sexta-feira, 15 de setembro de 2017

ABIMAQ/SINDIMAQ celebra 80 anos de história com lançamento de exposição


Autoridades e representantes de entidades de classe ressaltaram o empenho da ABIMAQ/SINDIMAQ ao longo de oito décadas em prol da indústria e do desenvolvimento do Brasil

“Precisamos de mais Brasil e menos Brasília. Em algum momento o crescimento robusto voltará, porque somos mais fortes do que qualquer crise. Essas foram as palavras de João Carlos Marchesan, presidente do Conselho de Administração da ABIMAQ/SINDIMAQ, durante cerimônia de abertura da exposição comemorativa dos 80 anos de história das entidades, que foi realizada no dia 03 de agosto, na sede das entidades. 



Segundo Marchesan, o Brasil está passando pela pior e mais longa crise dos últimos 100 anos. “Apesar de todos os obstáculos, continuamos firmes em nosso propósito de termos uma indústria nacional forte e competitiva, servindo a todos, gerando empregos, recolhendo impostos e impulsionando a economia do País”. 

O presidente do Conselho de Administração da  ABIMAQ/SINDIMAQ, enfatizou que o setor de bens de capital tem muitos desafios pela frente, em virtude da ausência de uma política econômica, que seja favorável ao investimento. Dentre as ações que propicie a potencialização dos negócios, a criação de uma política industrial e ganho de competitividade ao segmento, Marchesan citou: 

• Acesso a juros de mercado menores que o retorno da atividade;
• Câmbio competitivo;
• Inflação controlada;
• Simplificação e redução de carga tributária;
• Maior disponibilidade de crédito;
• Estímulo aos investimentos.

Para João Marchesan, o momento é de união a fim de buscar melhorias para a indústria nacional. “Nossa trajetória foi longa e, para os próximos 80 anos, as entidades continuarão trabalhando para que o setor de máquinas e equipamentos continue a gerar riqueza para o Brasil. Uma indústria forte faz um país também forte e mais justo”. 

PLEITO

Durante seu discurso, João Marchesan solicitou ao governador Geraldo Alckmin uma atenção especial à questão do ICMS. “Isso é muito importante para o segmento de bens de capital”. 

O decreto amplia a devolução de créditos do ICMS às fabricantes de máquinas agrícolas e ao produtor rural pessoa física e à empresa rural para a utilização do crédito na compra de caminhões, furgões e carrocerias da indústria nacional. “Vou marcar nossa audiência para o diferimento do ICMS não só para a área agrícola, mas também aos outros setores”, prometeu Geraldo Alckmin ao presidente do Conselho de Administração da ABIMAQ/SINDIMAQ. 

O governador destacou o esforço das associações nesses 80 anos em prol do progresso da indústria e do país. “A história das entidades se confunde com a história do Brasil. Se imaginarmos o Brasil da década de 30, quando começou a ABIMAQ, era outro país e isso tem muito a ver com a indústria, que é propulsora do desenvolvimento, traz salário melhores, inovação e agregação de valor, um conceito moderno da soberania nacional”.

Alckmin comentou sobre a reforma do ICMS. “Nossa proposta é reduzir 1% a alíquota por ano, para chegar a 7% e 4% de alíquota interestadual, o que vai também migrando de origem para destino o imposto de consumo e dificulta a chamada guerra fiscal (disputa, entre cidades e estados, a fim de ver quem oferece melhores incentivos para que as empresas se instalem em seus territórios)”. 

BNDES

Ricardo Ramos, diretor da área de administração, recursos humanos, comércio exterior, fundos garantidores e de operações indiretas do BNDES, representando Paulo Rabello de Castro, presidente do banco, realçou a necessidade de resolver à questão do crédito. “De um lado estamos melhorando os processos, a automação, tornando o BNDES de fato ágil, mas de outro nós sabemos que têm o risco sistêmico de crédito”. 

O diretor colocou que é preciso ajudar os agentes financeiros a ter acesso aos empréstimos. “O BNDES está pensando na estruturação dos produtos financeiros para que o crédito chegue na ponta, ou seja, ao empresário. Esse é nosso desafio. Estamos batalhando e aberto a sugestões”. 

Ramos parabenizou a ABIMAQ/SINDIMAQ pelos 80 anos e espera, num futuro próximo, que o BNDES cumpra a missão de chegar na pequena e média empresa, e principalmente no setor industrial, essencial para a qualificação do emprego.

UNIÃO

Cauê Macris, deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, ressaltou que as entidades têm feito sua história pautada no bom relacionamento junto ao governo. “A atuação da ABIMAQ/SINDIMAQ nas discussões dos problemas da indústria brasileira ajuda muito o nosso País. O legislativo paulista está de braços dados para lutarmos juntos para que o Brasil possa ser um país que todos sonhamos”. 

O deputado frisou ainda que o Brasil está vivendo uma das maiores crises política. “Essa instabilidade está afetando diretamente a economia e a vida das pessoas. Hoje temos 14 milhões de desempregados e estudo da ABIMAQ mostra que a cada 10 milhões investidos em máquinas são gerados 280 vagas”.

Segundo Macris, o grande desafio do governo é oferecer oportunidades de emprego e a ABIMAQ vem contribuindo para mudar essa realidade dentro das demandas do setor. “Vocês empresários lutam para poder criar postos de trabalho, mas a máquina pública e o Custo Brasil inviabilizam muitas dessas ações”. 

ABIMAQ comemora 80 anos com exposição sobre as quatro revoluções industriais

Para celebrar o aniversário das instituições, a exposição ABIMAQ – 80 anos da força que move o Brasil apresenta a história da indústria de máquinas e equipamentos desde seu início, no século XVIII, quando foi inventada a máquina a vapor, até os dias atuais, com a evolução para a indústria 4.0. A narrativa passa pelas quatro revoluções industriais, mostra a transformação da indústria de bens de capital no mundo e no Brasil e relembra a trajetória dos 80 anos da associação.

Exposição ‘ABIMAQ – 80 anos da força que move o Brasil’
Período: 07/08 a 01/12 de 2017
Horário: de segunda a sexta das 09h às17h 
Local: Sede ABIMAQ – Av. Jabaquara, 2.925 – Térreo – São Paulo/SP
Entrada: Gratuita



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