segunda-feira, 12 de novembro de 2018

ABIMAQ promove encontro com vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro


General Hamilton Mourão, vice-presidente na chapa do candidato Jair Bolsonaro, reuniu-se com empresários do setor de máquinas e equipamentos

“Nos últimos quatro anos passamos a maior e mais duradora crise. Em 2013, nosso faturamento era de 128 bilhões, hoje é de 70 bilhões. Representávamos mais de 8 mil indústrias de máquinas e equipamentos, atualmente são 7,5 mil. Além disso, nesse período foram eliminados mais de 90 mil postos de trabalho”, afirmou João Marchesan, presidente do Conselho de administração da ABIMAQ, na abertura da sabatina com General Hamilton Mourão, vice-presidente na chapa do candidato Jair Bolsonaro,  na sede da entidade, em São Paulo, no dia 20 de setembro.

Marchesan também ressaltou o efeito multiplicador das máquinas e equipamentos na economia brasileira. “A cada R$ 1 de demanda adicional de máquinas e equipamentos no Brasil, são gerados R$ 3,3 de produção no país, ou seja, para a demanda de R$ 70 bilhões em máquinas são gerados na economia R$ 233 bilhões de produção, além disso conseguimos absorver 2 milhões de mão de obra. Precisamos que o novo governo tenha atenção para o nosso setor como propulsor de um novo tempo para o País”.
Para Mourão, a atividade econômica brasileira precisa ser destravada. “O Brasil deixou de ser competitivo por várias razões, entre elas, o excesso de burocracia e regulamentação e o aparelhamento do Estado, além de uma série de dificuldades que influenciam todos aqueles segmentos que querem produzir e avançar no País”.

MEDIDAS PARA O DESENVOLVIMENTO

O candidato enfatizou que o Estado tem que entrar no caminho da moderação dos gastos e na disciplina fiscal a fim de definir o que é mais importante, e ao mesmo tempo  oferecer serviços de qualidade à população brasileira. “Mais do que nunca nós precisamos do apoio dos parceiros privados para garantir todos aqueles investimentos necessários ao Brasil. Nossa ideia é oferecer benefícios aos investidores como um ‘seguro garantia’ com dólar médio ao longo de 20 a 25 anos”.

O candidato a vice-presidente defende que o câmbio não seja fixo. “Tudo que tem  a intervenção do Estado termina no precipício. O câmbio flutuante é algo que considero fundamental para economia do País”.

Quanto a reforma política, o candidato acha fundamental o enxugamento do número de partidos, e principalmente ir para o voto distrital no sentido de baratear os custos das eleições e aproximar o eleitor do eleito.

De acordo com Mourão, a reforma trabalhista realizada foi o início para destravar o jogo das relações de trabalho baseada na legislação do século passado. “Competirá ao governo ter determinação e coragem para fazer com que a reforma seja cumprida efetivamente e avance em outras agendas que estão atrasadas”.

Velloso ressaltou que o pequeno e médio empresário brasileiro é um refém da justiça do trabalho, bancos e impostos. “O industrial já está com suas contas atrasadas e apertado para pagar o salário de seus funcionários e vem o sindicado e coloca uma espada no seu pescoço ameaçando parar a empresa e nada acontece. Por isso afirmo que no Brasil empreender é difícil temos que dar uma medalha para quem tem um negócio no País”.

Segundo Mourão, a reforma tributária não é simplesmente baixar os impostos da noite para o dia, sob pena de vários setores serem prejudicados. “É preciso ter uma base maior onde todos paguem, com isso ganharemos no conjunto de pessoas físicas, e as jurídicas pagarão menos. Nossa ideia também é reduzir a cesta de imposto trocando por um similar do que era a antiga CPMF”.

Para José Velloso, presidente executivo da ABIMAQ, a volta da CPMF vai penalizar os investimentos e as exportações brasileiras. “Não vai ter como tirar o tributo na cadeia produtiva e quando o produto estiver pronto para investimento vai ter impostos, o que acabará contribuindo na perda de competitividade do País”. 

POLÍTICA DE CRESCIMENTO

Mourão acredita que a abertura comercial deva ocorrer de forma lenta e gradual. “Os investimentos estrangeiros serão bem-vindos, desde que fomentem e facilitem a nossa atividade econômica e impulsionem nossas exportações”.

“Nós temos que olhar a ciência, tecnologia, pesquisa e desenvolvimento de forma muito crítica e apoiar todas as iniciativas, ou seja, teremos que buscar investimentos e desamarrar esses nós senão vamos continuar não sendo competitivos e produzindo com o método antigo. Se nós diminuirmos o Custo Brasil os próprios operadores do negócio terão condições de investir na área. Vamos trabalhar no tema a fim de apresentar soluções”, explicou Mourão.

Distribuição equânime dos recursos do BNDES para as atividades que estão precisando de crédito com juros mais baixos, a privatização das atividades de distribuição e refino da Petrobras e investimentos na matriz energética do Brasil foram outras propostas apresentadas pelo vice-presidente na chapa do candidato Jair Bolsonaro.

No fim do encontro, João Carlos Marchesan entregou para o General Hamilton Mourão documento elaborado pela ABIMAQ intitulado ‘O Caminho para o Desenvolvimento - Uma Proposta da Indústria Brasileira de Bens de Capital Mecânicos’, e os estudos sobre conectividade do campo e do impacto do Custo Brasil na competitividade da indústria de máquinas e equipamentos.

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