Encontro da Câmara Setorial de Máquinas, Equipamentos e Componentes do Setor de Defesa e Segurança contou com as participações de representantes da Marinha do Brasil, Exército Brasileiro e da Aeronáutica do Brasil
Para debater sobre o panorama de compensação (“Offset”), a Câmara Setorial de Máquinas, Equipamentos e Componentes do Setor de Defesa e Segurança (CSDS) realizou reunião, no dia 20 de abril, com apresentações da Marinha do Brasil, Exército Brasileiro e da Aeronáutica do Brasil.
O termo refere-se a toda e qualquer prática
compensatória acordada entre as partes (equivale ao país vendedor dos meios
acordando com o país comprador dos meios) como condição para a importação de
bens e/ou serviços de defesa com a intenção de gerar benefícios de natureza
tecnológica, industrial e comercial.
O Contra-Almirante Ivan Taveira Martins,
superintendente de Gestão de Ciclo de Vida, e o Capitão-de-Fragata Josmar
Freitas, assessor de Engenharia e “Offset”, explicaram que na Marinha do Brasil
a responsabilidade de gerir e efetuar a gestão contratual dos acordos de
compensação é da Diretoria de Gestão de Programas da Marinha (DGePM), diretoria
subordinada à Diretoria-Geral de Materiais da Marinha (DGMM).
Os palestrantes expuseram que existem
atualmente nove acordos de “Offset” em 44 projetos. Representando um montante
de US$ 5 bilhões em obrigações acordadas.
“Os projetos SisGAAz – Sistema de
Gerenciamento da Amazônia Azul e dos navios Escola, NHOc, NPaOc-BR e NPa500-BR
estão na fase de concepção, ou seja, estamos na busca de parceiros para
mapeamento da indústria, das áreas tecnológicas, além de identificar as alas de
interesses da Força Naval”.
O General de Brigada, Dênis Taveira
Martins, gerente do Programa Estratégico do Exército para Obtenção da
Capacidade Operacional Plena, e Décio Silva, CelAdj SProD_4ª SCh/EME, ambos do
exército, destacaram as oportunidades para a indústria nacional que tenha
interesse em obter benefícios com os créditos de compensação.
“Destacamos que, neste ano, o exército está
implantando o projeto de obtenção de 100 viaturas blindadas de combate de
Cavalaria oito por oito e com custo em torno de US$ 1 bilhão de dólares”.
Para o Brigadeiro Roberto da Cunha
Follador, chefe da Sétima Subchefia de Projetos do Estado-Maior da Aeronáutica
do Brasil, o desenvolvimento da indústria nacional requer parcerias
estratégicas.
“Programas de manutenção contratada,
fabricação de peças e componentes espaciais, montagem e manutenção de
helicópteros e componente, integração e manutenção de sistemas aviônicos, e
fabricação e manutenção de armamento são algumas das áreas chaves onde empresas
nacionais podem buscar no futuro possibilidades de desenvolvimento e também de
“Offset””.
O Brigadeiro Cunha acrescentou que as novas
oportunidades de “Offset” se encontram nos novos lotes da aeronave Gripen, nos
sistemas de radares e de comunicações, satélites e sistemas espaciais e nas
novas aeronaves e seus sistemas.
O presidente da CSDS, Arthur Spectra, disse
que vem procurando apresentar aos seus associados e às demais empresas das
demais câmaras setoriais da ABIMAQ os diversos caminhos que podem permitir
sucesso às empresas pretendentes a fornecer ao MD e às Forças Armadas.
“A questão do “Offset” se insere nesse
contexto e deve ser trabalhada no seu nascedouro, isto é, sempre e quando da
concepção dos projetos e/ou da manifestação de interesse de qualquer das Forças
na obtenção de novos meios, sejam eles novos (como nos exemplos acima – Classe
Tamandaré / Guarani / Gripen), ou sejam compras de ocasião”, explicou.
Para mais informações entre em contato pelo
e-mail: csds@abimaq.org.br
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