quinta-feira, 10 de setembro de 2020

ABIMAQ participa de debate sobre os impactos e a importância da desoneração da folha de pagamentos

José Velloso, presidente executivo da ABIMAQ, expôs, em live promovida pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), a posição da indústria de máquinas e equipamentos sobre a necessidade de prorrogação da desoneração da folha de pagamentos, além de comentar a premência das reformas tributária e administrativa

Durante a sua fala, Velloso expressou o descontentamento do setor de máquinas e equipamentos com o adiamento para início de setembro, a pedido do governo, da colocação em pauta para votação da derrubada do veto ao texto que permite a prorrogação da desoneração, que expira no final de 2020. Assim o seu término fica adiado para dezembro de 2021. 

“Como  vou alterar o regime de uma empresa que convive com a desoneração da folha desde 2011 e voltar a reonerar  sua folha de pagamento  em meio a maior recessão econômica da história do Brasil?”, questionou o presidente executivo da ABIMAQ, na webinar ‘#DesoneraBrasil - Impactos e Importância da Desoneração da Folha de Pagamento para o Agronegócio Nacional’, realizada no dia 20 de agosto.

Ele explicou: “Estamos no meio de uma guerra. A desoneração da folha é urgente. Precisamos nos planejar para janeiro, saber se vamos investir, demitir ou contratar. A reoneração pode causar entre 500 mil e 1 milhão de demissões de trabalhadores com carteira assinada nos 17 setores atendidos pela medida da desoneração. São menos pessoas consumindo, pagando impostos, contribuindo para a Previdência Social. Não faz sentido. Essa página precisa ser virada o mais rápido possível, pois empresários precisam de previsibilidade a fim de fazer as projeções do seu negócio para o próximo ano”.

A cadeia da indústria de máquinas emprega 1,3 milhão de pessoas direta e indiretamente.

REFORMAS

Para Velloso, o Brasil tem uma estrutura tributária que inibe investimentos. “O País está investindo hoje cerca de 15% do PIB quando deveria investir no mínimo 24% para voltar a crescer em níveis acima de 3,5% a 4% ao ano. Precisamos de um sistema tributário que traga mais simplificação, justiça, acabe com a regressividade dos impostos sobre o consumo e as pessoas com baixa renda terem uma carga tributária menor do que a pessoas de alta renda, e sem cumulatividade. Poderíamos aproveitar ainda a discussão sobre a reforma tributária para apresentar uma proposta de reforma administrativa, para vivermos um tempo com mais justiça social.”. 

Participaram ainda da live o senador Luis Carlos Heinze, deputado federal Alceu Moreira, presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) Francisco Turra?, diretor executivo da ABPA Ricardo Santin, presidente do Conselho da Associação Brasileira da Indústria de Alimentação (ABIA) Grazielle Parenti, e o economista Ricardo Sennes como mediador. 


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