quarta-feira, 25 de julho de 2018

Políticas necessárias para o Brasil retomar o crescimento são abordadas na reunião do CONIMAQ

Nelson Marconi apresentou propostas na área econômica para o plano de governo do pré-candidato à Presidência Ciro Gomes.

“Nosso foco é fazer o Brasil voltar a produzir e crescer, assim como recuperar o protagonismo da indústria nacional”, enfatizou Nelson Marconi, professor de economia e finanças da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e coordenador econômico do plano de governo do pré-candidato do PDT à Presidência da República Ciro Gomes  na reunião do Conselho Nacional da Indústria de Máquinas (CONIMAQ), no dia 21 de junho, na sede da ABIMAQ. 

Entre as políticas macroeconômicas necessárias para o desenvolvimento do País, Marconi colocou a queda dos juros e dos spreads bancários. “Nosso compromisso é melhorar o quadro fiscal em dois anos e estimular a concorrência no mercado financeiro. Também pretendemos fazer um teto de evolução da dívida pública, além de mudar a sua estrutura de financiamento, ou seja, trocar por outros títulos não corrigidos pela Selic”.

Para o especialista “no momento em que o câmbio for para o lugar e as contas públicas ficarem em dia, haverá espaço para a diminuição da taxa de juros”.

Suavização das flutuações no nível de atividade e dos preços, estímulo ao desenvolvimento por meio do financiamento de políticas públicas e aceleração do processo de distribuição de renda a fim de propor uma política de renda mínima e taxação de pessoa física, principalmente os mais ricos, foram alguns pontos destacados pelo economista para o País ter uma política fiscal orientada ao crescimento. “Para alcançar esses objetivos, precisamos atuar de forma anticíclica, gerar poupança pública e controlar a evolução da dívida pública”.

De acordo com Marconi, a reforma da Previdência é fundamental, pois o teto atual das contas do governo não resolve os problemas da dívida pública, apenas impede uma explosão dos gastos e a médio prazo reduz o tamanho do Estado. “Temos três grandes componentes na nossa proposta de previdência conforme a renda do trabalhador: sistema de renda mínima, regime de repartição, como é hoje, e regime de capitalização. Também queremos colocar um teto de contribuição para as empresas”.

Quanto à reforma tributária, o professor da FGV defende que é preciso tornar a estrutura tributária mais progressiva e menos onerosa às empresas porque essa é uma das condições para a mudança do regime fiscal. “Nossa intensão é tributar menos o setor produtivo, unificar os impostos em direção ao um Imposto Sobre Valor Agregado (IVA) e cobrar tributos sobre lucros e dividendos de pessoa física com renda alta, além de criar um imposto para reduzir a dívida pública”.

A ABIMAQ está em contato com todos os pré-candidatos à Presidência da República e seus coordenadores de campanha, visando trazê-los à sede da entidade para conhecer os planos de governo, bem como, apresentar as propostas da indústria de máquinas e equipamentos para o desenvolvimento do País.

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