segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

ABIMAQ continua trabalho de aproximação com novo governo


No mês de janeiro, a presidência e a diretoria da entidade participaram das transmissões de cargos dos novos ministros da gestão do presidente Jair Messias Bolsonaro e de almoço com general Hamilton Mourão, vice-presidente da República. Os representantes da associação também se reuniram em audiência com Carlos Alexandre da Costa, secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade e Marcos Troyjo, secretário Especial do Comércio Exterior e Assuntos Internacionais

A ABIMAQ, por meio de sua presidência, representada por João Carlos Marchesan, José Velloso, além de Walter Filippetti, diretor de Relações Governamentais da entidade, esteve presente, no dia 02, em Brasília, nas transmissões de cargos dos ministros Onyx Lorenzoni (Casa Civil), Gustavo Bebianno, (Secretaria-Geral da Presidência), general Carlos Alberto dos Santos Cruz (Secretaria de Governo), general Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional – GSI), Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Mapa), Bento Costa Lima Leite de Albuquerque Junior (Minas e Energia), Ernesto Araújo (Relações Exteriores), e Paulo Guedes (Economia).

Na transmissão de cargo do Mapa, João Carlos Marchesan teve a oportunidade de expor para a ministra Tereza Cristina sobre Plano Safra. Ele enfatizou a necessidade de aporte de verbas e manutenção de linhas para financiamento de máquinas e equipamentos, como Moderfrota, Moderinfra, Pronamp, Mais Alimentos e do Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA).

Na cerimônia do Ministério de Minas e Energia, José Velloso encontrou com Décio Oddone, diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e Roberto Castello Branco, presidente da Petrobras. No discurso de Bento Costa Lima Leite de Albuquerque Junior foi ressaltado que a pasta vai trabalhar para reduzir o custo de energia no Brasil, rever a política de Conteúdo Local, elaborar proposta para o Congresso do novo marco da mineração e fará novas concessões de investimentos nas áreas de infraestrutura e na geração e transmissão de energia.

Avanço de uma agenda para promoção de acordos comerciais multilaterais ou bilaterais e focar na exportação de bens com maior valor agregado tendo como aliada a indústria nacional foram algumas ações que Ernesto Araújo, das Relações Exteriores, prometeu realizar no seu mandato.

Já na posse conjunta dos ministros que atuarão no Palácio do Planalto (Onyx Lorenzoni, general Augusto Heleno, Gustavo Bebianno e general Santos Cruz) foi prometido que o Brasil vai trabalhar para melhorar a gestão do governo, reduzir cargos de confiança e comissionados, e empenho para aprovar as reformas estruturantes.

ECONOMIA

A presidência e a diretoria da ABIMAQ também acompanharam o discurso de Paulo Guedes, novo ministro da Economia, que destacou como prioridade na sua gestão as reformas tributária, na intenção de desonerar a folha de pagamentos, e da Previdência, com foco na redução do gasto público ou como plano B apresentar um projeto de emenda constitucional para desvincular gastos do orçamento da União.

Guedes mencionou que vai trabalhar no intuito de fazer abertura comercial de forma gradual, negociada e segura, atrelada a uma agenda de competitividade para eliminar as assimetrias da indústria nacional com a estrangeira por entender que se abrir abruptamente a economia brasileira, nossa indústria será prejudicada. Descartar hipótese de um novo Refis, maior liberalização no sistema financeiro, promover ampla privatização das estatais e venda de imóveis e de bens da União foram outros temas destacados pelo ministro da Economia.

Na mesma solenidade, Marchesan e Velloso conversaram com os secretários Carlos Alexandre da Costa, de Produtividade, Emprego e Competitividade, e  Marcos Troyjo, de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais, sobre abertura comercial. Costa reafirmou as palavras de Paulo Guedes acrescentando que o tema vai obedecer a escalada tarifária. Já Troyjo acrescentou que a abertura deve ser coordenada. Eles também estiveram com Marcos Cintra, da Receita Federal, Marcelo Guaranys, secretário executivo, e Igor Calvet secretário adjunto da Secretaria de Produtividade, Emprego e Competitividade.

GENERAL MOURÃO


Os representantes da entidade também se reuniram, em um almoço, com general Hamilton Mourão, vice-presidente da República, e Ricardo Salles, ministro do Meio Ambiente, a convite do empresário Jorge Izar. Na ocasião, os dirigentes da associação expuseram a Mourão a importância da indústria 4.0 para o Brasil. “Sentimos uma grande preocupação do general quanto ao avanço do País nas tecnologias do futuro”, relatou José Velloso.

Na conversa, foi mencionada a abertura comercial. Mourão se posicionou afirmando que abertura não pode ser feita de forma abrupta, mas sim gradual, negociada e incluso de uma agenda de competitividade que elimine as assimetrias da indústria brasileira com a do exterior.

Salles comentou no encontro que dará destaque na sua gestão nos investimentos em saneamento básico e a ABIMAQ será chamada para discutir políticas públicas na área.

