segunda-feira, 30 de julho de 2012

FALTA DE PLANEJAMENTO É A PRINCIPAL FALHA NA ADMINISTRAÇÃO HOSPITALAR, REVELA DIRETOR DO INDSH

Recentemente o Hospital Regional de Marajó (PA) recebeu aprovação de 93,2% dos usuários. Além disso, a unidade foi pioneira na região Norte na realização de cirurgias para o implante de marca-passo. Segundo José Cleber do Nascimento Costa, diretor geral do INDSH – Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano, responsável pela administração daquele hospital, o objetivo da entidade é tornar-se referência na gestão hospitalar. Para isso o planejamento é fundamental na melhoria do atendimento e na diminuição de erros assistenciais.


Hoje, a realidade da saúde no Brasil não é das melhores. Basta acompanhar o noticiário e ver relatos de pacientes reclamando da falta de atendimento, demora para agendar uma consulta ou fazer exame e até de casos de erros nos procedimentos médicos que, muitas vezes, levam ao óbito do paciente. ParaJosé Cleber do Nascimento Costa, diretor geral do INDSH - Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humanoum bom planejamento das ações e mais atenção à segurança do usuário podem evitar a maioria dos erros nos hospitais, além de proporcionar um bom atendimento médico. “Uma boa gestão é aquela que decide antecipadamente o que, como, quando, onde e quem vai fazer uma atividade ou ação. O planejamento é uma tarefa preliminar, prioritária, que condiciona o desempenho das demais”, afirma.   

Para Costa, por ser muito complexa, a administração hospitalar deve pensar em todos os detalhes para que seja feita uma boa gestão. Essa preocupação vai desde a análise do ambiente, da localização e suas necessidades específicas; a tecnologia, como é o caso dos equipamentos, também merece grande atenção; a estrutura, que visa a divisão das atividades do hospital, ou seja, estabelecimento de um organograma das responsabilidades de cada um; as tarefas a serem delegadas conforme os conhecimentos de cada profissional; e no incentivo da liderança nas pessoas. “Por ter que lidar com a diversidade de formação de profissionais, é preciso pensar em toda estrutura do hospital e, o mais importante, no conforto e segurança do paciente. Se não tiver um bom planejamento, a gestão está fadada ao fracasso”, sentencia.  

Entre os problemas que podem surgir, por falta de uma organização adequada ao funcionamento do estabelecimento de saúde, estão: desperdício de recursos e tempo; mau atendimento ou inferior; não atingimento de metas pretendidas; muito investimento e pouco retorno; frustração dos profissionais. “Por exemplo, uma falha grave, quando não há logística eficiente no hospital, é faltar algum insumo vital para o atendimento no meio de um procedimento cirúrgico. Infelizmente isso acontece e pode levar o paciente à morte”, ressalta. “Outro erro é deixar de identificar o usuário, de forma segura, assim que ele entra no hospital. Esse cuidado evita a troca de medicações e de exames, entre outras práticas médicas”, acrescenta.     

Melhoria contínua

Recentemente, o diretor geral do INDSH esteve em Sorriso (MT) para o treinamento de colaboradores e responsáveis pela administração do Hospital Regional sob sua direção. O intuito é corrigir falhas e melhorar o trabalho das equipes locais. A gestão começou há três meses, após ter sido gerido pelo Estado durante 20 anos, e já tem surtido melhora tanto na sua estrutura como no atendimento. 

“Reestruturamos os profissionais, melhoramos a higiene do local, agilizamos o atendimento e a marcação de consultas e acabamos com as macas nos corredores. O próximo passo é atualizar o parque de imagem (tomografia, mamografia, ultrassonografia, raios X) e contratar um arquiteto, especializado em ambientes de saúde, para fazer um diagnóstico da estrutura física do hospital para melhorarmos aos poucos, além de atualizarmos alguns instrumentos médicos”, adianta. 

 Serviços aprovados

O resultado dos esforços, em se tornar referência em gestão hospitalar, culminou na aprovação que 93,2% dos usuários dos serviços prestados no Hospital Regional do Marajó, localizado no município de Breves (PA), outro estabelecimento administrado pelo INDSH. Cleber conta que a expectativa da Secretaria de Estado de Saúde Pública era 80% de abonação. 

Aquela unidade acaba de se tornar pioneira, na região Norte, no implante de marca-passo. Duas pacientes, uma de 91 anos e outra de 82, ambas moradoras na ilha de Marajó, receberam os dispositivos eletrônicos responsáveis de manter o ritmo e a frequência cardíaca. “Isso reflete nossos esforços, desde o inicio da gestão, em prol da qualidade do atendimento aos moradores daquela localidade”, destaca José Cleber.    

“O nosso objetivo é oferecer serviços de qualidade nas áreas de saúde, social e educacional, com gestão moderna, excelência nos resultados e promover a vida com atendimentos plenos nas comunidades em que atuamos”, ressalta José Cleber do Nascimento Costa.

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