A
otimização de recursos naturais e o planejamento de edifícios
hospitalares focado no conforto do paciente são algumas das apostas da
arquitetura. Liliana Font, vice-presidente do Comitê
Executivo da IFHE – Internacional Federation of Hospital Engineering
apresentou modelos de projetos internacionais que adotaram tendências
sustentáveis e humanização nos ambientes de saúde.
Os exemplos de tendências de hospitais internacionais que nas últimas
décadas apostaram em projetos sustentáveis e a utilização de elementos
arquitetônicos, como o uso da cor e da luz, entre outros, visando a
humanização dos ambientes de saúde foram destacados por Liliana Font,
vice-presidente do Comitê Executivo da IFHE – Internacional Federation
of Hospital Engineering durante conferência do V Congresso Brasileiro
para o Desenvolvimento do Edifício Hospitalar. O evento foi promovido
pela ABDEH-Associação Brasileira para o Desenvolvimento do Edifício Hospitalar em setembro em São Paulo.
O Instituto Quirurgico Dell Callao, Hospital Aleman e
o Sanatorio Finochieto foram alguns modelos de hospitais de excelência,
da Argentina, mostrados que visam a melhor utilização de recursos
naturais. “O Sanatorio Finochieto apostou no reuso de água, de um
sistema que aumenta a eficiência do ar condicionado e otimização do uso
da energia”, exemplifica a arquiteta.
Outro assunto destacado foi a arquitetura
bioclimática que tem como objetivo realizar construções de acordo com as
características climáticas do local. “Assim como na Argentina, o Brasil
tem uma diversidade no clima. No sul do País encontramos temperaturas
mais baixas ao contrário de Brasília. Por conta desses extremos, os
arquitetos precisam encontrar soluções que respeitam o entorno”, explica
Liliana. O hospital San José e Del Este de Tucumán na Argentina são
exemplos de estabelecimentos de saúde que aproveitam a luz e a
ventilação natural de acordo com a estação do ano, como também apostam
nas áreas verdes ao ar livre.
A especialista disse que para manter o aquecimento
do ambiente hospitalar no inverno opta-se pelo isolamento das fachadas e
coberturas, além de utilizar vidros transparentes com intuito da
radiação solar esteja visível. Já no verão acontece ao contrário: são
usadas coberturas que impeçam o sol direto nas janelas, ou o uso de
vidros menos transparentes. “A arquitetura bioclimática tem como
objetivo de promover a integração do espaço interno com o meio
ambiente”, ressalta.
Na conferência Liliana destacou o método Lean que visa
o processo integrado de projeto e tem como premissa introduzir o custo
conforme cada etapa do plano. Os gastos são controlados desde o início
do processo e durante a sua execução, em vez de esperar acontecer
resultado inesperado no trabalho da equipe no momento do projeto. “O
hospital por ser um local complexo é essencial que haja a integração das
tecnologias e uma equipe interdisciplinar”, esclarece. “A aposta na
sustentabilidade, na arquitetura bioclimática e no uso da cor e da luz,
entre outros elementos arquitetônicos isso mostra um compromisso
permanente dos profissionais da área quanto à humanização nos ambientes
de saúde”, completa.
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