quinta-feira, 16 de julho de 2015

ABIMAQ discute conteúdo local na OTC 2015

A Offshore Technology Conference é o principal evento do setor de petróleo no mundo

A ABIMAQ esteve em mais uma edição da OTC, que ocorreu entre os dias 3 e 7 de maio, no Reliant Park, em Houston/Texas, nos Estados Unidos. A entidade foi representada pelo diretor de Petróleo, Gás, Bionergia e Petroquímica, Alberto Machado, pelo presidente do Conselho de Óleo e Gás, Cesar Prata, e pelo presidente da Câmara Setorial de Equipamentos Navais e de Offshore (CSEN), Marcelo Campos. 

Na ocasião, os representantes da ABIMAQ se reuniram com diretores da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), da Petrobras, autoridades estaduais e empresas associadas presentes. 

No encontro, Cesar Prata expressou preocupação aos agentes reguladores em relação ao conteúdo local: “Os índices reais de conteúdo esperados nos últimos sete anos não foram cumpridos. A indústria local deixou de desenvolver nas mesmas proporções que os investimentos em petróleo. Neste momento, o setor está encolhendo por conta do descompasso nos investimentos e do ciclo de inadimplência deflagrado pela Petrobras e pelas montadoras escolhidas por elas para executarem as obras”. 

Segundo ele, o modelo de compras via EPC concentrou nas mãos de poucas empreiteiras a responsabilidade sobre engenharia, detalhamento, compras e montagem de todos os projetos. “Esse modelo é utilizado por apenas uma parte das empresas de petróleo no mundo e que aqui no Brasil mostrou-se comprovadamente ineficaz, pois desnacionalizou a engenharia básica, o detalhamento e os equipamentos em larga escala. Além disso, não cumpriu com as funções básicas de reter encomendas e empregos no país. Também as obras ficaram mais caras, atrasaram ou não foram entregues”. 

Para Prata, as indústrias fornecedoras foram em parte preteridas nos projetos, por conta do câmbio e não pela capacidade de atendimento de prazos: “O movimento que surge em torno do conteúdo local tem notória origem nas empresas que não o cumpriram, em busca de vantagens momentâneas, beneficiando-se de custos menores em detrimento das regras e dos interesses do país. Depois, depararam-se com as já previstas multas pelo não cumprimento do conteúdo e agora acreditam que podem se desvencilhar destas regras, atribuindo culpa às indústrias locais”.


Presença brasileira

A delegação do Brasil contou com mais de 500 participantes, entre expositores e congressistas. Já o Pavilhão Brasileiro, patrocinado pela Apex-Brasil, teve a participação de 44 empresas nacionais. O espaço também recebeu a visita do ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga. Além disso, a Petrobras montou um estande no local. 

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