terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Tornar-se câmara setorial é objetivo do GT-MLIMP


Meta foi colocada pela diretoria do GT-MLIMP durante cerimônia de posse para o biênio 2015-2017

“A iniciativa de montar o grupo de trabalho foi para enfrentar as dificuldades que as empresas do setor tinham na época. Nesses quatros anos, não há dúvida de que nós conseguimos bons resultados”. Com essas palavras, Antônio Luis Francisco assumiu a coordenação do Grupo de Trabalho de Máquinas e Equipamentos para Limpeza (GT-MLIMP), no dia 14 de dezembro, na sede da ABIMAQ. 

Na oportunidade, Francisco destacou que o grande desafio do GT para 2016 é transformar-se em uma câmara setorial: “Hoje, temos 20 empresas. Se 60% delas estiverem constantemente participando, teremos representatividade. Mas existem outros fabricantes que podemos trazer para compor o GT-MLIMP. Eu quero deixar essa meta para vocês”. 

Mauro Couto, coordenador anterior do GT-MLIMP, também reforçou que o grupo de trabalho tem uma grande oportunidade de se tornar uma câmara setorial. 

Carlos Pastoriza, presidente do Conselho de Administração da ABIMAQ, enalteceu o trabalho desenvolvido pelo GT: “Pela luta que todos fizeram ao longo de 2015 e pelo potencial de angariar novos associados, vocês têm tudo para ser uma câmara em 2016. Desde já contem com a ajuda da entidade nesse sentido”. 

Antônio Luis Francisco contará com os vice-coordenadores Sandro Haim, Marco Aurélio e Guillaume Tilknes. 

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Chegou a hora de usar o FGTS para quitar a dívida de seu imóvel


Você sabia que é possível utilizar o FGTS – Fundo de Garantia do Tempo de Serviço para pagar parcelas pendentes do financiamento imobiliário? Para aqueles mutuários que estão com até três contas em atraso, basta sacar a quantia e liquidar o débito. Mas quem está com a dívida há mais tempo, a AMSPA – Associação dos Mutuários de São Paulo e Adjacências aconselha a recorrer à Justiça para garantir o direito de usar o Fundo.

A instabilidade econômica e política que o País enfrenta está atrapalhando a realização do sonho da casa própria para muitos brasileiros. O que está acontecendo é que, de uma hora para outra, devido à diminuição de renda e até mesmo o desemprego, muitas famílias estão com dificuldade para continuar com o pagamento das parcelas do financiamento. “Infelizmente, muitos consumidores não sabem que o FGTS pode servir como uma espécie de seguro, para solucionar o problema da dívida do imóvel nesses momentos de adversidade”, alerta Marco Aurélio Luz, presidente da AMSPA – Associação dos Mutuários de São Paulo e Adjacências.

Para aqueles que optaram financiar pelo SFH – Sistema Financeiro da Habitação, pelo programa Minha Casa Minha Vida e pelo sistema de consórcio, a Resolução nº 54 do Conselho Curador do FGTS permite usar o Fundo de Garantia para quitar no máximo três prestações em aberto. “Quem estiver nessa situação pode ir até ao banco e solicitar o saque do Fundo para poder amortizar o débito”, explica Luz.

Embora ajude os mutuários inadimplentes, a regulamentação fere o artigo 20 da Lei 8036/90, que autoriza ao devedor utilizar o recurso para pagar quantas parcelas pendentes forem necessárias. “As pessoas, que estão com mais de três contas atrasadas, precisam procurar a Justiça o quanto antes para garantir seus direitos e evitar a perda do imóvel”, alerta o presidente da AMSPA.

Exigências

Para sacar o FGTS é preciso ter, no mínimo, três anos de recolhimento e o intervalo de dois anos, desde a última movimentação. Além disso, a retirada deve ser feita em parcela única para quitar no máximo 12 mensalidades consecutivas. “Ao pegar o dinheiro, procure fazê-lo depois do dia 10, quando ocorre a correção dos valores da conta”, informa Marco Aurélio Luz.

O Fundo de Garantia financia no máximo 80% do valor da propriedade e o prazo médio para liberação dos recursos do FGTS é, em média, de cinco dias úteis, a partir da apresentação de documentos como: RG, CPF, carteira de trabalho, número do NIS (PIS/PASEP), comprovante de residência e renda, certidão de nascimento ou de casamento. Do imóvel é preciso apresentar a certidão de matrícula e cópia do IPTU. “Nessa etapa é importante contar com auxílio de um profissional ou contar com o apoio jurídico da AMSPA para não ter erro”, esclarece Luz.

SERVIÇO

Os mutuários que querem mais esclarecimentos podem recorrer à AMSPA. Os interessados podem entrar em contato pelos telefones 0800 77 79 230 (para mutuários fora de São Paulo), (11) 3292-9230 / 3242-4334 (sede Sé), (11) 2095-9090 (Tatuapé), (11) 3019-1899 (Faria Lima), (19) 3236-0566 (Campinas) ), (12) 3019-3521(S. J. Campos) e (13) 3252-1665 (Santos).

Endereços e mais informações no site: www.amspa.com.br.

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Use o 13º salário para pagar parcelas em atraso do imóvel


Segundo pesquisa da ANEFAC*, 74% dos brasileiros usarão o 13º salário para pagar dívidas em atraso. Muitos dos trabalhadores, que terão o benefício, estão com as prestações pendentes do financiamento imobiliário. A AMSPA – Associação dos Mutuários de São Paulo e Adjacências aconselha utilizar o dinheiro extra para quitar o débito e assim evitar a perda do imóvel.

Conforme levantamento do Dieese – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, o recebimento do 13° salário deve injetar R$ 173 bilhões na economia brasileira. O abono será pago para mais de 84,4 milhões de trabalhadores e aposentados. O montante equivale quase 2,9%% do PIB – Produto Interno Bruto do País. As empresas têm o prazo de até o dia 30 de novembro para quitar a primeira parcela da gratificação de Natal. Já a segunda deve acontecer até o dia 20 de dezembro.

Para a *Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (ANEFAC), 74% dos beneficiados vão utilizar o dinheiro para quitar dívidas. A pesquisa revela que dos 1.037 entrevistados, 7% deles afirmaram que o destino do rendimento adicional será para pagar o financiamento bancário em atraso. “Para o mutuário devedor, que estiver com a quantia extra em mãos, é aconselhável ir ao banco e já liquidar as parcelas pendentes, para não correr o risco de perder a moradia”, aconselha Marco Aurélio Luz, presidente da AMSPA – Associação dos Mutuários de São Paulo e Adjacências.

Segundo Luz, na impossibilidade do inadimplente quitar o valor total da dívida com o uso do 13º salário, é indicado procurar a construtora ou o agente financeiro para tentar fazer um acordo. “É possível renegociar a dívida, de acordo com o rendimento atual do devedor. Mas para evitar dor de cabeça é bom pedir orientação de um advogado de confiança ou contar com o apoio jurídico da AMSPA.”

Para Marco Aurélio Luz, postergar o pagamento do débito pode provocar um efeito ‘bola de neve’. “Isso acontece devido à multa, que geralmente é de 2% para cada parcela em atraso, e mais o juro moratório de 1%, que é cobrado sobre os dias em atraso.”

Riscos

Postergar a resolução do débito, além de acarretar juros e possibilitar a inclusão do nome em órgãos de proteção ao crédito, pode levar a perda do imóvel. No SFH – Sistema Financeiro da Habitação, após a falta de pagamento de três prestações, o dono do imóvel é notificado por escrito. Se não quitar o débito, perderá o bem, mas poderá recorrer à Justiça.

Já no SFI – Sistema Financeiro Imobiliário, se o atraso for superior a 30 dias, o mutuário é intimado a pagar via Cartório de Registro de Imóveis. Caso não o faça no prazo de 15 dias, o banco imediatamente tomará a posse do bem e o levará ao leilão extrajudicial, situação na qual o comprador não tem direito à qualquer defesa. “Lembrando que a diferença do valor leiloado com relação a divida, se positiva, o crédito excedente deverá ser devolvido ao mutuário titular”, ressalta Luz.

Quitar

Para aqueles que já têm um fundo de reserva e vão somar a quantia ao abono para quitar o financiamento bancário, o presidente da AMSPA recomenda pedir revisão do contrato. “Com a verificação será possível ver se há acréscimos ilegais nas prestações ou, até mesmo, juros abusivos que o credor coloca com objetivo de aumentar seu lucro. Além disso, o mutuário deve pedir o desconto dos juros embutidos nas prestações que ainda iriam vencer”, ensina.

SERVIÇO

Os mutuários que querem mais esclarecimentos podem recorrer à AMSPA. Os interessados podem entrar em contato pelos telefones 0800 77 79 230 (para mutuários fora de São Paulo), (11) 3292-9230 / 3242-4334 (sede Sé), (11) 2095-9090 (Tatuapé), (11) 3019-1899 (Faria Lima), (19) 3236-0566 (Campinas) ), (12) 3019-3521(S. J. Campos) e (13) 3252-1665 (Santos).

