segunda-feira, 9 de março de 2015

Problema na desistência do imóvel lidera o número de reclamações de mutuários em 2014

Conforme balanço da AMSPA – Associação dos Mutuários de São Paulo e Adjacências, o distrato na compra da casa própria é o campeão no ranking dos aborrecimentos dos consumidores contra construtoras em 2014. Já em relação às instituições financeiras, a principal queixa dos mutuários é sobre leilão de imóvel.

O atraso na entrega do imóvel já não é o líder nas queixas de mutuários contra construtoras. Agora, o vilão da vez é quanto ao valor incorreto na rescisão do contrato. “A valorização do imóvel por conta do INCC e  dificuldade financeira são dos dois principais motivos que têm levado o distrato da compra da casa própria. Infelizmente, o que era para ser um momento de alívio tem trazido muitas dores de cabeça para o consumidor porque a construtora quer reter um percentual, que gira em torno de 30 a 60%, do valor já pago pelo dono do bem, quando no máximo deveria ser de 10%”, afirma Marco Aurélio Luz, presidente da AMSPA – Associação dos Mutuários de São Paulo e Adjacências. 

Vícios ou defeitos de construção; taxas abusivas como Sati e corretagem; cobrança de juros sobre juros, pagamento do condomínio antes das chaves, taxa de evolução de obra, leilões de imóveis e saldo devedor que não diminui foram outras reclamações recebidas pela AMSPA durante o ano de 2014. “Das muitas queixas que recebemos todos os dias, quase 70 % delas são contra construtoras, os outros descontentamentos são relacionados a bancos”, ressalta Luz, presidente da instituição.   

Para aqueles mutuários que estão com problemas, seja contra construtora ou bancos, Luz aconselha primeiramente tentar um acordo. "Se caso não houver solução, a alternativa é procurar a Justiça para garantir direitos como, restituição dos valores, multa por tempo de atraso, danos morais e materiais, além do que deixou de ganhar", recomenda. 

No site da entidade, o comprador também pode ter acesso às Cartilhas do Mutuário: “Volume 1 – Imóvel na Planta”, que esclarece as principais dúvidas e os cuidados antes de fechar o negócio, “Volume 2 – Entrega das Chaves”, que orienta o adquirente a fazer uma vistoria minuciosa no interior do bem, e “Volume 3 – Financiamento Habitacional”, que ajuda a sanar as principais dúvidas daqueles que estão adquirindo ou já têm crédito habitacional. “O portal ainda oferece dicas úteis para antes, durante e após fechar contrato e tira as principais dúvidas, por meio de um chat, de quem vai comprar imóvel ou já adquiriu”, explica Marco Aurélio.

Para ter acesso às informações das cartilhas, os interessados podem acessar o site www.amspa.org.br e baixar o conteúdo disponível em PDF. 

Reclamações em São Paulo

Conforme levantamento da Associação dos Mutuários, de janeiro a dezembro de 2014, na cidade de São Paulo, houve 3.852 reclamações referentes às construtoras e bancos. Dessas, 55% dos reclamantes deram entrada na Justiça, ou seja, 2118 mutuários. O resultado apresentou um aumento de 15% nas queixas e um crescimento de 19% nas ações impetradas junto ao Poder Judiciário. Os dados são comparativos a 2013, quando houve respectivamente 3.352 descontentes e 1776 ações judiciais. 

O balanço ainda revela que, entre os campeões no ranking dos aborrecimentos estão: dificuldade no distrato da compra da casa própria (28%), atraso na obra (25%), seguido das taxas SATI e corretagem (15%), leilões de imóveis (10%), problemas no imóvel, ou seja, vícios ou defeitos na obra (7%), saldo devedor que não diminui (5%), cobrança de juros sobre juros (4%),  pagamento do condomínio antes das chaves (4%) e taxa de evolução de obra (2%). 

ABC Paulista

Segundo dados da AMSPA, de janeiro a dezembro de 2014, na região do ABC Paulista, houve 950 reclamações de mutuários, contra construtoras e instituições financeiras de imóveis residenciais. Dessas, 467 dos reclamantes deram entrada na Justiça. O balanço representa um aumento de 12 % nas queixas e um crescimento de 9 % nas ações impetradas junto ao Poder Judiciário. Os dados são comparativos ao mesmo período de 2012, quando houve respectivamente 848 descontentes e 429 ações judiciais. 

Das 950 queixas no ano de 2014, 60% delas estão em São Bernardo do Campo, 21% em São Caetano, 10% em Santo André, e 9% em Diadema.

