. “A criação de um bom site exige muito mais que um layout bonito, ou seja, é necessário ter bom conteúdo. Em média 90% dos sites desenvolvidos não são otimizados. O SEO é fundamental em um projeto de site”. 

Para SEO, ele sugeriu utilizar ferramenta como Google Webmaster Tools, Google Analytics e Google Manual SEO. “Essa estratégica tem um prazo médio de dois a três meses para começar a dar retorno. Por isso é importante investir numa mídia paga, como Google Ads, enquanto você não tiver o tráfego de busca orgânica do seu site”. 

Durante a live Marcondes citou as principais técnicas de SEO on page usadas na criação do site visando ter um bom posicionamento no Google: 

- Uso correto das tags Title (título site), Description (o que aparece embaixo do site) e Keywords (palavras-chaves que o Google vai olhar); 

- Na visão do programador ou web designer o uso correto dos Headings – H1, H2, H3; 

- Atributo Alt nas imagens (ter uma legenda dentro da imagem para as pessoas saberem o que representa); 

- Conteúdo novo no formato de texto – sem cópia; 

- URLs amigáveis: uma dica é usar a ferramenta SEO Quake, o diferencial dela é que vai entrar no seu site e analisar como ele está. 

O especialista listou quais critérios o Google vem priorizando para o site ter um bom posicionamento: 

- Velocidade de carregamento do site: como sugestão, usar as ferramentas Google PageSpeed Tools ou Google Search Console para fazer o teste de velocidade do site;

- Ter conteúdo próprio; 

- Navegação em dispositivo móvel como celular, smartphone, tablet, ou seja, site responsivo; 

- Instalar segurança do site (SSL = cadeado). 

DICAS EXTRAS E GRATUITAS PARA TER MAIS VISITAS NO SITE

- Cadastre sua empresa no Google Meu Negócio para mostrar seu endereço nas buscas locais do Google, que é uma fonte de pesquisa para produtos e serviços. Não esquecer de usar o nome do negócio no título;

- Crie um canal no YouTube da sua empresa e compartilhe vídeos de produtos, serviços, depoimentos ou até mesmo institucional. O vídeo pode ser depois usado no site com um simples copiar e colar.

- Peça avaliação das pessoas usando placa no local da sua empresa;

- Cadastre-se em sites de classificados, market places, guias locais e portais de serviços como GetNinjas, OLX, Mercado Livre, Distrito Digital, entre outros, porque são sites com alto volume de tráfego e isso gerará para você muitos contatos e vendas. Não dependa só desta estratégia;

- Cadastre a região que atende sem o endereço - caso trabalhe home office;

- Faça um bom cadastro, use boas fotos e peça para os amigos/familiares avaliarem bem. Responda as avaliações, até as críticas se houver. Isso ajudará no SEO.

Saiba mais

O próximo webinar será no dia 9 de setembro, às 15h, com Maurici, sócio-diretor da Comschool, com o tema ‘E-commerce, por onde começar?’.

O conteúdo deste e de outros webinars estão disponíveis no site da ABIMAQ. 

Acesse: bit.ly/academia-abimaq


sexta-feira, 25 de setembro de 2020

Projetos e investimentos da Vale são abordados em live promovida pela CSCM E CSPEP

Representante da Vale expôs ainda as necessidades, demandas e desafios técnicos existentes no setor de minério de ferro

“A ideia de realizar a webinar surgiu quando percebemos que mesmo em um ano complicado e difícil por causa da pandemia do coronavírus a Vale destacou-se, pois manteve e até intensificou seus investimentos e isso ajudou muito a cadeia produtiva do minério de ferro”, afirmou Rodrigo Oliveira, presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Equipamentos para Cimento e Mineração (CSCM), na abertura da live ‘Desafios Atuais e Futuros no Processo Mineral do Minério de Ferro’, realizada no dia 26 de agosto. 

O evento contou ainda com a participação de Wagner Setti, presidente da Câmara Setorial de Projetos e Equipamentos Pesados (CSPEP).  

Marco Túlio, gerente executivo da área de Desenvolvimento e Engenharia de Processo Mineral da Vale, ressaltou que a empresa tem apostado muito em sistemas alternativos para reduzir a dependência em barragens de rejeitos. “Inclusive compramos a New Steel (empresa que desenvolve tecnologias de beneficiamento de minério de ferro e possui atualmente patentes de processos de concentração a seco em 56 países) por ter uma inovação nesse processo. A Vale tem estudado e apostado muito nessa tecnologia e provavelmente nos próximos meses vai ser aprovado o primeiro projeto numa escala industrial da concentração a seco de 1,5 milhão de toneladas de produção por ano com um CAPEX inicial de 100 milhões de dólares. Provavelmente essa nova planta vai entrar em operação em 2022”. 

Ele colocou que o foco da empresa é retomar e estabilizar a produção de minério de ferro. “Reduzimos a nossa capacidade de produção de minério de ferro depois do acidente de Brumadinho (em 2018 a produção foi superior a 384 milhões de toneladas). Em 2019 foram produzidos 302 milhões de toneladas. Agora a partir de 2020 estamos iniciando a retomada com a previsão de produzir 330 milhões de toneladas este ano, 344 milhões de toneladas em 2021 até chegar a patamares próximos a 400 milhões de toneladas em 2022”.  

