quinta-feira, 29 de agosto de 2013

EMPRESA REFERÊNCIA EM COMUNICAÇÃO VISUAL COMPLETA 10 ANOS

O Grupo Aragon, pioneira em implantar no mercado de Publicidade a comunicação visual em tecido, comemora 10 anos de fundação. A empresa tem como clientes Marisa, Boticário, C&A e Pernambucanas, entre outros. Além disso, atende as principais agências de propaganda e departamento de marketing de grandes companhias.

Grupo Aragon tem muito a comemorar em seus 10 anos de existência. A empresa se destaca por inserir no mercado a impressão digital sobre tecidos para a produção de banners, faixas, painéis, flâmulas e design customizado. “Há uma década, praticamente só existia a comunicação visual em lona porque os custos eram bem menores. Nós então apostamos na redução do preço da impressão digital em tecidos oferecendo a produção de um material de qualidade”, explica Jaime Aragon, presidente da instituição.

Encarte em tecido

Aragon também foi responsável pela confecção do primeiro anúncio em tecido no Brasil. A iniciativa, em parceria com a Loducca, aconteceu na edição de agosto de 2006 na revista Nova e posteriormente nas publicações Caras e Meio e Mensagem. “Na época, fazer o encarte da propaganda do sabão Coquel em tecido foi um desafio. Fizemos vários testes para colocar em prática a ideia proposta pela agência de publicidade, ao mesmo tempo tínhamos que atender os prazos de fechamento da edição dos veículos. Como a inserção era manual, um a um, precisamos movimentar um batalhão de pessoas para colocar os exemplares nas bancas. Foi um trabalho de convencimento!”, relembra Jaime. 

Fake tattoo

Em 2010, houve outra ação envolvendo a Loducca e a Aragon. Dessa vez, a empresa foi responsável pela confecção de uma manga de poliester, para ser colocada no braço, imitando uma tatuagem. Ao todo foram produzidos 10 mil encartes com o produto para anunciar a nova programação da MTV. A ação fez tanto sucesso que o material foi parar na mão do craque Neymar, jogador do Santos, que a usou num jogo de seu time. “A fake tattoo foi uma ideia que o produtor da agência trouxe do Japão. A iniciativa deu tão certo que hoje temos quase 100 desenhos, além de fazer modelos personalizados”, conta Jaime.

Devido o sucesso da fake tattoo, a Aragon recebeu, em 2011, prêmio de melhor produto da Brazil Promotion, feira anual que apresenta as principais novidades e lançamentos do ano no setor marketing promocional.

Com o slogan ‘Você cria, a solução é nossa‘, a Aragon faz a confecção de materiais como: bolsas, sacolas, ecobags, necessàires, camisetas, aventais, almofadas, bonés, abadás, toalhas, entre outros produtos. Alem disso, produz banners em lona, painéis, adesivos, displays, easy frames, móbiles e estruturas em acrílico para pontos de vendas (PDV). “Contamos com uma equipe afinada de 146 pessoas e equipamentos de alta tecnologia para desenvolver produtos de qualidade. Nosso objetivo é viabilizar as ideias dos criativos das principais agências de propaganda e departamentos de marketing das grandes companhias”, afirma Jaime.

Atualmente, o Grupo tem como clientes Marisa, Boticário, C&A, Pernambucanas, Hering e Leroy Merlin. “A nossa próxima meta é aprimorar os processos de gestão de qualidade que será um passo para a obtenção da certificação NBR ISO 9001. Além disso, vamos apostar na produção de peças de comunicação visual para PDV”, adianta Jaime.

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

AÇÕES NA JUSTIÇA CONTRA CONSTRUTORA SOBEM 60% NO ABC

Segundo dados da AMSPA – Associação dos Mutuários de São Paulo e Adjacências, das 540 reclamações contra construtoras registradas de janeiro a julho de 2013, na região do ABC Paulista, 60% dos prejudicados recorreram à Justiça.

Conforme levantamento da AMSPA, de janeiro a julho de 2013, na região do ABC Paulista, houve 540 reclamações de mutuários, referentes às construtoras de imóveis residenciais. Dessas, 219 dos reclamantes deram entrada na Justiça. O balanço representa um aumento de 49 % nas queixas e um crescimento de 60 % nas ações impetradas junto ao Poder Judiciário. Os dados são comparativos ao mesmo período de 2012, quando houve respectivamente 363 descontentes e 137 ações judiciais.

O balanço ainda revela que, entre os campeões no ranking dos aborrecimentos, estão: atraso na obra (39%), seguido das taxas SATI (25%) e corretagem (22%) e problemas no imóvel, ou seja, vícios ou defeitos na obra (14%). “Muitos mutuários, que chegam na associação relatando problemas sobre o não cumprimento da entrega do imóvel, descobrem que também pagaram as taxas abusivas”, afirma Marco Aurélio Luz, presidente da AMSPA.

Segundo Luz, diante das facilidades de financiamento e das vantagens de comprar um imóvel na planta, adquirir a casa própria para muitos é um sonho que se tornou realidade. “Comprar um bem ainda em construção pode representar uma economia de 30% em comparação ao valor do mesmo empreendimento pronto. A aquisição também proporciona menos burocracia para tirar documentação, mais tempo para planejar a mudança e a personalização do imóvel. Além disso, há a vantagem de o imóvel poder ser muito mais valorizado após o seu término”, explica.

Para aqueles que estão com problemas de atraso, cobranças ilegais ou vícios de construção, Marco Aurélio aconselha primeiramente tentar um acordo com a construtora. “Se caso não tiver solução, a alternativa é procurar a Justiça pedindo restituição dos valores, multa por tempo de atraso, danos morais e materiais, além do que deixou de ganhar”, recomenda. Para isso, é importante atentar-se ao prazo para recorrer ao Poder Judiciário. Os consumidores lesados quanto às taxas abusivas têm cinco anos, após o pagamento da referida taxa, para reclamar em Juízo. Nas situações de atraso da obra, o tempo para recorrer à Justiça é de até cinco anos, a partir da entrega das chaves ou expedição do Habite-se.