Endereços e mais informações no site: www.amspa.com.br.

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Sonho da casa própria mais distante

Por Marco Aurélio Luz*

Nos últimos anos, em virtude da flexibilização das regras de financiamento imobiliário, muitos brasileiros conseguiram realizar o sonho da casa própria. Havia oferta de crédito e facilidades apresentadas pelos bancos. Dentre elas: possibilidade de financiar a propriedade em até 100%, dar uma entrada pequena, diminuição de taxas de juros e a liberação de crédito rápido. Agora, no entanto, com a recessão e o déficit governamental, a realidade do mercado imobiliário é bem diferente.

Hoje, quem pretende adquirir uma moradia, terá que dispor de mais dinheiro para dar uma entrada maior, arcar com o aumento dos juros nas parcelas do financiamento, não ter mais a vantagem de financiar o valor integral do bem e, ainda, enfrentar uma burocracia maior dos bancos para conseguir acesso ao crédito. Isso sem falar na possibilidade de perder o emprego a curto prazo!

A instabilidade econômica e política que o País enfrenta atrapalha e muito a pretensão dos brasileiros que pretendiam comprar sua moradia. Os casos de corrupção, como da Operação Lava Jato (que investiga o desvio e lavagem de dinheiro na Petrobras), o ajuste fiscal prometido que não foi cumprido, a projeção de encolhimento da economia neste ano, a inflação elevada, o aumento das taxas de juros e de impostos são os principais motivos que têm provocado o encarecimento do crédito e desestimulado o consumo. Consequentemente, comprometendo o retorno do crescimento da economia brasileira, sabe Deus até quando!

Mesmo os consumidores, que já conseguiram comprar a casa própria, estão sentindo os efeitos da economia repleta de incertezas. O que está acontecendo é que as famílias estão com dificuldade para continuar com o pagamento das parcelas do financiamento. Desemprego, diminuição de renda e empréstimo bancário negado, porque a renda do mutuário já não é suficiente no momento do recebimento das chaves do apartamento (devido à valorização da propriedade, por conta do INCC) são algumas das situações que têm provocado o cancelamento do negócio, ou, em casos mais graves, até mesmo, a perda de imóvel. 

Para se ter uma ideia, das 2.142 queixas recebidas pela AMSPA – Associação dos Mutuários de São Paulo e Adjacências no primeiro semestre de 2015, 30% delas foram relacionados à rescisão do contrato por causa de problemas financeiros. O momento do cancelamento da compra do imóvel, que poderia ser um alívio para o mutuário inadimplente, tem trazido muitas dores de cabeça. O que acontece é que a construtora quer reter um percentual, bem acima do máximo permitido de 10%, do valor já pago pelo dono do bem. 

Já quem não tem a opção de pedir o distratro do bem por já ter contratado financiamento bancário não tem tempo suficiente para tentar renegociar a dívida. Nos contratos feitos pelo Sistema Financeiro Habitacional (SFH), após o atraso de três prestações, o dono do imóvel é notificado para realizar o pagamento. Já no Sistema Financeiro Imobiliário (SFI), o aviso chega após 15 dias de atraso. Se não for realizada a quitação das parcelas, a propriedade será consolidada em nome do agente financeiro e o imóvel poderá ir a leilão extrajudicial, ou seja, sem passar pelo juiz natural. 

Enquanto isso, as construtoras têm o prazo de tolerância, injustificável, de seis meses para entrega das chaves. Esse mesmo direito que deveria ser conferido ao adquirente, de modo a ter o mesmo ‘prazo de carência’ para o cumprimento de suas obrigações quando enfrentar dificuldades financeiras. É uma questão de igualdade de direitos. Mas, lamentavelmente, a realidade é bem diferente. 

Infelizmente, nessas situações, o mutuário não tem a proteção necessária, das regras governamentais, até que se recupere financeiramente e consiga arcar com as prestações. Porém, há duas exceções de planos habitacionais que ainda dão auxílio ao dono da propriedade nos casos de emergência. Quem escolheu financiar pela COHAB - Companhia Metropolitana de Habitação e pelo programa “Minha Casa Minha Vida” (PMCMV), pode aderir ao Fundo Garantidor Habitacional (FGH). Mas não há o mesmo seguro nas demais modalidades.  

Para ter a cobertura do Fundo Garantidor é preciso ter renda entre três a dez salários para receber a cobertura de até 36 prestações. Durante o tempo do auxílio, é necessário o pagamento mínimo de 5% das prestações, ter quitado ao menos seis prestações do contrato, comprovar situação a cada três prestações requeridas e estar adimplente nos meses anteriores. 

Mas porque não incluir o benefício aos outros planos habitacionais? Esses compradores estão sendo afetados por imprevistos, alheios à sua vontade, e que estão comprometendo a sua renda. Que bom seria se eles pudessem ter acesso a essa proteção para evitar o aumento da dívida desproporcional que leva a rescisão contratual ou, o que é pior, a perda do bem em leilões. 

Portanto, fica nítido que, neste País, sempre sobra para o lado mais fraco, no caso o mutuário. Que após conquistar a primeira moradia vê seus planos ruírem, de uma hora para outra, devido a problemas financeiros e não tem nenhum auxílio de se recuperar financeiramente e continuar o pagamento das parcelas da moradia. 

Está mais do que na hora de nossos governantes acordarem e criarem mecanismos para que o sonho da casa própria não se afaste dos brasileiros. E, o mais importante: com o respaldo necessário para quando o adquirente enfrentar perda de renda.  

________________________________________   
*Marco Aurélio Luz é presidente da AMSPA - Associação dos Mutuários de São Paulo e Adjacências www.amspa.org.br. E-mail: linkamspa@linkportal.com.br



quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Saiba os oito direitos ao desistir da compra do imóvel

No momento do cancelamento da compra da casa própria é preciso tomar alguns cuidados para não ter dor de cabeça. Para isso, a AMSPA – Associação dos Mutuários de São Paulo e Adjacências preparou um guia com oito dicas úteis para ajudar os consumidores enfrentar esse difícil momento. 

Atraso na obra, aumento excessivo das prestações ou do saldo devedor, diminuição de renda, cobrança de taxas abusivas, financiamento negado pelo banco, problemas de saúde, desemprego, ou, até mesmo, arrependimento da compra são alguns dos motivos que têm provocado rescisão de contrato imobiliário. 

No entanto, muitos consumidores, que querem desfazer o negócio, enfrentam dificuldades para serem restituídos dos valores pagos pela aquisição da moradia. Para ajudar os mutuários nessa situação, a AMSPA – Associação dos Mutuários de São Paulo e Adjacências preparou um guia com oito orientações para aqueles que pretendem pedir o distrato do bem. Confira a seguir:

1) Antes de parar de pagar as prestações do imóvel, notifique a credora de sua decisão. Se preciso, leve a  sua pretensão à Justiça. Lá você pode requerer autorização para a suspensão dos futuros pagamentos e se abster de ter o nome incluído nos órgãos de proteção ao crédito. A AMSPA fará esta notificação gratuitamente; 

2) O pedido de rescisão do negócio deve ser feito até a entrega das chaves, momento no qual ainda não há financiamento bancário para o pagamento das parcelas finais. A exceção acontece quando o adquirente faz financiamento direto com a construtora;

3) No caso do imóvel usado, a rescisão poderá ser feita apenas se for constatado vício de construção (defeito) oculto. O prazo para tanto é de um ano, contados a partir da informação da irregularidade ao vendedor;

4) No momento da rescisão do contrato, a construtora só poderá fazer a retenção de no máximo 10% do valor pago como despesas administrativas. O desconto acima desse montante configura enriquecimento sem causa;

5) Se o distrato for por culpa exclusiva da construtora, seja por atraso na entrega ou defeito na obra, o proprietário deve pleitear a devolução de 100% do valor pago;

6) O cálculo do valor a ser restituído deve ser feito sobre a quantia paga até o momento do cancelamento do negócio. Além disso, o mutuário deve receber o dinheiro em parcela única com as devidas correções monetárias;

7) Vale frisar que o desistente deve ter o cuidado de não assinar nenhum acordo extrajudicial com a construtora, pois ao fazer isso, podem haver cláusulas no documento que o impeçam de recorrer ao Poder Judiciário. Consulte antes um atendente da AMSPA, gratuitamente, antes de assinar o documento; 

8) Mesmo inadimplente, o mutuário pode requerer a rescisão do contrato de compra e venda. No entanto, é importante ressaltar que ao desistir do negócio, o consumidor procure o auxílio da AMSPA para verificar se não existem outras irregularidades no contrato. 