Túlio disse que a Vale investirá US$ 1,86 Milhões em projetos alternativos de disposição de rejeitos e de aproveitamento de materiais dispostos em barragens. “A Vale vai investir muito em filtragem a vácuo e a disco para fazer o desaguamento e empilhamento dos rejeitos para maximizar as barragens existentes e evitando novas barragens”. Confira mais detalhes na linha do tempo abaixo: 

Linha do tempo

Mar/20 - Separação Rejeito Brutucu

Dez/20 - Nova metodologia disposição rejeitos VGR

Dez/20 - Adensamento do Rejeito de Brutucu

Fev/21 - Disposição de Rejeito Total na Cava de Timbopeba

Nov/21 - Filtragem Conceição

Dez/21 - Filtragem Brucutu

Mar/22 - Filtragem Cauê

Ago/22 - Programa Gelado

O representante da Vale afirmou que o grande desafio disruptivo da indústria de minério de ferro é encontrar novas rotas de secagem mais econômicas e baratas até chegar na concentração de umidade natural. “Apesar da equipe técnica tem evoluído muito nessa linha de estudo eu acho que vai ter um caminho longo para avançar nessas novas tecnologias”. 


quarta-feira, 23 de setembro de 2020

Diretoria da CSPEP para biênio 2020 / 2022 é definida

No dia 14 de julho foi realizada a eleição da nova Diretoria da Câmara Setorial de Projetos e Equipamentos Pesados (CSPEP) para o biênio 2020 / 2022 por meio de plataforma online para votação, a ‘ElectionBuddy’. 

Conheça a sua composição: 

Presidente: 

- Wagner Setti, da Weg Equipamentos Elétricos S/A – Motores, 

que foi reeleito presidente  da CSPEP. 

Vice-Presidentes: 

- Adriano Machado Meireles da Asvotec Termoindustrial Ltda.

- Carlos Augusto Alessandri da Gascat Indústria e Comércio Ltda.

- Edson Morimoto da Confab Industrial S/A

- Rodolfo Rodrigues da CBC Indústrias Pesadas S/A.

Conselheiros

- Haroldo Cortopassi   


- Jose Seber 

segunda-feira, 21 de setembro de 2020

Investimentos na mineração e mercado do aço foram temas da reunião do conselho metalurgia e mineração

Encontro online contou com as participações de representantes do IBRAM, Aprodinox e ABINOX, além de Carlos Homero Dorneles, consultor da ABIMAQ, e José Velloso, presidente executivo da associação  

“Mesmo com a pandemia a ABIMAQ não parou e está fazendo um excelente trabalho junto ao governo em defesa dos interesses das empresas do setor de máquinas e equipamentos”, afirmou Germano Fehr Neto, presidente do Conselho Metalurgia e Mineração, na abertura da reunião, realizada no dia 19 de agosto. 

José Velloso, presidente executivo da ABIMAQ, mencionou que a entidade está trabalhando desde março em uma agenda para a retomada sustentada do crescimento econômico brasileiro e para mitigar os efeitos do Covid-19 nas empresas associadas. “Estamos realizando um trabalho forte junto ao governo e ao legislativo com temas como o ataque aos itens que compõem o Custo Brasil, a questão da falta de crédito, medidas na área trabalhista e da reforma tributária”. 

APRESENTAÇÕES

Flávio Ottoni Penido, presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), expôs que os investimentos previstos no setor de mineração para os próximos 5 anos podem superar US$ 36 bilhões e com pelo menos 73 projetos anunciados. “Isso se deve a diversos projetos de descomissionamento e descaracterização de barragens em andamento, além de diversos outros pequenos projetos de investimento em tecnologias e otimização de processos, e impactos positivos de preços de commodities. Além disso, estima-se que serão gerados mais de 63.000 empregos diretos e indiretos”. 

Paulo Ricardo Andrade, diretor executivo da Associação Brasileira do Aço Inoxidável (ABINOX), colocou que o consumo aparente de aço inox em 2019 foi de 355 toneladas. “Comparando 2020 com 2019 tivemos queda do consumo aparente de 31%, ocasionado principalmente pelo efeito do Covid-19”.   

Arturo Chao Maceiras, superintendente da Associação Brasileira dos Processadores e Distribuidores de Aços Inoxidáveis (APRODINOX), fez uma apresentação institucional e apresentou alguns números do segmento. “Os pontos fortes da cadeia de distribuição do aço inoxidável brasileira são a sua capilaridade de atender mais de 10 mil clientes, fornecer para mais de 200 revendas, prazos de entrega curtos, financiamento para pequenas empresas assumindo risco de crédito, vendas em todos os estados do País e para todos os setores consumidores”. 

