sexta-feira, 20 de julho de 2018

ABIMAQ debate abertura comercial na Câmara dos Deputados


No mês de junho, a entidade participou de audiência pública e de reunião preparatória da Frente Parlamentar pela Abertura Comercial do Brasil para expor seu ponto de vista sobre o tema

Para mostrar as consequências na hipótese de uma abertura comercial não negociada e sem consulta mais ampla aos setores, Patrícia Gomes, diretora executiva de Mercado Externo ABIMAQ, participou de audiência pública da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços, no dia 12 junho, na Câmara dos Deputados, em Brasília. 

O objetivo da reunião, organizada pelo deputado federal Giuseppe Vecci, foi buscar entendimento sobre as estratégias para uma abertura comercial do Brasil como forma de promoção para o desenvolvimento econômico do país, além de anunciar o lançamento da Frente Parlamentar pela Abertura Comercial do Brasil, que a princípio estava programada para o dia 20 de junho, o que não ocorreu. A previsão é que aconteça no mês de agosto.

Fraco impulso para o investimento, perda de soberania tecnológica, ameaça de mais de 1 milhão de empregos, risco para Previdência, resultados incertos após 20 anos e o impacto sobre o setor de serviços de maior valor agregado foram alguns dos perigos apresentados, pela diretora da ABIMAQ, que a indústria de máquinas e equipamentos corre com a implantação de uma política de abertura comercial unilateral. “Outros setores da economia serão afetados com a redução da tarifa, como o siderúrgico, eletrônico e petroquímico”.  

Para Patrícia, a abertura comercial deve ser estratégica e de forma negociada, e que priorize as políticas para os setores produtores de bens de maior valor agregado e melhore o ambiente de negócios eliminando as assimetrias causadas pelos elementos que compõem o Custo Brasil. “Também é importante a realização de estudos para analisar o impacto no nível microeconômico”.   

Representantes da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (ABIT) e dos ministérios das Relações Exteriores, da Indústria, Comércio Exterior e Serviços e da Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos da Secretaria Geral da Presidência da República também estiveram presentes na audiência pública.
 
FRENTE PARLAMENTAR


A convite do deputado Federal Giuseppe Vecci, presidente da Frente Parlamentar pela Abertura Comercial do Brasil, a ABIMAQ, representada por Patrícia Gomes, diretora executiva de Mercado Externo, e Walter Filippetti, diretor de Relações Governamentais, participaram da primeira reunião técnica para debater sobre a pauta, calendário e plano de trabalho da referida Frente, no dia 20 de junho, na Câmara dos Deputados, em Brasília.

Na reunião, a ABIMAQ afirmou que a abertura comercial do Brasil é um instrumento importante para complementar o desenvolvimento econômico do País, mas para cumprir este papel e garantir a isonomia ao setor produtivo nacional é necessário eliminar as ineficiências sistêmicas que reduzem a competitividade brasileira.

Para o Deputado Vecci, a Frente Parlamentar para Abertura Comercial deve ampliar as discussões sobre a redução de tarifas, diminuir os incentivos fiscais para o setor produtivo brasileiro, facilitar o acesso de empresas estrangeiras nas compras públicas, desburocratizar o comércio exterior, entre outros temas.

Os representantes da CNA e da Associação Brasileira da Indústria Química (ABIQUIM) apontaram que é preciso primeiro organizar a competitividade dos setores industrial e agrícola e atuar para combater os entraves que fazem o Brasil ter um baixo desempenho em seu comércio exterior.

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