segunda-feira, 25 de março de 2019

‘O Mercado Ilegal e a Economia Subterrânea no Brasil’ foram temas da reunião do CONIMAQ


Na palestra, foi mostrado que 15 setores da economia brasileira perderam mais de R$ 146 bilhões com o comércio ilícito em 2017

“Não existe país desenvolvido que não tenha como fundamento a visão ética e a defesa da lei”, ressaltou Edson Luiz Vismona, presidente do Instituto de Ética Concorrencial (ETCO) e do Fórum Nacional Contra a Pirataria e Ilegalidade (FNCP), durante reunião com membros do Conselho Nacional da Indústria de Máquinas (CONIMAQ) no dia 21 de fevereiro, na sede da ABIMAQ, em São Paulo. 

Vismona apresentou pesquisa realizada pelo FNCP que mostra a perda total de mais de R$ 146 bilhões envolvendo apenas 15 setores produtivos com o mercado ilegal (R$ 100 bilhões) e sonegação (R$ 46 bilhões) em 2017. “O levantamento, realizado desde de 2014, foi feito no sentido de sensibilizar a mídia, sociedade e o governo para o tema, pois não podemos aceitar desvios dessa monta para um país que quer e precisa retomar o crescimento”.

O presidente executivo da ABIMAQ, José Velloso, com base nos dados apresentados, ressaltou que a alta carga tributária e todas as demais obrigações acessórias cobradas das empresas, são a “bola de ferro” amarrada no pé dos empresários brasileiros, parafraseando fala do ministro da Economia Paulo Guedes. 

Segundo ele, depois da reforma da Previdência, a aprovação de uma reforma Tributária deve ser trabalhada com afinco pelo Governo Federal para que possamos simplificar e desonerar as empresas, permitindo-as investir em seus negócios. Outro ponto comentado, foi a importância do compliance para empresas e associações, citando como exemplo o Código de Conduta e Ética, elaborado pela ABIMAQ.

Finalizando sua participação, Vismona reforçou que as empresas estão preocupadas e empenhadas em fortalecer a cultura ética, de forma que tais regras sejam observadas pelos clientes, fornecedores e parceiros comerciais para se manterem competitivos no mercado nacional e internacional, ao mesmo tempo que enfrentam os desafios internos e externos impostos a quem empreende no Brasil. Na visão dele “Por todas as adversidades a serem superadas diariamente, o empresário brasileiro tem uma postura heroica de demonstração de competência”. 

OUTROS TEMAS

Na reunião, José Velloso abordou também as ações da associação em prol do aumento de competitividade das indústrias brasileiras, concluindo-se a reunião com a análise do panorama político feita pelo diretor de Ação Política, Germano Rigotto.

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