Carlos Homero Dorneles, consultor da ABIMAQ, apresentou sobre as perspectivas do mercado do aço pós- Covid-19. “A pandemia implicará alterações nas relações comerciais e de suprimentos tais como: revisão de estratégias de abastecimento criando novas alternativas de fontes, das políticas de estoque estratégicos minimizando riscos e de compra spot para contratos planejados de entrega; adequação de fluxos financeiros das empresas nas condições de pagamentos; e transição para negócios digitais. Enfim, estamos diante de um quadro novo que exigirá mais de todos nós”. 

sexta-feira, 18 de setembro de 2020

Grupo de Trabalho de Armazenagem de Grãos torna-se Câmara Setorial

Assumindo a presidência da Câmara Setorial de Equipamentos para Armazenagem de Grãos (CSEAG), Paulo Bertolini, em entrevista ao Informaq fala do plano de trabalho da CSEAG, analisa atual momento do setor e comenta o Plano Safra 2020/21. Confira a seguir:

O que motivou a mudança do Grupo de Trabalho Armazenagem de Grãos (GT- ARM) para Câmara Setorial de Equipamentos para Armazenagem de Grãos (CSEAG)?

O GT- ARM tinha mais de 22 anos de atuação (fundado 1998) e por causa das especificidades das nossas demandas achamos que era importante ser uma câmara para agilizar pedidos e ter um fórum específico para tratar os temas do setor. Mas ressalto que todas as vezes que precisávamos fazer uma solicitação via Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas (CSMIA) sempre tivemos um tratamento muito especial tanto pelo atual presidente como dos anteriores, além de todo apoio do corpo técnico da ABIMAQ.  

Quais ações pretende realizar na câmara setorial?

Vamos dar continuação ao trabalho do GT- ARM, mas agora como CSEAG, atuando em quatro frentes principais:

1) Trabalhar com Normas Regulamentadoras (NRs) relacionadas a armazenagem com as comissões tripartites que são formadas por representantes do Ministério do Trabalho, governo e ABIMAQ; 

2) Participar de grupo de trabalho da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) para tratar da forma de cálculo estrutural de construção e equipamentos de armazenagem; 

3) Atuar em diversos estados brasileiros que estão discutindo a regulamentação de normas de prevenção e combate a incêndio em estruturas de armazenagem a fim de mostrar a visão do fabricante com relação ao tema, pois o Corpo de Bombeiros de cada região tem a autonomia para definir suas normas;

4) Trabalhar com as linhas de créditos para armazenagem, mas especificamente o Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA) que faz parte do Plano Safra, para que não falte recursos; 

Além disso, a nossa meta, a curto prazo, é eleger diretoria (a eleição ocorrerá no dia 3 de setembro). 

Como avalia Plano Safra 2020/21?

O atual Plano Safra foi melhor do que o anterior, pois houve aumento de disponibilidade de recursos para R$ 2,2 bilhões (antes R$ 1,8 bilhão), redução de juros de 5% para projetos de até 6 mil toneladas de capacidade de armazenagem e, acima disso, juros fixos de 6% e ocorreu uma redução do prazo máximo de financiamento que era 15 anos e caiu para 11, mas achamos que até 10 anos é suficiente. No entanto, o que se aumentou na linha de crédito foi muito próximo do acréscimo dos custos das nossas matérias-primas. Por tudo isso acreditamos que esse recurso a mais não vai ser suficiente para aumentar a oferta de capacidade de armazenagem, já que é apenas suficiente para cobrir o aumento dos custos. Por outro lado, nos últimos cinco anos as empresas do setor se modernizaram e investiram em maquinários novos. 

Como você analisa o atual momento do segmento de armazenagem de grãos?

O faturamento do setor já foi a afetado no fim do ano passado por falta de recursos de linhas de crédito para armazenagem, mas especificamente o PCA. Com a pandemia, nos meses de março e abril, houve um impacto forte nas empresas devido às paralisações. Agora com a pandemia mais estável, o anúncio do Plano Safra e passada a colheita da primeira safra no Brasil, que acontece no primeiro semestre, a demanda voltou aquecer. 

Apesar desse cenário, existe uma demanda retraída para armazenagem no País (hoje o déficit é de 80 milhões de toneladas) devido não conseguir acompanhar o ritmo de crescimento da produção de grãos que nos últimos anos 10 anos cresce, em média, 10 milhões de toneladas por cada safra. Isso acontece não pela falta capacidade de produção e estrutura das empresas, mas em função do descasamento das linhas de financiamento com as necessidades do setor, pois um investimento de uma obra de armazenagem tem um período de 8 a 10 meses para maturação do projeto. 

quarta-feira, 16 de setembro de 2020

ABIMAQ PR realiza fórum de tecnologia sobre cibersegurança

O evento discutiu as principais vulnerabilidades da indústria em seus ambientes de tecnologia da informação

“Este fórum de tecnologia foi pensado para ser permanente dentro da agenda de atividades anual da ABIMAQ PR. Esperamos que esse primeiro debate sobre cibersegurança traga bastante conhecimento aplicado aos negócios das  empresas seja com soluções para os problemas atuais ou na instigação para que saiam com um ponto de partida por onde começar a estruturar esse assunto dentro da indústria”, afirmou Ricardo Lie, vice-presidente ABIMAQ Paraná, na abertura do evento online ‘Cibersegurança: As Principais Vulnerabilidades da Indústria e Como Prevenir Ataques, realizado no dia 11 de agosto. 

