Na reunião, com a presença de representantes da ABIT, CSMAT, ABIMAQ e da Converta+, também foram analisadas as necessidades e os anseios da indústria têxtil e de confecção com relação à inovação, aumento de produtividade e competitividade do setor
“O Brasil começou a sua industrialização em máquinas e equipamentos por meio do setor têxtil. A primeira máquina produzida no País foi de tear”, afirmou José Velloso, presidente executivo da ABIMAQ, na abertura do encontro promovido pela Câmara Setorial de Máquinas e Acessórios para a Indústria Têxtil e de Confecção (CSMAT), no dia 09 de setembro.
Para Michele Hacke mediadora do evento e Gestora de Novos Negócios da Converta+, é muito importante que instituições, empresas e diversas organizações interajam no sentido de colaborar mutualmente e buscar soluções para o mercado têxtil e de confecções. “O evento de hoje contribui nesse sentido, pois de um lado estamos falando das associadas da CSMAT que tem todo um know-how de tecnologia e do outro lado temos a representação das empresas da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (ABIT) que estão precisando inovar cada vez mais a fim de atender a necessidade latente que vem dos consumidores”.
Fernando Pimentel, presidente do Conselho de Administração da ABIT, colocou que a inovação continuada passa pela cooperação e entendimento das necessidades e das perspectivas tecnológicas. “No nosso segmento o produto final tem que ser permanentemente inovado”.
Segundo Pimentel, o mundo consume mais de 100 toneladas de fibra e 60% do seu consumo vem do setor de moda. Além disso, tem os têxteis não visíveis que representam 40% da indústria têxtil e de confecção que estão incorporados, por exemplo, na construção civil, na área agrícola e na grama sintética dos campos de futebol. Com relação ao faturamento do setor, no mundo o total é de US$ 2 trilhões por ano e no caso do Brasil é de R$185 bilhões, sendo em torno de R$230 a 240 bilhões apenas no varejo.
“Essa indústria que sido escrutinada e questionada de uma maneira brutal nos últimos tempos parte disso é consequência de toda essa algazarra planetária que questiona tudo. Não é à toa que lançamos o Núcleo de Sustentabilidade e Economia Circular (NuSEC) junto com o Senai CETIQT para trabalhar toda essa agenda nacional que está acoplada com a internacional (confira tabela abaixo para mais detalhes)”, reiterou o presidente da ABIT.
Marcos Lichtblau, presidente da CSMAT, expôs que a câmara tem 37 fabricantes e as empesas do setor são em torno de 160. “O setor de máquinas têxteis é bastante competitivo, ele exporta hoje 1/3 do seu faturamento. Há dois anos chegou a exportar perto de 45%”.
Lichtblau destacou que o segmento sempre busca novas tecnologias. “Na pandemia, as empresas do setor desenvolveram soluções como de uma cabine a fim de fazer assepsia das roupas; técnica para aspersão em tecidos, malhas e roupas de profissionais da saúde; e utilização de máquinas 4.0 para fabricar máscaras hospitalares”.
Conforme o presidente da CSMAT, mesmo em momentos de crise os fabricantes tiveram muita criatividade e agilidade no sentido de reagir e aproveitar as oportunidades. “Podemos potencializar esse desenvolvimento aproximando os fabricantes têxtil e de confecção com as empresas de máquinas a fim de atender suas necessidades. Além disso, temos potencial de maximizar também a cadeia têxtil, ou seja, com o objetivo de tornarmos mais exportador e superarmos os gargalos, pois temos uma indústria que está bastante preparada”.
Análise de tendências para o setor de T&C
SISTEMAS
- Inteligência
- Responsabilidade Social
- Transparência
- Rastreabilidade
Recursos
- Reuso de descartes
Design
- Durabilidade
- Smart textiles
- Customização em massa
Produção
- Proximidade da cadeia de valor
- Costura automatizada
Varejo
- E-commerce
- Nova experiência de consumo
- Coleta de roupas usadas
-Economia compartilhada
Consumo
- Consumidor consciente
- Novas regras de compras
- Importância da origem
- Activewear
Fim do ciclo de Vida
- Upcycling
- Reciclagem
Fonte: Gherzi
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