segunda-feira, 11 de maio de 2020

ABIMAQ debate plano para a retomada econômica com governo de SP


Videoconferência do Comitê Empresarial Econômico com João Dória, Governador do Estado de São Paulo, contou com a participação de membros da Coalizão Indústria

“O setor de máquinas e equipamentos é composto por 8 mil indústrias. Dessas, 53% estão paralisadas por vários motivos. A principal razão é que quando um elo da cadeia produtiva é inviabilizado, a atividade produtiva fica comprometida”, afirmou José Velloso, presidente executivo da ABIMAQ, durante encontro virtual do Comitê Empresarial Econômico, promovido por João Dória, Governador do Estado de São Paulo, no mês de abril. A reunião online contou ainda com a participação de membros da Coalizão Indústria, os secretários Henrique Meirelles (Fazenda), Patrícia Ellen (Desenvolvimento Econômico) e Wilson Mello (Investe SP).

Velloso informou que para 78% das empresas de máquinas e equipamentos o maior problema é o capital de giro, que, se não for resolvido, pode ter como consequência o desemprego. “Para se ter uma ideia, no nosso setor o percentual de demitidos deve passar dos 15%, ou seja, estamos falando de uma massa de desempregados, considerando diretos e indiretos, de 150 mil, sendo que 70% desses estão no Estado de São Paulo”. 

Para o presidente executivo da ABIMAQ, o que o empresário precisa para evitar demissões é previsibilidade, ou seja, o que vai acontecer no dia seguinte. “O Governo Federal anunciou medida direcionada ao capital de giro, mas para um grupo pequeno de empresas, aquelas com faturamento até R$ 10 milhões, e exclusivamente para suprir gastos com folha de pagamento com a garantia de estabilidade de emprego, faltam ações adicionais”. 

Velloso perguntou para o Governador Doria a sua previsão para a economia voltar minimamente ao normal, acrescentando que a ABIMAQ não está muito otimista. “Entendemos que antes de maio e junho dificilmente voltaremos”. 

O governador sinalizou que não tinha uma resposta no momento, pois todas as ações que o Governo de São Paulo estão relacionadas ao dia a dia, dado a dado, além de serem respaldadas primeiramente pela ciência e medicina e depois pela tecnologia. “O sistema de monitoramento por celulares tem nos ajudado a cruzar dados com a área da saúde a fim de contribuir com informações mais precisas. Aliás, o Brasil está na ascensão para o pico de pessoas infectadas, não só em São Paulo, mas nos outros estados cresceu exponencialmente”. 

Doria disse que o governo está junto do setor produtivo. “As empresas estão cooperando muito. Aliás, muitas delas fornecem tecidos para a produção de máscaras. Outras se adaptaram para fazer até as máscaras plásticas, e quase a totalidade está doando inclusive matéria-prima, mão de obra e produtos acabados. Um gesto bonito da indústria dentro da sua ramificação”. 

O governador afirmou que haverá mais reuniões a fim de avaliar os impactos do novo coronavírus na economia do Estado de São Paulo e seguir com a elaboração de um plano de abertura e recuperação econômica. 

O Estado de São Paulo está em quarentena até o dia 10 de maio. O governador João Dória declarou que anunciará, no dia 08, a abertura gradual da atividade econômica do Estado. Essa flexibilização da quarentena será realizada em etapas, com autorizações específicas para cada município de São Paulo, de acordo com o grau da doença. Cada município será classificado conforme evolução da Covid-19 e terá 3 níveis de risco: vermelha, amarela e verde, de acordo com a gravidade. 

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