segunda-feira, 23 de março de 2020

ABIMAQ promove evento sobre Tendências e Desafios da Indústria: Tecnologia, Processos e Embalagens


Evento teve apresentações de representantes da Seara, Tetra Park, Braskem, Nokia, HP, Instituto de Embalagens, Associação Brasileira de Automação (GS1 Brasil) e do Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL/SSA)

No dia 18 de fevereiro a ABIMAQ reuniu em sua sede, em São Paulo, mais de 150 participantes no evento “Tendências e Desafios da Indústria: Tecnologia, Processos e Embalagens” que contou com um importante debate com a presença de especialistas da indústria. O evento contou como apoio da Reed Exhibitions Alcantara Machado e da PPW – Packaging & Process Week – Feira Internacional de Tecnologia e Processos para a Indústria de Embalagens.

Ricardo Cilento, vice-presidente da Câmara Setorial de Máquinas para a Indústria Alimentícia, Farmacêutica e Refrigeração Industrial (CSMIAFRI), abriu o evento ressaltando a importância do tema devido a abrangência do setor.

PAINEL I - Desafios e Tendências de Mercado


Renata Nascimento, gerente de Inovação da Seara, enfatizou que para as empresas serem inovadoras é necessário identificar as tendências socioeconômica, mapear consumidores, conhecer o desejo de posicionamento da empresa, quebrar paradigmas, apostar em grandes projetos, desenvolver, fabricar e lançar produto, comemorar o reconhecimento da marca e gerar conhecimento. “É importante às empresas prever novos comportamentos e tendências de mercado que podem fazer toda diferença no desenvolvimento de produtos ou no lançamento de campanhas”.

Para Luis Madi, diretor de Assuntos Institucionais do ITAL/SSA, apresentou os cenários da indústria de alimentos, bebidas e embalagens. “O Brasil exporta quase 18% de alimentos industrializados para mais de 180 países, isso é muito positivo para o País.

PAINEL II - Economia Circular


Vivian Guerreiro, especialista de Sustentabilidade da Tetra Pak, destacou as ações da empresa em prol do meio ambiente. “Contribuímos para a economia circular de baixo carbono com matérias-primas de fontes renováveis e responsáveis, coleta seletiva e reciclagem das embalagens, além de equipamentos e soluções eficientes que reduzem o impacto ambiental da produção de alimentos e bebidas”.

Na Tetra Park até 82% de materiais nas embalagens são renováveis e em 2019, 81.000 toneladas de embalagens longa vida foram recicladas no Brasil. “Estamos comprometidos com o aumento da reciclagem e, para isso, precisamos obter melhorias em toda a cadeia de valor, ou seja, aumentar a conscientização do consumidor, suporte à infraestrutura de coleta e classificação, ampliar as oportunidades de negócios para empreendedores de reciclagem e expandir as oportunidades de mercado para materiais reciclados”, ressaltou Vivian.

No site ‘Rota da Reciclagem’ (www.rotadareciclagem.com.br) é possível encontrar mais de 5 mil pontos coleta seletiva mapeados em todo o Brasil.

Para Fabiana Quiroga, diretora de Economia Circular da Braskem, a indústria tem um papel fundamental no oferecimento de soluções sustentáveis e produção com menor impacto ao meio ambiente. “É importante que toda a cadeia busque soluções em todos os elos produtivo passando desde o design do produto, que envolve o uso de polietileno de fonte renovável da cana de açúcar que gera a captura de CO2 e não sua emissão”.

Outra ação da Braskem é a produção de resina reciclada a partir da reciclagem de copos de polipropileno com mais de 30 empresas participantes e três apoiadores. “Foi coletado mais de 15milhões de copos”, ressaltou Fabiana.

Ela citou que na Braskem a água é reutilizada nos processos produtivos, a empresas apoia mais de 37 cooperativas de catadores e engaja os consumidores para a importância do consumo consciente. “Nada se desperdiça, tudo se transforma”.

PAINEL III – Rastreabilidade

Paulo Rocha, diretor de Soluções da Nokia, Ricardo Verza Amaral Melo, executivo de Negócios da GS1 Brasil, e Diego Mutta, gerente de Operações da HP, abordaram sobre rastreabilidade, que é definida como a capacidade de identificar e rastrear o histórico, distribuição, localização e uso de produtos.

Melo explicou que o Sistema GS1 identifica produtos, captura por meio de código de barras e compartilha informações. Ele acrescentou o case Anvisa - Agência Nacional de Vigilância Sanitária para aplicação dos padrões de rastreabilidade no ccontrole de medicamentos. “A ideia é que até abril de 2022 toda embalagem secundaria de medicamentos deva ter um código de barras GS1 DataMatrix”.

Mutta apresentou a solução ‘Smart Packaging’ da HP. “O antigo conceito ‘3P’ de proteger, preservar e promover o produto são agora complementados por elementos como rastrear, autenticar, segurar, informar, agregar valor e reduzir desperdício. A proposta vai além do código de barras, ou seja, é identidade única viabilizada por tecnologias de IoT (Internet das Coisas) combinadas com impressão digital”.

Rocha frisou que 85% dos casos de aplicações industriais de rastreabilidade, a partir de 2018, é possível resolver usando a tecnologia de redes 4G. É um potencial totalmente revolucionário e disruptivo. É uma tecnologia que tem um impacto de transformar a sociedade como todo”.

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