Ficou com outras dúvidas sobre rescisão da compra do imóvel? Para mais informações, os interessados podem fazer o download, gratuitamente, da ‘Cartilha do Mutuário – Volume 5 Distrato/Rescisão de Contrato Imobiliário’ no site: www.amspa.org.br. 

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Desistiu da compra do imóvel? Cartilha orienta os seus direitos.

Segundo AMSPA – Associação dos Mutuários de São Paulo e Adjacências, os casos de problemas no distrato na compra da casa própria aumentaram 15% em 2015. Por conta dessa amarga realidade, a entidade lança cartilha com intuito de ajudar o consumidor a não ter dor de cabeça ao cancelar o negócio. 

Segundo dados da AMSPA - Associação dos Mutuários de São Paulo e Adjacências, nas cidades de São Paulo, Santos, Campinas e São José dos Campos, de janeiro a agosto de 2015, foram 1.012 reclamações contra construtoras, devido à incorreção do valor devolvido após o cancelamento do contrato, sendo que 851 dos consumidores deram entrada com ações na Justiça. Já no ano passado, no mesmo período, as queixas atingiram 880 casos, dos quais 774 recorreram ao Poder Judiciário. O resultado mostra um aumento de 15% de descontentes e de 10% de ações na Justiça neste ano em comparação a 2014. 

Para ajudar os mutuários desistentes, a AMSPA está lançando a 5ª edição da ‘Cartilha do Mutuário – Volume Distrato/Rescisão de Contrato Imobiliário.’ O objetivo é esclarecer questionamentos sobre os direitos daqueles que estão prestes a pedir a rescisão do negócio. No formato ping-pong, ou seja, perguntas e respostas, o informativo contém 12 questões cruciais, que ajudam a orientar, de forma simples e prática, as principais dúvidas e os cuidados no momento do distrato na compra da casa própria.

O procedimento que o consumidor deve tomar ao desistir do negócio é um dos pontos colocados no informativo. “É importante o consumidor notificar a construtora de sua intenção de romper o contrato para que seu nome não seja incluso nos órgãos de proteção ao crédito. Além disso, o desistente pode pleitear uma liminar que permite o congelamento da dívida até que ocorra a decisão final da Justiça”, afirma Marco Aurélio Luz, presidente da entidade. 

O livreto ainda orienta sobre o percentual que a construtora pode reter no momento da rescisão do contrato. “O dono do imóvel tem o direito de receber de volta 90% do valor já pago e de uma só vez. Já, se o distrato ocorrer devido ao atraso na obra ou irregularidade no empreendimento, o proprietário deve receber 100% do valor com as devidas correções”, ressalta Luz.

O prazo para o pedido de rescisão é outro tema tratado na publicação. “O consumidor tem o direito de receber o dinheiro de volta, no caso de não ter a posse das chaves do apartamento, ou seja, até o momento em que ainda não contratou o empréstimo com o banco. A exceção é quando o mutuário faz financiamento direto com a construtora”, informa o presidente da AMSPA.

A cartilha também aborda os casos de rescisão da compra de imóvel usado. “É possível fazer o cancelamento só se for constatado vício de construção (defeito) oculto. O prazo para tanto é de um ano, contados a partir da informação da irregularidade ao vendedor”, acrescenta Marco Aurélio Luz. 


FICHA TÉCNICA

CARTILHA DO MUTUÁRIO 
5ª EDIÇÃO – DISTRATO/RESCISÃO DE CONTRATO IMOBILIÁRIO
Autor: AMSPA
Número de páginas: 08
Ano de publicação: 2015
Preço: gratuito

SERVIÇO:

Os interessados em conferir o conteúdo da ‘Cartilha do Mutuário – Volume Distrato/Rescisão de Contrato Imobiliário’ podem fazer o download, gratuitamente, do material em PDF no site: www.amspa.org.br

Para mais informações, basta entrar em contato pelos telefones 0800 77 79 230 (para mutuários fora de São Paulo), (11) 3292-9230 / 3242-4334 (sede Sé), (11) 2095-9090 (Tatuapé),  (11) 3019-1899 (Faria Lima), (19) 3236-0566 (Campinas) e(13) 3252-1665 (Santos).

terça-feira, 20 de outubro de 2015

ABIMAQ assina convênio com a Caixa para liberação de crédito

O acordo terá a duração de três anos e oferecerá linhas de financiamento para capital fixo e de giro

“O objetivo da Caixa é conversar com diversos setores para trabalhar com linhas de crédito que atendam melhor os interesses das empresas do segmento”. Com essas palavras a presidente da Caixa, Miriam Belchior, firmou convênio com a ABIMAQ para disponibilizar linhas de financiamento para aquisição de máquinas e equipamentos, no dia 16 de setembro, na sede da entidade. 

Para Miriam, a liberação do crédito vai ajudar as empresas a equilibrarem o fluxo de caixa, especialmente neste fim de ano. “Vamos oferecer condições favoráveis para que as indústrias tenham capital de giro para reposição de estoque e consigam honrar o pagamento do 13º salário dos funcionários, entre outras despesas comuns neste período”.    

Para Carlos Pastoriza, presidente do Conselho de Administração da ABIMAQ, a parceria com a Caixa vai ajudar as empresas que estão enfrentando aperto financeiro. “O convênio de três anos, que terá linhas de financiamento para capital fixo e de giro, será fundamental para dar um pouco mais de fôlego as nossas associadas, principalmente nesse momento de crise”.

A presidente da Caixa ressaltou que acredita na força da indústria de máquinas e equipamentos e se colocou à disposição para aperfeiçoar as linhas de crédito oferecidas.

FPMAQ

A criação desta linha especial foi articulada pelo presidente da Frente Parlamentar da Indústria de Máquinas e Equipamentos (FPMAQ), deputado Jerônimo Goergen (PP-RS), que levou a demanda até o ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi. “Por ser um servidor de carreira da Caixa, o ministro nos ajudou a construir essa importante negociação, que acontece num momento delicado para a economia, onde muitas empresas têm dificuldades de conseguir crédito a um custo compatível com suas operações”.

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Qualificação: Caminho apresentado pela Coca-Cola em reunião da CSMIAFRI


O que as associadas precisam para serem mais competitivas foi um dos pontos colocados

Com a proposta de levar aos presentes a visão de um Brand Owner (proprietário da marca) e mostrar os desafios em soluções tecnológicas na gestão da cadeia de suprimentos nas demandas dos consumidores e fornecedores parceiros, o diretor Técnico Regional Paulo Villas, e os gerentes de Projetos e Comercialização, respectivamente, Venceslau Vieira Nunes e Alfeu Follador Junior da Coca-Cola Brasil, estiveram no encontro realizado pela Câmara Setorial de Máquinas para a Indústria Alimentícia, Farmacêutica e Refrigeração Industrial (CSMIAFRI), em 19 de agosto, na sede da ABIMAQ. 

Na ocasião, eles expuseram os pilares e respectivas expectativas em relação aos fornecedores de equipamentos e de tecnologia. “Precisamos que nossos parceiros se engajem nesta jornada com a intenção de oferecer soluções que visem a sustentabilidade, como no uso consciente dos recursos naturais; flexibilidade para atender a demanda do cliente e o envolvimento maior na qualidade do produto e aspectos de segurança e não apenas na performance”. 

Outras câmaras

Segundo Judenor Marchioro, presidente da CSMIAFRI, a apresentação foi uma oportunidade das associadas entenderem os critérios que precisam melhorar para serem fornecedoras da Coca-Cola. “Foi colocado a necessidade das empresas terem máquinas eficientes e eficazes com o índice de 100% de performance e baixa manutenção e agilidade no pós- venda”. 

De acordo com Marchioro, infelizmente, a maioria das indústrias está fora dessa realidade. “Esse contato serviu para que os presentes entendessem que a qualificação é o caminho para estarem aptas a competir e ganhar espaço no mercado”.

Para ele, a intenção é de levar a apresentação, não apenas da Coca-Cola, mas de outras grandes companhias, nas demais câmaras setoriais da ABIMAQ com intuito de despertar as associadas quanto a nova realidade do mercado.

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Escassez de água é tema de audiência pública

Representando a ABIMAQ, o presidente do SINDESAM destacou o que é necessário para melhorar a gestão e redução de perdas nos sistemas de abastecimento de água

Com o objetivo de apresentar sugestões para o uso racional e eficiente da água, Gilson Cassini, presidente do SINDESAM - Sistema Nacional das Indústrias de Equipamentos para Saneamento Básico e Ambiental, participou de audiência pública, promovida pela Comissão de Desenvolvimento Urbano da Câmara dos Deputados, em 20 de agosto. 

Na ocasião, Cassini expôs que para ajudar no controle de perdas nos sistemas de abastecimento de água é essencial aproveitar a capacitação técnica e gerencial das empresas associadas à ABIMAQ nos programas de implantação das obras de saneamento básico e nos seus respectivos processos de planejamento e licitatórios.

