Especialistas na área da saúde como, Nacime Salomão Mansur, João de Lucca Souza, Luiz Maurício Plotkowski, Ana Virginia Carvalhaes de Faria Sampaio e Gonzalo Vecina são alguns dos profissionais presentes ao V Congresso Brasileiro para o Desenvolvimento do Edifício Hospitalar. O evento promovido pela ABDEH- Associação Brasileira para o Desenvolvimento do Edifício Hospitalar, será realizado de 4 a 7 de setembro, no Bourbon Convention Ibirapuera, na cidade de São Paulo (SP).
A discussão de assuntos, como “Perspectiva para a Rede de Saúde no
Brasil e no Mundo”; “Novos Paradigmas no Design para a Saúde”;
“Ambientes de Urgência e Emergência”, “Humanização dos Ambientes de
Saúde” e “Meio Ambiente e Sustentabilidade” serão alguns dos temas
expostos por palestrantes nacionais no V Congresso Brasileiro para o Desenvolvimento do Edifício Hospitalar. O evento organizado pela ABDEH- Associação Brasileira para o Desenvolvimento do Edifício Hospitalar,
queabordará “Ambientes de saúde: projetos, práticas e perspectivas”,
vai acontecer de 4 a 7 de setembro, no Bourbon Convention Ibirapuera, na
cidade de São Paulo (SP).
Um dos presentes no V Congresso, Nacime Salomão Mansur,
médico especialista na área de gastrocirurgião e superintendente das
Instituições Afiliadas da SPDM - Associação Paulista para o
Desenvolvimento da Medicina/ Unifesp, fará parte da mesa-redonda que
abordará “Perspectiva para a Rede de Saúde no Brasil e no Mundo”. “A
participação no debate será uma oportunidade para discutirmos sobre a
gestão do sistema da saúde do nosso País”, ressalta.
Segundo Mansur a rede de saúde no Brasil precisa de
uma organização para que seja melhor direcionado os recursos
financeiros, a organização das unidades hospitalares e o direcionamento
no atendimento aos pacientes. “Hoje o sistema não faz uma correta
indicação, um exemplo disso é quando se vai marcar um exame com um
especialista numa unidade básica. Com a negação da consulta, mesmo com
uma patologia menos complexa, a pessoa acaba procurando hospitais de
alta tecnologia. Na realidade, esses estabelecimentos acabam
transferindo gastos com profissionais, medicamentos, entre outras
necessidades que deveriam ser centralizados no socorro dos casos de alta
complexidade”, explica.
Por conta desses problemas, o especialista defende a
inversão do modelo que centraliza o atendimento em hospitais.
“Precisamos priorizar a atenção na saúde básica tendo como questão
básica a prevenção. Além disso, é de suma importância realizar o
trabalho em rede para que os recursos e os estabelecimentos na área da
saúde sejam melhor aproveitados”, completa Nacime Salomão.
Sustentabilidade e tendências no Design
Outro tema abordado no encontro será “Novos Paradigmas no Design para a Saúde”. O engenheiro João de Lucca Souza,
diretor corporativo de Engenharia e Patrimônio do Grupo Fleury e
idealizador de projetos de edificações com certificação LEED Gold na
área de Medicina Diagnóstica participará do painel junto com a
palestrante internacional e arquiteta Silvana Codina (Argentina). “Hoje a
nova aposta na arquitetura hospitalar é idealizada em espaços
personalizados com a inclusão de elementos como cores, mobiliários,
decoração, entre outros recursos para que os ambientes de saúde sejam
mais humanizados”, afirma. “O nosso trabalho é de pensar em alternativas
para proporcionar ao paciente um local acolhedor num momento que
geralmente é marcado pela ansiedade à espera da realização de um
procedimento médico”, completa.
Outra tendência na área que será discutida no V Congresso Brasileiro para o Desenvolvimento do Edifício Hospitalar é
quanto ao “Meio Ambiente e Sustentabilidade” nos estabelecimentos de
saúde. O painel sobre o assunto contará com as arquitetas Cláudia Amorim
e Ana Virginia Carvalhaes de Faria Sampaio. “Podemos
verificar, principalmente nos últimos 10 anos, uma maior preocupação com
as questões ambientais por parte dos arquitetos responsáveis por
projetos na área hospitalar e também por parte dos fornecedores de
insumos”, ressalta Ana.
Segundo Ana Virginia, autora da tese de doutorado
“Arquitetura hospitalar: projetos ambientalmente sustentáveis, conforto e
qualidade. Proposta de um instrumento de avaliação”, pela FAUUSP -
Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, para
projetar um edifício hospitalar verde deve-se levar em consideração os
seguintes aspectos: ambientais - preocupação em adequar o projeto ao
meio ambiente aproveitando os recursos naturais locais; econômico -
utilização de sistema construtivo racional, padronização, flexibilidade,
modulação, reutilização de materiais evitando desperdícios e produção
de resíduos, mão de obra qualificada e tecnologia que permita redução no
consumo de energia e de água; sociais - preocupar com a satisfação dos
usuários envolvidos em todas as etapas da construção e o que é
fundamental, sem se esquecer das questões estéticas. “Projetar um
edifício hospitalar sustentável é projetar levando em consideração os
princípios básicos da Arquitetura e Urbanismo, é fazer Arquitetura”,
assegura.
Já João de Lucca diz que a diminuição dos resíduos
gerados, a economia de energia e água, além de projetar construções
verdes para os edifícios hospitalares são práticas adotadas pelo Grupo
Fleury. “Das nossas 22 unidades, atualmente temos dois prédios (nos
bairros Alphaville, em Barueri (SP) e outro dentro de um condomínio no
Morumbi, na capital Paulista que possuem certificação ambiental LEED -
Leadership in Energy and Environmental Design registradas pelo USGBC -
Green Building Council) com a preocupação de gastar menos recursos”,
conta Souza. “Até o fim de 2013, teremos mais cinco unidades projetadas
com o uso de materiais ecologicamente corretos”, acrescenta.
Outros Temas
O V Congresso ainda discutirá sobre “Ambientes de
Urgência e Emergência” com a arquiteta Maria José Lucena Branco,
consultora do Ministério da Saúde na Coordenação Geral de Urgência e
Emergência da Secretaria de Assistência à Saúde e de Luiz Maurício
Plotkowski, médico e especialista em medicina de desastre e catástrofes.
No painel, os especialistas vão discutir sobre como os projetos
arquitetônicos e a administração hospitalar podem adequar-se com as
mudanças das funções rotineiras dos ambientes de saúde nos casos de um
acidente ou tragédia que possa causar um grande número de vítimas.
Também haverá um painel sobre “Humanização dos
Ambientes de Saúde” com participação de Gonzalo Vecina, superintendente
do Hospital Sírio Libanês e professor assistente da Faculdade de Saúde
Pública da USP – Universidade de São Paulo e de Rita de Cássia Groto,
gerente de atendimento ao cliente do Hospital Albert Einstein, desde
1995, além de ser responsável pela implementação do projeto Planetree no
Einstein, primeiro hospital latino-americano a adotar o modelo da
consultoria internacional sobre "Cuidado Centrado no Paciente". Na
palestra será exposto como a elaboração de um projeto arquitetônico, que
pensa no bem-estar do paciente e das equipes de saúde, contribui na
recuperação dos atendidos, assim como na redução de erros médicos.
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