quinta-feira, 22 de abril de 2021

Tecnologias e soluções para mineração são debatidas no Brasil-Canadá PDAC 2021

Apresentações de cases de sucesso das associadas da Câmara Setorial de Máquinas e Equipamentos para Cimento e Mineração aconteceram durante a 15.ª Edição do Brasil-Canadá no PDAC 2021, promovida pela Câmara de Comércio Brasil-Canadá (BCCC), que foi realizada entre 5 e 11 de março

A ABIMAQ, por meio do Conselho de Metalurgia e Mineração e da Câmara Setorial de Máquinas e Equipamentos para Cimento e Mineração (CSCM), participou da 15.ª Edição do Brasil-Canadá no PDAC 2021, um dos maiores eventos de mineração do mundo onde as mineradoras e vários players da cadeia produtiva discutem investimentos, politicas, projeções em relação a mineração no mundo. 

No painel ‘Palestras de Mineração Brasil-Canadá: Soluções de Serviços para o Setor de Mineração Brasileiro’, realizado no dia 10 de março, as empresas associadas Haver & Boecker, Semco Tecnologia em Processos, Siemens e Steinert Latinoamericana apresentaram tecnologias e soluções para mineração visando a otimização de processos com a melhoria da utilização de recursos hídricos, energia, barragens a seco e outras tecnologias que possibilitam reaproveitamento de resíduos de barragens e minimizar os rejeitos. 

Rodrigo Franceschini, presidente da CSCM, explicou que a ABIMAQ recebeu convite da Agência para o Desenvolvimento e Inovação do Setor Mineral Brasileiro (ADIMB), que é organizadora da participação das entidades brasileiras no PDAC. “A partir disso decidimos montar um painel para mostrar que o Brasil não é só um país com potencial e tradição na mineração, mas também é muito forte em toda cadeia de fornecimento atendendo a todas as necessidades técnicas e tecnológicas do setor. Inclusive exportamos boa parte de nossos equipamentos e soluções para países como EUA, Chile, Peru, Argentina, bem como outras localidades da América Latina e da África”. 

SOLUÇÕES

Segundo Thiago Buoso, engenheiro de controle e automação da Haver & Boecker, a empresa possui no seu portfólio um sistema de monitoramento inteligente, especialmente desenvolvido para peneiras vibratórias e com um foco total na Indústria 4.0, a fim de estender a vida útil dos equipamentos em campo, aumentar a capacidade e eficiência da planta e reduzir custos. “Nosso sistema de monitoramento, que foi lançado em 2020, prevê e informa com antecedência ao usuário sobre a necessidade de manutenção de um equipamento vibratório”.

De acordo com João Barretto, diretor técnico da SEMCO, a solução desenvolvida pela empresa conta com a aplicação de simulação computacional de fluídos (CFD) de forma inovadora para o desenvolvimento de impelidores e agitadores. Estes desenvolvimentos têm como objetivo otimizar a repolpagem e reprocessamento de rejeitos de barragens que precisam ser descomissionadas, mas ajudam também nos novos processos reduzindo a quantidade de água necessária no processo. Com estas melhorias consegue-se uma ótima distribuição de fluxo, com baixo consumo de energia e menor consumo de água, possibilitando homogeneizar polpas com concentração de sólidos acima de 70%. “O desafio das barragens hoje é retirar a água de forma eficiente, econômica e sustentável”. 

A Siemens também participou do evento, onde Bernd Erdtmann, gerente de vendas sênior, apresentou a solução avançada de gerenciamento de pátio de estocagem, típicos em siderúrgicas, usinas termelétricas, minas de minério, terminais de matéria-prima, portos e outros. Com a solução SIMINE MAQ, por meio da digitalização é possível atingir aumento da produção por melhor utilização das máquinas, redução dos custos de operação e manutenção, planejamento inteligente das operações evitando desperdício de material, transparência total de estoque com modelo 3D do pátio em tempo real e maior segurança para pessoas.  

Steinert, com um sistema de separação que aplica diferentes tipos de sensores (Indutivo, Laser 3D, Cor e XRT), atua na classificação de diversos minérios, de acordo com suas propriedades físicas. A classificação visa a separação do minério de sua ganga, logo nas etapas iniciais do processo de beneficiamento mineral. A responsável pelo Laboratório na América Latina, Priscila Esteves, explicou que a tecnologia pode ser aplicada numa etapa de pré-concentração, possibilitando a redução do OPEX nos processos subsequentes de beneficiamento, assim como um enriquecimento do minério. “Nosso processo reduz custos com energia, transporte e com reagentes, porque só recupera o material que tem um valor econômico mínimo para ser processado”. 

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