quarta-feira, 19 de maio de 2021

Eduardo Prata Costa Fernandes continua no comando da CSQI no biênio 2021/2023

Em entrevista para o Informaq, o presidente reeleito da Câmara Setorial de Máquinas, Equipamentos e Instrumentos para Controle de Qualidade, Ensaio e Medição (CSQI) analisou o mercado atual, destacou os desafios do setor e expôs as perspectivas da gestão e do segmento para os próximos dois anos. Confira:

Como você analisa o atual momento do segmento?

Por atuamos em praticamente todos os ramos da indústria temos diferentes cenários. As empresas que trabalham diretamente com montadoras não vivem um bom momento por causa da pandemia. Já as que atendem os mercados agropecuário, alimentício e farmacêutico estão em pleno crescimento. Mas no geral, tínhamos projetado um ano excelente para 2021, antes da segunda onda da Covid-19, e com esse segundo período de isolamento e fechamento do comércio precisamos aguardar para ver o resultado do final do ano. Porém, enxergamos que o Brasil industrialmente não parou e as empresas continuam produzindo e os projetos estão seguindo em frente. Talvez tenhamos uma surpresa positiva.

Quais os principais desafios para o setor?

Nós temos diversos desafios nas indústrias que atendemos. Contudo, o obstáculo principal da indústria nacional é trabalhar a reforma tributária porque essa cadeia de impostos ‘rouba’ a competitividade das empresas no mercado internacional. Outra dificuldade que enfrentamos é a questão da abertura econômica, que pode isentar bens de capital importados a entrarem no Brasil sem impostos. Isso nos atrapalhará bastante, pois os equipamentos internacionais são naturalmente 25% mais baratos que os brasileiros.

O Dólar alto é outro problema de nossa indústria, pois os componentes, matéria-prima e insumos são todos dolarizado e com isso acaba aumentam os custos de fabricação de nossas máquinas.

Para que tenhamos uma condição ideal de produção no Brasil precisamos de estabilidade financeira, pois há muito dólar no exterior que pode ser investido no Brasil. No entanto, é necessário que o País tenha estabilidade econômica e segurança jurídica. Só assim o Brasil experimentará um crescimento sustentável.

Como a câmara pretende atuar para enfrentar esses obstáculos?

Nossa câmara vai atuar junto com outras câmaras da entidade, com a própria ABIMAQ e outras associações a fim de mitigar essas adversidades. Além disso, vamos trocar informações, participar de fóruns e eventos com o objetivo de nos inteirarmos dos problemas e partilhar soluções positivas.

Quais são as perspectivas para o biênio 2021/2023? 

São boas. O Brasil tem tudo para ter um bom crescimento nesse biênio, pois estão previstos muitos investimentos em diversas áreas como de óleo e gás, construção civil, farmacêuticas e alimentícia. Mas em contrapartida, nossos políticos precisam garantir ao mercado as mínimas condições para que tenhamos esse aporte de investimento.

Quais ações pretende realizar no biênio 2021/2023em prol das associadas?

Nós temos um planejamento de estimular as empresas a participarem mais das reuniões, workshops, rodadas de negócios promovidos pela ABIMAQ. Porém, com a pandemia, ficou um pouco mais difícil realizar eventos presenciais, mas por outro lado, as reuniões de câmara no formato online melhoraram bastante o nível de presença dos representantes das empresas. Agora nossa ideia é expandir essas palestras, apresentações e workshops para o online no sentido de levar ainda mais as ações da ABIMAQ aos associados e também captar novos membros. 

Composição diretoria para biênio 2021/2023:

Vice-Presidentes:

Amilton Mainard, Antonio Sérgio Conejero, Carlos Maciel, Christian Claudot Kaufmann, Danilo Lapastini, Francisco Forés Medina, José Correia, Luiz Barella, Mario Filippetti, Mario Larco, Rodrigo Maluf Barella, Sérgio Eduardo Cristofoletti, Carlos Alberto Polonio, Ricardo Salgado, Clayton Oliveira, Nicolau Danilovic, Alcides Zanetti, Moisés de Moura Behar Pontremoli


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