segunda-feira, 8 de março de 2021

Oportunidades de cooperação tecnológica com Israel e hidrogênio foram temas de reunião do CONIMAQ

Dando início a agenda de reuniões em 2021 do CONIMAQ – Conselho Nacional da Indústria, a convite da vice-presidente da ABIMAQ, Alida Bellandi, participaram deste primeiro encontro o Consul de Desenvolvimento e Inovação Tecnológica de Israel, Itzhak Reich e a gerente de Desenvolvimento de Negócios do Consulado de Israel em São Paulo, Lia Vonglehn, oportunidade em que expuseram alguns dos programas desenvolvidos pelo país e o interesse em promoverem a aproximação entre empresas brasileiras e israelenses para cooperação tecnológica.   

“É uma satisfação para nós iniciarmos a primeira reunião do CONIMAQ recebendo Itzhak Reich e conhecer mais sobre Israel, país que desenvolve uma série de iniciativas muito bem sucedidas na área tecnológica, no desenvolvimento de gerenciamento de água e na irrigação reconhecida mundialmente, entre outras soluções”, afirmou José Velloso, Presidente Executivo da ABIMAQ na abertura da reunião, realizada em 11 de fevereiro.

Uma das iniciativas é o ScaleUp in Brazil, desenhado pelo Consulado de Israel, Apex Brasil e a ABVCAP, que tem como objetivo auxiliar empresas israelenses inovadoras a entrar e escalar no mercado brasileiro. 

O outro projeto é uma ação entre a FINEP - Financiadora de Estudos e Projetos, EMBRAPA - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária e o Consulado de Israel visando apoiar projetos conjuntos de pesquisa, desenvolvimento e inovação industrial de empresas de ambos os países por meio de financiamento. 

Alida Bellandi afirmou que o Brasil tem negócio favorável com Israel por quatro motivos. Um é o acordo do Mercosul com Israel. O segundo é o acordo de pesquisa e desenvolvimento com a EMBRAPA e a FINEP. O terceiro é a boa relação entre os governos brasileiro e de israelense. E por último pelos programas que estão desenvolvendo para fortalecer a cooperação econômica, comercial, científica e tecnológica entre os países. “A parceria com Israel tem um amplo expecto de oportunidades. Acho perfeito realizar encontros de aproximação entre as empresas interessadas em participar dos projetos”. 

José Velloso, enfatizou que a associação está aberta para fazer a ponte entre a demanda e a oferta das associadas com empresas de Israel. “Temos todas as condições de realizar esse trabalho conjunto”.  

HIDROGÊNIO

Alberto Machado, diretor de Petróleo, Gás Natural, Bioenergia e Petroquímica da ABIMAQ, enfatizou que o hidrogênio tem grande potencial de mercado global. “O H2 já está gerando muitas oportunidades para muitas empresas, parcerias multissetoriais e estratégias de países. É o momento de as empresas brasileiras apostarem nesse negócio. No entanto, vejo a necessidade de trabalhar com muita parcimônia no cenário internacional para que na nossa pauta do hidrogênio não seja mais uma commodity de baixo valor agregado”.  

Para Machado, com apoio governamental e regulatório, órgãos da indústria veem um potencial de US$ 11 trilhões de investimento na economia global de H2 até 2050, sendo US$ 2 trilhões diretos e US$ 9 trilhões renováveis. “As cadeias de valor têm potencial para gerar US$ 2,5 trilhões/ano em receitas, incluindo US$ 700 bilhões/ano de vendas de combustível H2 (US$ 1,5 trilhão de vendas de óleo combustível em 2019)”. 


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