quarta-feira, 11 de março de 2015

É momento de cautela para adquirir imóvel, afirma Associação dos Mutuários de SP.

Diante de uma economia instável, devido ao aumento de juros, inflação elevada e risco de desemprego, a AMSPA – Associação dos Mutuários de São Paulo e Adjacências recomenda precaução aos consumidores que desejam realizar a compra da casa própria nos próximos meses.  

O ano nem bem começou e promete não ser muito bom para aqueles que pretendem adquirir a casa própria. Entre os motivos estão: aumento de juros ao financiar um imóvel pela Caixa, alta do IOF (de 1,5% para 3%), elevação do ITBI - Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis (passará de 2% para 3% a partir de 30 de março em São Paulo). “Esses aumentos vão dificultar, ainda mais, o acesso ao crédito, quando na verdade deveria incentivar o brasileiro a conseguir a primeira moradia”, ressalta Marco Aurélio Luz, presidente da AMSPA – Associação dos Mutuários de São Paulo e Adjacências.

Segundo Luz, em uma economia cheia de incertezas, o risco de o mutuário desistir da compra aumenta ainda mais. “Hoje, infelizmente, a maioria dos casos que recebemos na Associação é de pessoas querendo cancelar o negócio devido ao comprometimento da renda. Há situações em que o comprador perde emprego, não consegue arcar com o reajuste do financiamento por conta da valorização do bem e, consequentemente, tem o empréstimo negado pelo banco, entre outros contratempos financeiros.”

Para ele, é nesse momento que fica nítida a falta de planejamento financeiro. “Muitas das situações um fundo de reserva, como o uso do FGTS – Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, o dinheiro guardado na poupança ou em outras aplicações, resolveria o problema da diminuição da capacidade do pagamento das parcelas do financiamento”, avalia o presidente da AMSPA.

Apesar da conjuntura econômica difícil que o País enfrenta, o consumidor, que optar pela aquisição do imóvel, pode ter maior poder de barganha para fechar um contrato mais vantajoso. “Essa é uma boa oportunidade do adquirente pedir desconto e negociar melhores taxas de juros diante do desaquecimento do setor imobiliário”, orienta Marco Aurélio. 

No entanto, o presidente da AMSPA alerta que antes de concretizar o negócio é necessário ter precaução:  “Nesse momento, de cenário econômico ruim, é mais do que fundamental ao futuro comprador reunir a família e colocar as contas na ponta do lápis para saber se realmente pode assumir o compromisso de longo prazo com as prestações da moradia”, aconselha Luz.

Nessa etapa também é válido que o cliente peça ao banco uma planilha de cálculo do Custo Efetivo Total (CET), que vai mostrar todos os encargos e despesas do empréstimo. “Essa simulação vai ajudar o futuro mutuário a analisar qual melhor linha de crédito para o seu bolso”, aconselha Marco Aurélio Luz.  

Se o consumidor constatar que as parcelas do financiamento vão comprometer mais do que 30% do orçamento familiar é recomendado aguardar o melhor momento. “Aproveite esse período para poupar o quanto puder porque a quantia será essencial para dar uma boa entrada na hora de concretizar a compra, arcar com o reajuste do valor do imóvel por conta da correção do saldo devedor, pagar a parcela da entrega das chaves, entre outras despesas extras e dificuldades imprevistas que podem impedir a conquista da casa própria”, completa Marco Aurélio. 

SERVIÇO

Os mutuários que querem mais esclarecimentos podem recorrer à AMSPA. Os interessados podem entrar em contato pelos telefones 0800 77 79 230 (para mutuários fora de São Paulo), (11) 3292-9230 / 3242-4334 (sede Sé), (11) 2095-9090 (Tatuapé),  (11) 3019-1899 (Faria Lima), (19) 3236-0566 (Campinas) e (13) 3252-1665 (Santos). 

Endereços e mais informações no site: www.amspa.org.br.

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