segunda-feira, 10 de agosto de 2015

ABIMAQ defende fim da obrigatoriedade da Petrobras ser operadora única nos leilões do pré-sal

Na oportunidade, a entidade defendeu a PLS 131/2015, que flexibiliza as regras de participação da Petrobras no pré-sal

“Quando temos um cliente só, a indústria fica de alguma forma amarrada a esse cliente e, no caso, se a Petrobras tem um pequeno problema, nós, da indústria fornecedora, também temos o pequeno problema, que será conduzido para todo o setor. O fato de existirem vários clientes é importantíssimo, além do fato de possibilitar a exposição do empresário brasileiro no mercado internacional”. 

Essas foram as palavras de Alberto Machado, diretor de Petróleo, Gás, Bionergia e Petroquímica da ABIMAQ, em apoio ao Projeto de Lei, de autoria do senador José Serra (PSDB), que pretende acabar com a obrigatoriedade da Petrobras de ser operadora exclusiva nos campos de exploração e ter participação mínima de 30% nos leilões do pré-sal. 

Durante explanação na sessão temática no Plenário do Senado, em Brasília, Machado expôs que a proposta tem a vantagem de possibilitar uma maior oferta de blocos, de forma que contribui no desenvolvimento da indústria nacional, especialmente na produção de máquinas e equipamentos. 

O diretor da ABIMAQ ressaltou, ainda, a importância de que a abertura seja acompanhada de mecanismos que permitam a inserção da indústria brasileira nesse novo processo, preservando o Conteúdo Local. “Abrir por abrir, sem permitir a inclusão da indústria nacional no processo, realmente, pode ocasionar um problema sério, porque o que vai acontecer é que vamos ter muitos empregos gerados, mas fora do Brasil”.

Para ele, a modificação não vai causar grandes problemas para a Petrobras, porque a legislação atual permite que o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) possa atribuir blocos exploratórios julgados estratégicos à Petrobras sem leilão. 

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