segunda-feira, 27 de agosto de 2018

ABIMAQ apresenta tema ‘A Revolução das Máquinas’ no Global Agribusiness Forum

João Marchesan e Pedro Estevão Bastos destacaram os desafios e as tendências da conectividade no campo

“A agricultura do futuro une algoritmos, internet das coisas, big data e inteligência artificial. Mostra o campo por cima, com imagens enviadas por satélites cada vez menores e mais baratos, e monitora as plantações por meio de aplicativos para smartphone, com relatórios acessados a qualquer momento pelo produtor”. Assim João Marchesan, presidente do Conselho de Administração da ABIMAQ, avaliou a transformação tecnológica da produção do setor agropecuário no Brasil, durante a 4ª edição do Global Agribusiness Forum, no dia 24 de julho, em São Paulo. O evento que teve como tema “A ciência do campo a serviço do planeta: A ação é agora” foi organizado pela Sociedade Rural Brasileira (SRB), Associação Brasileira de Produtores de Milho (ABRAMILHO), International Maize Alliance (MAIZALL), Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (ABRAFRUTAS), União Nacional do Etanol de Milho (UNEM) e DATAGRO. 

Para Marchesan, a transição 4.0 será gradual e a velocidade de implantação vai depender não apenas da tecnologia, mas também de fatores econômicos e estratégicos de cada país e de cada organização, como Custo Brasil, educação e infraestrutura digital. “O Brasil pode aproveitar essa oportunidade para liderar essa nova onda tecnológica”.

Pedro Estevão Bastos, presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas (CSMIA), mencionou algumas tendências da conectividade no campo, entre elas, geração de dados georreferenciados e interferência instantaneamente de toda operação agrícola; e máquinas com interação entre os domínios biológicos, físicos e digitais, além de serem flexíveis, adaptáveis, autônomas e inteligentes.

“Hoje temos máquinas com 12 computadores, com 300 mil linhas de programação e que oferecem mais de 300 informações em cinco segundos. São grandes computadores e também pulverizadores. Uma tecnologia revolucionária que poderia ser melhor aproveitada desde que tenha uma boa conexão com a internet”, ressaltou Bastos.

De acordo com o presidente da CSMIA, a conectividade do campo; capacitação dos profissionais envolvidos na operação agrícola, acréscimo de conhecimento mecânico e mecatrônico a tecnologia da informação; máquinas da agricultura digital para pequenos agricultores; transferência e processamento de dados centralizado; e a transformação das informações em conhecimento para tomada de decisões são alguns dos desafios que impedem o avanço da tecnologia no campo.

Marchesan conclui a apresentação com a seguinte comparação: “No passado, a lógica da agricultura era: “Meu filho, se você não estudar, vai ficar na roça” Hoje, com tanta tecnologia embarcada nas máquinas, o conceito é: “Meu filho, se você quiser ficar na roça, vá estudar”

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