segunda-feira, 17 de julho de 2017

ABIMAQ participa de cerimônia de apresentação do Plano Safra


Na ocasião, foi anunciada a liberação de R$ 190,25 bilhões para o Plano Agrícola e Pecuário no período 2017/2018

“Em vista do cenário político e econômico que estamos vivendo hoje no Brasil, o novo Plano Safra é robusto e vai satisfazer as necessidades dos agricultores”. Essa foi a avaliação de João Carlos Marchesan, presidente do Conselho de Administração da ABIMAQ, após o anúncio feito do Plano Agrícola e Pecuário 2017/2018 pelo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, e pelo presidente da República, Michel Temer, no dia 07 de junho, em Brasília.

Para Marchesan, apesar do prazo de pagamento do Moderfrota ter diminuído de oito para sete anos e da taxa de juros continuar em 10,5% para o produtor que tem rendimento acima de 90 milhões, no geral, o Plano Safra apresentou pontos positivos. “O Moderfrota, por exemplo, teve a redução de um ponto percentual dos juros, passando de 8,5% para 7,5%, destinado a quem fatura até R$ 90 milhões ao ano”.

O aumento do valor em R$ 9,2 bilhões, o que representa o incremento de 82,2%, para o financiamento pelo Moderfrota foi outro ponto favorável do programa destacado pelo presidente do Conselho de Administração da ABIMAQ. “A aquisição de máquinas e implementos agrícolas terá o limite de crédito de 90% do valor financiado”

Armazenagem

Na avaliação de Marchesan, a redução da taxa de juros de 8,5% para 6,5% do Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA) foi muito importante por se tratar de um investimento em longo prazo. “No Brasil não adianta só produzir se não tivermos infraestrutura e logística para transportar o grão e o agricultor se vê tolhido na época de safra porque não tem onde colocar sua produção. Então o programa é essencial para que os produtores rurais possam investir na ampliação da sua capacidade de armazenagem para receber esses grãos”.

Juros

Segundo Pedro Estevão Bastos, presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas (CSMIA), a redução dos juros ficou aquém do esperado. “Havia uma expectativa de um juro menor considerando as previsões da inflação e da taxa Selic, no entanto, entendemos que o governo também defendia uma queda dos juros, mas não foi possível devido às restrições orçamentárias no âmbito do teto de gastos”. 

Para Bastos, o Plano Safra deverá ter um efeito nulo na disposição dos agricultores em realizar novos investimentos. “O programa não deverá impedir novas aquisições nem causar euforia de compras. O principal fator de maior ou menor investimento em máquinas agrícolas no período 2017/2018 será o preço das commodities agrícolas”.

Alterações

O Plano Agrícola e Pecuário 2017/2018 destinará R$ 190,25 bilhões em crédito agrícola. Deste total, R$ 150,25 bilhões serão aplicados no custeio e comercialização, sendo que R$ 116,25 bilhões com juros controlados (taxas fixadas pelo governo) e R$ 34 bilhões com juros livres (livre negociação entre a instituição financeira e o produtor). Já o montante para investimentos será de R$ 38,15 bilhões. 

Os juros para crédito rural anual passará para 7,5% (Pronamp - Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural) e de 8,5% nas demais linhas de custeio. Já para investimento ficou 7,5%, entre eles o Moderfrota, e de 6,5% para os programas de armazenagem/PCA e de inovação tecnológica/Inovagro - Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica na Produção Agropecuária. 

Em 2018, o produtor poderá contar com R$ 550 milhões do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR), com aumento de 37,5%. O PSR oferece ao agricultor a oportunidade de proteger sua produção agrícola com custo reduzido, por meio de auxílio financeiro do governo federal.

Os produtores poderão ter acesso ao financiamento agrícola entre 1º de julho deste ano e 30 de junho de 2018.

Para mais informações do Plano Safra: https://goo.gl/yA7Z2x l

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