sexta-feira, 25 de junho de 2021

Oportunidades com acordo de compensação no setor de defesa são abordadas na reunião da CSDS

Encontro da Câmara Setorial de Máquinas, Equipamentos e Componentes do Setor de Defesa e Segurança contou com as participações de representantes da Marinha do Brasil, Exército Brasileiro e da Aeronáutica do Brasil

Para debater sobre o panorama de compensação (“Offset”), a Câmara Setorial de Máquinas, Equipamentos e Componentes do Setor de Defesa e Segurança (CSDS) realizou reunião, no dia 20 de abril, com apresentações da Marinha do Brasil, Exército Brasileiro e da Aeronáutica do Brasil.

O termo refere-se a toda e qualquer prática compensatória acordada entre as partes (equivale ao país vendedor dos meios acordando com o país comprador dos meios) como condição para a importação de bens e/ou serviços de defesa com a intenção de gerar benefícios de natureza tecnológica, industrial e comercial.

O Contra-Almirante Ivan Taveira Martins, superintendente de Gestão de Ciclo de Vida, e o Capitão-de-Fragata Josmar Freitas, assessor de Engenharia e “Offset”, explicaram que na Marinha do Brasil a responsabilidade de gerir e efetuar a gestão contratual dos acordos de compensação é da Diretoria de Gestão de Programas da Marinha (DGePM), diretoria subordinada à Diretoria-Geral de Materiais da Marinha (DGMM).

Os palestrantes expuseram que existem atualmente nove acordos de “Offset” em 44 projetos. Representando um montante de US$ 5 bilhões em obrigações acordadas.

“Os projetos SisGAAz – Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul e dos navios Escola, NHOc, NPaOc-BR e NPa500-BR estão na fase de concepção, ou seja, estamos na busca de parceiros para mapeamento da indústria, das áreas tecnológicas, além de identificar as alas de interesses da Força Naval”.

O General de Brigada, Dênis Taveira Martins, gerente do Programa Estratégico do Exército para Obtenção da Capacidade Operacional Plena, e Décio Silva, CelAdj SProD_4ª SCh/EME, ambos do exército, destacaram as oportunidades para a indústria nacional que tenha interesse em obter benefícios com os créditos de compensação.

“Destacamos que, neste ano, o exército está implantando o projeto de obtenção de 100 viaturas blindadas de combate de Cavalaria oito por oito e com custo em torno de US$ 1 bilhão de dólares”.

Para o Brigadeiro Roberto da Cunha Follador, chefe da Sétima Subchefia de Projetos do Estado-Maior da Aeronáutica do Brasil, o desenvolvimento da indústria nacional requer parcerias estratégicas.

“Programas de manutenção contratada, fabricação de peças e componentes espaciais, montagem e manutenção de helicópteros e componente, integração e manutenção de sistemas aviônicos, e fabricação e manutenção de armamento são algumas das áreas chaves onde empresas nacionais podem buscar no futuro possibilidades de desenvolvimento e também de “Offset””.

O Brigadeiro Cunha acrescentou que as novas oportunidades de “Offset” se encontram nos novos lotes da aeronave Gripen, nos sistemas de radares e de comunicações, satélites e sistemas espaciais e nas novas aeronaves e seus sistemas.

O presidente da CSDS, Arthur Spectra, disse que vem procurando apresentar aos seus associados e às demais empresas das demais câmaras setoriais da ABIMAQ os diversos caminhos que podem permitir sucesso às empresas pretendentes a fornecer ao MD e às Forças Armadas.

“A questão do “Offset” se insere nesse contexto e deve ser trabalhada no seu nascedouro, isto é, sempre e quando da concepção dos projetos e/ou da manifestação de interesse de qualquer das Forças na obtenção de novos meios, sejam eles novos (como nos exemplos acima – Classe Tamandaré / Guarani / Gripen), ou sejam compras de ocasião”, explicou.

 Saiba  mais

Para mais informações entre em contato pelo e-mail: csds@abimaq.org.br

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