Outra dica para se precaver quanto a esse tipo de problema, é consultar, na hora da compra, um exemplar da “Cartilha do Mutuário – Volume Imóvel na Planta”, editada pela AMSPA. “O informativo contém 20 questões cruciais, que ajudam a esclarecer, de forma simples e prática, as principais dúvidas e os cuidados antes de fechar o negócio”, orienta o presidente da entidade.

Outro material de apoio ao mutuário é segunda versão da “Cartilha do Mutuário – Volume Entrega das Chaves” que vai auxiliar o adquirente a verificar todos os detalhes para fazer a mudança segura ao novo imóvel. O informativo contém 13 questões com o objetivo de tirar as principais dúvidas e os cuidados no momento da vistoria do apartamento.

Para ter acesso as informações das cartilhas, os interessados podem acessar o site www.amspa.org.br e baixar o conteúdo disponível em PDF.

SERVIÇO:
Os mutuários que se encontram na mesma situação podem recorrer à AMSPA para obter mais esclarecimentos. Os interessados podem entrar em contato pelo telefone (11) 3292-9230 ou comparecer em uma das unidades da entidade, com o contrato e os comprovantes do que já foi pago. Endereços e mais informações no sitewww.amspa.org.br.

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

ESTÁ PREPARADO PARA TORCER PELO BRASIL? SAIBA COMO

A Sublime Textil, empresa pertencente ao Grupo Aragon aposta na impressão digital sobre tecidos de bolsas, bonés, fake tattoos, entre outros produtos com o tema do Brasil. A criação da ‘Coleção Riquezas do Brasil’ visa à realização dos eventos esportivos que serão sediados no País.

O País inteiro já está na expectativa para receber os jogos da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016. Para atender o público que busca produtos personalizados com o tema do Brasil, aSublime Textil, empresa pertencente ao Grupo Aragon lança a ‘Coleção Riquezas do Brasil’. Entre as novidades estão: bolsas no formato de camiseta e feminina, sacolas esportivas, ecobags, nécessaires, bonés, bandeiras e fake tattoos.

Para Jaime Aragon, presidente da instituição a procura por produtos temáticos cresce a cada ano. “Por conta disso, resolvemos investir nessa área trazendo como diferencial a impressão digital sobre tecido. Até o fim do ano esperamos trazer mais novidades para atender o torcedor brasileiro.”

Um dos materiais que se destaca na coleção é a bolsa no formato de camiseta que suporta até 10k. Há três opções de modelo no tamanho 35 x 45 x 9 cm. “Para proteger de copia e que outros utilizem a nossa ideia para comercializar o produto, decidimos patentear a inovação”, explica Jaime.

Outra alternativa para torcer pelo Brasil é usar a fake tattoos, que é uma manga de poliéster para ser colocada no braço imitando uma tatuagem. O torcedor poderá escolher entre cincos modelos. Além disso, há opções de sacolas esportivas com três artes diferentes, quatro desenhos para ecobags, dois para bonés, três para nécessaires e quatro de bandeiras. “O material está disponível nas principais lojas ou poderá ser adquirido por revendedores na quantidade mínima de 50 peças”, esclarece presidente da Aragon.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

SAIBA OS DEZ ERROS MAIS COMUNS QUE UM LÍDER DEVE EVITAR

Pesquisa com 840 executivos, realizada pela consultoria Empreenda, revela que faltam líderes nas empresas. Segundo Ararê Patusca, diretor corporativo da Arezza, um bom líder é aquele que sabe motivar e influenciar a equipe para o alcance dos objetivos. Ele lista dez erros que devem ser evitados no ambiente corporativo.

De acordo com pesquisa da consultoria de negócios Empreenda, 87% dos 840 executivos consultados dizem que as empresas não detêm líderes em número suficiente para lidar com os desafios atuais e futuros das organizações. A pesquisa realizada, em 2012, mostra ainda que o índice da falta de liderança vem piorando. Em 2009, era 63% e no ano passado chegou a 71%. 

Segundo Ararê Patusca, diretor corporativo daArezza, liderança é a habilidade de motivar e influenciar um grupo de pessoas, de forma ética e positiva. “É de suma importância que o ‘chefe’ conduza todos para que contribuam voluntariamente e com entusiasmo, de forma de alcançar os objetivos tanto da equipe como da organização.”

