segunda-feira, 15 de março de 2021

Projetos de recuperação energética de resíduos são apresentados para Secretaria Nacional de Saneamento

De acordo com os cálculos realizados pela consultoria Engenho de 2020, os custos evitados com a instalação de uma usina de WTE seriam da ordem de 487 R$/MWh, resultando em um valor real de economia de energia para a população de cerca de 113 R$/MWh

Para expor projetos que prevê a implementação de usinas de recuperação energética (WTE) de resíduos sólidos urbanos (RSU) utilizando fontes alternativas, Estela Testa, presidente do Sistema Nacional das Indústrias de Equipamentos para Saneamento Básico e Ambiental (SINDESAM), José Velloso, presidente executivo da ABIMAQ, e Yuri Schmitke, presidente da Associação Brasileira de Recuperação Energética de Resíduos (ABREN), reuniram-se virtualmente com Pedro Maranhão, Secretário Nacional de Saneamento do Ministério do Desenvolvimento Regional, no dia 18 de fevereiro. 

No encontro foi mostrado um estudo para viabilidade e implementação de usinas de recuperação energética com cinco capacidades de tratamento para as cidades de Florianópolis (SC), Ribeirão Preto (SP), Campinas (SP), Belo Horizonte (MG) e Brasília (DF). “Esse projeto vai contemplar populações variando de 500 mil a 3 milhões de habitantes, geração de RSU de 400-mil t/d a 3,7 milhões de t/d, e potencial de geração de energia entre 91 e 782 GWH/ano brutos (de 11 e 98 MWe instalados)”, explicou Schmitke. 

Para o projeto está previsto a constituição de uma Sociedade de Propósito Específico (SPE) com intuito de se recorrer ao ‘Project Finance’ (mais detalhes na ilustração abaixo). A principal garantia sobre a qual recairá a obrigação de quitação da dívida será a capacidade da SPE de gerar fluxos de caixa, embora em alguns casos parte dos recursos sejam exigidos dos acionistas”, ressaltou presidente da ABREN. 

Na reunião também foi colocado que está prevista ainda a instalação de Usinas de Recuperação Energética (URE) em Barueri (SP) com 15 MW de potência instalada e potencial para tratar até 825 ton/dia de resíduos sólidos urbanos; de Mauá (SP) de 80 MW de potência instalada para tratar 3.000 ton/dia de RSU; da Baixada Santista (SP) com 38 MW de potência instalada para tratar 2.000 ton/dia de RSU, de Consimares (Hortolândia/SP) com 17 MW de potência instalada para tratar 7.000 ton/dia de RSU; de Ciclus (RJ) com 30 MW de potência instalada para tratar 1.300 ton/dia de RSU; e de Diadema com 15 MW de potência instalada para tratar 500 ton/dia de RSU.  

Estela Testa frisou que é preciso planejar desde agora a implementação dessa solução para que seja feita de maneira sustentável e que não pese no bolso do contribuinte. 

A presidente do SINDESAM relatou que Pedro Maranhão mencionou que vai apreciar a sugestão e concordou de levar avante a recuperação energética de resíduos. 


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