terça-feira, 18 de setembro de 2012

V CONGRESSO DA ABDEH DISCUTE SOBRE TENDÊNCIAS NA REDE DE SAÚDE

Especialistas na área da saúde como, Nacime Salomão MansurJoão de Lucca Souza, Luiz Maurício PlotkowskiAna Virginia Carvalhaes de Faria Sampaio e Gonzalo Vecina são alguns dos profissionais presentes ao V Congresso Brasileiro para o Desenvolvimento do Edifício Hospitalar. O evento promovido pela ABDEH- Associação Brasileira para o Desenvolvimento do Edifício Hospitalar, será realizado de 4 a 7 de setembro, no Bourbon Convention Ibirapuera, na cidade de São Paulo (SP)

A discussão de assuntos, como “Perspectiva para a Rede de Saúde no Brasil e no Mundo”; “Novos Paradigmas no Design para a Saúde”; “Ambientes de Urgência e Emergência”, “Humanização dos Ambientes de Saúde” e “Meio Ambiente e Sustentabilidade” serão alguns dos temas expostos por palestrantes nacionais no V Congresso Brasileiro para o Desenvolvimento do Edifício Hospitalar. O evento organizado pela ABDEH- Associação Brasileira para o Desenvolvimento do Edifício Hospitalar, queabordará “Ambientes de saúde: projetos, práticas e perspectivas”, vai acontecer de 4 a 7 de setembro, no Bourbon Convention Ibirapuera, na cidade de São Paulo (SP). 

Um dos presentes no V Congresso, Nacime Salomão Mansur, médico especialista na área de gastrocirurgião e superintendente das Instituições Afiliadas da SPDM - Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina/ Unifesp, fará parte da mesa-redonda que abordará “Perspectiva para a Rede de Saúde no Brasil e no Mundo”. “A participação no debate será uma oportunidade para discutirmos sobre a gestão do sistema da saúde do nosso País”, ressalta.

Segundo Mansur a rede de saúde no Brasil precisa de uma organização para que seja melhor direcionado os recursos financeiros, a organização das unidades hospitalares e o direcionamento no atendimento aos pacientes. “Hoje o sistema não faz uma correta indicação, um exemplo disso é quando se vai marcar um exame com um especialista numa unidade básica. Com a negação da consulta, mesmo com uma patologia menos complexa, a pessoa acaba procurando hospitais de alta tecnologia. Na realidade, esses estabelecimentos acabam transferindo gastos com profissionais, medicamentos, entre outras necessidades que deveriam ser centralizados no socorro dos casos de alta complexidade”, explica.

Por conta desses problemas, o especialista defende a inversão do modelo que centraliza o atendimento em hospitais. “Precisamos priorizar a atenção na saúde básica tendo como questão básica a prevenção. Além disso, é de suma importância realizar o trabalho em rede para que os recursos e os estabelecimentos na área da saúde sejam melhor aproveitados”, completa Nacime Salomão. 

Sustentabilidade e tendências no Design

Outro tema abordado no encontro será “Novos Paradigmas no Design para a Saúde”. O engenheiro João de Lucca Souza, diretor corporativo de Engenharia e Patrimônio do Grupo Fleury e idealizador de projetos de edificações com certificação LEED Gold na área de Medicina Diagnóstica participará do painel junto com a palestrante internacional e arquiteta Silvana Codina (Argentina). “Hoje a nova aposta na arquitetura hospitalar é idealizada em espaços personalizados com a inclusão de elementos como cores, mobiliários, decoração, entre outros recursos para que os ambientes de saúde sejam mais humanizados”, afirma. “O nosso trabalho é de pensar em alternativas para proporcionar ao paciente um local acolhedor num momento que geralmente é marcado pela ansiedade à espera da realização de um procedimento médico”, completa. 

Outra tendência na área que será discutida no V Congresso Brasileiro para o Desenvolvimento do Edifício Hospitalar é quanto ao “Meio Ambiente e Sustentabilidade” nos estabelecimentos de saúde. O painel sobre o assunto contará com as arquitetas Cláudia Amorim e Ana Virginia Carvalhaes de Faria Sampaio. “Podemos verificar, principalmente nos últimos 10 anos, uma maior preocupação com as questões ambientais por parte dos arquitetos responsáveis por projetos na área hospitalar e também por parte dos fornecedores de insumos”, ressalta Ana.

Segundo Ana Virginia, autora da tese de doutorado “Arquitetura hospitalar: projetos ambientalmente sustentáveis, conforto e qualidade. Proposta de um instrumento de avaliação”, pela FAUUSP - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, para projetar um edifício hospitalar verde deve-se levar em consideração os seguintes aspectos: ambientais - preocupação em adequar o projeto ao meio ambiente aproveitando os recursos naturais locais; econômico - utilização de sistema construtivo racional, padronização, flexibilidade, modulação, reutilização de materiais evitando desperdícios e produção de resíduos, mão de obra qualificada e tecnologia que permita redução no consumo de energia e de água; sociais - preocupar com a satisfação dos usuários envolvidos em todas as etapas da construção e o que é fundamental, sem se esquecer das questões estéticas. “Projetar um edifício hospitalar sustentável é projetar levando em consideração os princípios básicos da Arquitetura e Urbanismo, é fazer Arquitetura”, assegura.

Já João de Lucca diz que a diminuição dos resíduos gerados, a economia de energia e água, além de projetar construções verdes para os edifícios hospitalares são práticas adotadas pelo Grupo Fleury. “Das nossas 22 unidades, atualmente temos dois prédios (nos bairros Alphaville, em Barueri (SP) e outro dentro de um condomínio no Morumbi, na capital Paulista que possuem certificação ambiental LEED - Leadership in Energy and Environmental Design registradas pelo USGBC - Green Building Council) com a preocupação de gastar menos recursos”, conta Souza. “Até o fim de 2013, teremos mais cinco unidades projetadas com o uso de materiais ecologicamente corretos”, acrescenta.

Outros Temas

O V Congresso ainda discutirá sobre “Ambientes de Urgência e Emergência” com a arquiteta Maria José Lucena Branco, consultora do Ministério da Saúde na Coordenação Geral de Urgência e Emergência da Secretaria de Assistência à Saúde e de Luiz Maurício Plotkowski, médico e especialista em medicina de desastre e catástrofes. No painel, os especialistas vão discutir sobre como os projetos arquitetônicos e a administração hospitalar podem adequar-se com as mudanças das funções rotineiras dos ambientes de saúde nos casos de um acidente ou tragédia que possa causar um grande número de vítimas.

Também haverá um painel sobre “Humanização dos Ambientes de Saúde” com participação de Gonzalo Vecina, superintendente do Hospital Sírio Libanês e professor assistente da Faculdade de Saúde Pública da USP – Universidade de São Paulo e de Rita de Cássia Groto, gerente de atendimento ao cliente do Hospital Albert Einstein, desde 1995, além de ser responsável pela implementação do projeto Planetree no Einstein, primeiro hospital latino-americano a adotar o modelo da consultoria internacional sobre "Cuidado Centrado no Paciente". Na palestra será exposto como a elaboração de um projeto arquitetônico, que pensa no bem-estar do paciente e das equipes de saúde, contribui na recuperação dos atendidos, assim como na redução de erros médicos.

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