Mas alguns erros ao conduzir uma equipe podem colocar tudo a perder. Para isso, especialista lista dez atitudes que devem se evitadas no ambiente corporativo. Fique atento aos erros a seguir:
  1. Evitar vínculo com as pessoas – Não ter a preocupação com lado humano das pessoas é a principal falha de um líder. É preciso criar laços com os profissionais para compreender o que os motiva. Isso é um trabalho que deve ser feito o tempo todo.
  2. Confundir liderança com gerencia – Para exercer a liderança, é fundamental envolver todos os colaboradores para atingir o resultado almejado, aplicando motivação, incentivo, apoio e acompanhamento. Ao gerente cabe a responsabilidade específica de imputar, administrar e cobrar resultados sob as atividades da empresa.
  3. Não ser acessível – Engana-se aquele que acha certo, que ficar isolado numa sala e ficar delegando as atividades, sem ouvir o que a equipe tem a dizer. Para conseguir os objetivos, é necessário ter vários canais de comunicação, a fim de auxiliar todos nas suas tarefas.
  4. Ocultar o desempenho de seus liderados ofuscando a eficácia – O profissional destaca-se por uma tarefa ou propõe uma solução, mas acaba não tendo o reconhecimento pelo seu mérito. Isso demonstra a insegurança do líder ao lidar com o sucesso de outra pessoa. Na verdade deveria ser ao contrário, já que o bom desempenho da equipe reflete no trabalho realizado pelo ‘chefe’.
  5. Não entender a questão ‘emoção’ – O colaborador é um ser humano que está sujeito a ter problemas. Um líder frio, que não entende esse lado, está fadado ao fracasso. É preciso colocar-se na situação da pessoa para encontrar juntos uma solução.
  6. Não motivar nem inspirar ou fazer isso de forma equivocada – De nada adianta o coordenador da equipe passar uma imagem nada condizente com a função. Na verdade, o líder deve ser um exemplo para inspirar outras pessoas a seguirem o mesmo caminho.
  7. Não ter a percepção do momento em que deve haver mudanças – É comum haver resistência quando há uma alteração, seja ela estratégica, comportamental ou de atitude. Nesse caso, cabe ao líder estimular os funcionários a acreditarem que as mudanças são fundamentais para o crescimento da organização.
  8. Desencorajar os outros e não saber correr riscos – Desestimular a equipe é sinônimo de quem não quer jogar para ganhar. O bom líder é aquele que estimula seus funcionários a saírem da zona de conforto para que juntos alcancem as metas pretendidas ainda que isto implique em correr alguns riscos. ‘O pulo do gato’ é saber mensurar e ponderar esses riscos transformando-os em diferenciais para o sucesso.
  9. Promover conflitos ou não saber administrá-los - Provocar a discórdia na equipe significa que haverá falta de sincronismo em torno de um objetivo comum. Nesse caso, cabe ao líder o papel de solucionar os conflitos proporcionando um ambiente de trabalho tranquilo e harmonioso e desenvolver profissionais vencedores.
  10. Ser omisso no desenvolvimento do colaborador - Não priorizar as necessidades do liderado como ser humano, não observando suas competências. É preciso entender que estimular a capacitação dos profissionais é essencial para atingir os resultados. Quando um líder tem essa percepção, abre o caminho para lapidar novos talentos.
  11. Ser omisso no desenvolvimento do colaborador - Não priorizar as necessidades do liderado como ser humano, não observando suas competências. É preciso entender que estimular a capacitação dos profissionais é essencial para atingir os resultados. Quando um líder tem essa percepção, abre o caminho para lapidar novos talentos e conquistar novos espaços.
Essas dicas são importantes para conduzir uma equipe de sucesso, porém, é preciso adaptá-las conforme as necessidades do ambiente corporativo. “O líder precisa ser humilde, observar, ser verdadeiro consigo mesmo, identificar seus limites e com ética superá-los. Liderar não é somente gerenciar, é quase um estado de espírito, é ser compartilhador, transferidor, ou seja, é a habilidade de entender e de ser entendido, ressalta Ararê.

terça-feira, 20 de agosto de 2013

PROBLEMAS NA LIBERAÇÃO DE DOCUMENTOS IMPEDEM ENTREGA DAS CHAVES

Devido ausência do habite-se, os moradores do Residencial Caiapó I, na região de Campinas, não recebem as chaves do imóvel. Por conta do atraso da entrega, comprador teme não conseguir mudar antes do casamento. Para a AMSPA - Associação dos Mutuários de São Paulo e Adjacências - nesses casos a melhor solução é procurar a Justiça.

O que era para ser a concretização do sonho da casa própria virou pesadelo para os moradores do Residencial Caiapó I, localizado na zona Leste de Campinas. O motivo pelo atraso para recebimento das chaves é a falta do habite-se (Certificado de Conclusão da Obra). “Embora o empreendimento já esteja concluído o que impede a liberação do apartamento é um laudo da Sanasa confirmando o cadastramento das redes de água potável e esgoto doméstico. Além disso, a construtora não providenciou a CND (certidão negativa de débitos) junto ao INSS e a individualização da matrícula das unidades, ou seja, a Certidão de Registro do Imóvel (CRI) com Cartório de Registro de Imóveis”, explicaTathiana Cromwell, assessora jurídica da Associação dos Mutuários de São Paulo e Adjacências.

Segundo a advogada, a demora da emissão do documento impossibilita que os moradores comecem a pagar as prestações do financiamento. “Como é um empreendimento do programa Minha Casa, Minha Vida que é subsidiado com os recursos da CEF – Caixa Econômica Federal, os proprietários pagam durante a construção do imóvel a taxa de obra. Mas este valor não abate a dívida e dessa forma, por culpa exclusiva da construtora que não cumpre o cronograma, os proprietários continuam pagando a taxa para o agente financeiro. Portanto, após o prazo do contrato, é ilegal cobrar a taxa de obra, além de ser um dinheiro ‘jogado fora’."

Um dos prejudicados pela demora da entrega das chaves no Residencial Caiapó I é Gustavo Ruggeri Zile. Ele comprou o imóvel em julho de 2009 no Feirão da Caixa. Na época, a construtora prometeu a assinatura do contrato de financiamento no prazo máximo de 30 dias e, a partir desta data, seria definido o prazo para receber o apartamento. Porém, a promessa foi cumprida apenas em dezembro de 2010 e com isso o recebimento das chaves ficou estabelecido para 19 meses depois.

Com a garantia no contrato de mudar para imóvel novo em novembro de 2012, Gustavo marcou a data do casamento para agosto de 2013. “Contratamos o bufê, músicos, e tudo mais necessário para a cerimônia. Por precaução, não achamos conveniente marcar a festa de acordo com o prazo contratual, afinal, sabemos da necessidade de alguns meses para realizar alguns reparos e melhorias no apartamento. Além disso, as instalações necessárias para moradia”, relata.

A expectativa aumentou quando aconteceu a vistoria do imóvel em 5 de novembro de 2012 e a carta da construtora informando a data para receber as chaves no dia 15 do mesmo mês. “Isso me fez acreditar que em janeiro de 2013 eu estaria com o apartamento em mãos, mas na hora de checar a propriedade, percebi vários problemas; como rachaduras e infiltrações e percebi que não seria obedecido o prazo. Mesmo após o conserto, não aconteceu a entrega”, conta.