O balanço mostra que, entre os campeões no ranking dos aborrecimentos estão: dificuldade no distrato da compra da casa própria (26%), atraso na obra (22%), seguido das taxas SATI e Corretagem (18%), leilões de imóveis (10%), cobrança de juros sobre juros (8%), problemas no imóvel, ou seja, vícios ou defeitos na obra (7%), saldo devedor que não diminui (4%), pagamento do condomínio antes das chaves (3%) e taxa de evolução de obra (2%), 

Campinas e região

Conforme levantamento da AMSPA, de janeiro a dezembro de 2014, na Região Metropolitana de Campinas (RMC), houve 806 reclamações de mutuários, referentes às construtoras e bancos. Dessas, 601 dos reclamantes deram entrada na Justiça. O balanço representa um aumento de 15% nas queixas e um crescimento de 6% nas ações impetradas junto ao Poder Judiciário. Os dados são comparativos a 2013, quando houve respectivamente 701 descontentes e 567 ações judiciais.

Das 806 queixas no ano de 2014, 48% delas estão na cidade de Campinas, 10% em Hortolândia, 8% Vinhedo, 5% de Paulínia, 4% em Americana, 3% em Sumaré, 2% em Indaiatuba e 20% em outras cidades da RMC.

O balanço mostra que, entre os campeões no ranking dos aborrecimentos estão: dificuldade no distrato da compra da casa própria (30%), atraso na obra (25%), seguido das taxas SATI e Corretagem (15%), problemas no imóvel, ou seja, vícios ou defeitos na obra (12%), leilões de imóveis (7%), cobrança de juros sobre juros (5%), pagamento do condomínio antes das chaves (3%), saldo devedor que não diminui (2%) e taxa de evolução de obra (1%). 

Baixada Santista

De acordo com dados da Associação dos Mutuários, de janeiro a dezembro de 2014, na Baixada Santista, houve 723 reclamações de mutuários, referentes às construtoras e bancos. Dessas, 284 dos reclamantes deram entrada na Justiça. O balanço representa um aumento de 9 % nas queixas e um crescimento de 5 % nas ações impetradas junto ao Poder Judiciário. Os dados são comparativos a 2013, quando houve respectivamente 664 descontentes e 271 ações judiciais. 

Das 723 queixas no ano de 2014, 60% delas estão na cidade de Santos, 20% na Praia Grande, 15% no Guarujá, 9% em São Vicente e 5% em outras cidades da Baixada Santista.

O balanço mostra que, entre os campeões no ranking dos aborrecimentos estão: dificuldade no distrato na compra da casa própria (25%), atraso na obra (23%), seguido das taxas SATI e Corretagem (16%), leilões de imóveis (10%), problemas no imóvel, ou seja, vícios ou defeitos na obra (9%), cobrança de juros sobre juros (8%), saldo devedor que não diminui (4%), pagamento do condomínio antes das chaves (3%) e taxa de evolução de obra (2%).

São José dos Campos

Conforme pesquisa da AMSPA - Associação dos Mutuários de São Paulo e Adjacências, de janeiro a dezembro de 2014, houve 106 reclamações referentes às construtoras e bancos na cidade de São José dos Campos. Desses, 25 entraram na Justiça. O resultado apresentou um aumento de 10% nas queixas e de 4 % nas ações. Os dados são comparativos ao mesmo período de 2013, quando houve 96 descontentes e 24 ações judiciais.

O balanço mostra que, entre os campeões no ranking dos aborrecimentos estão: dificuldade no distrato na compra da casa própria (28%), atraso na obra (22%), seguido das taxas SATI e Corretagem (19%), e leilões de imóveis (10%), problemas no imóvel, ou seja, vícios ou defeitos na obra (8%), cobrança de juros sobre juros (5%), pagamento do condomínio antes das chaves (2%), saldo devedor que não diminui (5%) e taxa de evolução de obra (1%). 

SERVIÇO

Os mutuários que querem mais esclarecimentos podem recorrer à AMSPA. Os interessados podem entrar em contato pelos telefones 0800 77 79 230 (para mutuários fora de São Paulo), (11) 3292-9230 / 3242-4334 (sede Sé), (11) 2095-9090 (Tatuapé),  (11) 3019-1899 (Faria Lima), (19) 3236-0566 (Campinas) e (13) 3252-1665 (Santos). 

Endereços e mais informações no site: www.amspa.org.br.

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