segunda-feira, 23 de setembro de 2019

Mercados de mineração e do aço são abordados na ABIMAQ


Temas foram debatidos na reunião do Conselho de Metalurgia e Mineração que também analisou a conjuntura econômica e política atual

Com apresentações de Marcelo Chara, presidente executivo da Ternium Brasil, sobre mercado do aço, e Roberto Perez Xavier, diretor executivo da Agência para o Desenvolvimento Tecnológico da Indústria Mineral Brasileira (ADIMB), expondo o tema sobre a sinergia entre exploração mineral e mineração, o Conselho de Metalurgia e Mineração realizou reunião, no dia 31 de julho, na sede da ABIMAQ, em São Paulo.

Chara frisou que o mercado do aço tem desafios significativos, como a alta volatilidade dos preços das matérias-primas, ocasionada por problemas políticos, climáticos, logístico, incremento da demanda interna na China e pelo rompimento das barragens em Minas Gerais. “Enfrentamos também o excesso de capacidade mundial de produção de aço, falta de isonomia da China, onda de protecionismo devido às modificações das tarifas da Seção 232 sobre as importações de aço e alumínio anunciada pelo governo dos Estados Unidos, entre outros obstáculos”.

O executivo da Ternium expôs que o Brasil importa 75% da produção de aço, mas, no entanto, é preciso que a empresas tenham isonomia no custo para poder competir no mercado externo. “Nós como industriais temos um projeto importantíssimo para desenvolver com inteligência o PIB industrial do Brasil com soluções competitivas para colocar o País no topo das exportações”. 

Xavier ressaltou que metais correspondem a 80% do valor total da produção mineral comercializada no Brasil. “Ferro, alumínio, cobre, cromo, estanho, manganês, nióbio, níquel, ouro, vanádio e zinco contribuem com 99,6% da produção desta classe”.

O diretor da ADIMB explicou sobre a produção e o potencial do segmento. “Se depósitos de minerais metálicos com reservas estimadas são incluídos, o cenário nacional se torna bem mais atrativo indicando amplo potencial para se identificar ambientes geológicos favoráveis para conter depósitos de importância econômica, principalmente em províncias emergentes, mas ainda sub-exploradas”.

OUTRAS EXPOSIÇÕES

No encontro, também foi comentado por José Velloso, presidente executivo da ABIMAQ, a articulação política e ações da associação em prol do fortalecimento da indústria nacional. Mario Bernardini, assessor da presidência da ABIMAQ, fez apresentação sobre cenários para o setor industrial.

Os impactos do acordo Mercosul e União Europeia foi outro assunto apresentado na reunião por Patrícia Gomes, diretora executiva de Mercado Externo da entidade. “Certamente, o mercado europeu tem grande potencial para o crescimento das exportações brasileiras de bens agrícolas, sobretudo pela competitividade da nossa agricultura. Pelo lado industrial, há possibilidades de ganhos já reconhecidos - ainda que não comparáveis ao setor agrícola - mas que dependerão da concretização das reformas estruturais: da Previdência, para que o País tenha sustentabilidade em suas contas públicas, e, especialmente, da Tributária, para corrigir um sistema hostil ao investimento produtivo”.

A reunião contou com a presença de Wilson Nélio Brumer, presidente do Conselho Diretor do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM).

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