O não funcionamento de leis e regulamentos existentes no setor também foi outro ponto colocado na apresentação. “Infelizmente, a rigor, nada da legislação sobre o tema funciona direito. Então, precisamos, dentro das estruturas que já temos, criar a ‘autoridade das águas’ para que possamos melhorar a gestão por bacias hidrográficas. Além disso, é essencial valorizar as propostas do Plano Nacional de Saneamento Básico (Plansab) e implementá-las”, explica Gilson Cassini. 

Reúso

Cassini destacou ainda que uma das soluções para resolver o problema da falta da água é fazer o reúso dela, e tecnologia não falta no Brasil. “Existe tecnologia no mundo inteiro à disposição para isso. É uma questão cultural, de vontade política e de mudar a lei”. 

Apesar da estimativa do aumento do reúso do recurso hídrico no mundo de 4%, em 2009, para 33%, em 2015, o Brasil está longe dessa realidade. “Nós como um país com tantas riquezas e história de tecnologia não estamos realizando nada em comparação ao que já é feito lá fora. Essa oportunidade de discutir o assunto na audiência vai ser essencial para fazer a diferença daqui para frente”, afirma o presidente do SINDESAM. 

Agradecimento 

Após a apresentação de Gilson Cassini, o deputado João Paulo Papa (PSDB-SP) afirmou que as contribuições da entidade foram de grande valia e que todas elas serão analisadas.   

“As questões colocadas aqui são de relevância para esse trabalho, como por exemplo, o atraso do país no reúso da água e a falta de legislação que dê segurança a esse tema. Tudo isso será resultado do nosso relatório e das ações que, na sequência desse trabalho, iremos implementar na câmara e também nas indicações que pretendemos fazer no governo federal”. 

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

CSMF tem nova diretoria


Fabio Barbanti Taiar, da Indústrias Romi S.A., estará a frente da CSMF pelos próximos dois anos

“Tenho a certeza que não é um término de uma gestão, mas uma continuidade de um trabalho”. Com essas palavras, Fabio Taiar assumiu a presidência da Câmara Setorial de Máquinas-Ferramenta e Sistemas Integrados de Manufatura (CSMF), no dia 07 de outubro, na sede da ABIMAQ. 

Para Taiar, o próximo biênio (2015-2017) vai ser bastante desafiador: “Tenho a plena convicção de que o apoio da entidade e a experiência da diretoria eleita serão indispensáveis para sairmos da crise ainda mais fortalecidos”. 

Segundo Carlos Pastoriza, presidente do Conselho de Administração da ABIMAQ, particularmente, o setor de máquinas-ferramenta é o primeiro a sentir os reflexos da desaceleração da economia: “O importante agora é nós somarmos forças para sobreviver nesse momento difícil. Mas, por outro lado, nessas situações, a união de todos é essencial para encontrarmos maneiras de ajudar o associado a passar por essa fase atual, pois são nessas horas que podemos fazer a diferença”.

Fabio Barbanti Taiar contará com os vice-presidentes Alfredo Griesinger, Alfredo Ferrari, Andreas Meister, Antonio Juste, Celso Carneiro, Leopoldo Schenk, Luciano Monteiro, Marcelo Schlachter, Marco Yashiro, Newton Masutti e Roberto de Mello. 

Balanço 

Na oportunidade, Alfredo Ferrari, da Brunitec Ltda., presidente anterior da CSMF, destacou os trabalhos feitos. “Sem dúvida, foi um período muito difícil, porém muitas coisas boas aconteceram. Uma delas foi o trabalho junto ao BNDES no qual conquistamos o aumento da participação do financiamento do PSI/FINAME. A outra foi o estande temático ‘Manufatura Inteligente pela Produtividade’, durante a Feimafe – Feira Internacional de Máquinas-Ferramenta e Sistemas Integrados de Manufatura”.

sábado, 3 de outubro de 2015

Seminário de Planejamento Estratégico Empresarial discute desafios para 2016


Promovido pela CSMIA, com apoio da CSEI, o 15º Seminário de Planejamento Estratégico Empresarial debateu temas como perspectivas para o setor agrícola, macroeconomia, financiamento, gestão de vendas, inovação e tecnologia

Desoneração total dos investimentos, incentivo às exportações, financiamentos competitivos, apoio à inovação e desenvolvimento tecnológico. As principais bandeiras da ABIMAQ foram ressaltadas por Carlos Pastoriza, presidente do Conselho de Administração da associação na abertura do 15º Seminário de Planejamento Estratégico Empresarial 2016, que teve como tema “Desafios para o Planejamento de 2016”. Realizado pela CSMIA (Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas), com apoio da CSEI (Câmara Setorial de Equipamentos de Irrigação), no dia 02 de outubro, na sede da ABIMAQ, o evento promoveu a apresentação de palestras de diversos especialistas e debates, para um público de mais de 150 executivos da indústria de máquinas e implementos agrícolas.

Na abertura do seminário, Pastoriza reforçou a necessidade de “arrumar a casa”, aumentar o market share em relação aos importados no mercado interno e aumentar as exportações.  “Sabemos que Brasília este ano não vai poder ajudar. Estamos lutando para administrar os retrocessos, que sabíamos que haveriam. Temos que fazer nosso dever de casa e estamos fazendo. Se não tivéssemos atuado, a situação estaria ainda pior. A ABIMAQ está fazendo tudo para melhorar a produtividade do portão das fábricas para dentro.  O que é possível, estamos fazendo, mas ainda não é suficiente. Estamos no nosso limite e abertos a sugestões e críticas”, afirmou Pastoriza, destacando os principais temas trabalhados pela associação em 2015 em prol do setor: NR-12 – adequações na legislação, Bloco K – alterações na legislação, Reintegra, desoneração da folha, PSI-Finame, Regimes Especiais, Proex, Modermaq, reversão da crise no setor de O&G, ex-tarifários, reforma do PIS-Cofins e reforma tributária.

Educação e tecnologia

Marcio Santos, presidente da CSEI, também destacou a necessidade de investir no “dever de casa” e a importância da educação como a principal necessidade no processo de planejamento. “A crise é ruim, sim, mas temos que fazer o que tem que ser feito. Dentro da nossa câmara, por exemplo, estamos tendo que acordar mais cedo e ir embora mais tarde. O que podemos fazer para melhorar a técnica? Como empresários e executivos, nosso papel é educar. A produtividade vai ser a junção da tecnologia com a capacidade de pilotar as máquinas. Se o juro é alto, concordo, eu não consigo brigar com o juro. Eu consigo melhorar a produtividade. Quando nos abordam e falam ‘ah, mas vocês estão bem’, digo que não, não estamos, porque não existe uma coisa que seja boa para somente um. Não faz sentido se não for bom para todos”, afirmou.

A educação também foi apontada como solução para o setor por João Pinto Rabelo Júnior, secretário adjunto da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda, que declarou: “Educação é o grande caminho. O convite que fazemos a todos vocês é que possam investir nos seus clientes, para que eles possam usufruir das máquinas tão bem desenhadas por vocês, da melhor maneira possível. Participem deste esforço da educação não só dos seus colaboradores, mas também dos seus clientes. Há um grande espaço no campo que depende da transferência de tecnologia e educação". 

Meio ambiente e inovação

Segundo Evaristo Eduardo de Miranda, chefe-geral da Embrapa Monitoramento por Satélite, o agricultor se comporta como qualquer investidor: “Cada um faz seus raciocínios. Mas temos que dar a ele elementos para decidir o que é melhor e os recursos para se adaptar às alterações climáticas. A agricultura está totalmente de acordo em salvar o planeta daqui a 50 anos, mas o pequeno agricultor quer saber antes como salvar a lavoura deste ano. O que é gerir bem a irrigação, por exemplo? Não deixar acontecer o que está acontecendo, não deixar ter déficit e não ter excesso de água. Hoje há tecnologia para isso”. 

Segundo ele, a inovação está acontecendo no campo, e há pessoas desenvolvendo máquinas e gerando oportunidade para a inovação no setor, com objetivos de cortar custos, reduzir tempo e melhorar a qualidade da produção. “Há um grande espaço para o desenvolvimento de máquinas para a pequena produção, sobretudo na aquicultura”, alertou Miranda. 

Mais Alimentos

Lucas Ramalho, diretor do programa Mais Alimentos, representando o ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, apresentou dados demonstrando resultados da aposta na agricultura familiar. Segundo ele, o Mais Alimentos, programa de incentivo para a produção e compra de máquinas apropriadas a pequenas propriedades rurais, financiou aproximadamente 30% dos 64 mil tratores produzidos no Brasil no ano passado. O diretor destacou também o Programa Mais Alimentos Internacional, que exporta máquinas e implementos de ponta para a produção de alimentos em outros países, oferecendo condições especiais. 

