terça-feira, 26 de novembro de 2013

13° SALÁRIO PODE AJUDAR NA COMPRA DA CASA PRÓPRIA

Mais de 82 milhões de brasileiros vão receber o 13° salário. Ao todo, o abono deve injetar R$ 143 bilhões na economia. Que tal reservar o dinheiro extra para realizar o sonho da casa própria? O rendimento adicional pode contribuir para pagar as prestações em atraso do imóvel, adiantar as parcelas ou até mesmo dar entrada e quitar o financiamento. Mas antes de usar a quantia, a AMSPA – Associação dos Mutuários de São Paulo e Adjacências alerta que é importante avaliar o investimento.

De acordo Dieese – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, o recebimento do 13° salário deverá colocar na economia brasileira R$ 143 bilhões. O abono será pago para mais de 82 milhões de trabalhadores e aposentados. O rendimento adicional será, em média, R$ 1.740. O montante equivale quase 3% do PIB – Produto Interno Bruto do País. As empresas têm o prazo de até o dia 30 de novembro para quitar a primeira parcela da gratificação de Natal. Já a segunda deve acontecer até o dia 20 de dezembro.

Com dinheiro em mãos, os brasileiros começam a planejar do que fazer com a quantia extra. Segundo Marco Aurélio Luz, presidente daAMSPA – Associação dos Mutuários de São Paulo e Adjacências, há várias opções de como investir o 13° salário, contudo é essencial ter cautela. Você já pensou que este pode ser um bom momento para juntar o dinheiro para dar a entrada da compra de um imóvel? Também pode servir para pagar prestações em atraso, adiantar as parcelas ou quitar o financiamento. A bonificação ainda pode ser para quitar a parcela da entrega das chaves e arcar com gastos adicionais do bem, como: o ITBI – Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis, o registro da escritura, certidões emitidas pelo cartório, reforma ou aquisição de móveis.

O presidente da AMSPA aconselha que antes de fazer o investimento, é fundamental reunir a família e colocar as contas na ponta do lápis. “Somente assim é possível definir qual é a melhor solução, o que inclui avaliar o custo/benefício, além de verificar se as prestações não vão comprometer mais do que 30% da renda familiar. Outra precaução é pedir uma planilha do banco com a projeção de todas as parcelas do financiamento, incluindo as taxas extras e os seguros que compõem a prestação.”, reflete.

Se a opção for usar o 13° salário para dar entrada na compra da tão sonhada casa própria, Marco Luz recomenda atenção: “O dinheiro extra, junto com as economias, caso haja, pode ser útil na diminuição do valor do financiamento. Mas é preciso tomar cuidado com as artimanhas das construtoras que utilizam vários meios para tentar fechar o contrato. Por isso, é fundamental avaliar com calma porque, em muitos casos, o compromisso de pagar as parcelas chega até 35 anos”, esclarece. “Nos casos da compra de imóvel na planta, deve-se evitar quitar o bem na hora de fechar o negócio, pois é uma forma de se proteger quanto ao atraso da obra. O momento ideal para liquidar a dívida é após receber as chaves”, acrescenta.

Para Luz, quem pretende pagar as prestações que estão para vencer fará uma boa alternativa. “Usar a gratificação de Natal na amortização antecipada, reduzirá o saldo devedor e, consequentemente, provocará o recálculo da prestação e diminuirá as parcelas futuras”, afirma. Já nas situações para quitar o financiamento, Marco recomenda negociar com a financeira e pedir um desconto do valor ou abater os juros.

Outra opção é usar o dinheiro extra para pagar as parcelas atrasadas e evitar a perda da casa própria. No SFH – Sistema Financeiro da Habitação, após a falta de pagamento de três prestações, o dono do imóvel é notificado por escrito. Se não quitar o débito, perderá o bem, mas poderá recorrer à Justiça. Já no SFI – Sistema Financeiro Imobiliário, se o atraso for superior a 30 dias, o mutuário é intimado a pagar via Cartório de Registro de Imóveis. Caso não o faça no prazo de 15 dias, o banco imediatamente tomará a posse do bem e o levará ao leilão extrajudicial, situação na qual o comprador não tem direito à qualquer defesa.

Outros custos

Marco Aurélio Luz ressalta que é importante reservar parte do 13º salário para manter um fundo de reserva, que servirá para pagar despesas extras, que inclui o IPTU – Imposto Predial e Territorial Urbano do imóvel, o ITBI – Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis (que gira em torno de 2% sob o valor do imóvel, dependendo do município), o registro da escritura (que garantirá a propriedade como sendo do novo comprador que é cobrada em media de 1%) e as certidões emitidas pelo cartório, ambas são cobradas de acordo com o valor do bem.

Além dessas taxas, no caso do imóvel que for financiado, o adquirente deve custear o serviço do despachante, valores de seguros e taxas sobre a avaliação do imóvel e das documentações e o 13º é bem vindo. O abono também pode ser uma boa solução para os gastos com o pagamento da parcela das chaves, na reforma do imóvel e na compra de móveis.

Seja qual for a opção para usar o 13º salário, lembre-se que um bom planejamento é fundamental para começar 2014 sem dívidas e, principalmente, manter as prestações do financiamento em dia.

SERVIÇO:
Os mutuários podem recorrer à AMSPA para obter mais esclarecimentos. Os interessados podem entrar em contato pelo telefone (11) 3292-9230 ou comparecer em uma das unidades da entidade. Os endereços e mais informações podem ser encontradas no site: www.amspa.org.br.

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