quarta-feira, 17 de julho de 2019

Novo presidente da FPMAQ ressalta a importância da indústria de máquinas e equipamentos para economia do Brasil


Reformas estruturantes, redução dos encargos do Custo Brasil e a volta dos investimentos foram algumas das medidas prioritárias elencadas nos discursos dos parlamentares durante cerimônia de posse da Frente Parlamentar da Indústria de Máquinas e Equipamentos

“Faremos uma agenda com uma série de questões que são estratégicas para a indústria de máquinas e equipamentos. Tenho convicção que, ajudando esse setor, vamos contribuir para o desenvolvimento do Brasil”. Essas foram as palavras do deputado Vitor Lippi, presidente eleito da Frente Parlamentar da Indústria de Máquinas e Equipamentos (FPMAQ), durante solenidade de posse, realizada no dia 04 de junho no Salão Nobre da Câmara dos Deputados, em Brasília.

Segundo Lippi, quem produz no Brasil sofre com uma legislação nefasta, prejudicial, arcaica, inimiga e adversária do crescimento econômico e social. “Estaremos juntos nessa pauta para reduzir os encargos do chamado Custo Brasil que coloca o País, infelizmente, num dos piores lugares do mundo para se empreender, conforme pesquisa do Banco Mundial (o Brasil está na 109º lugar no ranking de 2018 com 190 países do mundo). Vamos reverter esse cenário, pois precisamos produzir porque é o melhor programa social que existe se chama emprego e ele vem do sistema produtivo”. 

João Marchesan, presidente do Conselho de Administração da ABIMAQ, agradeceu o deputado Vanderlei Macris pelo comprometimento e seriedade com que trabalhou pela defesa do segmento durante sua gestão na FPMAQ e desejou muito sucesso para Vitor Lippi. “Saiba que sua liderança na frente parlamentar nos dá ainda mais força e energia para seguirmos com nossas pautas a fim de promover o fortalecimento da indústria nacional”.

Marchesan ainda ressaltou que a retomada do crescimento sustentável pressupõe a adoção simultânea de medidas como:

- 1. Redução sistemática do ‘Custo Brasil’;

- 2. Prioridade ao crédito a juros de mercado, compatíveis com a atividade produtiva;

- 3. A simplificação do sistema tributário com a eliminação dos impostos não recuperáveis embutidos no produto e a desoneração do investimento;

- 4. Revisão da estrutura das tarifas alfandegárias que restabeleça a escalada tarifária nas cadeias produtivas;

- 5. Isonomia na competição com nossos concorrentes internacionais.

Vanderlei Macris, que será primeiro vice-presidente da câmara na composição atual da FPMAQ, relembrou o trabalho feito na sua gestão para tratar temas como da desoneração dos investimentos, abertura comercial e as reformas tributária e da Previdência. “Foi uma atuação a várias mãos. Tivemos a atenção e o debate na articulação e ações que colocassem a indústria como o grande foco no desenvolvimento nacional. Acredito que muito precisa ser feito e é por isso se faz necessária a frente parlamentar, uma das mais atuantes na Câmara Federal”.

Jerônimo Goergen, ex-presidente da FPMAQ e atual segundo vice-presidente da câmara, ressaltou que é preciso tirar o Brasil de onde ele se encontra hoje no aspecto econômico e social. “Eu acompanhei as agruras de setor, as dificuldades da economia e eu tenho certeza que devemos mais do que nunca, agora com seu comando Vitor Lippi, encontramos uma saída para que o País cresça e tenhamos orgulho de dizer que fizemos nossa parte”.

No seu discurso, Goergen reafirmou o compromisso de trabalhar em prol da indústria de máquinas e equipamentos e pelo Brasil a fim de prover o seu desenvolvimento.

COMPETITIVIDADE

Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados, destacou a agenda legislativa para a retomada do crescimento econômico, como as reformas estruturantes. “Precisamos olhar o Brasil primeiro pelo lado da despesa pública. Temos um estado que é caro, com uma carga tributária muito alta, burocrática e que tira a competitividade do setor produtivo brasileiro. Além disso, o crescimento com os gastos da Previdência é de 50 bilhões por ano”.

Para Maia, o Brasil precisa de um Parlamento e Poder Executivo forte a fim de dar condições para que o setor privado melhore a sua produtividade e tenha capacidade de competir com outros países, como também gerar empregos e riqueza para os brasileiros. “Estamos prontos para discutir os temas que afetam a sociedade brasileira no sentido de encontrar soluções para que o País volte a ser rico e desenvolvido”.

Carlos Alexandre da Costa, secretário Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia e coordenador Poder Executivo da FPMAQ, afirmou que o brasileiro é um sobrevivente. “Está na hora de transformar o sobrevivente em herói, naquele que é o protagonista de um país mais desenvolvido. Nosso plano é focar na qualificação do capital humano, inclusive repor o orçamento público para investir nesta área”.

Costa mencionou que está junto com Vitor Lippi na construção de um país próspero e do segmento de máquinas e equipamentos pujante, tecnologicamente avançado e com crédito oriundo do setor privado, prioritariamente, para que Brasil cresça de forma equilibrada e sustentável.

O deputado Newton Cardoso Junior, coordenador de Financiamentos da frente parlamentar, expôs que por meio da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) n.º 45, que unifica cinco tributos atuais - dos quais três federais (IPI, PIS e Cofins), um estadual (ICMS) e um municipal (ISS) - em um único Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), é uma oportunidade de transformar o setor industrial no país. “A aprovação da PEC 45 vai colocar novamente a condição de investimento do setor privado, pois estamos trabalhando aqui não somente incentivos fiscais, mas também a desoneração daquilo que precisa para gerar emprego no Brasil”.

Marcos Pereira, vice-presidente da Câmara dos Deputados e do Congresso Nacional e secretário-geral da FPMAQ, apontou a relevância da indústria de máquinas e equipamentos para o Brasil. “O segmento mostra-se bastante competitivo internacionalmente e por isso vocês terão todo o apoio da Câmara dos Deputados para que as pautas legislativas possam avançar com o objetivo de desburocratizar, facilitar o ambiente de negócios e gerar emprego. Portanto, a frente parlamentar poderá contar com nosso trabalho”.

De acordo com José Velloso, presidente executivo da ABIMAQ, a iniciativa dos deputados federais e senadores para a formação da frente parlamentar mista é de extrema importância para o Brasil devido ao momento de o país ter uma agenda de reformas e de reestruturação da legislação da área econômica e ligadas ao investimento.

COMPOSIÇÃO DIRETORIA DA FPMAQ

A nova diretoria da Frente Parlamentar da Indústria de Máquinas e Equipamentos também é composta pelos deputados Baleia Rossi, 1º vice-presidente, Alceu Moreira, 2º vice-presidente, Hildo Rocha, 1º secretário, General Peternelli, 2º secretário, Neri Geller, coordenador de Agronegócio, Alexis Fonteyne, coordenador de Reforma Tributária, Arnaldo Jardim, coordenador de Abertura Comercial e Evair de Melo, coordenador de Desoneração de Investimentos, além dos senadores Eduardo Gomes, 1º vice-presidente do Senado, e Eliziane Gama, 2º vice-presidente do Senado. A FPMAQ terá como coordenador Político Institucional o vice-presidente da ABIMAQ RS Hernane Cauduro.

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