quinta-feira, 27 de setembro de 2018

João Marchesan assume presidência do Conselho de Administração da ABIMAQ e do SINDIMAQ com o compromisso de fortalecer a indústria de máquinas


Durante cerimônia de posse das diretorias das entidades para o quadriênio 2018/2022, autoridades e entidades de classe enfatizaram a relevância do setor como propulsor do desenvolvimento da economia nacional

“A reindustrialização será nosso compromisso para os próximos quatro anos”. Assim João Marchesan, presidente do Conselho de Administração da ABIMAQ e do SINDIMAQ, abriu seu discurso durante cerimônia de posse das diretorias das entidades para o quadriênio 2018/2022, no dia 09 de agosto, na sede da associação, em São Paulo.

Marchesan expôs a preocupação de todos os empresários industriais com o fenômeno de desindustrialização que ocorre no Brasil. “Estamos exportando empregos, divisas e renda. Vamos trabalhar para que este governo ou o próximo consiga aprovar as reformas e promover os ajustes necessários na economia, porque o País ainda carece de mais investimentos. Precisamos aumentar a taxa de investimento”. 

O presidente da ABIMAQ/SINDIMAQ enfatizou que a reindustrialização do Brasil demanda a mudança do regime macroeconômico e a correção dos fatores estruturais desfavoráveis. “Isto requer contas públicas equilibradas, inflação baixa, câmbio competitivo, disponibilidade de crédito para investimento e produção a juros compatíveis. Também são necessárias as reformas econômicas e institucionais profundas, nos planos da política monetária, cambial, fiscal, previdenciária e tributária. Além da restauração da capacidade de planejamento, financiamento e a indução do Estado para, junto com o setor privado, recuperar de forma sustentável e duradoura o desenvolvimento da economia brasileira”.

CONFIANÇA

Carlos Marun, ministro da Secretaria de Governo da Presidência da República, representando o presidente da República Michel Temer, afirmou que o Brasil mais uma vez marcou um encontro com a sua história e faltou ao compromisso. “O resultado disso é que estamos com crescimento aquém daquele que poderíamos estar vivenciando hoje”.

Apesar desse cenário, Marun diz otimista porque não existe outro caminho que não seja do crescimento e de seguir a agenda econômica conduzida pelo atual governo. “Ano que vem o deficit da Previdência será de R$1 bilhão por dia.  Não existe país que seja viável sem que enfrente essa questão. Por isso que eu sou otimista, pois penso que o Brasil vai continuar avançando”.

Para José Ricardo Roriz Coelho, presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), a indústria tem papel importantíssimo na volta do crescimento. “O trabalho em conjunto das entidades na defesa de nossas proposições será mais efetivo para reverter esse quadro e para que a indústria brasileira volte a ser mola propulsora do desenvolvimento brasileiro”. 

O presidente da FIESP citou a preocupação com a primarização das exportações brasileiras. “Cada vez mais o Brasil está exportando produtos primários e de menor valor agregado, enquanto aumentamos a importação de itens com alto conteúdo tecnológico. Essa situação é reflexo da falta de competitividade, ocasionado pelo custo de capital, sistema tributário, questões de infraestrutura. Esses são alguns dos problemas que temos que atacar juntos”.

INVESTIMENTO

Diogo Henrique de Oliveira, presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), realçou que para a economia brasileira se desenvolver é fundamental aumentar o investimento. “Entre essas aplicações destaca-se o de máquinas e equipamentos. Ter insumos mais modernos e eficientes trazem um aumento vigoroso da produtividade no setor que corresponde a 35% dos investimentos total da economia brasileira”.

Oliveira relatou que o BNDES está trabalhando para aumentar o investimento, especialmente para o setor de bens de capital. Entre as ações, houve a redução do spread de 1,87% para 1,27%, aumento do prazo de financiamento de 12 para 24 anos, criação taxa fixa no âmbito do BNDES Finame e BNDES Giro, linha para capital de giro focado nas micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) e lançamento do BNDES Finame Direto com limites de crédito pré-aprovados para compra de máquinas e equipamentos. “Colocamos inteiramente à disposição da nova diretoria para construímos um caminho focado no crescimento da economia brasileira”.

FORÇA DA INDÚSTRIA

João Carlos de Sousa Meirelles, secretário de Energia e Mineração do Estado de São Paulo, expôs fala a pedido do governador Márcio França de que o evento não é da ABIMAQ/SINDIMAQ ou da indústria, mas é de São Paulo. “O Estado de São Paulo tem 70% da indústria de máquinas e equipamentos do País e recebe com enorme orgulho as entidades”. 

Para Meirelles, não há menor dúvida de que este País vai crescer a partir do ano que vem no mínimo a 2,5% e nos anos subsequentes a mais de 3%. “A nova diretoria vai presidir numa brutal transformação na qual o Brasil irá passar nos próximos quatro anos e, portanto, vocês têm o privilégio de serem parceiros de um esforço que será feito nacionalmente para devolver a esperança ao Brasil”. 

EMPENHO DA FPMAQ

Vanderlei Macris, deputado federal e presidente da Frente Parlamentar da Indústria de Máquinas e Equipamentos (FPMAQ), citou um dos últimos trabalhos realizados no Congresso Nacional em prol do setor de máquinas e equipamentos. “Recentemente debatemos na Câmara Federal a questão da desoneração da folha de pagamento. Essa luta foi importantíssima no sentido de recuperar a competitividade da indústria nacional perdida com a exacerbação dos fatores chamados Custo Brasil. Com o forte trabalho, garantimos que o presidente da República sancionasse essa lei tão importante para o segmento”.

Macris mencionou que a FPMAQ dará atenção ao tema abertura comercial. “Abordar o assunto não é o caso de simplesmente de pensar no protecionismo, mas para que possamos dentro do governo dialogar a fim de encontrar a melhor solução pensando no crescimento sustentado que todos nós queremos. Tenho certeza absoluta que as novas diretorias ABIMAQ/SINDIMAQ serão os grandes parceiros desse futuro do Brasil”.

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