Depois de pesquisar o motivo do descumprimento do contrato, ele soube que a construtora tinha problemas com a documentação com órgãos públicos. “Fui atrás dos meus direitos, mas isso causou muito desgaste, pois perdi dias de minhas férias e precisei ausentar do trabalho muitas vezes. Isso sem contar as horas investidas para o envio de aproximadamente 200 e-mails entre o grupo de moradores e reuniões”, desabafa Zile.

Sem saber quando vai receber as chaves do imóvel, Gustavo enfrenta outros aborrecimentos. Um deles são os móveis comprados que estão estocados na loja. O outro é o enxoval adquirido que está guardado na casa dos pais dele e da noiva. Isso sem contar o pagamento, em torno de R$2.500, da taxa de corretagem que é considerada abusiva. “Apesar de ter feito tudo, não tive retorno da data que irei entrar na minha casa. Julgo como falta de respeito comigo e outros moradores do empreendimento. Como não consegui atingir os objetivos com meus próprios esforços, então decidi procurar a Justiça para obter êxito em todos os meus direitos cabíveis.”

Reclamações contra construtora

Os casos de descontentamento de mutuários contra construtoras não param de crescer na cidade de Campinas. Levantamento realizado pela Associação dos Mutuários de São Paulo e Adjacências, de janeiro a abril de 2013, revela que as reclamações contra incorporadoras atingiram o número de 250 contra 212 no mesmo período do ano anterior, representando uma elevação de 18%. Dos queixosos, 251 moveram ação contra construtora. No ano anterior 159 entraram na Justiça, atingindo um aumento de 58%.

O balanço ainda revela que, entre os campeões no ranking dos aborrecimentos estão: atraso na obra (65%), seguido das taxas SATI (18%) e Corretagem (11%) e problemas no imóvel, ou seja, vícios ou defeitos na obra (6%).

Para diretora jurídica da AMSPA, nesses casos o Poder Judiciário garante a restituição dos valores abusivos em dobro acrescido de multa e juros diários conforme determina o Artigo 51 do Código de Defesa do Consumidor (CDC). “Já nas situações de descumprimento do contrato, cabe multa de 2% e mais os juros de mora de 1% ao mês pelo atraso. Além disso, o mutuário pode requerer indenização por danos morais e materiais e lucro cessante, ou seja, o que o prejudicado deixou de ganhar ou perdeu um lucro esperado conforme determinam os artigos 402 e 403 do novo Código Civil.”

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

SAIBA QUAL FINANCIAMENTO CABE NO SEU BOLSO

Você pretende comprar um imóvel e não sabe qual modalidade de financiamento escolher? Para ajudar nessa etapa, a AMSPA - Associação dos Mutuários de São Paulo e Adjacências preparou um guia que esclarece as vantagens e desvantagens do SFH - Sistema Financeiro da Habitação, SFI - Sistema Financeiro Imobiliário, programa ‘Minha Casa Minha Vida’, entre outros empréstimos.   

É chegada a hora de realizar a compra da casa própria. Mas antes de fechar o negócio é preciso ficar atento na escolha do financiamento. Para orientar os futuros donos de imóvel, a AMSPA - Associação dos Mutuários de São Paulo e Adjacências elaborou algumas dicas para orientar qual melhor linha de crédito imobiliário que atenda o poder aquisitivo de cada um. Confira a seguir:

Minha Casa Minha Vida

O programa do governo foi criado para atender as famílias de baixa renda. Para aderir, o futuro mutuário deve ter renda entre R$ 1.600 a R$ 5 mil e adquirir imóvel com o teto máximo de R$ 190 mil para residências na cidade de São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro. Já nas regiões com mais de um milhão de habitantes, o valor é de R$ 170 mil. Nos municípios com população acima de 250 mil, o teto é R$ 145 mil. Nas cidades com mais de 50 mil habitantes o valor é de R$ 115 mil. Nas demais regiões, o teto é de R$ 90 mil. 

Ao comprovar que a renda familiar não ultrapasse 30% dos rendimentos, o consumidor tem o direito de receber subsídio entre R$ 18 mil a R$ 25 mil e pode financiar até 100% do imóvel. “A vantagem de escolher o MCMV é que as taxas de juros são menores e vão de 5% a 7,16%, dependendo da capacidade de pagamento do proponente, da análise de risco de crédito e da definição do tempo das prestações (mínimo de 120 meses e máximo de 360 meses)”, explica Ana Carolina Bernardes, diretora jurídica da AMSPA.  
Outros benefícios do Minha Casa Minha Vida são: utilizar o FGTS, entrada facilitada, parcelas decrescentes depois das chaves e isenção ou desconto no custo de seguros e despesas cartoriais. O programa também tem a cobertura de parte do pagamento das prestações nos casos de desemprego, redução de renda, morte e invalidez permanente e nas despesas de recuperação relativas a danos físicos ao imóvel. “Para ter a cobertura do Fundo Garantidor de até 36 parcelas é preciso ter quitado seis prestações do financiamento. Durante o tempo do auxílio é necessário o pagamento mínimo de 5% das prestações, comprovar situação a cada três prestações requeridas e estar adimplente nos meses anteriores”, ressalta Ana. 
SFH e SFI
O SFH - Sistema Financeiro da Habitação é a alternativa para quem comprar uma residência abaixo do valor de R$ 500 mil. Ao optar pela modalidade o comprador tem juros de até 12% ao ano, descontos de 50% na taxa de registro em cartório no caso da primeira compra do imóvel, amortização decrescente e pode utilizar o FGTS para abater as prestações e o saldo devedor.
Essa modalidade também dá mais fôlego na ocorrência de atraso nos pagamentos das parcelas: são três meses para conseguir resolver o problema de inadimplência com o agente financeiro. “É importante frisar que o financiamento só poderá ser feito com o Habite-se emitido, pois os bancos exigem o documento no momento de conceder o empréstimo”, alerta Marco Aurélio Luz, presidente da AMSPA.
Já no SFI - Sistema Financeiro Imobiliário, o crédito é concedido para a compra de imóvel no valor acima de R$ 500 mil. Os juros são negociados caso a caso e o uso do FGTS só pode ser feito para quitar o saldo devedor. Além disso, a perda da propriedade pelo não pagamento do imóvel acontece em 15 dias após a notificação do cartório. “Apesar de o SFI permitir o financiamento em até 30 anos, o ideal para quem optar pela modalidade é quitar as parcelas em um período curto, que deve ser no máximo de cinco anos”, orienta Luz.   
A desvantagem de ambos é que não têm a proteção do Fundo Garantidor no caso de perda de renda.
Outras opções
Uma modalidade que está crescendo para comprar a casa própria é o sistema de consórcio. Essa alternativa de financiamento tem como benefícios: os juros baixos; a possibilidade de usar o FGTS para dar lances e receber a carta de crédito antes; o prazo para a liberação (varia entre 60 a 180 meses) é menor, se comparado a outros financiamentos que chega a 30 anos. Já os malefícios são: as taxas de administração e adesão, os seguros e o fundo de reserva que pode comprometer até 20% das prestações.

