quarta-feira, 2 de setembro de 2020

Bruno Galhardo assume presidência da CSENO no biênio 2020-2022

Com mais de 15 anos de experiência no mercado de petróleo e gás, o engenheiro Bruno Galhardo, da empresa associada Roxtec Latin America, vai liderar a Câmara Setorial de Equipamentos Navais, Offshore e Onshore (CSENO) nos próximos dois anos. Em entrevista para o Informaq, ele analisou o atual momento do setor e expôs o plano de ação da CSENO. Confira a seguir: 



Como você analisa o atual momento do segmento de óleo e gás?

O setor de petróleo e gás passou por dificuldades no passado devido à falta de leilões de campos exploratórios, contudo, percebemos uma retomada do segmento nos últimos anos, principalmente, pela entrada de novos operadores no Brasil e pelo aumento de investimentos em exploração pela Petrobras. Com a pandemia, entendemos que retardará diversos investimentos, no entanto, no médio prazo, estes investimentos continuarão e a curva de crescimento retornará aos níveis pré-pandemia.

Quais principais desafios para o setor?

Neste momento de pandemia, o principal desafio para o setor é manter o emprego. A hibernação de plataformas e postergação dos investimentos trouxe uma enxurrada de demissões para o setor, principalmente, para as empresas de serviço e a indústria. Defendemos que algumas das ações possam ser tomadas pelas empresas visando diminuir o desemprego, como a adoção de trabalhos remotos e home office e o compartilhamento de áreas fabris entre as empresas, objetivando a redução de custos operacionais, de energia, locação de equipamentos, entre outros. Já as medidas do governo para adoção de redução de jornada de trabalho e suspensão do empregado ajudaram a conter às demissões em massa do segmento, mas ressalto que elas precisam ser prorrogadas pelo governo durante toda a pandemia.

Como a diretoria da câmara pretende atuar para enfrentar esses obstáculos?

A maior contribuição que podemos dar é mostrar a força de nossa representatividade em pleitos que prejudiquem a indústria nacional, como por exemplo, o projeto de lei que deseja extinguir o FMM - Fundo da Marinha Mercante. Projetos como esse tendem a aumentar o desemprego no setor e precisamos ser firmes na defesa de nossos interesses.

Outra contribuição da câmara será aproximar os associados dos grandes projetos de construção do setor, seja por parcerias com instituições, seja pelo fomento a visitas institucionais e aproximação dos associados com os grandes players do setor com o objetivo de aumentar a interação e consequentemente uma maior participação da indústria nacional nos grandes projetos do setor.

Quais ações pretende realizar no biênio 2020-2022 em prol das associadas? 

Iremos atuar com base em 4 pilares:

Mercadológico – Buscaremos o contato com as principais petroleiras do país visando aproximar os associados para fomentarmos o aumento do fornecimento da cadeia nacional. Além disso, temos interesse na criação de mais GTs (grupos de trabalho), para suprir os associados de informações relevantes sobre determinados segmentos. Já constituímos o GT Naval, que tem como foco atual o projeto de construção das fragatas classe Tamandaré.

Parcerias – Desenvolveremos trabalho em conjunto com diversas instituições, como: consulados, sociedades técnicas, associações empresariais, entre outros para agregarmos vantagens aos associados. 

Desenvolvimento profissional – O perfil dos associados CSENO são de profissionais de gestão e comercial, desta forma, entendemos que trazendo novos conceitos de vendas/marketing poderemos agregar conhecimento para estes profissionais. 

Regulatório – Estaremos atentos à projetos de lei e/ou resoluções que venham a influenciar as atividades do segmento de petróleo e gás no Brasil e nos posicionaremos sempre visando o fortalecimento da indústria nacional.

Pretende continuar alguma ação da gestão anterior, se sim, qual?

Com certeza. Tivemos ações excelentes da gestão anterior do Diego Reis, entre inúmeras, destacarei a aproximação feita com grandes empresas como, SBM Offshore e MODEC, que puderam dividir informações relevantes com as empresas. Pretendo continuar essa ação de convidar grandes clientes para apresentarem seus futuros projetos no Brasil e no mundo e com isso buscar um aumento do networking entre a indústria e os operadores/afretadores.

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