Para Denis Borges Maurício, analista de Tecnologia Industrial da ABIMAQ, o tema é pertinente para os dias de hoje tanto no âmbito da Indústria 4.0 como no avanço das empresas na transformação digital. Ele acrescentou que a importância da TI deve ser trabalhada na cultura das empresas.

Edilmo Araújo, gerente de Tecnologia da Sun Software, profissional de TI desde 1997 e trabalhando com segurança da informação desde 2003, listou as cinco maiores ameaças de vulnerabilidades que as empresas podem enfrentar em seus ambientes de tecnologia da informação:

- Roubo de propriedade intelectual de um projeto;

- Phishing: método de ataque de coleta de dados onde acontece uma invasão no sistema, ou seja, é aquele e-mail que você clica para preencher um dado;  

- Ataques IoT (Internet das Coisas): problema geralmente acontece quando não se altera uma senha padrão, o que torna os dispositivos de automação vulneráveis; 

- Ataques ao Supply Chain: Nessa situação você não tem que se preocupar somente com a segurança do seu sistema, mas é necessário pedir para dar uma olhada na segurança de quem lhe fornece, pois muitas vezes pode ser uma porta de entrada para o ataque; 

- Ransomware: é um tipo de malware que infecta uma máquina da rede e após passa a ver todas as permissões da rede, servidores, compactar e encriptar a senha de todos os arquivos, ou seja, é uma forma de sequestrar os dados e pedir uma recompensa.   

Araújo expôs algumas dicas de como as empresas podem melhorar a segurança no ambiente digital:

- Processos bem desenhados: é preciso ter procedimentos de chamados, envio e recebimento de arquivos; funções bem definidas do que as pessoas podem fazer como por exemplo quem pode enviar um projeto; possuir um plano de desastre como por exemplo ficar sem rede; tenha backup, o ideal ter mais de um backup em mais de um tipo de mídia;

- Gestão de Credenciais e Privilégio: possua um diretório de usuário da rede para forçar as pessoas elaborarem senhas fortes e com prazo de expiração, pois quanto mais tempo a senha não for mudada os riscos vão aumentando; crie um cofre de senha, uma dica é utilizar KeePass Password Safe (gerenciador de senhas gratuito e de código aberto desenvolvido para o Windows); não usar senha padrão, pois a chance de você ter problema será grande; segregue privilégios, o ideal é as pessoas terem o mínimo privilegio na máquina, ou seja, você ser usuário ao invés administrador; 

- Downloads: possua antivírus nas máquinas; faça filtro de conteúdo de sites e de arquivos que podem ser baixados, entre outros, pensando sempre na segurança;   

- Atualize o sistema operacional sempre que possível, principalmente quando falamos de indústria, pois tem sistemas de automação; instale patches no sistema para corrigir vulnerabilidade; 

- Superfície de ataque a servidores: segregue por funcionalidade, ou seja, tenha servidores dedicados; tenha um scanner de vulnerabilidades, é um software de varredura que, dado um determinado alvo, seja ele um software, um computador ou um dispositivo de rede, irá analisá-lo em busca de potenciais ameaças. 

segunda-feira, 14 de setembro de 2020

Transformação digital na indústria é abordada por representante da Microsoft Brasil

Claudio Makarovsky, diretor de Manufatura da Microsoft Brasil, expôs como aplicar uma digitalização efetiva nas empresas em live promovida pela ABIMAQ e o SINDIMAQ

“O objetivo da minha apresentação é abordar como as empresas conseguem extrair mais das ferramentas da Indústria 4.0 para transformar seu negócio em função dos impactos da pandemia que estamos sofrendo”, afirmou Claudio Makarovsky, diretor de Manufatura da Microsoft Brasil, na abertura da webinar ‘Covid-19: A Transformação da Economia, Emprego, Indústria e Transformação Digital’, realizada no dia 18 de agosto.

Participaram da live pela ABIMAQ, João Carlos Marchesan, presidente do Conselho de Administração, Jose Velloso, presidente executivo, e João Alfredo Delgado, diretor de Tecnologia.

Para Makarovsky, o coronavírus trouxe mudanças drásticas, pois de forma compulsória foi adotado o home office. “Isso gerou uma transformação digital acelerada, ou seja, o que seria feito em dois anos aconteceu em dois meses”.

O diretor da Microsoft expôs que a melhor forma da empresa fazer a transformação digital é engajar os clientes, capacitar funcionários, otimizar operações, transformar produtos. “É preciso também criar mais computação pessoal, construir uma plataforma de nuvem inteligente e reinventar a produtividade e os processos do negócio”.  

Ele acrescentou ainda que na área de manufatura pelo menos quatro pilares provocam os fabricantes o tempo todo a pensar na transformação de negócios digitais:

1) Transformar desenvolvimento e engenharia de produtos usando produtos inteligentes, conectados e colaboração global;

2) Otimizar as operações de fabricação com a próxima geração de plantas digitais e cadeias de suprimentos ágeis;

3) Criar novos modelos de negócios que diferencie a marca, fornecendo serviços contínuos aos clientes;  

4) Redefinir marketing e vendas, criando compromissos centrados no cliente com base em uma melhor compreensão deles.