Segundo Marco Luz, quem escolhe o consórcio não deve ter pressa, pois tanto pode ser o primeiro como o último a ser contemplado. “Devemos alertar o adquirente, que deseja comprar sua primeira casa por essa modalidade que, quando liberar a carta de crédito, muitas vezes, o valor não é suficiente para aquisição do bem. Nesses casos, em que houver a valorização do imóvel e a quantia ficar acima do crédito recebido, o dono da propriedade terá que ter reservas próprias para completar o pagamento. Caso contrário será forçado a comprar o imóvel em outro local não desejado”, completa.

Outra opção para financiar um imóvel é ir direto à construtora. A modalidade é boa para quem adquirir o bem no valor acima de R$ 500 mil e quer quitar as parcelas em pouco tempo. A vantagem dessa escolha é a facilidade de negociação com o incorporador. Também inclui menor rigidez para conseguir a concessão do crédito e, no caso da impossibilidade de cumprir o contrato, há a alternativa de se fazer um acordo.

O problema desse financiamento está na cobrança dos juros, de 12% ao ano mais o IGP-M - Índice Geral de Preços-Mercado, após as chaves, que leva a um aumento considerável do preço final, além de receber a escritura somente após quitar as prestações. “Para aqueles que preferirem essa modalidade é preciso ter cautela, pois, caso a construtora quebre antes da entrega das chaves, pode não ser possível conseguir recuperar o dinheiro”, acrescenta Luz.

O presidente da AMSPA sugere que, antes de assinar o contrato nesses tipos de financiamento, o consumidor deve verificar o quanto o valor das parcelas vai comprometer seu rendimento familiar. “O ideal é que não seja mais de 30% de sua renda, se essa for superior a R$ 10 mil”. Quem tem ganhos entre R$ 5 e 10 mil, o limite da prestação deve ficar entre 11 e 15%. Ele ainda aconselha: “Com renda menor que R$ 5 mil, não arrisque a assumir prestações superiores a 5% desse valor”.

Portanto, segundo o especialista, fica evidente que a escolha do financiamento depende muito do poder aquisitivo de cada um. “É importante que o futuro proprietário do imóvel converse com sua família, levando sempre em conta as despesas fixas, como alimentação, educação, transportes, pagamento de prestações, entre outros gastos. Caso contrário, o sonho de comprar a casa própria pode se tornar um tormento e acabar de vez com uma esperança do então adquirente”, completa Luz.

SERVIÇO:
Os mutuários, que desejam mais informações, podem recorrer à AMSPA para obter mais esclarecimentos. Os interessados podem entrar em contato pelo telefone (11) 3292-9230 ou comparecer em uma das unidades da entidade. Endereços das unidades e mais informações no site: www.amspa.org.br.

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

BRASIL, BOLA DA VEZ NA COMUNICAÇÃO INTERNA

Por Márcia Brandão* 

No ano que precede a Copa do Mundo no Brasil, várias oportunidades surgem para alavancar os negócios. Porém, a falta de planejamento na comunicação interna pode gerar insatisfação e desmotivar parte dos funcionários e com isso pode colocar as estratégias de crescimento a perder. Para obter resultados mais satisfatórios, é essencial promover ações de sensibilização no ambiente de trabalho e garantir profissionais mais motivados e comprometidos. Saber como se comunicar com os colaboradores faz muita diferença na produtividade, na qualidade dos produtos, no clima organizacional e, consequentemente, a atitude gera mais confiança e credibilidade nos serviços prestados.

No que o clima do mundial a ser realizado em nosso País pode contribuir para alavancar o endomarketing dentro das organizações? Primeiramente, a Copa é uma chance de aproveitar a euforia dos profissionais com a seleção para incentivar o trabalho em equipe, a liderança, o comprometimento, a vencer obstáculos e a superar os momentos de crise ou de pressão.

Em segundo lugar, é um aliado para promover a integração entre as equipes, pois atividades relacionadas aos jogos ajudam a aproximar pessoas de áreas diferentes da companhia e até mesmo aqueles que trabalham próximos, mas que não têm muito contato no dia a dia. Vale destacar que o evento reforça atributos como planejamento, organização e diplomacia.

Para estimular seus empregados a vestirem a camisa da sua empresa, é importante apostar em campanhas, jogos internos, premiações, bolões para passar as mensagens aprendidas com o evento esportivo. Além disso, o uso de jornais e boletins internos, newslettersintranet, murais, eventos, concursos, caixas de sugestões, dentre outras formas de levar informações, são úteis para promover a inclusão de todo corpo funcional da organização.

