sexta-feira, 25 de setembro de 2020

Projetos e investimentos da Vale são abordados em live promovida pela CSCM E CSPEP

Representante da Vale expôs ainda as necessidades, demandas e desafios técnicos existentes no setor de minério de ferro

“A ideia de realizar a webinar surgiu quando percebemos que mesmo em um ano complicado e difícil por causa da pandemia do coronavírus a Vale destacou-se, pois manteve e até intensificou seus investimentos e isso ajudou muito a cadeia produtiva do minério de ferro”, afirmou Rodrigo Oliveira, presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Equipamentos para Cimento e Mineração (CSCM), na abertura da live ‘Desafios Atuais e Futuros no Processo Mineral do Minério de Ferro’, realizada no dia 26 de agosto. 

O evento contou ainda com a participação de Wagner Setti, presidente da Câmara Setorial de Projetos e Equipamentos Pesados (CSPEP).  

Marco Túlio, gerente executivo da área de Desenvolvimento e Engenharia de Processo Mineral da Vale, ressaltou que a empresa tem apostado muito em sistemas alternativos para reduzir a dependência em barragens de rejeitos. “Inclusive compramos a New Steel (empresa que desenvolve tecnologias de beneficiamento de minério de ferro e possui atualmente patentes de processos de concentração a seco em 56 países) por ter uma inovação nesse processo. A Vale tem estudado e apostado muito nessa tecnologia e provavelmente nos próximos meses vai ser aprovado o primeiro projeto numa escala industrial da concentração a seco de 1,5 milhão de toneladas de produção por ano com um CAPEX inicial de 100 milhões de dólares. Provavelmente essa nova planta vai entrar em operação em 2022”. 

Ele colocou que o foco da empresa é retomar e estabilizar a produção de minério de ferro. “Reduzimos a nossa capacidade de produção de minério de ferro depois do acidente de Brumadinho (em 2018 a produção foi superior a 384 milhões de toneladas). Em 2019 foram produzidos 302 milhões de toneladas. Agora a partir de 2020 estamos iniciando a retomada com a previsão de produzir 330 milhões de toneladas este ano, 344 milhões de toneladas em 2021 até chegar a patamares próximos a 400 milhões de toneladas em 2022”.  

Túlio disse que a Vale investirá US$ 1,86 Milhões em projetos alternativos de disposição de rejeitos e de aproveitamento de materiais dispostos em barragens. “A Vale vai investir muito em filtragem a vácuo e a disco para fazer o desaguamento e empilhamento dos rejeitos para maximizar as barragens existentes e evitando novas barragens”. Confira mais detalhes na linha do tempo abaixo: 

Linha do tempo

Mar/20 - Separação Rejeito Brutucu

Dez/20 - Nova metodologia disposição rejeitos VGR

Dez/20 - Adensamento do Rejeito de Brutucu

Fev/21 - Disposição de Rejeito Total na Cava de Timbopeba

Nov/21 - Filtragem Conceição

Dez/21 - Filtragem Brucutu

Mar/22 - Filtragem Cauê

Ago/22 - Programa Gelado

O representante da Vale afirmou que o grande desafio disruptivo da indústria de minério de ferro é encontrar novas rotas de secagem mais econômicas e baratas até chegar na concentração de umidade natural. “Apesar da equipe técnica tem evoluído muito nessa linha de estudo eu acho que vai ter um caminho longo para avançar nessas novas tecnologias”. 


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