De acordo com Ramalho, mesmo em um cenário econômico restritivo, o crédito para a agricultura familiar teve um aumento de 20%, chegando a R$ 28,9 bilhões, e as taxas se mantém abaixo da inflação. “O Brasil sabe que esse clima de incerteza não é bom. O desafio é fazer uma grande aliança pelo Brasil, para voltar à normalidade política e econômica”, reforçou, acrescentando que a tendência é que o governo continue investindo no setor, área estratégica para o desenvolvimento nacional. 

“A ABIMAQ traz bons debates para travarmos como agenda pública. Grandes agendas que temos que discutir para o Brasil. Vocês podem contar com o MDA para buscarmos um Brasil mais justo, mais democrático, com mais emprego e mais renda para nossa população”, ressaltou Ramalho.

Macroeconomia 

Segundo Octávio Manoel Rodrigues de Barros, economista-chefe do Bradesco, o Brasil precisa aperfeiçoar suas quatro agendas para tentar mudar a história da economia: “Agenda da governança orçamentária” (foco na qualidade dos gastos públicos); “agenda do aumento da potência da política monetária” (redução do dualismo do crédito e menor indexação com objetivo do recuo da inflação); “agenda da produtividade” (doing business, tributária, trabalhista, educação e abertura) e “agenda da infraestrutura” (foco no mercado de capitais e BNDES e garantias de segurança jurídica)

Para Barros, este ano será de ajustes e em 2016 será o momento de definir o rumo do Brasil. “O próximo ano será histórico porque marcará se queremos virar um país de renda alta no futuro distante ou permanecer na armadilha da renda média”.

Na ocasião, o economista apresentou pesquisa feita pelo Bradesco, com 905 empresas, sobre a idade das máquinas e equipamentos dos diferentes setores industriais. No levantamento foi mostrado que no setor de bens de capital a idade média do parque fabril é de 9,6 anos. Para os empresários entrevistados, o maquinário mais novo tem 2,4 anos e o mais antigo tem 21,3 anos.   

Planejamento

Na oportunidade, Pedro Estevão Bastos, presidente da CSMIA, expôs o que as empresas precisam fazer para melhorar o planejamento orçamentário de vendas: “É importante conhecer as variáveis, como o market share, os fatores econômicos e sociais que impactam diretamente no negócio”.

Bastos também ressaltou a necessidade de elaborar modelos matemáticos de previsão de vendas, revisar o plano mensalmente e inserir programas internos para ter velocidade de adaptação às mudanças. “As reuniões da CSMIA e os dados estatísticos do setor são fundamentais para fazer ‘check’ da direção geral da previsão de vendas”. 

Colaboradores organizados com objetivos bem definidos, ações de marketing mais eficientes, otimização de recursos, diminuição da ocorrência de estoque excessivo e minimizar a perda de vendas por falta de produtos são alguns dos benefícios, apontados por Bastos, das empresas que realizam uma boa previsão de vendas.   

Mercado agrícola 

Para André Pessoa, sócio-diretor do Grupo Agroconsult, o drama do setor agrícola é a questão do crédito. “Nós temos um gigante desafio do ponto de vista de como gerar e onde encontrar crédito. Para sair dessa situação vamos ter que reinventar a forma de financiar e isso passa em dar mais espaço aos bancos privados”.

De acordo com Pessoa, a sugestão é entrar no mercado de capitais. “Infelizmente, não estamos preparados para a transição do tamanho que o banco público ocupou nos últimos anos. No entanto, quanto mais cedo entendermos que essa mudança virá, mais curta e eficiente fica a alteração”.

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Associação dos Mutuários contesta Projeto de Lei sobre atraso na obra

Recentemente o Plenário do Senado aprovou o Projeto de Lei PLC 16/2015, que fixa multa de 1% e mais 0,5% por mês de atraso, para construtoras que entregarem as chaves do imóvel após o prazo de 180 dias. Para a AMSPA – Associação dos Mutuários de São Paulo e Adjacências, se sancionada, a medida será um retrocesso nos direitos dos consumidores.

Das 2.142 queixas recebidas pela Associação dos Mutuários de São Paulo e Adjacências no primeiro semestre de 2015, nas cidades de São Paulo, Santos, Campinas e São José dos Campos, 20% delas são referentes ao atraso na entrega na obra.

Por conta dessa realidade, a Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA), do Plenário do Senado, aprovou o Projeto de Lei PLC 16/2015, de autoria do deputado Eli Correa Filho (DEM-SP). O texto prevê que as construtoras paguem multa de 1% do valor até então pago pelo comprador, mais 0,5% por mês de atraso da quantia já quitada pelo adquirente, no caso de atrasar a entrega do imóvel por mais de seis meses.

No entanto, a proposta é questionada pela AMSPA . “O texto, se for aprovado, representará um passo atrás nas relações de consumo, pois vai diminuir o valor da indenização a ser pago pelas construtoras aos consumidores que não recebem seu imóvel no prazo. Nessas situações, já existe um entendimento da Justiça para que o percentual de multa seja de 2% e de 1% a cada mês de atraso.  Além disso, caso comprovado em juízo cabe indenização por danos morais e materiais e lucro cessante, ou seja, o que o prejudicado deixou de ganhar ou se perdeu um lucro esperado, que hoje varia de 0,6% a 0,8% sobre o valor total do contrato”, afirma Marco Aurélio Luz, presidente da entidade.

Segundo ele, a multa e os juros de mora devem ser cobrados sobre o valor total do imóvel e não somente pelo valor até então pago pelo consumidor. “Com o descumprimento do contrato, entendemos ser justa a correção correspondendo ao valor total da unidade estipulado em benefício do consumidor. Pois, quando a construtora atrasa a entrega, ela está desrespeitando o contrato por completo e não parcialmente”.

Igualdade de direitos

Outro ponto que Luz condena no Projeto de Lei é de considerar legal prazo de tolerância de seis meses para entrega das chaves. “O mesmo direito deveria ser conferido ao adquirente da unidade, de modo a ter o mesmo ‘prazo de carência’ para o cumprimento de suas obrigações. É uma questão de igualdade de direitos. É inconcebível a ideia de que, a partir da aprovação dessa proposta, as construtoras poderão se utilizar do prazo de tolerância e ser dispensadas da comprovação de quaisquer motivos que justifiquem o atraso.”

O substitutivo determina ainda que a incorporadora avise aos clientes, com antecedência mínima de 180 dias, sobre possíveis atrasos na entrega das chaves. “Essa medida é essencial para que o adquirente possa refazer o seu planejamento já contado com a nova data de recebimento das chaves. No entanto, vale frisar que desde o primeiro dia da quebra de contrato, a construtora tem que pagar multa pelo atraso”, afirma Luz. 

Outro ponto incluso no Projeto de Lei é o direito do consumidor saber mensalmente como está o andamento da obra. “A alteração é benéfica ao comprador, porém deve constar devida justificativa pelo descumprimento do contrato. Uma vez que tem sido muito comum o aviso próximo da data de entrega do imóvel ou em sua maioria sem qualquer comunicação deixando o consumidor impotente diante de tal situação”, ressalta Marco.

O projeto que altera a Lei 4591/1964, caso aprovado pelo Plenário do Senado, sem alterações, segue para a sanção da presidente Dilma Rousseff.
Depois de ratificada, as regras passam a valer em 90 dias. 

SERVIÇO

Os mutuários que querem mais esclarecimentos podem recorrer à AMSPA. Os interessados podem entrar em contato pelos telefones 0800 77 79 230 (para mutuários fora de São Paulo), (11) 3292-9230 / 3242-4334 (sede Sé), (11) 2095-9090 (Tatuapé), (11) 3019-1899 (Faria Lima), (19) 3236-0566 (Campinas) e (13) 3252-1665 (Santos).

Endereços e mais informações no site: www.amspa.org.br.

terça-feira, 22 de setembro de 2015

Financiamento direto com a construtora aumenta risco de inadimplência

Para contornar a queda nas vendas de imóveis, as construtoras estão oferecendo crédito imobiliário. No entanto, a AMSPA – Associação dos Mutuários de São Paulo e Adjacências alerta o consumidor para a precaução quanto à escolha dessa modalidade de financiamento, pois as prestações são crescentes e com isso a chance de ficar inadimplente cresce. 

As restrições para a contratação de financiamento imobiliário com os bancos estão contribuindo para o desaquecimento das vendas. Segundo dados do Secovi/SP, de janeiro a maio deste ano, as  transações de imóveis residenciais recuaram 11,4%. Já a média de unidades não comercializadas é de 28 mil. Diante desse cenário, muitas construtoras passaram a oferecer crédito como forma de sobreviverem no mercado.

Para Marco Aurélio Luz, presidente da AMSPA, financiar direto com a construtora é uma boa escolha para aqueles que querem quitar as parcelas em pouco tempo. “O ideal é o consumidor pagar as prestações no máximo em cinco anos, pois a cobrança dos juros, de 12% ao ano mais o IGPM – Índice Geral de Preços Mercado e a utilização da Tabela Price, que é o sistema de amortização que faz com que a dívida cresça em escala geométrica, levam ao aumento considerável do valor do bem e, consequentemente, o risco de inadimplência aumenta.” 

