A compra da casa própria em um leilão pode representar uma economia de até 50% em comparação aos valores de mercado. “Por mais que as facilidades da aquisição sejam vantajosas, o consumidor não pode se deixar levar pela tentação sem antes fazer um bom planejamento e uma pesquisa minuciosa da propriedade”, alerta Marco Aurélio luz, presidente da AMSPA – Associação dos Mutuários de São Paulo e Adjacências.
Para fechar o negócio com segurança, a AMSPA elaborou 12 informações úteis para que o arremate do novo imóvel não saia caro. Confira a seguir:
1. Leia o edital com atenção. No documento, o interessado deve se certificar sobre a descrição das condições de venda, o estado de conservação, a forma de pagamento, o preço mínimo, a comissão do leiloeiro, os impostos e o modelo de contrato que será assinado pelas partes;
2. Verifique se o imóvel ainda está ocupado. Mesmo com uma carta do arrematador, o novo dono pode enfrentar demora na Justiça para despejar os antigos moradores. Para não correr risco, é bom dar preferência aos bens desocupados;
3. Pesquise se há ações judiciais relacionadas à casa leiloada, o que pode levar à obtenção de liminares, por parte do anterior proprietário, para resolução da correção das parcelas ou a cobrança de juros sobre juros dos seus contratos e, consequentemente, mais espera para tomar posse do bem;
4. Visite o imóvel pretendido, com antecedência, para apurar suas condições. Nessa etapa é importante contar com o auxílio de um engenheiro para fazer uma inspeção minuciosa;
5. Faça um levantamento das dívidas deixadas pelo ocupante anterior, pois ficará a cargo do comprador a sua quitação. É possível pedir desconto no momento da compra;
6. Avalie as condições de venda e registre a propriedade em Cartório após o arremate. Lembre-se que o adquirente será responsável pelo pagamento da taxa de registro e do Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis (ITBI), que gira em torno de 3% sobre o valor do imóvel;
7. Defina qual lance máximo que você poderá dar. Para isso é importante colocar todas as despesas no papel e, junto com a família, veja qual é o melhor investimento;
8. Tome cuidado com a forma de pagamento. Alguns editais permitem apenas a compra à vista. Já outros autorizam financiar o saldo devedor. Caso opte pelo financiamento, o ideal é que as prestações não comprometam mais do que 30% da renda familiar. Além disso, confira se pode usar o FGTS no pagamento das parcelas. Também é bom ter cerca de 50% do valor do imóvel depositado no FGTS, poupança ou em outras aplicações para se precaver contra dificuldades imprevistas;
9. Considere que terá que arcar com despesas para a reforma do novo bem;
10. Reserve dinheiro para pagar, em torno de 5% do valor do lance, a comissão do leiloeiro no ato da arrematação;
11. Lembre-se que, nos contratos feitos pelo Sistema Financeiro Habitacional (SFH), após o atraso de três prestações o dono do imóvel é notificado para realizar o pagamento, caso não pague perderá o bem. Já no Sistema Financeiro Imobiliário (SFI), o aviso chega após 15 dias, se não for realizada a quitação das parcelas, será consolidada a propriedade em nome do agente financeiro e o imóvel poderá ir a leilão extrajudicial, ou seja, sem passar pelo juiz natural;
12. Consulte um advogado para sanar dúvidas. A opinião do profissional será essencial para saber se você está fazendo um bom negócio.
SERVIÇO:
Os mutuários, que desejam mais informações, podem recorrer à AMSPA para obter mais esclarecimentos. Os interessados podem entrar em contato pelo telefone (11) 3292-9230 ou comparecer em uma das unidades da entidade. Endereços das unidades e mais informações no site:www.amspa.org.br.
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