Com o objetivo de debater as perspectivas econômicas para 2021 e as tecnologias e sistemas de monitoramento da indústria com foco no mercado de transmissão mecânica, a ABIMAQ realizou, no dia 4 de maio, evento em parceria com a Public Projetos Editoriais, que é responsável pela revista Máquinas & Equipamentos.
Cristina Zanella, diretora de Economia e Estatística da ABIMAQ, expôs que no cenário interno a perspectiva de crescimento é de no mínimo 3,0% do PIB em 2021 depois de forte retração de 4,1% em 2020. “Além do desafio da pandemia temos ainda que levar o Brasil a um crescimento que seja superior aos dos últimos anos. Para isso, no nosso entendimento é necessário um forte investimento tanto em infraestrutura como em máquinas e equipamentos”.
Já no mercado internacional, segundo a
diretora, a projeção é de crescimento na ordem de 6% do PIB. “Isso se deve a
expansão da vacinação no mundo, estímulos econômicos (países centrais),
possibilidades no novo ciclo de commodities, abundância de liquidez no mundo e
estímulos econômicos de países centrais.
Com relação ao setor de máquinas e
equipamentos, Cristina comentou que é esperado um aumento de 13,5%. “Programa
de Parceria de Investimentos, possível safra agrícola recorde e forte
crescimento global foram alguns dos fatores que contribuíram para essa
retomada. No entanto, podemos ter mais dificuldades caso aconteçam novos focos
da Covid-19, continuidade da pressão de custo dos insumos de produção e
recuperação setorial desigual”.
TECNOLOGIAS
Para Ronaldo Santana, presidente da Câmara
Setorial de Transmissão Mecânica (CSTM), o que permite a evolução tecnológica
no segmento é contar com software especializados de análises de elementos
finitos que pode ser estático, dinâmico, modal, harmônica, transitório,
resistência à fadiga, carga crítica (flambagem), otimização e térmico. “Com
essa solução é possível fazer simulações de cada elemento que compõe uma
determinada máquina, como acoplamentos, engrenagens, eixos e até mesmo a
carcaça de um redutor de velocidade”.
O presidente da CSTM disse que o maior
vilão de uma engrenagem é o atrito que gera calor. “Para isso temos tecnologias
para a análise da distribuição térmica que permitem simulações com muitas
variáveis, como do nível de óleo, velocidade, redução, tipo do redutor,
distância da parede, direção de rotação e outros”.
Santana explicou que para as máquinas
trabalharam com saúde por um bom tempo é necessário um bom monitoramento. “O
sistema de monitoramento mais difundido atualmente é a análise de vibração,
pois são os erros mais comuns encontrados nos sistemas mecânicos como falhas em
locais de rolamento, desbalanceamento e desalinhamento de eixos que podem
causar vibração e dano de máquinas de uma transmissão mecânica”.
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