Apesar da vantagem de dar uma entrada menor do que no empréstimo com banco e menor rigidez para conseguir a concessão do financiamento, quem opta financiar direto com a construtora deve ficar atento. “O consumidor não deve se deixar levar pelas facilidades oferecidas pela construtora. “Algumas incorporadoras chegam a oferecer o pagamento do empréstimo em até 120 meses, mas isso é muito perigoso, pois os juros cobrados nas prestações são altos. Aqueles, que caem nessa armadilha, correm o risco de sua renda não acompanhar, esses aumentos contínuos, e podem ficar inadimplentes ou até mesmo ter de rescindir o contrato”, completa Luz. 

Marco Aurélio alerta, ao futuro mutuário, que antes de fechar o negócio avalie se terá renda suficiente para conseguir arcar com os aumentos sucessíveis do valor das parcelas. “Nessa etapa é importante pedir simulação do financiamento e buscar um auxílio de um advogado especializado na área imobiliária para certificar-se de todos os detalhes. A equipe de profissionais da Associação dos Mutuários de São Paulo e Adjacências  pode ajudar nesse momento.”

O presidente da AMSPA ressalta que a escolha é válida para famílias que têm estabilidade de emprego, um bom fundo de reserva ou outros rendimentos para que consiga abater a dívida o quanto antes. “É aconselhável que o mutuário quite em torno de 30% o valor do imóvel na entrega das chaves. Se puder pagar tudo é melhor ainda.”

Outro cuidado que o consumidor deve ter ao tomar empréstimo com a construtora, é que no caso de perda de renda, não poderá recorrer ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para quitar as parcelas em atraso. Além disso, o adquirente fica impedido de usar o Fundo para dar o sinal na compra do bem. “O FGTS, nessa situação, só pode ser usado para quitar o valor da propriedade”, diz Marco Aurélio Luz. 

Portanto, segundo especialista, fica evidente que financiar direto com a construtora é perigoso. “Hoje com  uma economia instável, devido ao aumento de juros, inflação elevada e risco de desemprego é desaconselhável aderir a essa modalidade de empréstimo, pois o consumidor pode ter o comprometimento da renda, de uma outra para outra, e vê o sonho da casa própria ruir por terra depois de tanto sacrifício”

SERVIÇO

Os mutuários que querem mais esclarecimentos podem recorrer à AMSPA. Os interessados podem entrar em contato pelos telefones 0800 77 79 230 (para mutuários fora de São Paulo), (11) 3292-9230 / 3242-4334 (sede Sé), (11) 2095-9090 (Tatuapé), (11) 3019-1899 (Faria Lima), (19) 3236-0566 (Campinas) e (13) 3252-1665 (Santos).

Endereços e mais informações no site: www.amspa.org.br.

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

ABIMAQ promove Workshop de Linhas de Financiamento

As associadas de Joinville e Chapecó tiveram a chance de expor suas dificuldades referentes às linhas de crédito

Com a presença de mais de 35 empresários da região, a ABIMAQ Santa Catarina realizou o “Workshop de Linhas de Financiamento do BRDE, BNDES e Caixa Econômica Federal”, nas cidades de Chapecó, em 21 de julho, e Joinville, no dia 12 de agosto. 

Na oportunidade, também foi apresentado às associadas o novo parceiro da ABIMAQ, a Agência de Fomento do Estado de Santa Catarina (Badesc). 

“A ocasião foi essencial para identificar as principais dificuldades e necessidades enfrentadas pelas empresas no sentido de terem um atendimento mais personalizado em cada região”, afirma Marcos Lichtblau, diretor do SINDIMAQ e da empresa Automatisa.

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

O mercado de máquinas e equipamentos em debate no 1° Congresso da ABIMAQ

Representantes do governo, economistas, bancos e empresários vão colocar em questão os rumos do segmento de bens de capital nacional, durante o 1º Congresso, promovido pela ABIMAQ

“A ideia de realizar o 1° Congresso Brasileiro da Indústria de Máquinas e Equipamentos surgiu depois de constatarmos que, apesar de organizarmos quatro feiras oficiais do setor (FEIMEC, Plástico Brasil, Expomafe e Agrishow) e apoiar, aproximadamente, 50 feiras no Brasil, não tínhamos um espaço para discutir os temas relevantes do setor”, explica José Velloso, presidente executivo da ABIMAQ. 

Para Velloso, o objetivo do evento é trazer todas as pessoas envolvidas no segmento de bens de capital, como os fabricantes, clientes, fornecedores, governo e bancos para discutir o futuro da indústria brasileira. “A intenção é que o congresso se perpetue, seja referência para o setor e aconteça anualmente”. 

O mercado atual, produtividade, competitividade, inovação, mercado externo, financiamentos, tecnologia e perspectiva do setor serão alguns dos temas tratados no encontro, que ocorre em 16 de setembro, na sede da entidade.

1° CONGRESSO BRASILEIRO 
DA INDÚSTRIA DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
‹ Data: 16/09/15
‹ Local: Sede ABIMAQ 
Av. Jabaquara, 2925 
Mirandópolis  - São Paulo/SP
‹ Horário: das 08h às 18h30
‹ Inscrições: www.ABIMAQ.org.br/congresso
‹ Mais informações: eventos@ABIMAQ.org.br 
ou se preferir entre em  contato pelo telefone (11) 5582-5761 

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Presidente da CSMAT discute oportunidades para a indústria mineira

Promover o desenvolvimento do setor têxtil e de confecções em Minas Gerais é o propósito da agenda propositiva

Com o objetivo de prover discussão técnica sobre a proposição de ações de curto, médio e longo prazo para a indústria têxtil e de confecções na região mineira, o presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Acessórios Têxteis (CSMAT), Ricardo Rossi, participou de encontro promovido pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG), em 06 de agosto. 

“A intenção da câmara na agenda propositiva é orientar sobre as atualizações tecnológicas do setor de máquinas e equipamentos e facilitar a prospecção de provedores e parceiros para a indústria têxtil mineira”, explica Rossi. 

A reunião de trabalho foi constituída por empresários, especialistas setoriais, presidentes de sindicatos do setor, ABIT - Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção, SEBRAE - Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, Governo Federal e Estadual, Apex-Brasil - Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, IEMI - Inteligência de Mercado e centros de pesquisa e tecnologia. 

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

CSVED pleiteia criação de NCMs para partes e peças de selos mecânicos

As associadas pertencentes à CSVED - Câmara Setorial dos Fabricantes de Vedações estão no processo de criação das NCMs  - Nomenclatura Comum do MERCOSUL para partes e peças de selos mecânicos.  O objetivo será protocolar junto ao governo para que sejam negociados no âmbito do MERCOSUL.

Hélio Guida, presidente da CSVED, Frederico Cartocci, da Flowserve, Caroline Carvalho, do Departamento de Mercado Externo da ABIMAQ, Marcio Arduini e Marluci Perez, da Eagleburgmann, fazem parte da equipe. 

terça-feira, 15 de setembro de 2015

1ª turma do curso da CSVED em parceria com o SENAI é concluída


No dia 30 de julho, a primeira turma do curso de Instalador de Elementos de Vedações Industriais concluiu o treinamento. A iniciativa, que é uma parceria entre a CSVED - Câmara Setorial dos Fabricantes de Vedações com o SENAI - Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial, visa qualificar profissionais na área. A segunda turma terá o treinamento no período de 30 de setembro a 16 de outubro. 


segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Reeleição na CSVI

Djalma Bordignon foi reeleito presidente da Câmara Setorial de Válvulas Industriais para o biênio 2015-2017

“Sabemos que o nosso futuro é incerto e sem perspectiva. No entanto, temos a certeza de que a nossa luta não será em vão. Vamos trabalhar para um futuro melhor da indústria nacional, dos brasileiros e do país”. Com essas palavras, Djalma Bordignon assumiu a presidência da Câmara Setorial de Válvulas Industriais (CSVI), no dia 20 de agosto, na sede da ABIMAQ. 

Na ocasião, Carlos Pastoriza, presidente do Conselho de Administração da ABIMAQ, relatou o momento difícil que passa a indústria. “Sem sombra de dúvida, o setor está vivendo a pior crise dos últimos 30 anos. Nesse momento de adversidade, mais do que nunca, a união de todos é fundamental”.  

Djalma Bordignon  contará com os vice-presidentes Pedro Ariovaldo Lúcio, Sidney Mattos Junior, Rodolfo Garcia, Raul Sanson, José Francisco Mariano, Erfides Bortolazzo Soares e Claudio Dezidèrio.