Makarovsky enfatizou que as empresas precisam ir além das ferramentas que a Indústria 4.0 trouxe. “Eu desafio a ABIMAQ a utilizar essa metodologia como motivadora e multiplicadora para seus associados a fim de chegar literalmente no valor desejado que não é simplesmente robotizar mais as empresas” (confira tabela abaixo com mais detalhes da metodologia).

O diretor da Microsoft disse que a digitalização se acelerou exponencialmente e a consequência disso é geração de 149 milhões de novas posições de trabalho até 2025 no mundo, sendo 1 milhão em privacidade e confiança; 6 milhões em cibersegurança; 20 milhões em análise de dados, machine learning e inteligência artificial; 23 milhões em nuvem e dados; e 98 milhões em desenvolvimento de software.

“Existe o compromisso na Microsoft e queremos chamar a ABIMAQ para nos ajudar a qualificar 25 milhões de profissionais em tecnologia até 2025. Entre algumas de nossas iniciativas esta provocar vocês a atrair mais mulheres para esse segmento. Inclusive já tivemos uma Campanha chamada ‘Meninas podem programar’ e um fundo para patrocinar mulheres que queiram ser empreendedoras. Além disso, possuímos um site (academiamicrosoft.com.br) para ajudar na aprendizagem de novas tecnologias, como na formação em Inteligência Artificial”, completou Makarovsky.

João Alfredo Delgado realçou que a ABIMAQ vem trabalhando muito forte nas dores das empresas para identificar seus problemas tecnológicos. “Fazemos interações com nossos associados no sentido de saber como será sua atuação em 4.0”. 

OPINIÕES

Para João Marchesan, a apresentação de Makarovsky mostrou o quanto o Brasil está atrasado na área da digitalização. “Nós somos ‘analfabetos’ e precisamos crescer nesse sentido para aumentar a nossa eficiência e produtividade”.

De acordo com o diretor da Microsoft existem vários Brasis dentro do Brasil. “Encontramos iniciativas surpreendentes, por exemplo, recentemente foi inaugurado o maior supercomputador no SENAI/CIMATEC na Bahia voltado totalmente para a indústria.  Isso mostra que falta hegemonizar o conhecimento sobre as tecnologias 4.0 e o que tem disponível para ajudar as empresas e a ABIMAQ consegue fazer isso pela capilaridade que tem a fim de usar a digitalização fora do que já usamos até agora”

Segundo José Velloso: “a exposição de Makarovsky mostrou que, para qualquer problema enfrentado pelas empresas hoje, com certeza a digitalização vai trazer uma solução. Caso não encontre a inovação adequada para seu negócio procure debater com quem entende do assunto para solucionar”. 

quinta-feira, 10 de setembro de 2020

ABIMAQ participa de debate sobre os impactos e a importância da desoneração da folha de pagamentos

José Velloso, presidente executivo da ABIMAQ, expôs, em live promovida pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), a posição da indústria de máquinas e equipamentos sobre a necessidade de prorrogação da desoneração da folha de pagamentos, além de comentar a premência das reformas tributária e administrativa

Durante a sua fala, Velloso expressou o descontentamento do setor de máquinas e equipamentos com o adiamento para início de setembro, a pedido do governo, da colocação em pauta para votação da derrubada do veto ao texto que permite a prorrogação da desoneração, que expira no final de 2020. Assim o seu término fica adiado para dezembro de 2021. 

“Como  vou alterar o regime de uma empresa que convive com a desoneração da folha desde 2011 e voltar a reonerar  sua folha de pagamento  em meio a maior recessão econômica da história do Brasil?”, questionou o presidente executivo da ABIMAQ, na webinar ‘#DesoneraBrasil - Impactos e Importância da Desoneração da Folha de Pagamento para o Agronegócio Nacional’, realizada no dia 20 de agosto.

Ele explicou: “Estamos no meio de uma guerra. A desoneração da folha é urgente. Precisamos nos planejar para janeiro, saber se vamos investir, demitir ou contratar. A reoneração pode causar entre 500 mil e 1 milhão de demissões de trabalhadores com carteira assinada nos 17 setores atendidos pela medida da desoneração. São menos pessoas consumindo, pagando impostos, contribuindo para a Previdência Social. Não faz sentido. Essa página precisa ser virada o mais rápido possível, pois empresários precisam de previsibilidade a fim de fazer as projeções do seu negócio para o próximo ano”.

A cadeia da indústria de máquinas emprega 1,3 milhão de pessoas direta e indiretamente.

REFORMAS

Para Velloso, o Brasil tem uma estrutura tributária que inibe investimentos. “O País está investindo hoje cerca de 15% do PIB quando deveria investir no mínimo 24% para voltar a crescer em níveis acima de 3,5% a 4% ao ano. Precisamos de um sistema tributário que traga mais simplificação, justiça, acabe com a regressividade dos impostos sobre o consumo e as pessoas com baixa renda terem uma carga tributária menor do que a pessoas de alta renda, e sem cumulatividade. Poderíamos aproveitar ainda a discussão sobre a reforma tributária para apresentar uma proposta de reforma administrativa, para vivermos um tempo com mais justiça social.”. 