Obviamente, a utilização desses recursos de informação deve ser elaborada de forma que seja atrativa, envolvente e, principalmente, de maneira a atender às exigências do perfil de seu público interno e alinhá-lo com as estratégias da empresa. A comunicação eficaz pressupõe uma via de duas mãos, portanto, todos – da alta administração até os postos na base da pirâmide – devem fazer parte dela.

Empregar elementos que envolvem o tema futebol dentro do mundo corporativo é uma forma de estimular a união de todos em torno de um mesmo objetivo e de promover a interação entre os vários setores da empresa, como também, a boa convivência dentro da organização. Essas atitudes refletem em lucratividade e em mais qualidade nos produtos oferecidos.

Infelizmente, apesar de todos esses benefícios, muitos empresários ainda não perceberam a prioridade da comunicação interna nos dias de hoje. Não se deram conta de que é preciso encontrar um canal para informar, persuadir, envolver e motivar seus funcionários e alavancar seus negócios.

É fundamental que o líder lembre-se que uma opinião negativa dos colaboradores e mal informados pode causar danos irreparáveis à organização, pois em época de Internet, mensagens instantâneas, Twitter, blogs e redes sociais, a “Rádio Peão” é o seu principal porta-voz.

Não se esqueça de que a comunicação interna é um valioso instrumento para o meio corporativo, que serve para motivar e integrar o público interno, bem como orientá-lo sobre a cultura organizacional do local de trabalho e na disseminação do conhecimento entre os profissionais.

Portanto, levar informações seja por e-mail, mural ou entrega de informativos impressos são essenciais para melhorar o relacionamento entre empregados e empregador. Colaboradores, que “vestem a camisa” da empresa e sentem que fazem parte do “time”, são os seus maiores propagadores. Esse sentimento é O cotidiano organizacional fluirá de maneira positiva, se existir uma boa comunicação interna.

*Márcia Brandão é jornalista, formada pela Universidade Anhembi Morumbi. Tem experiência em comunicação interna e assessoria de imprensa, principalmente nos segmentos de imóveis, recursos humanos, saúde e jurídico. Atualmente faz parte do time da LINK Portal da Comunicação (www.linkportal.com.br), assessoria de comunicação integrada, fundada há mais de 10 anos. E-mail: linkmarciabrandao@linkportal.com.br

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

ASSOCIAÇÃO DOS MUTUÁRIOS ABRE FILIAL NA ZONA OESTE DE SÃO PAULO

Com o boom imobiliário na região Oeste da Capital paulista, muitos problemas estão surgindo. Entre os principais estão: taxas abusivas nos contratos, atrasos e defeitos nas obras. Para auxiliar os moradores da região, AMSPA - Associação dos Mutuários de São Paulo e Adjacências inaugura nova sede.

A zona Oeste de São Paulo virou um canteiro de obras. O boom de lançamentos deve-se principalmente à valorização da região e pela localização. Segundo Índice FipeZapa a área tem o metro quadrado um dos mais caro da cidade: com preço médio de R$7.625. Já levantamento da Criactive, empresa especializada em pesquisa na área de construção civil e infraestrutura, mostra que o bairro de Pinheiros está em terceiro lugar com 190,367 m2 de prédios em construção, atrás apenas do Morumbi com 216,661 m2 e Itaim Bibi com 378,845 m2. Além disso, bairros como Pinheiros, Barra Funda, Perdizes, Pompeia e Vila Leopoldina concentram cerca de 40% dos lançamentos de edifícios comerciais, conforme revela Secovi-SP.

Porém, atrás do mercado aquecido os problemas aparecem. Entre eles estão: atraso e defeito na obra, vícios de construção, taxas abusivas e abusos no financiamento. Para defender os mutuários que têm aborrecimentos contra construtora ou bancos, a AMSPA – Associação dos Mutuários de São Paulo e Adjacências abre nova filial na zona Oeste de São Paulo. A sede está localizada na rua Paes Leme, 136, conjunto 809. O local está em frente ao SESC Pinheiros e da estação de metrô Faria Lima. Para dúvidas ou informações o telefone de atendimento é (11) 3019-1899.

Segundo Marco Aurélio Luz, presidente da AMSPA, o mercado imobiliário tomou grandes projeções nos últimos anos, assim como o sonho da casa própria, que vem se tornando, a princípio, mais fácil de ser realizado. “Por outro lado, a incapacidade das construtoras, em atender essa demanda, tem causando vários transtornos aos compradores. Isso sem falar nos abusos cometidos pelos bancos no financiamento que, em muitos casos, têm levado o mutuário a perder o imóvel, por conta de aumentos excessivos nas prestações.”

De acordo com Luz, a nova sede tem como intuito de auxiliar e facilitar o acesso dos compradores e proprietários de imóvel da região, aos seus direitos na aquisição de bens. “Esse espaço nasce com o propósito de defender os mutuários para que saibam de seus direitos e não sejam mais enganados pelas construtoras ou pelas instituições financeiras.”

SERVIÇO:
AMSPA – Filial Pinheiros
Endereço: Rua Paes, Leme, 136, cj 809
Fone: (11) 3019-1899

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

SAIBA OITO DICAS PARA ORGANIZAR AS CONTAS ANTES DA COMPRA DA CASA PRÓPRIA

Alguns cuidados antes de comprar imóvel são essenciais para fugir da inadimplência. Para isso, a AMSPA - Associação dos Mutuários de São Paulo e Adjacências preparou oito dicas para auxiliar os consumidores nessa etapa.

Antes de realizar o sonho da casa própria é importante analisar as contas para evitar a inadimplência que pode levar até a perda do bem.“Por mais que as facilidades da compra sejam vantajosas, o consumidor não pode se deixar levar pela tentação sem antes fazer um bom planejamento, pois o financiamento vai comprometer a renda da família por muitos anos”, alerta Marco Aurélio luz, presidente da AMSPA – Associação dos Mutuários de São Paulo e Adjacências.

