O arquiteto Marcio Nascimento de Oliveira expôs no lugar da Jain Malkin, diretora do Center for Health Design (EUA) estudo sobre ‘Design Baseado em Evidências’. Na ocasião, Romano Del Nord abordou sobre a humanização nos edifícios hospitalares.
Márcio Nascimento de Oliveira, vice-presidente de Desenvolvimento Técnico Científico da ABDEH- Associação Brasileira para o Desenvolvimento do Edifício Hospitalar substituiu a especialista Jain Malkin, diretora do centro norte-americano, que por questões de saúde não pode comparecer ao V Congresso Brasileiro para o Desenvolvimento do Edifício Hospitalar. Na conferência Oliveira compartilhou com os presentes vários estudos apoiados no ‘Design Baseado em Evidências’ na qual comprovam
que a elaboração de projeto arquitetônico, que pensa no bem-estar do
paciente e das equipes de saúde, contribui na recuperação dos atendidos,
assim como na redução de erros médicos.
Um dos pontos destacados durante o debate foi a diferença dos espaços
de saúde nos Estados Unidos, na década de 80, e a mudança com a aposta
no modelo ‘Planetree’ que prioriza o cuidado dos pacientes.
“Antes os hospitais tinham a aparência de ambientes sombrios, mínimo de
privacidade, muito ruído e pouco espaço no leito, o que aumentava o
nível de stress dos usuários. Agora, com a adoção de conceitos
de design humanizado, os espaços de saúde mudaram de a aparência”,
ressalta Márcio Nascimento.
Uma das mudanças dos projetos arquitetônicos nos ambientes de saúde
foi pensar em espaços cativantes e ao mesmo tempo acolhedores para os
atendidos, acompanhantes e equipes de trabalho do local. “Hoje
encontramos nos hospitais a inclusão das janelas, flores, prateleiras
nos quartos, além de privacidade e distrações positivas, como sistemas
de áudio e vídeo, revisteiros, salas multiusos, quadros de arte,
esculturas e atividades recreativas para que o período de internação
seja uma experiência menos angustiante para pacientes e acompanhantes,
ou seja, o lugar torna-se extensão da casa”, afirma.
Outro ponto destacado sobre ‘Design Baseado em Evidências’
foi os benefícios da elaboração de espaços humanizados nos
estabelecimentos de saúde. Entre as contribuições está o aumento de
segurança e confortos tanto para os pacientes como dos profissionais do
local. “O aumento de ansiedade da pessoa durante o tratamento pode
atrasar a cicatrização em até 40%, intensificar a dor e provocar o sono
fragmentado”, explica vice-presidente de Desenvolvimento Técnico
Científico da ABDEH.
Já arquiteto Romano Del Nord, coordenador do grupo de pesquisas sobre
Tecnologia e Sistema para Edificação de Saúde (TESIS) da Universitá di
Firenze (Itália), diz que a elaboração de projetos arquitetônicos
humanizados deve respeitar as características dos usuários. “Cada
paciente difere-se dos outros devidos aos aspectos culturais e de
comportamento. Por isso que na hora de pensar num projeto para a
construção de um edifício hospitalar é preciso levar em conta esses
detalhes”, completa.
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