Participaram ainda da live o senador Luis Carlos Heinze, deputado federal Alceu Moreira, presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) Francisco Turra?, diretor executivo da ABPA Ricardo Santin, presidente do Conselho da Associação Brasileira da Indústria de Alimentação (ABIA) Grazielle Parenti, e o economista Ricardo Sennes como mediador. 


terça-feira, 8 de setembro de 2020

Alternativas para quitação de débitos tributários da União são expostas por Procuradores da Fazenda Nacional

Parcelamentos convencionais, formas de liquidação de dívida ativa e requisitos de adesão, benefícios e condições das transações extraordinária e excepcional foram outros assuntos abordados pelos advogados Juliana Furtado e João Grognet na webinar promovida pela ABIMAQ e o SINDIMAQ

“É muito importante o esclarecimento sobre os débitos tributários e suas espécies porque grande parte dos nossos associados tem algum tipo de pendência com a Receita Federal por meio da Fazenda Nacional”, afirmou João Marchesan, presidente executivo da ABIMAQ, na abertura da webinar ‘Pandemia e Débitos Tributários da União: Oportunidades e Desafios’, realizada no dia 20 de agosto. 

Pela ABIMAQ participaram ainda do evento online José Velloso, presidente executivo, Anne Joyce Angher, Denis Chequer Angher e Eduardo Silveira, advogados. 

Juliana Furtado frisou que a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) se modernizou desde 2018 com a edição da Portaria PGFN nº 33 e com isso trouxe a chance de o contribuinte vir dialogar com a Fazenda Pública ainda na esfera administrativa ao invés da discussão judicial para apontar alguma irregularidade do débito, apresentar uma garantia antecipada à execução fiscal, ou ainda regularizar a sua situação fiscal. 

João Grognet explicou que a transação tributária, novo instituto para auxiliar a regularização da situação fiscal dos contribuintes, tem dois grandes troncos. Um dos troncos consiste na dívida ativa, que deriva para três grandes galhos (espécies de transação): 

1) Transação individual por proposta do contribuinte: modalidade exclusiva para devedores que (i) devem créditos acima de R$ 15 milhões, (ii) estão em situação de falência, de recuperação judicial, extrajudicial, liquidação judicial ou intervenção/liquidação extrajudicial; ou ainda que (iii) possuem dívidas suspensas com crédito consolidado igual ou maior a R$ 1 milhão que esteja suspenso por decisão judicial ou garantido por penhora, carta de fiança ou seguro garantia; 

2) Transação individual por proposta da Fazenda: mesmas condições da transação individual por proposta do contribuinte, apenas muda quem vai deflagar a iniciativa; 

3) Transação por edital: se dirige a adesão em massa de contribuintes com débitos inferiores a R$15 milhões de reais, sendo que nessa modalidade as condições são determinadas previamente pela PGFN. 

Segundo Grognet, por causa do Covid-19 foram criadas duas novas modalidades de transação.

MODALIDADES DE TRANSAÇÃO TRIBUTÁRIA

1. Extraordinária

Criada por meio da Portaria 9.924, se dirige a todo o tipo de contribuinte pessoa física e jurídica, salvo multa criminal, sendo que os contribuintes terão até 30 de setembro (nos termos da Portaria PGFN nº 20.162/20) para optar por essa modalidade de negociação. 

Essa modalidade, disponível para todos os devedores, permite parcelar a entrada, referente a 1% do valor total dos débitos, em até três meses. Já o pagamento do saldo restante poderá ser parcelado em:

- até 81 meses para pessoa jurídica.

- até 142 meses, no caso de pessoa física, microempresa ou empresa de pequeno porte, instituições de ensino, Santas Casas de Misericórdia, sociedades cooperativas e demais organizações da sociedade civil de que trata a Lei n. 13.019/2014.

Cabe destacar que nessa modalidade de transação não há descontos, mas alargamento no prazo para pagamento das parcelas e da entrada.

2. Excepcional

Criada por meio da Portaria 14.402 como forma de atravessar a crise econômica derivada da pandemia.

Em linhas gerais, a transação excepcional é destina aos débitos inscritos em dívida ativa considerados pela PGFN de difícil recuperação ou irrecuperáveis. A Portaria disponibiliza formas de quitação de débitos inscritos em dívida ativa da União, com base no critério de capacidade, por parte dos devedores, de geração de resultados e na perspectiva de recebimento dos créditos inscritos. A referida mensuração se dará com base em critérios descritos pela própria Portaria e terá por base a verificação das informações cadastrais, patrimoniais ou econômico-fiscais prestadas pelo devedor ou por terceiros à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional ou aos demais órgãos da Administração Pública.

Uma vez verificada a capacidade de pagamento dos devedores inscritos, os créditos inscritos em dívida ativa da União serão classificados em ordem decrescente de recuperabilidade (os descontos serão oferecidos somente aos créditos considerados irrecuperáveis ou de difícil recuperação pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional).

São passíveis de transação excepcional as dívidas ativas federais, mesmo que em fase de execução, cujo valor atualizado seja igual ou inferior a R$ 150.000.000,00. Dívidas de valor superior deverão ser objeto de proposta individual.

