quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

ABIMAQ defende estímulos ao setor de energia renovável nacional

Com o tema ‘Política Energética Nacional – Projetos e Reformas para um Novo Marco Legal’, evento do Sistema Confea/Crea contou com a participação de Roberto Veiga, pela ABIMAQ, do Secretário Executivo do Ministério de Minas e Energia, Bruno Eustáquio Ferreira Castro de Carvalho, e representantes da ABDIB e ABSOLAR

“Eu venho aqui em nome das milhares de empregos alocados em centenas de indústrias associadas que clamam pela continuidade da participação nesse mercado, que atualmente depende que os editais dos leilões do mercado regulado sejam atualizados do ponto de vista de tecnologia e prevejam a potência que atualmente os fabricantes de turbinas eólicas instalados no Brasil estão fabricando”, afirmou Roberto Veiga, presidente do Conselho de Energia Eólica da ABIMAQ e do GT de Energia Solar Fotovoltaica, durante Ciclo de Debates Engenharia e Infraestrutura, promovido pelo Sistema Confea/Crea, no dia 3 de dezembro. 

Veiga ressaltou que não existe imposto de importação para as potências das turbinas eólicas ofertadas no mercado atualmente. Por outro lado, o investimento que os fabricantes de turbina eólica e respectiva cadeia produtiva fizeram para estabelecerem sua fabricação no país visaram sua fabricação em território brasileiro frente a demanda crescente e ao apoio aos investimentos e desenvolvimento de tecnologia que os editais anteriores previam, os quais sempre foram sistematicamente atualizados vis-a-vis as potências dos aerogeradores fabricados aqui no Brasil. “Só quem fabrica turbina eólica tem consciência da tecnologia de ponta embarcada nelas. São mais de oito mil diferentes itens em uma turbina eólica e nós corremos o risco de participar somente da prestação de serviços, que seria a instalação de turbinas fabricadas e provenientes da Europa, dos Estados Unidos e da Ásia”. 

Ele enfatizou que as empresas brasileiras têm a capacidade de fabricar turbinas com potências superiores a 5MW. “Nós temos fábricas de turbinas eólicas e seus componentes, como por exemplo turbinas de 5,3 MW e as pás eólicas de mais de 70 metros fabricadas nas unidades fabris localizadas no Nordeste brasileiro. Vejo aí uma oportunidade muito boa de uma grande parte desse investimento da ordem de 350 bilhões de reais ficar aqui dentro por meio da utilização dos fabricantes de turbinas que se utilizam da cadeia produtiva instalada no Brasil. Nós temos toda a competência para fabricar qualquer tipo de produto no Brasil. A engenharia no Brasil merece os parabéns pela rápida adaptação e pela capacidade de desenvolver diversos produtos, de diversos setores, apesar da alta carga tributária imposta à fabricação de qualquer produto no Brasil”. 

De acordo com o Plano de Expansão de Energia 2020-2029/30 elaborado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), os investimentos nos setores eólico e solar serão na ordem de R$ 350 bilhões, com crescimentos estimados, respectivamente, 24 GW e 8 GW, de geração centralizada e distribuída. 

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