segunda-feira, 22 de julho de 2019

ABIMAQ acompanha anúncio do Plano Safra 2019/2020 no Palácio do Planalto


Na ocasião, foi anunciada a liberação de R$ 225,59 bilhões em financiamentos por meio do Plano Agrícola e Pecuário para os pequenos, médios e grandes produtores

No dia 18 de junho, a ABIMAQ, representada por João Marchesan, presidente do Conselho de Administração, Pedro Estevão Bastos, presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas (CSMIA), Francisco Matturro, diretor da CSMIA, e Walter Baldan Filho, vice-presidente da câmara, acompanharam o anúncio do Plano Safra 2019/2020.

O lançamento ocorreu no Palácio do Planalto com a presença de Jair Bolsonaro, presidente da República, Tereza Cristina, ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Hamilton Mourão, vice-presidente da República, além de diversos ministros, secretários do ministério, parlamentares e representantes dos setores agrícola e pecuário.

Para Marchesan, o valor liberado de R$ 9,6 bilhões do Moderfrota para o financiamento de máquinas e equipamentos agrícolas será insuficiente para a demanda do setor para este ano. “Precisaremos de, no máximo até o fim do ano ou começo de 2020, uma suplementação desses valores, atingindo no mínimo R$ 15 bilhões. A não ser que os bancos particulares possam adicionar mais recursos nos momentos necessários, caso contrário será preciso mais verbas. “Ele explica – caso haja redução da taxa Selic, isso poderá atrair os bancos privados que passam a entrar no sistema e financiar nas mesmas condições do Moderfrota”.

Bastos acrescenta que os recursos de investimento do atual Plano Safra serão consumidos celeremente, considerando o aumento da atividade do agronegócio, da tecnologia embarcada que demanda mais recursos e a procura reprimida de crédito nos meses de maio e junho de 2019.

MAIS DETALHES

O Moderfrota, a principal linha para investimento de máquinas e implementos agrícolas ficou com juros entre 8,5% e 10,5% e teve o seu limite de crédito rebaixado de 90% para 85% do valor do bem. Já o Modeinfra, focada na área irrigação, e o PCA, para armazenagem, ficaram com juros de 8% e 7%, respectivamente.

O Pronaf, linha de crédito para custeio e investimento para o pequeno agricultor, manteve a taxa de juros máxima de 4,6%, o que também aconteceu com o Pronamp, linha de crédito para os médios agricultores, ficou em 6%. Nas duas linhas houve aumento de volume de recursos em 13%, passando de R$ 51 bilhões para R$ 58 bilhões.

Para os grandes agricultores, a taxa de juros para custeio subiu de 7% para 8% e o volume de recursos com juros controlados caiu de R$ 66 bilhões para R$ 61 bilhões. Nos chamados juros livres, onde há negociação entre as partes, o volume aumentou de R$ 32 bilhões para R$ 69 bilhões.

Segundo Bastos, o Plano Safra trouxe apoio aos pequenos e médios agricultores que tiveram aumento de recursos e taxas de juros mantidas, mas para o grande agricultor houve a elevação de juros e restrição no volume de recursos. “Este direcionamento está em linha com o discurso do governo sobre as subvenções implícitas nos programas agrícolas de que não poderiam aumentar devido às restrições orçamentárias e a situação de alto endividamento do governo federal. Com essa decisão, a opção do governo foi proteger os pequenos e médios agricultores em detrimentos dos grandes produtores que têm mais possibilidades de acesso e negociação no mercado financeiro”.

BANCO DO BRASIL

No dia 26 de junho, João Marchesan, presidente do Conselho de Administração, Pedro Estevão Bastos, presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas (CSMIA), também participaram da apresentação do Plano Safra 2019/2020 do Banco do Brasil. Na oportunidade, os representantes da ABIMAQ e CSMIA estiveram reunidos com Ivandré Montiel da Silva, VP de Agronegócio do Banco do Brasil, e Gabriela Redona Chiste, secretária executiva da pasta de Agricultura e Abastecimento do Governo do Estado de São Paulo.

Na safra 2019/2020, o Banco do Brasil, um dos principais financiadores da agropecuária, destinará R$ 103 bilhões, valor desembolsado superior ao do plano anterior que foi R$ 86 bilhões.

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