quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

ABIMAQ age em defesa da soberania nacional para garantir Conteúdo Local no projeto das corvetas de Tamandaré


Para entidade, a indústria de bens de capital é responsável pela geração e difusão de tecnologias imprescindíveis na melhoria da produtividade da economia, o que é fundamental para soberania nacional por meio da capacidade das empresas nacionais de atender a demanda de máquinas e equipamentos na construção das quatro corvetas classe Tamandaré

Com o intuito de desenvolver oportunidades de negócios para as associadas, a diretoria da ABIMAQ e da Câmara Setorial de Equipamentos Navais, Offshore e Onshore (CSENO) realizam um trabalho para apresentar os potenciais de fornecimento da indústria brasileira aos quatro consórcios que disputam a construção de quatro corvetas classe Tamandaré.

“O objetivo é mostrar aos consórcios que as associadas da ABIMAQ têm total capacidade de atender a demanda de máquinas e equipamentos na construção das corvetas, além de cumprir os requisitos de Conteúdo Local exigidos pela Marinha do Brasil (espera 40%)”, informa Marcos Perez, Superintendente de Mercado Interno da associação.

A primeira ação de aproximação foi a visita às instalações do Estaleiro da Vard Promar, localizado no Complexo Industrial de Suape, no município de Ipojuca, em Pernambuco, no dia 31 de outubro. No encontro, que contou com a presença de Marcos Perez e dos diretores da ABIMAQ Arthur Almeida e Javert Lamartine, foi apresentado o catálogo da indústria de defesa da entidade para Guilherme Coelho, vice-presidente sênior do Vard Promar e a área de engenharia do projeto.

No dia 03 de dezembro, também ocorreu apresentação do consórcio Villegagnon na sede da ABIMAQ, em São Paulo.

Para Arthur Almeida, diretor da ABIMAQ e representante da associação responsável por contatações junto a Marinha do Brasil, essa é oportunidade única para os associados da entidade demostrarem seus produtos, pois não há outra data prevista para uma próxima compra. “É possível fazer o projeto com máquinas e equipamentos nacionais podendo exceder 50% de Conteúdo Local, mas para que isso ocorra vamos precisar que a Marinha pressione os consórcios a fim de defender a indústria nacional”.

“A diretoria da ABIMAQ e da CSENO continuará convocando os representantes dos quatro consórcios envolvidos no projeto e terá contato direto com a este ramo das forças armadas para mostrar que temos capacidade técnica para fornecer os equipamentos na construção de quatro corvetas classe Tamandaré”, completa Almeida.

Ainda de acordo com Arthur Almeida, a vantagem de se ter equipamentos nacionais é a facilidade com assistência técnica, engenharia e manutenção. “Fazer compra localmente contribuí para que os barcos estejam disponíveis quando a Marinha precisar utilizar, em vez de ficarem parados como vem acontecendo por falta de peças de reposição”.

A 'short list' selecionada pela Marinha é formada pelos consórcios: “Águas Azuis”, “Damen Saab Tamandaré”, “FLV” e “Villegagnon”. Com a decisão, a construção desses navios está entre os estaleiros: Enseada (BA), Oceana (SC), Vard Promar (PE) e Wilson Sons (SP). Os investimentos previstos para construção das quatro unidades são da ordem de US$ 1,6 bilhão.

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