segunda-feira, 9 de novembro de 2020

Evento com Usiminas busca amenizar dificuldades de abastecimento do aço

Para representantes da Usiminas, a normalização do abastecimento do aço deve acontecer na virada de dezembro para janeiro, além de reforçar que a produção está totalmente voltada para o atendimento da indústria brasileira

“Estamos vivenciando uma dificuldade com a falta de matéria-prima para o abastecimento da demanda. Isso acontece, principalmente, porque equipamentos chaves como fornos de produção de aço que alimentam as linhas de produção de aço das usinas tiveram que ser desligados, pois não havia nenhuma expectativa de demanda de consumo do insumo pelo mercado brasileiro”, ressaltou Ascanio Merrighi, diretor executivo CEO na Soluções Usiminas, durante evento realizado no dia 22 de outubro. 

Pela Usiminas participaram ainda Marcos Mendes, diretor Comercial, Rodolfo Figueiredo, gerente geral de vendas, Rinaldo Machado, diretor executivo de vendas, e Fabiano Engeroff, gerente geral de vendas. A ABIMAQ foi representada por José Velloso, presidente executivo, e Marcos Perez, superintendente de Mercado Interno. 

Rinaldo Machado afirmou que o foco da Usiminas é abastecer o mercado no curto prazo. “Para isso, nós saímos completamente das exportações e todo nosso esforço comercial e de produção está concentrado na indústria brasileira”. 

Machado colocou que na visão da Usiminas a normalização de abastecimento do aço deve ocorrer na virada de dezembro para janeiro. “Esse prazo é baseado no tempo de espera da produção que vai de 45 a 60 dias e chegando a 120 dias em alguns produtos específicos”  

Sobre as perspectivas para 2021, Machado disse que é difícil fazer projeções dada a incerteza dos mercados brasileiro e internacional, mas fez algumas considerações do que vem pela frente. “O primeiro fundamento refere-se a taxa de juros, pois estamos vivendo cenário de juros baixíssimo e com sinalização de continuar por um tempo. É claro que isso é um catalizador de consumo de aço. O outro fator é do câmbio que tem nos impactado de forma muito preocupante por afetar diretamente os nossos custos tendo em vista que as nossas matérias-primas são na sua maioria dolarizadas. Mas quando falamos do ponto de vista da demanda, o câmbio tente a ter um efeito positivo na medida em que nossos clientes têm mais possibilidade de exportação”. 

José Velloso sugeriu uma parceria, como de 90 a 120 dias, entre a ABIMAQ e a Usiminas até o mercado do aço deixar de ser instável em relação aos preços. “Por exemplo, caso uma de nossas associadas faça uma programação de pedidos no período de seis meses com vocês não seja impactada pelo aumento dos preços independentemente se ocorra o reajuste”. 

Segundo Velloso, seria também importante uma união entre associado da ABIMAQ, fornecedor, distribuidor e a usina para uma priorização de atendimento no mercado interno dos materiais que estão com mais problemas de demanda. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário