segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

Retomada sustentada do crescimento econômico é destacada na confraternização dos associados da ABIMAQ


Com o tema ‘Movemos o Presente para Definir o Futuro’, a ABIMAQ promoveu encontro anual com associadas. Autoridades enfatizaram que a recuperação da economia brasileira passa pelo aumento do investimento na indústria de máquinas e equipamentos

“Nós, da indústria, damos as boas-vindas a uma ampla desregulamentação, à melhoria do ambiente de negócios, ao aumento da segurança jurídica e a uma crescente concorrência, fatores essenciais num regime capitalista”, ressaltou João Carlos Marchesan, presidente do Conselho de Administração da ABIMAQ, sobre a expectativa para o novo governo. O discurso foi feito durante jantar de confraternização da entidade, no dia 07 de dezembro, no Espaço das Américas, em São Paulo.

De acordo com Marchesan, para que a concorrência seja saudável é imprescindível estabelecer isonomia nas condições de competição tanto no mercado interno quanto na relação com os concorrentes externos. “A abertura será bem-vinda desde que o setor financeiro disponibilize crédito suficiente a custos assemelhados aos de nossos concorrentes internacionais, que o governo implemente uma reforma tributária que reduza a carga sobre a indústria e desonere completamente os investimentos e exportações, além de reduzir a volatilidade do câmbio e dos fluxos de capitais especulativos”.

O presidente do Conselho de Administração manifestou que se o próximo governo for para o caminho da implementação simultânea de uma agenda de competitividade, há fortes razões para esperar não somente uma retomada sustentada do crescimento econômico, mas um fortalecimento da indústria com a construção de um parque industrial moderno, sofisticado e diversificado capaz de avançar em direção ao novo paradigma da Manufatura Avançada.

João Carlos Marchesan enfatizou para que o Brasil seja um ator importante nas relações internacionais é essencial ter uma indústria forte e competitiva capaz de garantir, além de segurança alimentar e energética, também a segurança militar num mundo que deverá ser multipolar e mais complicado.

“Se o novo governo fizer a reforma da Previdência e a tributária voltaremos a crescer decentemente já no próximo e nos anos vindouros. Desejamos que 2019 seja o início de um ciclo que nos trará os melhores anos de nossas vidas, com muita esperança”, concluiu Marchesan.

NOVO GOVERNO

Carlos Alexandre da Costa, secretário de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, representado presidente da República Jair Bolsonaro, defendeu que o empresário brasileiro tem que ter liberdade para produzir com menos burocracia, regulação, entre outras exigências estapafúrdias, além de eliminar o manicômio tributário. “Nós pretendemos recuperar a competitividade da empresa brasileira. Vamos ter como prioridade a redução das amarras de quem produz. Nos primeiros dias do governo faremos uma série de medidas legais no caminho de destravar a produção nacional”.

Costa ressaltou que a esperança para entrar no novo ciclo de crescimento já está retornando, mas é preciso implementar ações concretas com ajuda dos representantes da indústria. “O nosso compromisso será o aumento da produtividade que virá a partir de sugestões de quem produz. Nós estaremos atentos às necessidades de vocês. Eu sempre fui empresário e entendo a dificuldade de ser empreendedor no Brasil e isso vai ter que acabar”.

O secretário espera que o País continue a ser exemplo não apenas de criatividade, mas também de altíssima produtividade, na geração de emprego e de conquistas de mercados internacionais. “Não espere de nós as respostas, elas virão de quem produz. Não seremos protagonistas, vocês que serão. O governo tem que servi-los e dá condições para prosperarem”.

BNDES

Para Dyogo Henrique de Oliveira, então presidente do BNDES, o que gera maior crescimento da economia é o investimento em máquinas e equipamentos, pois eleva a produtividade do trabalho, gera progresso técnico, desenvolve e disseminando inovações para os mais variados setores da economia. “É obrigação de todos nós criarmos condições para o desenvolvimento do Brasil”.

Oliveira comentou algumas das iniciativas realizadas pelo BNDES em 2018 para melhorar o apoio ao setor de bens de capital. Ele listou a redução do spread, elevação do prazo de financiamento em média de 10 anos, criação do Finame Direto e taxa fixa, BNDES fiança e crédito compartilhado e da Área de Fomento e Originação para facilitar investimento, além de estudo sobre Internet das Coisas em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) visando estimular a modernização da estrutura produtiva.

“Nosso objetivo com essa atuação foi melhorar a atratividade de nossas linhas com prazo de carência e amortização mais alongados, flexível, além de um fluxo de operação simplificado. Essas iniciativas estão dando resultado concreto e eu tenho plena certeza que ajudará muito a cumprimos nossa missão de tornar a nossa indústria mais competitiva e permitir que o país cresça a taxas condizentes com a nossa capacidade”, concluiu então presidente do BNDES.

MDIC

Igor Calvet, então secretário de Desenvolvimento e Competitividade Industrial, representando o ex-ministro Marcos Jorge de Lima do MDIC, destacou a atuação da ABIMAQ junto com o governo. “Reconheço e parabenizo a entidade pela resiliência que tiveram ao longo do período de crise econômica. O setor sempre esteve propondo, defendendo os interesses da indústria, procurando soluções cliveis e trabalhando junto com o governo e Congresso para encontrar saída aos problemas do segmento produtivo”.

FPMAQ

Vanderlei Macris, deputado federal e presidente da Frente Parlamentar da Indústria de Máquinas e Equipamentos (FPMAQ), realçou que o Brasil vai precisar de uma indústria de máquinas e equipamentos forte e competitiva nesse momento de mudança política e econômica. “Nós vamos defender o setor na medida em que o governo dê demonstrações de que está alinhado na direção do crescimento econômico do nosso país. Levando em conta também os empresários brasileiros determinados, apesar de todas as dificuldades, ainda tem a sua presença importante na economia brasileira”.

“Vamos firmar mais uma vez o compromisso de empenho, trabalho e luta pelo segmento por meio da FPMAQ. Otimismo e esperança para 2019”, finalizou Macris.

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