Presença 

Na oportunidade, o deputado estadual Cauê Macris apontou alternativa para que o país volte a crescer e resgatar a credibilidade das instituições. “Nesse momento de crise, a primeira missão que tem que ser tomada pelos governos federal e estadual para conseguir resgatar a confiança da instituição é o enxugamento da máquina pública. Não faz sentido termos 39 ministérios e a quantidade de cargos de confiança”. 

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

ABIMAQ leva pleitos ao BNDES

Em agosto, representantes da ABIMAQ se reuniram com Luciano Coutinho, presidente do BNDES, em busca de soluções para  minimizar crise

Levando em conta as dificuldades enfrentadas pelas associadas em todos os níveis, inclusive o financeiro, Carlos Pastoriza, presidente do Conselho de Administração da ABIMAQ, José Velloso, presidente executivo, e Hiroyuki Sato, diretor executivo de Assuntos Tributários, Relações Trabalhistas e Financiamentos, reuniram-se com Luciano Coutinho, presidente do BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social para expor os seguintes pleitos:

- Renegociação do financiamento Finame: Possibilitar que as empresas, sem condições de quitar a dívida, possam renegociar o pagamento do empréstimo. 

- Finame/PSI: Reivindica o aumento do prazo de validade de 180 dias da PAC (Proposta de Abertura de Crédito), visto que, em razão da crise, os fabricantes não conseguem manter estoques de matérias-primas e componentes para poderem fabricar e entregar as máquinas neste prazo. Ou, no caso de máquinas sob encomenda, para comprovarem a execução do primeiro evento. 

- Projeto Fibria Três Lagoas - Horizonte II: Pede para que o BNDES atue no sentido de que o investidor ofereça uma contrapartida de Conteúdo Nacional.

- Exim Pré-embarque: Solicita a reabertura do financiamento à exportação para empresas com faturamento superior a R$ 300 milhões por ano.

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Justiça reconhece abuso em tolerância de 180 dias na entrega de imóvel

O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ- SP) acaba de reconhecer o direito do mutuário de receber indenização pelo atraso da obra, desde o primeiro dia do descumprimento do contrato e não após o prazo de ‘carência’ de seis meses.  Além disso, o consumidor terá o reembolso das taxas abusivas.  Para a AMSPA – Associação dos Mutuários de São Paulo e Adjacências esta vitória na Justiça será essencial para que outros que estejam na mesma situação possam recorrer.

Das 2.142 queixas recebidas pela Associação dos Mutuários de São Paulo e Adjacências no primeiro semestre de 2015, nas cidades de São Paulo, Santos, Campinas e São José dos Campos, 20% delas são referentes ao atraso na entrega na obra. É que as construtoras estão adotando como praxe o uso do prazo de tolerância de 180 dias para postergar a entrega das chaves sem comprovar motivo de força maior, como terremoto ou enchentes, que impeça a conclusão da obra na data estabelecida em contrato. 

No entanto, uma decisão, em 2ª Instância, do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ- SP)  abre precedente para pessoas que estão na mesma situação de recorrerem à Justiça para garantir seus direitos. Na ação, ganha pela AMSPA, o relator Luis Mario Galbetti afirma que a prática das construtoras adotarem como ‘carência’ o prazo de seis meses para a entrega das chaves indica clara abusividade (sic). 

Na sentença, o magistrado ressalta que são infundadas as alegações da construtora de não entregar a obra no prazo devido a intempéries climáticas, escassez de mão de obra e de materiais e atraso das autoridades públicas. Além disso, afirma que a justificativa da incorporadora de tentar contornar seus próprios erros, como a falta de planejamento e de administração, em fatos normais de sua atividade, não são aceitáveis. 

Para Marco Aurélio Luz, presidente da AMSPA, considerar normal prazo de tolerância de seis meses para entrega das chaves é um absurdo. “O mesmo direito deveria ser conferido ao adquirente da unidade, de modo a ter o mesmo ‘prazo de carência’ para o cumprimento de suas obrigações. É uma questão de igualdade de direitos. É inconcebível a ideia de que as construtoras poderão se utilizar do prazo de tolerância e ser dispensadas da comprovação de quaisquer motivos que justifiquem o atraso.”

Segundo Luz, se a construtora não comprovar adequadamente o motivo pelo atraso, o mutuário já pode pleitear na Justiça seus direitos desde primeiro dia de descumprimento do contrato. “O proprietário do imóvel pode reivindicar, o pagamento da multa de 2% e mais os juros de mora de 1% ao mês pelo atraso. Além disso, caso comprovado em juízo cabe indenização por danos morais e materiais e lucro cessante, ou seja, o que o prejudicado deixou de ganhar ou se perdeu um lucro esperado, que hoje varia de 0,6% a 0,8% sobre o valor total do contrato.”

Taxas Abusivas

Além de receber indenização pelo atraso na obra, o associado da AMSPA, também ganhou a ação referente às taxas abusivas. O mutuário, que desembolsou quase R$ 50 mil, pelos serviços da SATI – Serviço de Assessoria Técnica Imobiliária e da comissão do corretor terá a quantia restituída com correção. 

Para o relator, a construtora não pode transferir ao comprador a responsabilidade pelo pagamento das taxas, pois o adquirente não utilizou desses serviços para adquirir o imóvel, sendo quem fez a contratação foi a construtora. 

O presidente da Associação dos Mutuários de São Paulo e Adjacências ressalta que o consumidor lesado quanto às taxas abusivas deve pleitear na Justiça a devolução do dinheiro em dobro, acrescido de correção monetária e juros. “O prazo para reclamar em juízo é de cinco anos, a partir do término do contrato. No entanto, aconselhamos o adquirente recorra ao Poder Judiciário assim que descobrir a prática abusiva para ser restituído o mais rápido possível.”

Marco Aurélio Luz frisa que o corretor de imóveis tem todo o direito de receber a comissão quando é fechado o negócio. Mas, a responsabilidade do pagamento cabe à construtora. 

Confira na íntegra a sentença do relator Luis Mario Galbetti, do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ- SP): Processo 1106075-86.2013.8.26.0100 http://www.linkportal.com.br/pdf/acordao-apelacao-multa-e-180dias.pdf

SERVIÇO

Os mutuários que querem mais esclarecimentos podem recorrer à AMSPA. Os interessados podem entrar em contato pelos telefones 0800 77 79 230 (para mutuários fora de São Paulo), (11) 3292-9230 / 3242-4334 (sede Sé), (11) 2095-9090 (Tatuapé), (11) 3019-1899 (Faria Lima), (19) 3236-0566 (Campinas) e (13) 3252-1665 (Santos).

Endereços e mais informações no site: www.amspa.org.br.

terça-feira, 18 de agosto de 2015

Queixas no cancelamento de compra do imóvel disparam em 2015

Das 2142 queixas recebidas pela AMSPA – Associação dos Mutuários de São Paulo e Adjacências no semestre, nas cidades de São Paulo, Santos, Campinas e São José dos Campos, 30% delas são referentes a descontentamento no valor devolvido no momento da rescisão do contrato de financiamento do imóvel. Problemas financeiros, como desemprego e perda de renda são os principais motivos para a devolução do bem. 

Diante da crise econômica no qual vive o Brasil atualmente, muitos mutuários estão com dificuldade para continuar com os pagamentos do financiamento imobiliário. Desemprego, diminuição de renda e empréstimo bancário negado porque a renda não é suficiente (devido à valorização da propriedade por conta do INCC) são os principais motivos que têm levado os consumidores a desistirem do sonho da casa própria. “Das 2142 queixas que estamos recebendo, 70% delas são contra construtoras e 30% relativas aos financiamentos bancários. Mas podemos dizer que 30% desses descontentamentos são relacionados a distrato do negócio por causa de problemas financeiros”, afirma Marco Aurélio Luz,  presidente da  Associação dos Mutuários de São Paulo e Adjacências. 

Para Luz, o momento do cancelamento da compra do imóvel, que deveria ser de alívio para o mutuário inadimplente, tem trazido muitas dores de cabeça. “O que acontece é que a construtora quer reter um percentual, que gira em torno de 30 a 60%, do valor já pago pelo dono do bem, quando no máximo deveria ser de 10%, pelas regras do Código do Consumidor.”

Segundo o presidente da AMSPA, ao anular o acordo por problema pessoal, inadimplência ou até mesmo arrependimento, o dono do imóvel tem o direito de receber de volta 90% do valor já pago e de uma só vez. “Se o distrato ocorrer devido ao atraso na obra ou irregularidade no empreendimento, o proprietário deve receber 100% do valor com as devidas correções.”

Outras queixas dos mutuários

Dentre outras reclamações recebidas pela AMSPA, nas cidades de São Paulo, Santos, Campinas e São José dos Campos, durante o primeiro semestre de 2015, estão: atraso na obra (20%); vícios ou defeitos de construção (10%); taxas abusivas como Sati e corretagem (10%); cobrança de juros sobre juros (10%), pagamento do condomínio antes das chaves (5%), taxa de evolução de obra (5%), leilões de imóveis (5%) e saldo devedor que não diminui (5%).