PETROBRAS

José Velloso, presidente executivo da ABIMAQ, participou, no dia 03 de janeiro, no Salão Nobre do Edifício Sede da Petrobras, no Rio de Janeiro, da cerimônia de posse do economista Roberto Castello Branco, nomeado como presidente da estatal. Em seu discurso, Castello Branco destacou que a visão estratégica da Petrobras está baseada em cinco pontos: gestão de portfólio, diminuição de custo de capital, busca incessante por redução de custo, meritocracia, e segurança do trabalho e proteção ao meio ambiente.

Continuar projeto de investimento na área de exploração e produção de petróleo no pré-sal, melhorar o processo de transparência e governança da companhia e abrir o mercado de refino e distribuição para entrada de concorrentes no intuito de diminuir os preços dos combustíveis no Brasil foram outros pontos colocado pelo novo presidente da estatal durante cerimônia.

DIÁLOGO PERMANENTE

No dia 08 de janeiro, a ABIMAQ, representada por Walter Filippetti, José Velloso e Patrícia Gomes, diretora de Mercado Externo da associação, participou de cerimônia de apresentação de equipe da Secretária Especial de Produtividade Emprego e Competitividade (Sepec) do Ministério da Economia. O objetivo do encontro, denominado de nova fase de diálogo, foi construir uma agenda próspera e desenvolvida entre o novo governo e os setores produtivos.

Carlos Alexandre da Costa, secretário especial, ressaltou que a relação com o setor privado nos próximos quatro anos será de parceria e muita conversa a fim de aumentar a produtividade, gerar empregos e tornar economia brasileira mais competitiva.

“Nós louvamos o fato de que o governo quer começar um relacionamento com diálogo. O evento mostrou uma disposição da atual administração de abrir conversa com a indústria”, afirmou Velloso.

PRIMEIRA REUNIÃO DA ABIMAQ COM MINISTÉRIO DA ECONOMIA

Para abordar os impactos da abertura comercial no setor de máquinas e equipamentos, José Velloso, Patrícia Gomes, Walter Filippetti, Mathias Elter, vice-presidente e João Alfredo Delgado, diretor de Tecnologia, reuniram-se com Carlos da Costa, Igor Calvet, Caio Megale, da Secretária Especial de Produtividade Emprego e Competitividade (Sepec), e Marcos Troyjo, Lucas Ferraz, Erivaldo Alfredo Gomes, Marcos Degaut, da Secretária Comércio Exterior e Assuntos Internacionais, no dia 09 de janeiro, em Brasília.

Na audiência, a ABIMAQ apresentou uma minuta para o governo do estudo ‘Reflexão sobre alternativas para aumento da competitividade da economia brasileira no contexto de maior abertura comercial do setor de BK’, encomendado junto à consultoria Roland Berger. “Ressaltamos que numa estratégia de abertura comercial deveria haver uma agenda concomitante de competitividade no sentido de eliminar as assimetrias causadas pelo Custo Brasil entre se produzir no Brasil e no exterior, além de fazer as reformas estruturantes”, afirmou Velloso.

Seguir a lógica da escalada tarifária dos produtos e insumos que os fabricantes de máquinas e equipamentos consomem também foi apontado como essencial antes da abertura econômica. “Nós defendemos reduzir primeiro as tarifas sobre as matérias-primas, depois sobre produtos intermediários na cadeia produtiva, para só então cortar as alíquotas cobradas sobre o produto final”, esclareceu o presidente executivo.

No encontro, foram destacados alguns pontos do estudo, como que 60% do consumo de máquinas no Brasil são importadas e 43% são exportadas, além de que o segmento é o maior exportador nos últimos 30 anos na indústria de transformação. Gerar emprego com mais qualidade de mão de obra e agregar tecnologia e valor na indústria de transformação foi também enfatizado.

A existência de mais de 5.900 ex-tarifários, que permite a isenção ou redução de tarifa para bens sem produção nacional, foi referida. “Não é pelo fato de a alíquota ser zero que vai aumentar a demanda por máquinas e equipamentos. Na realidade, o que irá gerar o aumento da procura de produtos industriais é o ambiente de negócios no Brasil.

O estudo da Roland Berger propõe 21 medidas mitigadoras com diferentes níveis do impacto na indústria e o que o governo teria que fazer para diminuir as assimetrias entre o comércio nacional e internacional a fim de trazer competitividade ao setor de máquinas e equipamentos.

Carlos da Costa mencionou que nada será feito sobre o tema sem novas reuniões e levará em consideração o estudo. Suas últimas palavras foram: “Governo do passado errou ao escolher campões nacionais. Este governo não vai escolher perdedores nacionais”.

Marcos Troyjo demonstrou uma vontade maior de promover a abertura comercial. Esta abertura deverá ser unilateral, ou seja, o Brasil vai reduzir as alíquotas de importação da indústria de transformação independentemente de acordos comerciais com outros blocos e países. “Vamos continuar com a nossa agenda e marcar mais reuniões com o governo para mostrar o que fazer antes da abertura e trabalhar para que os impactos negativos sejam menores no nosso setor”, finalizou José Velloso.

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