sexta-feira, 10 de julho de 2015

ABIMAQ participa de apresentação do Plano Safra 2015

Na ocasião, foi anunciada a liberação de R$ 187,7 bilhões para o Plano Agrícola e Pecuário do período 2015/2016

“Os recursos anunciados pelo governo estão de bom tamanho, tento em vista tudo que está acontecendo no país. Os mais de R$ 10 bilhões destinados ao Moderfota serão suficientes para boa parte da safra. Se não forem, voltaremos a conversar com o governo”. Assim foi a avaliação de João Marchesan, vice-presidente da ABIMAQ, após o anúncio do Plano Safra pela ministra da Agricultura, Kátia Abreu, e pela presidente Dilma Rousseff, no dia 2 de junho, em Brasília. 

Para Marchesan, mesmo com a subida dos juros, que já era esperada por conta da inflação, as alterações do programa foram positivas. “A manutenção da contrapartida de 10% ao produtor, com 90% de financiamento do governo, para os investimentos em máquinas agrícolas novas, foi a melhor notícia do Plano Safra”.

Para o vice-presidente da ABIMAQ, em outros programas, o volume financiado máximo pelo governo é de 70%: “O que precisa é o agricultor ter confiança novamente e voltar a investir em máquinas, porque ele vai seguir plantando”.

Contraponto

Na opinião de Pedro Estevão Bastos, presidente da CSMIA - Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas, o Plano Safra terá um menor apetite de contratações de investimentos dos agricultores: “Os juros divulgados pelo governo, embora não apresentem uma mudança em relação ao que vem sendo praticados nos últimos meses, não estimulam aquisições”.

Segundo Bastos, o governo não vai conseguir trazer a inflação de volta para o centro da meta (de 4,5 por cento ao ano): “Ninguém quer assumir agora um juro tão elevado e continuar pagando pelos próximos dez anos”.

Mudanças

O Plano Agrícola 2015/2016 destinará R$ 187,7 bilhões em crédito agrícola, um incremento de 20% na comparação com os R$ 156,1 bilhões da safra 2014/2015. Destes R$ 187,7 bilhões, R$ 149,5 bilhões serão destinados ao custeio e comercialização e R$ 38,2 bilhões a investimentos, entre eles o Moderfrota. 

Já os juros para os médios produtores passaram para 7,75% ao ano (custeio) e 7,5% ao ano (investimento). No empréstimo para agricultura empresarial, a taxa ficou em 8,75% ao ano, enquanto os demais programas de investimento terão taxas de 7% a 8,75% ao ano. 

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