quarta-feira, 20 de maio de 2020

ABIMAQ participa de Fórum de Combate ao Colapso Econômico do RS


O fórum é composto por representantes e lideranças dos setores produtivos no RS que trazem informações e propostas para subsidiar o legislativo e executivo com medidas para mitigar os danos na economia causados pelo Covid-19. Além disso, os encontros periódicos de forma online têm como objetivo ser um canal que debate junto ao governo estadual os reflexos na economia gaúcha das medidas anunciadas

“O setor de máquinas e equipamentos é transversal a todos os segmentos e não pode parar”, destacou Hernane Cauduro, vice-presidente da ABIMAQ RS, durante reunião online do Fórum de Combate ao Colapso Econômico do Rio Grande do Sul, promovida pela Assembleia Legislativa gaúcha nos dias 29 de março e 1 e 6 de abril.

Cauduro alertou sobre a previsibilidade de retorno das atividades. “Nós temos o risco de desabastecimento de cadeias. O setor de máquinas e equipamentos é transversal a todas cadeias, já considerado essencial. Empresas estão em férias coletivas, com seus funcionários em casa, deixando a produção desfalcada, por exemplo, nas cadeias de suprimentos a produção de material de higiene, embalagens de alimentação ou de qualquer equipamento que possa estar ligado à saúde dos brasileiros”.

Segundo ele, 60% das máquinas agrícolas do Brasil são produzidas no Rio Grande do Sul, onde atuam 2,2 mil empresas fabricantes de máquinas no geral. Desse total, 90% são micro, pequena e médias empresas, que não tem capital de giro para suportar muito tempo de paralisação. “A capacidade de superar a crise é limitada”.

O representante da ABIMAQ comentou que a indústria de máquinas e equipamentos adotou um protocolo de procedimentos de segurança e prevenção ao coronavírus conforme orientação dos órgãos competentes. “A indústria não tem contato direto com o público no geral, tornando o protocolo diferente do comércio, proposto pela Fecomércio. Então sugerimos que a retomada das atividades das indústrias seja de forma gradual e organizada, ou seja, as empresas possam operar suas linhas de produção com o efetivo mínimo necessário para manutenção de suas atividades, garantindo assim a sua sustentabilidade, manutenção dos empregos e renda para o enfrentamento da crise e principalmente para a retomada da economia do Estado”.

OUTROS PLEITOS

O vice-presidente da ABIMAQ RS pediu a prorrogação do pagamento de ICMS para 90 dias e que créditos acumulados do imposto sejam repassados para a compra de insumos para a indústria, como forma de contribuir em parte com a retomada da economia no RS

Com relação ao Conteúdo Local, Cauduro acredita que é importante estabelecer um programa de bonificação com a redução parcial de ICMS para incentivar as compras e aquisições locais.

Cauduro informou que o capital de giro que o BNDES está colocando à disposição não é novo, pois as taxas estão variando entre 13% e 16% ao ano, o que não é novidade. “A avaliação de risco é alta, e o capital de giro não está chegando às empresas”.

Acelerar medidas para viabilizar as privatizações e concessões no Estado no menor prazo possível para a retomada das obras e geração de empregos; e assegurar margem de preferência local para as aquisições e compras do Governo Estadual foram outros pleitos expostos pelo vice-presidente da ABIMAQ RS na reunião.

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