Para não ter dor de cabeça ao pagar as prestações do imóvel, a AMSPA preparou oito dicas de como organizar as contas antes de fechar o negócio. Confira a seguir:
  1. Coloque todas as despesas no papel e, junto com a família, verifique se as prestações não vão comprometer mais do que 30% da renda familiar;
  2. Tenha cerca de 50% do valor do imóvel depositado no FGTS, poupança ou em outras aplicações para se precaver contra desemprego, diminuição de renda, problemas de saúde na família, entre outras dificuldades imprevistas, que podem comprometer o pagamento do financiamento;
  3. Formalize a proposta com tudo o que foi conversado e prometido pelo corretor, como preço, prazo, forma de pagamento, reajustes etc;
  4. Reserve dinheiro para pagar despesas do cartório (ITBI – Imposto sobre Transações Imobiliárias e Escritura), que gira em torno de 3% sobre o valor do imóvel e a escritura. Não se esqueça de guardar uma quantia para arcar com custo de reforma, seguro e mudança;
  5. Peça uma planilha do banco com a projeção de todas as parcelas do financiamento, incluindo as taxas extras e os seguros que compõem a prestação;
  6. Fique atento ao valor da taxa de juros do contrato, se está dentro do limite permitido pelo mercado, que hoje é de 12% ao ano;.
  7. Escolha o financiamento de acordo com suas possibilidades para arcar as prestações. Nessa etapa é importante fazer cálculos e comparar as linhas de crédito imobiliário disponíveis no mercado. Hoje as modalidades para financiar a casa própria são pelo sistema de consórcio, SFH - Sistema Financeiro da Habitação, SFI - Sistema Financeiro Imobiliário ou direto com a construtora;
  8. Opte pelos contratos com uma taxa de juros fixa mais a TR - Taxa Referencial, ou seja, pós-fixada e pelas correções feitas pela tabela SAC ou SACRE. Com parcelas decrescentes e juros menores, ganham diferencial competitivo diante da tabela Price e das taxas pré-fixadas.

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

IMÓVEIS SEM HABITE-SE PODE TRAZER PROBLEMAS


Habite-se é o documento emitido pela prefeitura de cada município, que atesta a legalidade do imóvel novo ou que passou por reforma. Porém, sem a certidão, a propriedade não pode ser registrada, o que pode prejudicar uma futura venda, impede inclusão na herança, a aquisição de financiamento e de seguros. Para AMSPA - Associação dos Mutuários de São Paulo e Adjacências, alguns cuidados antes da compra são essenciais para evitar aborrecimentos futuros.

Depois de comprar um imóvel, vem o momento de receber as chaves do bem. Porém, muitos consumidores não conseguem se mudar para a nova moradia porque a propriedade não tem o Habite-se – Certificado de Conclusão da Obra. Marco Aurélio Luz, presidente da AMSPA, explica que “com a demora da liberação do documento, que pode levar anos ou, em muitos dos casos, acaba nem saindo, surgem vários problemas ao dono do bem”. O diretor da entidade em defesa dos mutuários cita os prejuízos mais comuns relacionados à falta do Habite-se:

•    Impossibilita o mutuário de financiar o imóvel, pois os bancos exigem o documento no momento de conceder o empréstimo. No caso do empreendimento financiado pelo programa Minha Casa, Minha Vida, o atraso para liberar o Habite-se pode onerar o bolso do mutuário. Ao utilizar recursos da CEF – Caixa Econômica Federal, o proprietário paga a taxa de obra durante a construção do imóvel. Se a construtora não cumprir o prazo para encaminhar os documentos à prefeitura, o consumidor é prejudicado porque continua pagando a taxa após a data estipulada no contrato para entrega da casa, o que é ilegal, além de ser um valor ‘jogado fora’ já que não amortiza o saldo devedor;

•    Impede a averbação da residência no Cartório de Registro de Imóveis, o que torna o bem inexistente judicialmente;

•    Desvaloriza o valor do imóvel no momento da venda devido a irregularidade perante a municipalidade;

•    Inviabiliza a doação e a inclusão do imóvel em herança;

•    As seguradoras podem deixar de fazer o seguro para o condomínio ou residência por causa da ausência do Certificado de Conclusão da Obra. Além disso, se ocorrer acidentes ou danos no imóvel, há o perigo de não receber a indenização por prejuízos no bem ou caso de morte e invalidez do responsável pelo pagamento do financiamento;

•    Não é possível constituir condomínio legal, o que prejudica uma convocação de uma Assembleia Geral Ordinária para eleger e dar posse ao síndico e demais integrantes da administração e o rateio de despesas condominiais.

O presidente da AMSPA Marco Aurélio Luz alerta que a regularização das contas de água, luz, telefone e IPTU não indica que o imóvel esteja regular. “Muitos consumidores mudam para nova residência achando que a documentação está correta porque cumpriu as exigências das concessionárias, mas enganam-se e isso pode até gerar multa por ocupar o apartamento antes do aval da prefeitura”, alega.

Segundo Luz, para evitar aborrecimentos é importante ao futuro mutuário pesquisar a idoneidade da construtora antes de fechar o negócio. “Informe-se na prefeitura sobre a situação da construção e procure saber se foi dada entrada na documentação para solicitação do Habite-se. Ao constatar que falta o memorial descritivo da obra ou verificar reclamações de outros proprietários sobre empreendimento, fuja da compra, pois entrará numa fria.”

Para aqueles que estão com problemas para receber as chaves do imóvel devido à ausência do Certificado de Conclusão da Obra, o aconselhável primeiramente é tentar um acordo com a construtora. “Se não tiver solução, a alternativa é procurar a Justiça pedindo restituição dos valores, multa por tempo de atraso, danos morais e materiais, além do que deixou de ganhar com o imóvel”, recomenda Ana Carolina Bernardes, diretora jurídica da AMSPA.