São modalidades de transação excepcional na cobrança da dívida ativa da União:

A) Empresários individuais, microempresas, empresas de pequeno porte, instituições de ensino, Santas Casas de Misericórdia e sociedades cooperativas, inclusive créditos do Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições (Simples Nacional), desde que os créditos sejam considerados irrecuperáveis ou de difícil recuperação:

Entrada 

0,334% do valor consolidado dos créditos transacionados, durante 12 meses

Valor residual 

Redução de 100% dos juros, multa e encargos e parcelas mensais determinadas pelo maior valor entre 1% da receita bruta do mês imediatamente anterior e o valor correspondente à divisão do valor consolidado pela quantidade de prestações solicitadas

a) Reduções limitadas a 70% de cada crédito objeto da negociação, em até 36 parcelas

b) Reduções limitadas a 60% de cada crédito objeto da negociação, em até 60 parcelas

c) Reduções limitadas a 50% de cada crédito objeto da negociação, em até 84 parcelas

d) Reduções limitadas a 40% de cada crédito objeto da negociação, em até 108 parcelas

e) Reduções limitadas a 30% de cada crédito objeto da negociação, em até 133 parcelas

B) Demais pessoas jurídicas com créditos irrecuperáveis ou de difícil recuperação:

Ressalta-se que, em se tratando de contribuições previdenciárias, o prazo de parcelamento, após o pagamento da entrada, será de até 48 prestações.

Entrada

0,334% do valor consolidado dos créditos transacionados, durante 12 meses

Valor residual

Redução de 100% dos juros, multa e encargos e parcelas mensais determinadas pelo maior valor entre 1% da receita bruta do mês imediatamente anterior e o valor correspondente à divisão do valor consolidado pela quantidade de prestações solicitadas

a) Reduções limitadas a 50% de cada crédito objeto da negociação, em até 36 parcelas

b) Reduções limitadas a 45% de cada crédito objeto da negociação, em até 48 parcelas

c) Reduções limitadas a 40% de cada crédito objeto da negociação, em até 60 parcelas

d) Reduções limitadas a 35% de cada crédito objeto da negociação, em até 60 parcelas

Por fim, outro tipo de transação mencionado pelo João Grognet é o da dívida ativa de pequeno valor (transação do contencioso). Nessa modalidade, objeto do Edital nº 16/20, estão abrangidos os débitos de natureza tributária, inscritos em dívida ativa há mais de 01 ano e cujo valor consolidado seja igual ou inferior a 60 salários-mínimos (sendo vedada a inclusão de débitos junto ao FGTS e de multas criminais).

Essa modalidade de transação permite que a entrada, referente a 5% do valor total das inscrições selecionadas, sem descontos, seja parcelada em até cinco meses. Sendo o pagamento do saldo restante parcelado em (i) até sete meses, com descontos de 50% sobre o valor total; (ii) até 36 meses, com descontos de 40% sobre o valor total; ou ainda (iii) até 55 meses, com descontos de 30% sobre o valor total.

quarta-feira, 2 de setembro de 2020

Bruno Galhardo assume presidência da CSENO no biênio 2020-2022

Com mais de 15 anos de experiência no mercado de petróleo e gás, o engenheiro Bruno Galhardo, da empresa associada Roxtec Latin America, vai liderar a Câmara Setorial de Equipamentos Navais, Offshore e Onshore (CSENO) nos próximos dois anos. Em entrevista para o Informaq, ele analisou o atual momento do setor e expôs o plano de ação da CSENO. Confira a seguir: 



Como você analisa o atual momento do segmento de óleo e gás?

O setor de petróleo e gás passou por dificuldades no passado devido à falta de leilões de campos exploratórios, contudo, percebemos uma retomada do segmento nos últimos anos, principalmente, pela entrada de novos operadores no Brasil e pelo aumento de investimentos em exploração pela Petrobras. Com a pandemia, entendemos que retardará diversos investimentos, no entanto, no médio prazo, estes investimentos continuarão e a curva de crescimento retornará aos níveis pré-pandemia.

Quais principais desafios para o setor?

Neste momento de pandemia, o principal desafio para o setor é manter o emprego. A hibernação de plataformas e postergação dos investimentos trouxe uma enxurrada de demissões para o setor, principalmente, para as empresas de serviço e a indústria. Defendemos que algumas das ações possam ser tomadas pelas empresas visando diminuir o desemprego, como a adoção de trabalhos remotos e home office e o compartilhamento de áreas fabris entre as empresas, objetivando a redução de custos operacionais, de energia, locação de equipamentos, entre outros. Já as medidas do governo para adoção de redução de jornada de trabalho e suspensão do empregado ajudaram a conter às demissões em massa do segmento, mas ressalto que elas precisam ser prorrogadas pelo governo durante toda a pandemia.

Como a diretoria da câmara pretende atuar para enfrentar esses obstáculos?

A maior contribuição que podemos dar é mostrar a força de nossa representatividade em pleitos que prejudiquem a indústria nacional, como por exemplo, o projeto de lei que deseja extinguir o FMM - Fundo da Marinha Mercante. Projetos como esse tendem a aumentar o desemprego no setor e precisamos ser firmes na defesa de nossos interesses.

