Afirmação foi feita por Xavier de Brito, presidente do Conselho de Metalurgia e Mineração, durante reunião, que ocorreu no dia 29 de novembro, na sede da ABIMAQ
Brito colocou que as empresas pequenas e médias de metalurgia e mineração simplesmente fecharam as portas: “A situação da indústria nacional não é boa e isso reflete no setor de máquinas e equipamentos. Por conta desse cenário, as empresas não estão investindo”.
Brito acredita que o segmento de metalurgia e mineração não irá mais cair em 2017: “O país necessita de segurança política para a retomada dos investimentos”.
ZPEs
No encontro, Cesar Prata, vice-presidente da ABIMAQ, comentou que as ZPEs (Zonas de Processamento de Exportações) criam uma concorrência desleal para as empresas que já estão instaladas no Brasil: “As empresas exportadoras têm o direito de importar e exportar tudo que produzirem sem tributo nenhum. A ZPE do Ceará será instalada por uma siderúrgica coreana que já trouxe todos os equipamentos de fora e nada foi comprado no Brasil, além de explorar os nossos finitos recursos naturais sem contrapartidas sociais”.
Segundo Prata, o mesmo poderá acontecer com a ZPE do Maranhão. No mesmo terreno onde seria construída a refinaria premium da Petrobras, cujo projeto foi cancelado, o governo do Maranhão negocia com o governo federal e uma empresa chinesa interessada a instalação de uma planta siderúrgica, cujo projeto final prevê produzir 10 milhões de toneladas / ano, o que representaria cerca de 30% da capacidade já instalada no Brasil. A implantação seria feita em duas etapas: A primeira para produzir quatro milhões de toneladas e a segunda etapa com produção total de 10 milhões de toneladas.
“Fica a dúvida de como o governo pretende atender ao problema do ainda ascendente nível de desemprego e a situação de caixa dos estados, com projetos que não recolhem impostos e não geram empregos na cadeia de fornecedores de bens”, comentou Prata. Ao todo, estão previstas 21 ZPE’s em todo o país.
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