quinta-feira, 9 de junho de 2016

ABIMAQ participa de Audiência Pública em Brasília


O objetivo do encontro foi debater a retomada do crescimento econômico e a geração de emprego e renda

“A economia brasileira está doente. Se não soubermos identificar os motivos que ela está doente, nós não conseguiremos resolver os problemas do país”. Essas foram as palavras de José Velloso, presidente executivo da ABIMAQ, durante Audiência Pública, realizada no dia 26 de maio, em Brasília, pela Comissão de Direitos Humanos (CDH).

Para Velloso, há um entendimento de que os problemas do Brasil decorrem dos excessivos gastos públicos e do déficit fiscal crescente: “Existem outros fatores que agravaram a situação econômica do Brasil. Podemos citar, dentre tantos, o sistema tributário, a insegurança jurídica, a educação de baixa qualidade, a infraestrutura deficiente, a legislação capital-trabalho e os juros de agiota”. 

Segundo ele, a retomada do crescimento exige a atuação do governo em várias frentes: “É preciso atacar tanto os problemas estruturais quanto os conjunturais. A superação da crise passa obrigatoriamente pela retomada do crescimento, sendo que as exportações, os investimentos em infraestrutura e a irrigação do capital de giro das empresas são os instrumentos indispensáveis”. 

Para o presidente executivo da ABIMAQ, também é essencial ter uma política cambial que defenda um câmbio competitivo e adote uma taxa de juros de curto prazo neutra em relação à inflação, haja a desoneração total dos investimentos e faça a reforma do ICMS: “A adoção dessas medidas irá reverter as expectativas, permitindo ao Brasil voltar a crescer, o que, rapidamente, sanaria os déficits fiscais, dando fôlego ao país para completar as reformas necessárias e tempo para poder esperar o efeito das ações de médio e longo prazo”.

Agradecimento 

O senador Paulo Paim (PT/RS) ressaltou as contribuições que Velloso trouxe em sua apresentação: “Ele teve a precaução de fazer críticas, ao mesmo tempo em que apontou caminhos para o Brasil sair da crise”. 

Participantes 

Luís Fernando Mendes, economista da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC); José Calixto Ramos, presidente da Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST); e Clemente Ganz Lúcio, diretor técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), também participaram da Audiência Pública. 

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