Outra contribuição da câmara será aproximar os associados dos grandes projetos de construção do setor, seja por parcerias com instituições, seja pelo fomento a visitas institucionais e aproximação dos associados com os grandes players do setor com o objetivo de aumentar a interação e consequentemente uma maior participação da indústria nacional nos grandes projetos do setor.

Quais ações pretende realizar no biênio 2020-2022 em prol das associadas? 

Iremos atuar com base em 4 pilares:

Mercadológico – Buscaremos o contato com as principais petroleiras do país visando aproximar os associados para fomentarmos o aumento do fornecimento da cadeia nacional. Além disso, temos interesse na criação de mais GTs (grupos de trabalho), para suprir os associados de informações relevantes sobre determinados segmentos. Já constituímos o GT Naval, que tem como foco atual o projeto de construção das fragatas classe Tamandaré.

Parcerias – Desenvolveremos trabalho em conjunto com diversas instituições, como: consulados, sociedades técnicas, associações empresariais, entre outros para agregarmos vantagens aos associados. 

Desenvolvimento profissional – O perfil dos associados CSENO são de profissionais de gestão e comercial, desta forma, entendemos que trazendo novos conceitos de vendas/marketing poderemos agregar conhecimento para estes profissionais. 

Regulatório – Estaremos atentos à projetos de lei e/ou resoluções que venham a influenciar as atividades do segmento de petróleo e gás no Brasil e nos posicionaremos sempre visando o fortalecimento da indústria nacional.

Pretende continuar alguma ação da gestão anterior, se sim, qual?

Com certeza. Tivemos ações excelentes da gestão anterior do Diego Reis, entre inúmeras, destacarei a aproximação feita com grandes empresas como, SBM Offshore e MODEC, que puderam dividir informações relevantes com as empresas. Pretendo continuar essa ação de convidar grandes clientes para apresentarem seus futuros projetos no Brasil e no mundo e com isso buscar um aumento do networking entre a indústria e os operadores/afretadores.

terça-feira, 1 de setembro de 2020

‘LinkedIn para Negócios: Impulsione suas Vendas’ é tema da 3º Webinar de Marketing Digital

No evento, Vera Lorenzo, CEO do Fala Company, também destacou como ampliar o networking de forma estratégica da empresa e marca pessoal 



“O LinkedIn é uma ferramenta profissional super poderosa para fazer contatos pessoais. A sua base é fazer negócios entre pessoas”, afirmou Vera Lorenzo, CEO e fundadora do Fala Company na Holanda em 1991 e no Brasil em 1997, na abertura do terceiro webinar de marketing digital voltado para a indústria com o tema ‘LinkedIn para Negócios: Impulsione suas Vendas’, realizado no dia 22 de julho. 

Vera enfatizou que toda empresa com página no LinkedIn deve trabalhar para que o perfil de seus colaboradores seja forte também, pois a página da companhia não vende, mas seus colaboradores que a representarepresentam. “Aconselho que as empresas treinem suas equipes para aprender a usar melhor o LinkedIn”. 

Quando questionada sobre a frequência de postagem e horário, Vera disse que o mínimo deve ser duas ou três vezes por semana e escolhendo o horário da manhã, no meio do dia e no final do dia. “Não é apenas postar é preciso se atentar a técnica dos 4 Cs - curtir, comentar, compartilhar e constância para ter retorno. É importante também que os colaboradores compartilhem o que está no feed da empresa e escreva algo, ou seja, o porquê de compartilhar”. 

Uma dica importante que a Vera passou aos participantes foi para as empresas utilizarem a nova ferramenta de eventos do LinkedIn para divulgar workshops, fóruns, conferências, cursos e outras modalidades de eventos que estão organizando. “Isso é muito essencial para movimentar a página da empresa”. 

A CEO do Fala Company expôs mais algumas dicas tanto para página de empresa como perfil pessoal: escrever artigo para ajudar na relevância do Google, peça recomendações do seu trabalho e recomende profissionais, usar pelo menos três hashtag nos posts, marcar as pessoas nos posts, apostar mais nas publicações de vídeos e oferecer insights para as pessoas. “Empresas devem usar melhor o LinkedIn e as pessoas também precisam ser embaixadoras da marca”. 

PERFIL CAMPEÃO

Vera listou o que é necessário para ter um perfil campeão: ter URL personalizada que inclua nome e sobrenome; foto profissional de alta qualidade; incluir uma imagem de fundo que mostre a potenciais clientes quem você é antes que eles leiam uma só palavra; escolha um título que chame a atenção e que faça clientes em potencial lerem mais sobre você; utilize o espaço resumo para se diferenciar e exibir competências que interessem ao seu comprador; e colocar na parte destaque fotos, links, artigos, entrevistas, link do YouTube, entre outros conteúdos para mostrar o que você se orgulha e sente que é representativo de sua identidade profissional.

O próximo webinar será no dia 12 de agosto, às 15h, com Cesar Marcondes com o tema ‘Google como meio de vendas para Indústrias’.

O conteúdo deste e de outros webinars estão disponíveis no site da ABIMAQ, 

Acesse: bit.ly/academia-abimaq