Para aqueles que estão com problemas nos contratos de seus imóveis, Marco Aurélio aconselha ir atrás de seus direitos. “Na Justiça, o prejudicado poderá pedir a restituição dos valores abusivos, multa por tempo de atraso, danos morais e materiais, além do que deixou de ganhar.”

No site da entidade, o comprador também pode ter acesso às Cartilhas do Mutuário: “Volume 1 – Imóvel na Planta”, que esclarece as principais dúvidas e os cuidados antes de fechar o negócio, “Volume 2 – Entrega das Chaves”, que orienta o adquirente a fazer uma vistoria minuciosa no interior do bem, e “Volume 3 – Financiamento Habitacional”, que ajuda a sanar as principais dúvidas daqueles que estão adquirindo ou já têm crédito habitacional. “O portal ainda oferece dicas úteis para antes, durante e após fechar contrato e tira as principais dúvidas, por meio de um chat, de quem vai comprar imóvel ou já adquiriu”, explica Marco Aurélio.

Para ter acesso às informações das cartilhas, os interessados podem acessar o site www.amspa.org.br e baixar o conteúdo disponível em PDF.

Reclamações em São Paulo

Conforme levantamento da Associação dos Mutuários, de janeiro a junho de 2015, na cidade de São Paulo, houve 1453 reclamações referentes às construtoras e bancos. Dessas, 892 dos reclamantes deram entrada na Justiça. O resultado apresentou um aumento de 39% nas queixas e um crescimento de 15% nas ações impetradas junto ao Poder Judiciário. Os dados são comparativos ao mesmo período de 2014, quando houve respectivamente 1044 descontentes e 776 ações judiciais. 

O balanço ainda revela que, entre os campeões no ranking dos aborrecimentos estão: dificuldade no distrato da compra da casa própria (25%), atraso na obra (20%), seguido das taxas SATI e corretagem (15%), leilões de imóveis (10%), problemas no imóvel, ou seja, vícios ou defeitos na obra (10%), saldo devedor que não diminui (5%), cobrança de juros sobre juros (5%),  pagamento do condomínio antes das chaves 5%) e taxa de evolução de obra (5%).

ABC Paulista

Segundo dados da AMSPA, de janeiro a junho de 2015, na região do ABC Paulista, houve 202 reclamações de mutuários, contra construtoras e instituições financeiras de imóveis residenciais. Dessas, 20% dos reclamantes deram entrada na Justiça, ou seja, 170 mutuários. O balanço representa um aumento de 28% nas queixas e um crescimento de 20% nas ações impetradas junto ao Poder Judiciário. Os dados são comparativos ao mesmo período de 2014, quando houve respectivamente 158 descontentes e 142 ações judiciais. 

Das 202 queixas no semestre, 40% delas estão em São Bernardo, 35% em São Caetano, 15% em Santo André, e 10% em Diadema.

O balanço mostra que, entre os campeões no ranking dos aborrecimentos estão: dificuldade no distrato da compra da casa própria (25%), atraso na obra (22%), seguido das taxas SATI e Corretagem (18%), leilões de imóveis (10%), cobrança de juros sobre juros (5%), problemas no imóvel, ou seja, vícios ou defeitos na obra (5%), saldo devedor que não diminui (5%), pagamento do condomínio antes das chaves (5%) e taxa de evolução de obra (5%).

Campinas e região

Conforme levantamento da AMSPA, de janeiro a junho de 2015, na Região Metropolitana de Campinas (RMC), houve 255 reclamações de mutuários, referentes às construtoras e bancos. Dessas, 101 dos reclamantes deram entrada na Justiça. O balanço representa um aumento de 16% nas queixas e um crescimento de 15% nas ações impetradas junto ao Poder Judiciário. Os dados são comparativos ao mesmo período de 2014, quando houve respectivamente 220 descontentes e 88 ações judiciais.

Das 255 queixas no semestre, 35% delas estão na cidade de Campinas, 15% em Hortolândia, 25% Vinhedo, 8% de Paulínia, 6% em Americana, 5% em Sumaré, 3% em Indaiatuba e 3% em outras cidades da RMC.

O balanço mostra que, entre os campeões no ranking dos aborrecimentos estão: dificuldade no distrato da compra da casa própria (28%), atraso na obra (17%), seguido das taxas SATI e Corretagem (15%), problemas no imóvel, ou seja, vícios ou defeitos na obra (10%), leilões de imóveis (10%), cobrança de juros sobre juros (5%), pagamento do condomínio antes das chaves (5%), saldo devedor que não diminui (5%) e taxa de evolução de obra (5%).

Baixada Santista

De acordo com dados da Associação dos Mutuários, de janeiro a junho de 2015, na Baixada Santista, houve 127 reclamações de mutuários, referentes às construtoras e bancos. Dessas, 38 dos reclamantes deram entrada na Justiça. O balanço representa um aumento de 15 % nas queixas e um crescimento de 9% nas ações impetradas junto ao Poder Judiciário. Os dados são comparativos ao mesmo período de 2014, quando houve respectivamente 111 descontentes e 35 ações judiciais. 

Das 127 queixas no semestre, 35% delas estão na cidade de Santos, 25% na Praia Grande, 20% no Guarujá, 10 em São Vicente e 10% em outras cidades da Baixada Santista.

O balanço mostra que, entre os campeões no ranking dos aborrecimentos estão: dificuldade no distrato na compra da casa própria (24%), atraso na obra (15%), seguido das taxas SATI e Corretagem (15%), leilões de imóveis (10%), problemas no imóvel, ou seja, vícios ou defeitos na obra (10%), cobrança de juros sobre juros (11%), saldo devedor que não diminui (5%), pagamento do condomínio antes das chaves (5%) e taxa de evolução de obra (5%).

São José dos Campos

Conforme pesquisa da AMSPA - Associação dos Mutuários de São Paulo e Adjacências, de janeiro a junho de 2015, houve 105 reclamações referentes às construtoras e bancos na cidade de São José dos Campos. Desses, 23 entraram na Justiça O resultado apresentou um aumento de 11% nas queixas e de 15 % nas ações. Os dados são comparativos ao mesmo período de 2014, quando houve 95 descontentes e 20 ações judiciais.

O balanço mostra que, entre os campeões no ranking dos aborrecimentos estão: dificuldade no distrato na compra da casa própria (30%), atraso na obra (25%), seguido das taxas SATI e Corretagem (15%), e leilões de imóveis (5%), problemas no imóvel, ou seja, vícios ou defeitos na obra (5%), cobrança de juros sobre juros (5%), pagamento do condomínio antes das chaves (5%), saldo devedor que não diminui (5%) e taxa de evolução de obra (5%).

SERVIÇO

Os mutuários nessa situação que querem mais esclarecimentos podem recorrer à AMSPA. Os interessados podem entrar em contato pelos telefones 0800 77 79 230 (para mutuários fora de São Paulo), (11) 3292-9230 / 3242-4334 (sede Sé), (11) 2095-9090 (Tatuapé),  (11) 3019-1899 (Faria Lima), (19) 3236-0566 (Campinas) e (13) 3252-1665 (Santos). 

Endereços e mais informações no site: www.amspa.org.br.

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

CSVED firma parceria com o SENAI para realização de curso

A iniciativa visa qualificar profissionais na área de vedações industriais

“Tenho certeza que o curso é extremamente válido para o setor de vedações industriais no Brasil. Nós temos uma carência enorme de pessoal técnico, habilitado e qualificado nas nossas empresas”. Essas foram as palavras de Hélio Campos Mello Guida, presidente da Câmara Setorial dos Fabricantes de Vedações (CSVED), durante cerimônia de lançamento do curso Instalador de Elementos de Vedações Industriais, no fim de junho, na sede da ABIMAQ.  

Para Alberto Carlos Palazzo, diretor da Gerência de Educação do SENAI - Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial, a iniciativa da CSVED é louvável. “Nós temos infraestrutura e equipe, mas precisamos demais da indústria para trabalhar em parceria, pois é essencial para cumprir nossa missão.” 

Na oportunidade, Carlos Alberto Gomes, diretor do SENAI, disse que o curso será de muito sucesso devido ao grau de envolvimento de todos da ABIMAQ: “Eu nunca vi, nos outros projetos que participei, um empresário ou presidente de uma câmara setorial se envolver tanto”. 

Depoimento 

Segundo Gabriela Pereira Lemos, da empresa John Crane Brasil, o curso vai agregar mais conhecimento: “Por ser uma iniciativa inédita, o treinamento será fundamental para ajudar na formação técnica e mais específica na área”. 

A primeira turma do curso de Instalador de Elementos de Vedações Industriais teve o treinamento no período de 16 a 30 de julho. Já a segunda turma deve iniciar as aulas em setembro.