SERVIÇO:
Os mutuários, que se encontram na nessa situação, podem recorrer à AMSPA para obter mais esclarecimentos. Os interessados podem entrar em contato pelo telefone (11) 3292-9230 ou comparecer em uma das unidades da entidade com o contrato e os comprovantes de quitação. Endereços das unidades e mais informações no site: www.amspa.org.br.

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

A CORRUPÇÃO VAI ACABAR NO BRASIL?

Por Antenor Batista* 


A palavra corrupção vem do latim corrumpere, que significa decompor, estragar, inclusive na filosofia aristotélica. Mas corrupção em si abrange todas as espécies de comportamentos corruptos e seus malfeitos, atingindo áreas e pessoas. É que as pessoas nascem com prospecção para a fraude, que se manifesta de acordo com as circunstâncias.

No Brasil, essa realidade não é diferente. No último ranking (2012) da ONG Transparência Internacional, o País ficou na 69º lugar entre as 176 nações no Índice de Percepção da Corrupção. Além disso, o preço da corrupção no território brasileiro fica entre R$ 41,5 e R$ 69,1 bilhões por ano, conforme levantamento (2010) da Fiesp – Federação das Indústrias de São Paulo. Uma das  causas que coloca o País entre os mais corrupto do mundo é a enxurrada de escândalos provocados por políticos que acaba, tendo como causas, entre outras, a complacência com o ilícito e o silêncio dos bons. Fato, que depois da polissêmica voz das ruas,  ocorrida de Norte a Sul do Brasil, coadjuvado pela visita do papa Francisco, tende a mudar.

Mas, a corrupção seria um problema do homem ou do Estado? De ambos, uma vez que o Estado é instituído pelo próprio homem, portanto, a seu exemplo com qualidades e defeitos. O homem, em princípio, é o mesmo em todos os governos, não importando a forma, variando a sua conduta segundo as normas instituídas pelo Estado, que é o poder detendo o próprio poder. Segundo o estadista Montesquieu, em sua obra ‘O Espírito das Leis’, “Todo homem que detém o poder tente a abusar dele”.

Assim sendo, não devemos embelezar o poder antes de lancetar seus tumores e limpar o lixo acumulado em seus porões, particularmente em relação ao poder político. O povo é a principal fonte do poder político. Desse modo, os efeitos benéficos produzidos pelo poder devem reverter em prol de sua base: o povo, sob pena de este se revoltar contra o próprio poder ou contra o Estado. É o que tem acontecido nos últimos meses no Brasil. Os protestos, que começaram em junho, pelo motivo da redução da passagem de ônibus tomaram proporções que vão além do pedido de um transporte melhor, mas reflete a insatisfação dos brasileiros com a corrupção e seus malfeitos que acaba afetando  a qualidade de suas vidas.

Mesmo após conseguirem o objetivo da redução das passagens, muitos acharam que os movimentos parariam, mas aconteceu ao contrário. As manifestações continuaram durante a Copa das Confederações e agora, com a visita do Papa para a Jornada Mundial da Juventude, contra os abusivos gastos com a copa, inclusive.  Esta é a oportunidade de realizar os atos para expor as mazelas do nosso País ao mundo, extinguir a reeleição de presidente da República e instituir o parlamentarismo, também.

O pontífice Francisco rendeu-se pela luta dos brasileiros em discurso durante visita à favela Varginha (RJ). “Vocês, queridos jovens, possuem uma sensibilidade especial frente às injustiças, mas muitas vezes se desiludem com notícias que falam de corrupção, com pessoas que, em vez de buscar o bem comum, procuram o seu próprio benefício. Também para vocês e para todas as pessoas repito: nunca desanimem, não percam a confiança, não deixem que se apague a esperança. A realidade pode mudar, o homem pode mudar. Procurem ser vocês os primeiros a praticar o bem, a não se acostumarem ao mal, mas a vencê-lo.”

Tanto que o descontentamento dos brasileiros refletiu na pesquisa recente da organização Transparência Internacional. O relatório revela que 81% dos entrevistados estão descontes com os partidos políticos e acreditam que pessoas comuns podem ajudar a combater a corrupção e seus malfeitos.

Graças a essas sementes boas que estão começando a germinar no nosso País, a esperança que eu tinha de que teríamos uma sociedade menos corrupta daqui a 100 anos, deve diminuir para 50 anos. Aliás, pode até ser menos, como está acontecendo na Nova Zelândia, Finlândia, Canadá, Hong Kong, Cingapura e a Dinamarca que conseguiram mudar o cenário infestado pela corrupção, igual ao Brasil ou pior, em 30 anos. Hoje são os países menos corruptos do mundo. A virada aconteceu, principalmente, à cultura de honestidade, as regras claras e ao esforço público para criar um sistema de informações eficiente. Além disso, nesses países existe uma vigilância intensiva contra corrupção ou malfeitos.

Pelo exposto podemos concluir que combater a corrupção não é uma tarefa fácil. Os riscos são muitos. Mesmo assim, não devemos abandonar a luta. Para esse mister, a união dos incorruptíveis é por demais importante, para que formemos uma legião de pessoas afins, imbuídas de princípios éticos e elevado conceito de cidadania. Para essa cruzada, sempre que soubermos da lisura dos atos de um cidadão, devemos procurar nos unir a ele ou fazer com que ele se una a nós, para que possamos, ainda que modestamente, contribuir em favor de uma sociedade melhor.
Como se vê, a cruzada anticorrupção está andando pelo mundo, em busca de uma sociedade da qual todos nós,possamos nos orgulhar! Assim, os corruptos e mentores do tráfico de influência, bem como do crime organizado, que se cuidem!

*Antenor Batista é advogado formado pela Faculdade de Direito de Guarulhos. Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil,  aposentado. É autor de nove livros, entre eles, Corrupção: O 5° Poder – Repensando a ética e Posse, Possessória, Usucapião e Ação Rescisória - (www.antenorbatista.adv.br). E-mail: linkantenorbatista@linkportal.com.br.